You're a terrible liar escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 3
Austin Martin BD5 amarelo


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeeeeey
Voltei com maias um capítulo pequeno! Essa semana ainda sai outro! Aguardem!
Espero que gostem :)

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Eles passaram a correr juntos quase todo dia e tomavam café depois disso. Em uma semana eles se tornaram amigos e Steve se encantava cada vez mais com a personalidade maravilhosa de Natasha.

A ruiva encarando o teto escuro não conseguia dormir. Revirou para um lado, para o outro, mas era impossível. Estava agitada demais para isso. Queria dançar.

E foi o que fez, colocou a meia calça rosa, o collant preto e a saia amarrável da mesma cor e o casaco, saindo com as polainas e sapatilhas nas mãos. A rua estava vazia, ela não gostava disso. Nem um pouco. Mas continuou andando rapidamente até a academia. 

As bailarinas tinham permissão para entrar na academia em horário fora do funcionamento, mas nenhuma delas o fazia, tirando Natasha.

E assim que entrou, ouviu socos. Socos fortes, ritmados e cheios de dor. Ela entrou devagar, passando pela recepção e foi até  ringue iluminado apenas por uma lâmpada fraca.

E lá estava o corpo suado e definido de seu novo amigo. Ela acabou soltando uma risadinha que não passou despercebida, e percebendo o deslize, tapou a boca.

  - Quem está aí? - Ele perguntou, parando de socar, e assumindo uma posição de ataque. 

  - Sua avó. - Ela zombou, indo para a luz, e ele relaxa.

  - O que está fazendo aqui?

  - O que você está fazendo aqui? - Ela cruzou os braços e ele sorriu.

  - Entendi. Como chegou aqui?

  - Andando, oras. - Ela deixou a bolsa no chão, e se sentou na cadeira.

  - Sozinha? No escuro? De madrugada?

  - Eu estou aqui, não é? - Ela sorriu, puxando a bolsa pra dentro da sala de balé ao lado. - Não se preocupe comigo aqui, pode continuar.

Steve assentiu, se posicionando novamente de frente para o saco, se preparando para socar, mas desistiu quando começou a ouvir a musica clássica de Natasha. Ele não é lá muito fã de Beethoven, e aquele não era exatamente o clima para extravasar a raiva num saco cheio de areia.

Seus pés foram rápidos ao ir até a porta da sala agora iluminada e se apoiou lá, vendo Natasha dançar no exato ritmo da música. Steve deixou o queixo cair de surpresa. Ele não conseguiu acompanhar os passos rápidos da ruiva deslizando graciosamente pela sala. Ela alternava entre passos complexos, saltos e piruetas, de olhos fechados, sentindo na alma cada nota emitida. 

Steve não desgrudou os olhos dela nem um segundo, com um sorriso maravilhado e um sentimento incrível sendo extravasado de seu corpo. Ele se sentiu arrepiar o tempo todo, completamente admirado.

A música acabou por fim, e ele resolveu sair dali antes que Natasha se sentisse incomodada com sua bisbilhotice. Acabou fazendo inúmeros exercícios nos aparelhos ali, por tempo suficiente para começar a gostar de Bash e Shumann. Seus músculos não aguentavam mais, então Steve se sentou no chão perto da porta, podendo ver o corpo de Natasha vibrando por toda a sala. O pensamento de como ela é linda naquela roupa o fez corar e desviar o olhar.

E Natasha interrompeu a dança, se jogando para segurar no corrimão, sem ar, já debruçada sobre a bolsa procurando sua bombinha. Steve se levantou num pulo, indo até a ruiva cansada e encostada na parede.

  - Você está bem? - Ele tocou seu joelho, fazendo-a olhar para ele.

  - Não se preocupe. - Natasha diz, dando um sorriso cansado. - Estava me espiando?

  - Você é incrível, Deus. Nunca vi ninguém dançar assim, eu estou realmente.. maravilhado. - Ela riu, negando com a cabeça, e respirou fundo novamente. Aquele cansaço não passava.

  - Obrigada.

  - Mas tem certeza que está bem? - Ela assentiu, colocando a garrafa de água nos lábios.

  - Sim. Fiquei em segundo lugar na competição estadual de Bolshoi por causa disso. Por não aguentar dançar por tanto tempo assim. Essa droga de asma. - Ela resmungou, cruzando os braços, e Steve se sentou ao lado dela.

  - Já tive asma.

  - Já? E agora?

  - Não tenho mais. - Ela abriu um sorrisinho.

  - Eu já tentei. Corro todos os dias, como o médico mandou, faço tudo... 

  - Bem, agora você tem um treinador. - Ela riu, encarando-o.

  - Você? Vai me treinar?

  - Vou. - Ele abriu um sorriso gentil, e ela assentiu.

  - Tudo bem. - Ela sorriu também. Seus olhos não quebraram contato, Natasha sentiu todo o corpo formigar. Os olhos de Steve encarando os seus não era fácil de lidar. 

  - Eu... Melhor irmos? Está tarde.

  - Sim, é.... Vamos. - Steve a puxou para levantar, e viu-a pegando a bolsa e parando na porta.

  - Você não vem?

  - Claro que sim, não vou te deixar voltar sozinha pra casa. - ele pegou as próprias coisas e passou o cartão dele e o dela na roleta, para sinalizar aos donos de suas visitas noturnas.

Eles foram andando num silêncio confortável até seus respectivos prédios. Ao contrário da ida, Natasha se sentiu segura com ele.

  - Hm.. Obrigada. - Ela murmurou, parando de frente para ele. Steve apenas sorriu. Natasha beijou sua bochecha, e o loiro se concentrou em não corar, mas olhou para baixo com um sorriso. - Boa noite.

  - Boa noite. - Ele respondeu, vendo a bailarina entrar no próprio prédio.

(...)

  - Steve. Steve. Steve!

O loiro saiu de transe, encarando os olhos de Tony de frente ao monitor. Reformulando, Wanda, Thor, Bruce, Tony, Sam e Clint o encaravam.

  - O que?

  - Você ouviu algo do que eu disse?

Steve olhou para o monitor com o mapa da Suécia e se perguntou como ele chegou aquela cadeira.

  - Desculpe, acho que.. me distraí.

  - Hm, isso pode esperar, Tony. - Wanda sorriu, se virando pra Steve. - Conta. Quem é a garota?

  - Ahhh, Steve! - Sam gritou, e Clint riu da situação. Steve escondeu o rosto, se sentindo no colegial novamente.

 - Podem parar de fazer isso? Ela é uma amiga!

  - Que te distraiu de uma reunião de 45 minutos? - Tony cruza os braços com um sorriso irônico no rosto.

  - Ah meu Deus. Bem, Suécia, hum? Quando partimos? - Steve continuou, rezando para eles esquecerem o assunto.

  - Daqui a uma hora. - Bruce respondeu.

  - O que? Vamos nos aprontar!

  - Esse assunto ainda não acabou. - Wanda aponta o dedo para ele. 

  - Não se preocupe, você me fala da missão no caminho.

Localizaram mais uma base da Hidra na Suécia, e seria trabalho deles acabar com ela. Nada tão difícil.

(...)

  - Seu rosto está inchado! - foi a primeira coisa que Natasha disse quando o viu.

A missão tinha dado um pouco errado para ele, ele levou um belo chute na boca de um homem enorme e bem armado, e estava todo roxo, mas as mangas compridas esconderiam a maioria.

E desde que chegou, ontem a tarde, ele tentou evita-la para ela não questionar sobre suas rápidas habilidades de cura. Mas... Ela havia ido atrás dele, então foi inútil.

  - O que aconteceu? Você sumiu, ah... Eu fiquei preocupada. O que foi meio idiota, você não me deve satisfações, mas pelo visto eu estava certa! Desculpe aparecer assim, eu...

  - Ei. - Steve a cortou, com um sorriso. - Tudo bem.

  - Tudo bem. - Ela concordou, sorrindo. - Então senta a bunda nesse sofá e me conta o que raios aconteceu.

A ruiva abriu espaço para entrar no apartamento dele. Ela usava calças jeans e um suéter vermelho extravagante, da mesma cor que os saltos plataformas e arquinho preto.

  - Ah, nada demais. Eu já contei como sou desastrado, certo?

  - Na verdade não. - Ela arqueou uma sobrancelha.

  - Ótimo. - ele deu um sorriso amarelo. - Porque não tem nada a ver com isso. Eu.. Luto, você sabe como é. Aconteceu, baixei a guarda e o cara me pegou desprevenido.

  - Hm.. Era um cara bem grande. - Ela comentou, analisando mais perto o machucado. Bem perto. Steve ficou sério, apenas deixando-a tocar seu rosto. - Você não é um filhote, mas reconheço que isso precisa de gelo. Você colocou?

  - Sim, senhora veterinária. - Ela sorriu, encarando-o. 

  - Certo. Quer ver um filme?

  - Claro. Qual?

  - Ah, sou cinéfila. Tenho centenas de DVD's e fitas K7...

  - Hm... Eu tenho Netflix. - Steve falou, sorrindo, e ela deu de ombros. Talvez ele não fosse tão antiquado assim.

  - Serve.

 Ele ligou a TV e percorreram todo o catálogo do aplicativo. Steve já havia assistido quase todas as séries em seu tempo livre e enormes noites de insônia.

  - Maldição na residência Hill?

  - Hm, parece pesado. - Steve comenta, encarando-a.

  - O que? Acha que eu não aguento? Meu amor, meu pai me deu um boneco do Chuck quando eu tinha 3 anos de idade. Ele é meu irmão.

Steve riu, colocando na série. 

  - Vou fazer pipoca.

Steve colocou o saco no micro-ondas e apertou o botão pipoca. Ele pegou uma vasilha, esperando o tempo acabar e se contentou em olhar a janela. Ele sentiu um frio na barriga quando viu um homem de capuz, óculos e cachecol, todos pretos, na escada do apartamento de Natasha e o observando de lá. Parado. Apenas olhando pra ele.

Ele franziu o cenho, ficando sério imediatamente, e viu a figura entrar no prédio. Nem se mexeu ao ouvir o beep do micro-ondas sinalizando que a pipoca estava pronta, apenas continuou encarando a janela imóvel. Congelado de medo e impotência.

  - Steve, a pipoca está pronta, amor. - A voz de Natasha na sala não o fez ter reação nenhuma, ele apenas sentia um frio inexplicável. Talvez fosse só um homem estranho, mas ele sabia que não era.

Finalmente o homem retornou e entrou rapidamente num Impala preto e saiu a toda velocidade.

  - Ste? - Natasha se aproximou dele, encarando a janela la fora, e não viu nada. Ele continuou encarando, pensando.  - Você está bem?

Ele encarou-a, atônito e sem saber bem o que dizer. Apenas a abraçou. Ela retribuiu o abraço na mesma hora, envolvendo seus cabelos com os dedos, e deixou ele deitar a cabeça nela.

O micro-ondas apitou de novo, e Natasha esticou a perna para abrir a porta usando sua elasticidade de bailarina e obteve sucesso. Steve riu, vendo-a fazer isso, e a largou. Ela sorriu, e resolveu não perguntar sobre seu choque repentino.

(...)

  - Puta que pariu! 

Steve gargalhou, ouvindo seu décimo palavrão consecutivo. Eles haviam assistido a temporada inteira da série de terror e almoçado pizza delivery o dia todo. A noite estava prestes a cair e eles não paravam de rir.

  - É sério, acho que estou em choque. - Natasha sorri, mostrando a ele a mão tremendo. Steve a segurou, rindo mais uma vez.

  - Eu gostei, irmã do Chuck. – ele disse, e Natasha sorriu, abraçando-o no sofá. Ele apenas encostou, deixando-a deitar nele.

  - Queria ficar aqui. Mas hoje é sexta, tenho que trabalhar daqui a pouco.

  - Entendo. Quer que eu te leve?

  - Ah, não! - Ela o largou para fita-lo direito. - Eu tenho um carro. Fui busca-lo de manhã no mecânico.

  - Sério? Qual?

  - É um Austin Martin BD5 amarelo.

  - O que? - Steve perguntou, surpreso.

 - É um carro antigo, Steve.

  - Eu sei! Só não acredito que você tenha um!

  - Era do meu avô. 

  - Vale...

  - Uma fortuna, eu sei. Mas ele sairia de seu túmulo em Molotov e viria aqui me matar se eu vendesse. - Steve riu, sem saber exatamente onde fica Molotov. - Okay. É melhor eu ir, está escurecendo. 

Steve assentiu, levantando. Ela apenas sorriu enquanto ele beijou sua testa delicadamente.

  - Tchau, Steve.

  - Tchau, Natasha.

  - Me chama de Nat. - Ela falou, já saindo do apartamento.

Steve sorriu.

  - Nat.


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Notas finais do capítulo

Comentemmm!



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