You're a terrible liar escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 4
Beagles e Pesadelos


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários no outro cap, galera! Fiquem de olho em Castle que tem capítulo novo!
Se não leu minhas dezenas de fics romanogers clica no meu perfil assim que acabar de ler esse e COMENTARRRRRRRRRRR
ps. a parte de comentar é importante.




ps2. comentaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa





ps.3 comentaaaaaaaaaaa aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/702218/chapter/4

— Onde eu coloco meu amigo? - Natasha ouviu a voz de um recém chegado na sua clínica.

  - Preencha seus dados, por favor. - Bash respondeu, entregando-o a prancheta.

  - Ah, ele não é meu. Encontrei-o com a pata machucada na estrada ontem, o alimentei e dei banho em casa, mas percebi que ele estava machucado.

  - Oh, que bom que o trouxe aqui, senhor...

  - Ah, Jammie.

Natasha sorriu, vendo o amigo dar em cima do pobre coitado, mas sua atenção estava completamente no chihuahua que tomava banho em suas mãos.

  - Hm, Jammie.. Coloque seu telefone e informações aqui por favor. O telefone é importante. Oh, que lindo Beagle você é, amigão. Deu um nome?

  - Pensei em... Eros.

  - Oh, Deus grego de sei lá o que, parabéns doguinho!

  - Deus da paixão. - O visitante fala, e Natasha sorri. É um bom nome.

  - Ahhhh!

E o resto da conversa foi o homem sofrendo nas mãos de Bash, que com certeza o entediava com toda a ladaínha. 

  - O que acha, Charpey? Você está linda! Muito lindinha, madame Smith vai amar seu pelo livre de carrapatos, amorzinha.

A cachorrinha latiu, pulando pra Natasha. 

  - Muito bem. Você vai ficar bem. - Natasha segurou o animal, se virando para coloca-la na gaiola, quando viu o homem que conversava com Jammie esperando-a. E que homem.

  - Eles parecem se dar muito bem com você. - O visitante fala, e Natasha fica estática com a beleza do homem moreno.

  - Okay, parece que temos uma emergência aqui, Charpey. Depois continuo com você. - Natasha disse, prendendo a cadelinha.

A clínica era grande, com paredes brancas cobertas até a metade com lajotas verdes água, mesma cor que o chão. 

Bancadas e armários de ferro com vários instrumentos veterinários ficavam distribuídas pelos cômodos como aquele. Para deixar o ambiente mais descontraído, adesivos de patinha cobriam o chão e as paredes tinham vários cachorros em trens e bicicletas.

  - Coloca ele aqui. - Natasha apontou pra bancada no centro, pegando seu estetoscópio e lanterna. O homem obedeceu, colocando o Beagle no local indicado, e esperou Natasha fazer carinho devagar em sua cabeça.

  - Eles têm que se acostumar comigo primeiro. - Ela explicou, sorrindo pro cachorro. - Oi, Eros. Algum cara malvado te atropelou, não é mesmo? Tadinho. Vou cuidar de você e o senhor vai ficar muito bem.

  - Acho que você é a primeira pessoa que eu vejo que não muda a voz pra falar com cachorros.

  - Isso é totalmente ridículo, mudar a voz não vai fazer o cachorro te compreender melhor.

  - Tem razão. - Jammie disse, sorrindo.

  - Onde encontrou ele?

  - Ah. Queens.

  - Oh, longe daqui.

  - Ouvi falar que vocês são os melhores, e não queria correr o risco de o Eros ser tratado mal. - Ele tratou de responder logo.

  - Ah. - Natasha sorriu.

Ela analisou seus olhos, batimentos, boca, ouvido e por fim, a pata. 

  - Acho que está quebrada sim, tadinho. Estranho que não há mais machucados em lugar nenhum, não é muito típico de atropelamentos. - A ruiva comentou, destravando as rodinhas da maca.

  - Acho que ele teve sorte. - Ele acariciou sua cabeça. Um papagaio que estava ma sala piou, e Jammie reparou na tartaruga e nos Poodle dorminhoco, todos em gaiolas junto com Charpey.

  - Esses são o Loiro, Bett a tartaruga e Oodle o Poodle.

Ele riu, e Natasha sorriu.

  - Trocadilho péssimo, eu sei, a dona é meio estranha. E ele é raivoso. 

  - Eros não parece ter muita energia. - Ele comentou, encarando Natasha.

  - Não é incomum Beagles serem dóceis, mas talvez ele só esteja machucado. Veremos quando ele estiver bem se há outro problema. Não é, Eros?

Ele choramingou, vendo Natasha empurrar seu leito.

  - Vamos fazer um raio X. Pode esperar na recepção.

  - Posso ir com vocês? Não quero deixa-lo. Parece que é meu amigo a anos. - Ele sorriu. - E... Você é uma veterinária... Incrível.

Natasha sorriu discretamente, tomando seu caminho. Só porque ele tinha cabelo moreno curto e olhos azuis doces significa que ela ficaria caidinha por ele? Ele achava isso? Se achava, estava certo.

  - Okay, acho que Eros não se importa.

(...)

  - Steve.

Ele abriu os olhos, ouvindo Natasha chama-lo. Estava no meio de um parque de diversões no meio de uma multidão. Devagar, o loiro se sentou, tentando se localizar, mas o ruído das vozes e risos de crianças era alto demais. A música que saía dos brinquedos era avassaladoramente alta.

  - Steve.

O soldado olhou ao redor, perdido, procurando Natasha no meio das pessoas, completamente atordoado pelo barulho e luzes intensas.

Mas nada brilhava mais que seu cabelo ruivo inconfundível no meio da multidão. Ele a viu, de vestido branco, olhando para ele, metros de distância.

  - Natasha - ele sorriu, feliz por ve-la, mas o sentimento desabou quando ele percebeu que seu vestido estava manchado de sangue. - Na-Natasha! 

Ela se virou começando a andar meio as pessoas, e Steve fez o mesmo, tentando passar e alcança-la.

  - Espera! Natasha, você está sangrando!

 Dito isso, todas as pessoas sumiram. Ele estava completamente sozinho, na companhia apenas da ruiva de costas pra ele. As luzes se apagaram. O barulho parou. O parque ficou morto. E ele podia correr até ela, mas os pés paralisaram de medo.

Suas mãos tremiam, os olhos nervosos corriam todo o lugar repleto de sombras, mas ele via ela, apenas. De costas, imóvel e totalmente despreocupada. Algo ruim ia acontecer. Ele sabia.

Mas ela apenas olhou para ele de relance, com os olhos cheios de lágrimas, e entrou numa das atrações, a casa assombrada, completamente escura.

Foi o necessário para Steve largar absolutamente tudo e entrar naquele lugar abandonado para te-la de volta. Ele faria tudo. 

  - Natasha! - ele gritou, percorrendo cegamente todo o lugar. Tinham espelhos, estátuas de monstros, máscaras, obstáculos, mas ele ultrapassava tudo sem nenhum problema, apenas com todo o medo em seu corpo vibrando e as mãos nervosas tremendo. - Natasha!

As luzes se acenderam, e com elas o barulho voltou. Steve tapou os ouvidos, completamente atordoado e se viu numa sala repleta de espelhos. Ela estava lá, correndo, mas quando ele ia atrás ela sumia. O rastro de sangue no chão só aumentava, se estendendo por todo lugar, e o desespero era a única coisa que ele sentia.

  - NATASHA! 

Ele correu, vendo a ruiva entrar por uma porta escura, e segundos depois ele ouviu um grito. Um grito avassaladoramente alto e em terror, um grito de morte. O loiro mal se viu entrar na porta, sua garganta só conseguia gritar a mesma palavra angustiada: o nome de Natasha. Lágrimas vieram, ele estava no escuro, perdido, desesperado para acha-la.

Mas ele viu alguém com ela. Um homem sem rosto e braço de metal com uma estrela vermelha. Ficou encarando-o, o corpo oculto pelas sombras. A figura empunhou uma arma e atirou em seu peito. Ao invés do tiro, ele ouviu barulho de vidro se quebrando. Ao olhar para baixo, teve o vislumbre de seu peito se estilhaçando, e caindo. 

Ele estava caindo. Viu a noite, as estrelas, a lua, todos os seus integrantes mais sombrios. E caiu com um enorme baque e som de osso se rachando, no chão seco e solitário onde se encontrava antes. A dor emocional era mais forte que a física, mas Steve sentiu sangue escorrendo ao seu redor. Ao se sentar, percebeu que não podia ser dele, porque sua pele estava intacta.

Ao olhar para frente, ele viu o corpo de Natasha deitado. No chão. Cambaleou até ele, com as lágrimas rolando quentes e desesperadas. Seus olhos estavam vidrados, seu rosto angelical sujo de sangue, e seu vestido branco de seda fina completamente manchado. 

  - Natasha. - Ele murmurou, acariciando seus cabelos, deixando as lágrimas caírem para o conforto de seu corpo. 

  — Você me matou, Capitão América.— seus lábios mexeram, mas sua voz saiu grossa e com um ruído horrível de fundo. Ela repetiu isso mais vezes, cada vez mais alto, fazendo-o soluçar e de olhos fechados e cabeça baixa chorar.

Ela falou tão alto que a roda gigante a sua frente começou a desmoronar. Parte por parte, até esmagar seu corpo.

(...)

Steve sentiu a própria mão abrir a porta e cair para o corredor. Ele não enxergava nada, apenas sentia algo melado em suas mãos. Cambaleou pelos corredores do prédio, sem ar. O desespero tomava conta de todo seu corpo, ele só conseguia murmurar "Natasha" e mal teve condições de apertar o botão do elevador. Apertou um, esperando que fosse o certo, e percebeu que era madrugada, ele estava acordado e tinha sido um pesadelo. 

Steve apoiou a testa no metal gelado do elevador, sentindo o frio acalmar seus nervos um pouco. A adrenalina se dissipava devagar, mas seu coração estava acelerado e as imagens do sonho passavam em sua cabeça, dando close no corpo de Natasha toda vez. Todos os segundos. Até o elevador se abrir e ele sair do prédio, descendo as escadas como um bêbado, e subiu até o prédio de Natasha devagar.

  - Se acalme, Rogers. - Ele respirou fundo, sentindo a histeria morrer em seu corpo. Ele colocou o andar dela e deixou novamente o frio da noite entrar em contato com sua pele. Não funcionou, a ansiedade terrível de não saber se ia encontrar seu sorriso ou seu corpo piorou tudo.

Ele bateu em sua porta duas vezes antes de se lembrar que ela tinha expediente na clínica hoje até 3 horas da manhã, então teria que espera-la. Ele tinha que ver se ela estava bem.

Seu corpo se sentou na escada que dava para o andar de cima, e Steve olhou para o próprio braço. Um corte na altura do cotovelo revelava que o barulho de vidro que ouvira provavelmente foi o abajur ou o copo de água na sua cômoda.

Droga, ele não gostava de perder o controle desse jeito. Intermináveis e torturantes 44 minutos se passaram até a porta do elevador se abrir.

  - Sim! Ele é incrivelmente lindo, e educado. Tem cabelos escuros e um cachorrinho lindo. - ele ouviu a voz da ruiva se aproximando, provavelmente falando ao telefone, mas continuou sentado para não assusta-la. Seu coração batia rápido.

  - Ele é meio insistente, mas dei meu telefone para ele. - ela apareceu, de calça jeans e um moletom vermelho bem grande, e seus olhos pararam em Steve, se arregalando no processo. - Puta qu.. Ah... Pep... Tenho que ir.

Ela desligou, vendo os olhos tristes e assustados do amigo na escada. Seus olhos desceram até o corte em seu braço e ela se sentiu nervosa. - S-Steve...

  - Desculpe. - Ele murmurou, abaixando a cabeça, constrangido por aparecer assim. Natasha largou a bolsa e se ajoelhou de frente para ele, tocando seu rosto.

  - Steve. - Ela repetiu, meio atordoada e sem saber exatamente o que fazer. Ela só tinha certeza que seu coração apertava e ela queria tirar todo a angústia dele.

  - Eu precisava ver se você estava bem. - ele murmurou encarando-a.

  - Eu estou. O que aconteceu, Steve? 

  - Você estava morta. Vi você sangrar por muito tempo.

  - Não, eu estou aqui. Certo? - Steve esfregou os olhos, respirando fundo.

  - Desculpe.

  - Está tudo bem. Eu odiaria que você ficasse sozinho nessa situação. Vem, vamos cuidar disso. - Ela segurou sua mão, puxando-o para dentro de seu apartamento. 

Natasha colocou Steve sentado no sofá e pegou sua caixa de primeiros socorros. Rapidamente limpou o ferimento que nem era tão grande, passou remédio e colocou um esparadrapo.

Ele a observou cuidar dele com todo cuidado do mundo, atenta e linda. Deus, ela é linda. Se conheciam a quase três semanas e ele sentia que se a perdesse, tudo acabaria, e ele não conseguiria mais continuar. 

Ela subiu os olhos para encara-lo, vendo o jeito que ele a olhava e sorriu.

  - Obrigado. - Ele falou, abrindo um sorriso pequeno e ainda meio sem graça.

  - De nada.

  - Acho que.. eu estou bem. - Ele se levantou, mas Natasha se colocou entre ele e a porta.

  - Onde você acha que vai? 

  - Voltar pro meu apartamento. Eu só queria... ver se você estava bem.

  - Okay. E agora eu quero ver se você está bem. 

  - Nat...

  - Não, não, sem Nat, você fica, Steve.

Ela saiu andando pelo apartamento, catando coisas pelo chão e sempre rindo de vergonha com a bagunça, mas o quarto dela é exatamente o reflexo de sua personalidade.

As paredes amarelas com enfeites de todos os tipos combinando. Flores, estátuazinhas de Buda, Julio César, Napoleão, George Washington, caixinhas, chapéus, tudo colorido em cima dos móveis. Sua cama de casal tinha edredons roxos e apenas dois travesseiros brancos, o criado mudo era roxo também, assim como o guarda roupa.

— Estátuas legais. – ele comentou.

— Eu gosto de coisas velhas. – Steve sorriu. Que bom. Seus cem anos serviram pra algo.

Ele viu um espelho bem grande com cestinhas de maquiagem colados nele. As cortinas eram brancas e deixavam a mostra a janela. Um tapete combinando com as paredes e chão de madeira. No canto havia uma poltrona grande e reclinável roxa, com uma almofada amarela por cima. Era um quarto bem maduro apesar das cores, e bem organizado. Sem fotos, o que era meio estranho.

Ele foi até uma prateleira com livros e dezenas de troféus e medalhas, passando os olhos por todos àqueles  méritos. Bolshoi.

  - Isso... Não é nada. - Ela murmurou, parando atrás dele meio corada. Steve apenas sorriu.

  - É sim.

Ela sorriu, dando meia volta para abrir o guarda roupa. E tirou de lá um short de zebra e uma blusa de mangas compridas lilás. Ela saiu do quarto e entrou no banheiro, deixando-o pegar um travesseiro e se sentar na poltrona, observando de longe os troféus. Ela apareceu de novo, com o cabelos soltos e o pijama.

  - Vai ficar aí?

 Steve assentiu, vendo-a rir e arrumar a própria cama.

  - Eu não vou te morder. - Steve riu, corando e tirou o casaco preto, ficando só de regata branca. Natasha pegou um edredom para ele, parando para analisa-lo, e ela mesmo corou com o pensamento de seus músculos. Pensando bem, ela não sabia se realmente não o iria morde-lo. - O seu rosto inchado sarou!

  - Ah, sim. Cuidei bem dele. - ele sorriu, nervoso.

  - Você tem que tomar mais cuidado, Rogers.

 Natasha se levantou indo apagar a luz. Ela se deitou meio aos cobertores, encarando-o no escuro.

  - Boa noite, Nat.

  - Boa noite, Ste.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Que dó eu fiquei do Steve, mano. Tdinho. O que acharam do novo amiguinho da Nat? Comentem!

ps. Já segue a página no Insta????????? Não???????????? @romanoff.rogers. Vai lá, sempre posto um conteúdo bacana e faço enquetes, vídeos, charges, etc. Ajuda muito com seu follow e curtidinha. brota lá para batermos um papo no direct! Sou legal, prometo.

ps.2 COMENTAAAAAAAAAAAAAAA



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "You're a terrible liar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.