Natasha piscou os olhos sonolenta, vendo o quarto pouco iluminado por conta de sua cortina fechada, mas ela viu na mesma hora que Steve não estava no cômodo e a colcha que usara estava bem dobrada na cama dela.

Ela se levantou cambaleando e abriu as mesmas, sentindo dor nos olhos, e foi rapidamente para os outros cômodos localizar Steve. Ele estava sentado no braço do sofá observando a janela. Usava uma calça de moletom cinza, tênis branco e um casaco azul com as mangas arregaçadas, roupas pra correr. Natasha franziu o cenho ao ver seu semblante.

Ele encarava a janela cabisbaixo, como se pensasse profundamente em coisas ruins. Ela nunca o tinha visto assim, queria perguntar o que estava acontecendo, mas não sabia se tinham intimidade pra isso.

Mas ele logo a viu e abriu um sorriso.

— Bom dia. - Ele falou, encarando-a, e a ruiva achou melhor deixa-lo.

— Bom dia. - Ela sorriu também. - Dormiu bem?

— Na verdade... acho que não dormia assim a anos. - seu sorriso aumentou.

— Que bom. Vamos tomar café.

— Eu já abusei demais da sua hospitalidade, Nat, e...

— Rogers. Senta na cadeira. - ele riu, esfregando os olhos. - Depois vamos correr.

— Okay. - Natasha sorriu, se virando para o balcão. Ela rapidamente preparou massa de panqueca, as fez e colocou mel.

— Caramba, isso está muito bom. - Steve comenta, comendo a panqueca, e Natasha sorri.

— Valeu. - ela ligou a televisão na sala para ouvir as notícias, mas nada de interessante era passado, e eles comeram em silêncio.

Até que a televisão anunciou:

— Interrompemos nossa programação normal com uma notícia urgente - a repórter praticamente gritava, e assim que ouviu uma explosão Steve se virou num salto para encarar a TV - A atual sede dos Vingadores em Nova York sofreu um atentado com um avião militar roubado - e a imagem na tela era assustadora. Um avião estava enfiado na torre Stark, que pegava fogo em alguns lugares e escombros não paravam de cair. - O atentado deixou todos assustados pela incrível semelhança com o 11 de Setembro, pessoas estão correndo para longe e os bombeiros acabaram de chegar!

A televisão mostrava pessoas correndo, os bombeiros descendo dos carros aos montes, fumaça e confusão.

— Ninguém sabe se os Vingadores se encontram dentro da torre.

— Merda, eu tenho que ir. - Ele deu um sorriso e beijou a bochecha dela. - Lembrei que... hm... Eu.. Tenho que fazer uma coisa.

Suspeito? Ah, ele tinha pisado na bola! Mas seu nervosismo era tanto que ele desceu o enorme lance de escadarias num segundo e já se encontrava no próprio apartamento pegando o escudo. Ainda bem que ninguém estava nos corredores nem no estacionamento.

Ele trocou de roupa em dez segundos com o dispositivo que Tony fez para ajuda-lo a se trocar muito rápido dentro do carro mesmo, e partiu para lá. Estacionou o carro onde o engarrafamento e pessoas correndo era frequente, e correu em disparada até a torre. As pessoas olhavam-no admiradas mas ainda em pânico, e Steve apenas corria. E se não deu tempo de Tony sair da oficina? Wanda largar o violão em seu quarto?

Ao redor da torre militates e bombeiros evacuavam todos os prédios e casas ao redor, e muitas corriam para a linha de fogo dos escombros, e o trabalho de Steve foi ajuda-las a sair sem serem atingidas. Cada vez mais funcionários da torre saíam em disparada, a sorte foi que o avião atingiu a metade de cima da torre, que é a sede deles, e ficava a enorme maioria dos cômodos vazios.

Stave colocou o escudo na cabeça de uma mulher chorando em pânico, levando-a para os bombeiros.

Fez isso repetidas vezes por incontáveis minutos, sempre procurando notícia de algum dos amigos. Ele viu agentes da SHIELD ao redor, fazendo nada se não presenciar o que o avião deles causou. Sorte que a mídia não havia divulgado que era deles.

Mais ou menos uma hora depois, mais nenhum escombo caía e as pessoas nas casas foram evacuadas. Ele viu Tony com um ferimento na cabeça argumentando com um policial e Happy, que insistiam em arrasta-lo para longe dali. Sua mão estava agarrada a de Pepper, que estava assustada. Clint e Wanda, também feridos ajudavam os policiais em outra área com ainda civis restantes, e Wanda era bem eficiente em desviar as pedras e levitar crianças para longe do perigo.

— Minha torre não vai cair! - Tony gritou, nervoso.

— Você não sabe disso! - Happy devolveu.

— Pode ter uma bomba no avião, senhor Stark.

— Não tem. Jarvis já olhou!

— Tony, vamos sair daqui por favor! - Pepper gritou.

Steve correu até eles, respirando fundo pela primeira vez em uma hora.

— Capitão, Graças a Deus. - A ruiva disse, tocando seu braço.

— Como isso aconteceu, Tony? - Steve perguntou, tendo como resposta apenas um esfregão de olho.

— Cara... Foi um ataque.

— Vamos! - O policial gritou.

— CARA, eu projetei esda torre e já a anlisei, ela não vai cair! E se cair, não tem lugar seguro em Manhattan porque vai tudo explodir!

(...)

— O piloto desapareceu. - Tony explicou, enquanto Bruce fazia um curativo em sua testa. Eles estavam na mansão de Tony nos arredores mais calmos de Manhattan, que ele declarou como sede dos Vingadores temporária, e ela foi feita para isso.

— Piloto automático? - Wanda pergunta, já com o braço envolto por faichas.

— Exatamente. O que deixa mais difícil de identificar quem foi a figurinha que enfiou um avião na minha torre.

— Ele se infiltrou na SHIELD sem ser notado. - Clint começou a explicar. - Só souberam que havia algo errado quando um avião decolou sem autorização. Acompanharam o curso e viram que não tinha a intensão de pousar, mas sim se enfiar na torre. Fury acionou o alarme de evacuação da região, assim como da torre uns minutos antes do ataque, o que salvou algumas vidas.

— E se era piloto automático ele não estava no avião, ou seja, saiu do Aeroporta aviões sem ser detectado também. - Steve concluiu, sério.

— Ele é bom. - Thor comentou. - Vim para a terra assim que Heimdall avisou do ataque. E posso voltar e pedir informações sobre o homem, só não garanto que conseguiremos pega-lo por ser tão eficiente. Se mexer com magia escura pode até não ser visto.

— Vale a tentativa. - Bruce diz, guardando o enorme kit médico.

— Concordo. - Steve fala.

— Certo. Até mais, amigos. - Thor diz, saindo pela porta e se posicionou no gramado. - Heimdall, portal!

E a ponte de arco íris se abriu, levando-o e deixando a marca de Asgard queimada na grama.

— Olha o serviço de jardinagem sendo humilhado mais uma vez. - Tony zombou.

— Vou procurar algum sinal dele no sistema de segurança da SHIELD. - Tony disse, se sentando no tecnológico compudador da sala. - Cap, tem roupas suas no seu quarto, no andar de cima. Última porta do corredor.

— Quando você fez isso?

— Dois anos atrás. - Ele sorriu, e Steve riu.

— Eu tenho um quarto também? - Wanda perguntou.

— Todos vocês. Descansem, meus bebezinhos..

Clint roncou no sofá, fazendo todos olharem para ele.

— E esse... não é bebezinho dormindo.

(...)

Steve continuou encarando o teto de seu quarto. As paredes eram azuis, e vários moveis bem arrumados pendiam no quarto, com enfeites que eram realmente a cara dele, fazia parecer que era o quarto dele e era bem confortável.

O loiro pegou o telefone no bolso, vendo uma mensagem de Natasha.

"Natasha: Você está bem???"

Ele respondeu: "Sim. Desculpe ter saído do nada, aconteceu uma emergência, mas está tudo bem."

Depois de alguns minutos respondeu:

"Okay, fico mais tranquila."

Ele sorriu.

Steve: "Obrigado"

Natasha: "Pelo que?"

Steve: "Não sei ainda."

Natasha: "Hum... De nada :) "

O loiro apagou a tela e dormiu tão rápido quanto.

Sonhou com Natasha, mas um sonho bom.

Só foi acordado horas depois por batidas na porta de Wanda.

— Steve. Thor voltou.

Ele saltou da cama, acompanhando-a para a sala nervosamente. Todos já estavam lá, e Thor parecia preocupado no centro da sala.

— Ótimo, Capitão. - O loiro comentou, colocando o Mjolnir em cima da mesinha. - Heimdall viu um homem moreno com um braço de metal e uma estrela vermelha. Mas não conseguiu o nome dele, mas tenho uma localização ele está numa fazenda em Hampton Bay, precisamos ir agora.

Steve engoliu em seco. Estrela Vermelha. O homem em seu pesadelo. O homem que matou Natasha. Ele sentiu o estômago todo revirar, com a mesma sensação avassaladora que teve essa noite.

— Steve? - Bruce tocou seu ombro, fazendo os outros pararem e olharem para Steve paralisado no meio da sala. - Você está bem?

— Preciso de um minuto. Thor, ligue o jato e os outros se vistam, já venho. - Steve saiu em disparada, já com o telefone nas mãos.

— Alô?

— Nat? Onde você está?

— Estou em Hampton Bay, vim visitar um Beagle que cuidei esses dias, o dono é... meu amigo.

Steve parou, com a mão na testa. Não, Deus, por favor.

— Está acabando?

— Indo para o carro, na verdade.

— Natasha, me escuta. Você tem que sair daí, okay?

— Por que?

— Só sai. Você precisa sair daí o mais rápido possível, por favor.

— Steve, está me assustando. - sua voz ficou mais fina e preocupada.

— Você está indo para o carro?

— Estou dentro dele! Me diz o que está acontecendo!

Steve suspirou, apoiando na mesa.

— Desculpe. Eu te ligo depois, certo? E tento ir no seu apartamento assim que eu puder. Prometo que explico, mas agora, liga o carro e sai daí, tá?

— Certo. Mando mensagem quando chegar, você parece preocupado.

— Eu.. estou.

— Não precisa. Tchau.

— Tchau. - Steve desligou.

Natasha ligou o carro, e acenou para Jammie sorrindo para ela da fazenda.