Only Yours Is My Love escrita por LivOliveira


Capítulo 7
A história de um capitão


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas cheguei. Além de mim, você estão ansiosos pela estreia de amanhã? Na verdade, quem não está ansioso para amanhã? De qualquer modo, boa leitura.
OBS: Perdoem os erros.



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Acordo ainda sonolento por conta de Emma estar se movimentando demais. Ela parece estar dormindo, porém está se virando de um lado para o outro até acordar meio assustada. 

— Swan, o que foi? - Pergunto girando o corpo em sua direção. 

— Eu tive um sonho, só isso. - Ela me responde. 

— Quer me contar? 

Ela abana a cabeça. 

— Tudo bem. - A tranquilizo. 

— Desculpe-me por ontem.  - Emma segura minha mão. 

— Eu entendo.  

— Não, você não entende. Desculpa. 

— Ei, está tudo bem, Swan. O importante é que tudo acabou bem. 

— Bem? Regina te deixou fulo da vida ontem e ainda invadiu sua privacidade para lhe chantagear. Olha, você deveria falar com ela. 

— Sobre...? 

— Sobre vocês se entenderem. Não vão viver a vida inteira assim. 

— Você sabe, é ela. 

— Killian, você também provoca. 

— Eu sou o santo da história. 

— Claro. - Emma ri. 

— Vai levantar agora? 

— Vou chamar as crianças. E aposto que você vai correr um pouco para ficar bem sexy para hoje á noite. 

— Hoje á noite? 

— Não acredito que se esqueceu da nossa comemoração. 

— Comemoração de...? 

— Não vou lhe responder. - Ela se levanta, amarra o cabelo e sai do quarto. 

Se me lembro bem, hoje é o dia de... Ah, sim! Hoje é o nosso aniversário de casamento, claro. 

Como pude esquecer? 

 

 

                                   ❉        ❉        ❉ 

 

— Bom dia, Killian. Você veio mais tarde hoje... - Comenta Ruby quando me aproximo do balcão.  

— Fui com Emma levar as crianças na escola. - Respondo. 

— Ah, sim. E... O Liam que esteve aqui ontem apareceu perguntando por você, hoje mais cedo. 

— Liam? 

— A-hãm. - Ela balança a cabeça. 

— Ele disse para onde foi? 

— Na verdade, não. Mas eu sei onde está. 

— Onde? 

— Quarto 23. 

— Ele está aqui? Na hospedaria de sua avó? 

— Quarto 23 - Repete Ruby com um sorriso. - Depois me conte tudo. Estou achando um pouco estranha sua agonia por ele. 

— Assim que eu puder. - Respondo e vou indo pelo lado oposto da porta de entrada, para o lado hospedaria. 

Vou até a porta 23 e bato-a três vezes. Liam abre a porta e sorri ao me ver. 

— Veio me atualizar das últimas notícias? Naquele dia não pudemos conversar muito. 

— Verdade. - Entro sem ser convidado e me sento numa cadeira. - Eu vim te contar e lhe apresentar uma pessoa. 

— A sua garota está aí? 

— Não, Liam.  

— Que pena. Gostaria de conhecê-la. - Ele fecha a porta e se senta ao meu lado. - Então, me conte tudo.  

— Pergunte o que você quiser sobre a minha vida. 

— Como foi primeiro beijo? 

— Não me lembro. 

— Como não se lembra? 

— Eu não sei. Eram tantas... 

— Espera, espera. - Liam pousa a mão em meu ombro. - Está me dizendo que você não se lembra porque tinha várias garotas? 

— Não ao mesmo tempo. Uma de cada vez, é claro. 

— Sério? - Liam ri e deixou a mão em meu ombro cair. - Eu queria ter tido essa sorte. 

— Elas eram a única companhia que eu tinha.  

— E Emma? 

— Me ignorava e me odiava. Porém, consegui fazer seu coração palpitar antes de sair de Storybrooke. 

— Aliás, como veio parar aqui? 

— Me perguntei a mesma coisa quando te vi no Granny's. 

— Eu estava vendo umas fotos antigas com o papai e vi uma placa no fundo escrita "Storybrooke". - Liam se levantou e foi até sua mala. A abriu e remexeu algumas coisas antes de vir em minha direção e entregar-me uma fotografia. 

Meu pai estava sorrindo ao lado de uma mulher. Atrás dos dois, tinha uma placa bem longe e pouco focada escrito "Storybrooke". Com um pouco de esforço, pode-se reconhecer este lugar: Era nas Docas da cidade.  

— Quem é esta mulher? 

— É por isso que estou aqui. Tenho tentado descobrir quem era há muito tempo. 

— Talvez a resposta esteja debaixo do seu nariz. 

— O que quer dizer com isso? 

— Quero dizer que, se estamos em Storybrooke e eles também estavam, deve haver alguém que deve saber quem é ela. 

— Killian, você sabe que nossas mães são diferentes, não é? 

— Sim, claro que sei. Por que está dizendo isso? 

— Porque a minha teoria é que ela possa ser uma de nossas mães. - Ele me fita com cuidado. 

— Por que acha isso? 

— Você sabe quem é sua mãe? 

— Não.  

— Nem eu. 

— Isso não quer dizer nada. 

— Isso também pode dizer tudo. 

— Estou confuso. 

— Eu sei. 

— Eu senti sua falta, Liam. Não sei o que aconteceu, embora eu queira saber. Só sei que você me deixou perdidamente sozinho. Mas ressurgir do nada com uma teoria insana é meio paranormal... 

— Desculpa o sumiço, Killian. Também senti sua falta. 

— Então me diz o motivo do sumiço. 

— Eu tive que... 

O som de alguém girando a maçaneta interrompe Liam. A porta se abre e nos deparamos com Emma visivelmente abalada. 

— Ah... Desculpa. Desculpa. - Ela diz. - Eu só preciso falar com Killian. 

Liam deu um sorriso. 

— Imagino que essa seja a sua garota, Killian. - Ele se levanta. 

— Ela é minha mulher. - Respondo firmemente e me levanto. Me coloco ao lado de Emma e deslizo minha mão direita ao redor de sua cintura. - Emma, eu lhe apresento Liam Jones. E, Liam, eu lhe apresento Emma Swan.  

— Prazer, bela dama. - Ele estende o braço para cumprimentá-la. 

— Prazer. - Ela aperta sua mão. - Mas você não estava... - Ela se interrompeu. 

— Sim, eu sei. Eu sumi. - Liam balança a cabeça. 

— Então que bom que esteja bem - Emma sorri fraco, mas logo fica séria outra vez. -, eu acho. - Resmunga. - Desculpa atrapalhar esse momento de irmãos, mas eu posso sequestrar Killian por um momento? 

— Claro que sim. Só peço que o devolva depois. 

— É rápido. - Ela me puxa para fora do quarto e fecha a porta trás de mim. - Por que não me contou? 

— Sobre o quê, Swan? 

— Neal. Por que não me falou que o encontraram? 

Fingir é inútil. Mentir, só irá piorar. Emma odeia quando minto para ela, nem pequena que seja a mentira. Ela ficaria brava por mentir algo da qual era óbvio. O que resta é falar a verdade. Ela poderia se amolecer e me perdoar. Pelo menos é uma chance. 

— Killian, eu te amo. Então me conta em vez de ficar com esses olhos perfeitos olhando desse jeito para mim. Eu sei, eu estou pensando alto, mas não me importo agora, eu só quero uma resposta. - Ela me diz. 

— Não percebe, Emma?  

A expressão em seu rosto se modificou. Ela percebeu que a chamei de Emma. 

— Foi por conta disso que não lhe cotei. Quando se trata de Neal você fica irritada, ansiosa e impulsiva. - Continuo -  Não se esqueceu do que aconteceu da outra vez? 

— Não sabia que iria esfregar isso na minha cara. 

— Não estou esfregando nada.  

— Se você parasse de mentir para mim... 

— Emma - Segurei seu rosto com as duas mãos e a encostei na parede do corredor. Seus olhos estão pregados nos meus e nossos rostos estão apenas alguns centímetros de distância. 

Meu coração sempre bate acelerado quando estamos com apenas centímetros de distância. 

— Por favor, não dê uma de difícil. Neal pouco me importa agora, eu encontrei meu irmão. Mas tudo isso ainda pouco me importa. Eu tenho você e isso já é o bastante. Dane-se Neal. Dane-se Neal, Emma. Apenas... 

Eu me interrompo e fico em silêncio por alguns segundos. 

— Pode dizer. Pode reclamar. Eu vou ouvir tudo em silêncio. E depois eu não erro mais o mesmo erro. - Volto á falar. - Não que  Neal fosse voltar de novo. 

— Eu só... 

— Você ficou brava porque te escondi isso. Eu sei. E eu não fui o único da cidade que fez isso. 

— Não? 

— Nos importamos com você, Swan. Você fica muito preocupada com Neal e se esquece de tudo. Eu não sei porque você está andando estressada ultimamente, mas se quiser me contar eu estou aqui. 

— Não, está tudo bem. 

— Tem certeza? 

— Absoluta. 

— Tudo bem. 

O toque do meu celular interrompe o momento. 

Tiro meu celular do bolso e atendo: 

— Alô? 

— Oi, Killian. Está tudo bem? 

— Sim, Aurora. E você? 

Emma revira os olhos e respira fundo. 

— Estou bem. No entanto, eu preciso da sua ajuda. 

— Da minha ajuda? Me diz, talvez eu possa te ajudar. 

— Leroy está tendo complicações com Albert Spencer por conta da noite anterior. Quando você chegar, eu te conto. Estamos nas Docas. 

— Estou á caminho. 

 Desligo e olho para Emma que está visivelmente irritada. 

— Vamos, estressadinha. Temos trabalho á fazer. - Sorrio. 

—  O que Aurora quer? 

 - Tente ser gentil, Swan. 

— Eu já sou. 

— Claro que é. - Falo com sarcasmo. 

— Sou sim. 

— De fato. Mas, vamos logo. 

Seguro sua mão e saio do corredor da hospedaria da Granny. 

 
                                      ❉        ❉          ❉ 

 

— Que mania de aumentar o som. - Emma reclama e abaixa o som do rádio enquanto estou dirigindo para as Docas. 

— Lembrei do que você se referia de manhã mais cedo. 

— Hmm... Se lembrou? 

— Nosso aniversário de casamento, claro. 

— Oh, que atencioso... 

— Vamos comemorar, sim? 

— Claro que sim. Se você quiser, claro. 

— Por que não? 

— Com quem vamos deixar as crianças? 

— Henry...? 

— Kyle acaba com as energias de Henry, você sabe. 

— Kyle acaba com as energias de todo mundo. 

— Verdade. Mas, será que Belle nos ajudaria? 

— Acho que sim. Por que não? 

— Eu não sei. Cada um tem seus motivos. 

— No caso, ela não. 

— Que tal meus pais? Eles adoram ficar com as crianças. 

— E Henry? 

— Ele também pode ir para lá. 

Estaciono nas Docas e noto uma movimentação fora do comum. Assim que desligo o motor, vejo Leroy discutir com Albert. Os dois parecem estar realmente bem irritados. 

Saio do carro e bato a porta, Emma faz o mesmo. Ambos vamos na direção dos dois e da pequena quantidade de pessoas (uma dúzia de pessoas, no mínimo). 

— O que está acontecendo aqui? - Afasto os dois e me coloco entre os mesmos. 

— Pergunte para ele, Killian. - Albert responde apontando para Leroy. - Esse... Esse... Bêbado. 

— Ei, bêbado, não! - Leroy avança para Albert, mas eu o empurro. 

— Vocês podem manter a calma? - Emma pergunta 

— Esse daí é um bêbado insano! - Albert grita. 

— Bêbado é seu pai! - Leroy responde tentando se livrar dos meus braços. 

— Eu perguntei: O que está acontecendo aqui? - Grito para chamar atenção dos dois. Emma está segurando Albert e sussurrando argumentos para fazê-lo desistir de quebrar a cara de Leroy. 

— Pergunte para esse asno - Albert me diz. 

— Okay, já que nenhum dos dois querem me contar, vão explicar tudo isso para David na delegacia. - Falo e faço um sinal para Emma algemá-lo.  

Algemo Leroy e vou levando-o para a viatura. Quando o coloco lá dentro, olho para trás e vejo Aurora me olhando. Sorrio para ela e balanço a cabeça, cumprimentando-a. Emma aparece na minha frente, me atrapalhando de olhá-la. 

— Você não falou com seu irmão para onde estávamos indo. - Emma diz. 

— Vou ligar para ele. Você pode levá-los para a delegacia? - Pergunto. 

— Posso. Te vejo mais tarde. - Ela me beija e depois se afasta, entrando no carro de polícia. 

Logo quando Emma sai com o carro de polícia, Aurora se aproxima de mim. 

— Conheci um Liam Jones. - Ela diz. - Algum parente seu? 

— Você nasceu para adivinhar as coisas, não é? 

— Nem tanto. E, então? 

— É meu irmão. 

— Seu irmão? Eu não sabia que tinha um irmão. 

— Ele desapareceu quando eu tinha catorze anos de idade. 

— Sério? Que triste. - A expressão dela muda para uma de pena. 

— Fiquei bem confuso do início.  

— Pelo menos seus pais te ajudaram á superar, não é? 

Olho para frente: o horizonte, o mar. 

— Vai me dizer que... - Ela começa. 

— Eu não tive pais para me ajudarem. - A interrompi.  

— Sinto muito. 

— Está tudo bem. Já me acostumei com isso. 

— Ninguém se acostuma com isso.  

— Eu sim. - Respondo. - Eu tenho que ir, Aurora. Você sabe, trabalho... Família...  

— Sim, eu sei. - Ela me interrompe. - Te vejo por aí. 

— Digo o mesmo. - Sorrio e vou andando. 

 

                         ❉           ❉            ❉ 

 

— Killian? - Mary pergunta ao abrir a porta de sua casa. 

— Oi, Mary. Posso entrar? - Pergunto com um sorriso amigável. 

— Claro que sim. - Ela me dá um espaço para eu entrar. Entro e me sento no sofá, mesmo não tendo sido convidado para tal. - Aconteceu alguma coisa? 

— Fora o fato de Emma ter descoberto sobre a volta de Neal, nada. 

— Emma descobriu? - Mary se senta ao meu lado. 

Balanço a cabeça. 

— Ainda bem que sei domá-la. Emma quase me matou. 

— Emma não percebe quando as pessoas querem o bem dela. 

— Eu sei disso. Mas, está tudo bem. 

— Então quer dizer que não é isso que você veio me falar. 

— Não só isso. É outra coisa.  

— Dizem que sou boa com conselhos, talvez eu possa te ajudar. 

— Ou talvez não. Nem sei porque estou aqui. 

— É só me contar que posso te ajudar. 

— Acho que não. Seu irmão não sumiu do nada e depois de anos ressurgiu como se nunca tivesse ido embora. 

— Você têm um irmão? 

— Poucos sabem disso. 

— Por que nunca contou? 

— Tinha que colocar no currículo para me casar com Emma? 

— Não, mas poderia pelo menos comentar. 

— Desculpa. Nunca fui de falar muito sobre isso. 

— Mas, me conte mais sobre isso. 

— Você acharia louco. 

— Louco? Já vi e ouvi várias coisas loucas, Killian. Isso não será nada. 

Respiro fundo. 

— Eu nasci em Portland. Lá, eu vivia com meu pai e meu irmão. Nós nunca conhecemos nossas mães... 

— Mães? Como assim? 

— Somos filhos de mães diferentes, mas do mesmo pai. 

— Sério? Então continue. 

— Nós éramos felizes. - Dou de ombros – Nosso pai sempre saía á noite e não sabíamos para onde ele ia.  Até que um dia ele não voltou, e um homem chegou avisando que ele foi assassinado. 

— Meu Deus. - Mary direciona as mãos até a boca, um pouco espantada. - Sinto muito. - Ela desliza as mãos ás bochechas e me olha incrédula. 

— Liam ficou estranho á partir daí. Além do mais, tinha o lance da justiça e tudo mais. Não tínhamos pais e éramos menores... Teríamos que ter tutores.  

— Entendo. Talvez ele deve ter ficado traumatizado ou não gostou da ideia de ter pessoas substituindo seus pais. 

— Ele desapareceu e deixou uma carta. Ele só tinha dezesseis anos, e eu catorze. Ele me abandonou. Me deixou sozinho. E o engraçado é que, quando soubemos que nosso pai morreu, ele falou que nunca iria me deixar, que estávamos juntos contra o mundo, que tínhamos um ao outro. Mas, não, ele simplesmente sumiu. Me largou lá, parado, na frente da geladeira lendo uma carta de papel barato e caneta que falhava.  

— O que você fez? 

— Sumi também. Fugi, na verdade. Como eu iria encarar aquelas pessoas sem meu irmão? Eu soube de uma cidade de recomeços: Storybrooke.  

— Adoro detalhes, pode especificar? 

— Claro. - Sorrio. 

 

         #-#-#-#-#-#-#-#- Anos atrás—#-#-#-#-#-#-# 

 

Eu ainda estava em Portland quando soube. Eu estava andando sem rumo por dias. Eu tinha pego as economias de meu pai que, felizmente, Liam não tinha levado. 

Eu entrara em um café para ter o que comer pela manhã. Não me lembro o nome do café, só lembro de uma garçonete bonita e gentil. 

Olá, jovem rapaz, o que vai querer? - Perguntara ela. 

— Um café puro e bacon com ovos. Ah, e waffles com mel também, por favor. - Respondi. 

— Seu pedido é uma ordem. - Ela sorriu e se retirou da minha mesa. 

Fiquei olhando o ambiente até que avistei o gerente, conversando com o homem do caixa. Eu me aproximei dele e lhe perguntei: 

— Você têm um mapa?  

— Um mapa? - Repetiu ele. 

— Sim, um mapa. Você têm um mapa do estado do Maine? 

— Não sei. Vou ver. - Ele entrou  numa porta que tinha atrás, nos fundos.  

Depois de pouco tempo, ele voltou com um mapa e me entregou. 

— Pode me dizer qual a melhor cidade para se viver? - Perguntei. 

— Portland, é claro. - Ele deu uma risada sem graça. 

— Sem ser Portland, eu quis dizer. 

— Bem... Eu não sei. Nunca saí da minha boa e velha Portland – Ele sorriu e entrou de novo.  

Peguei o mapa e fui de volta para minha mesa. Em alguns minutos, a garçonete voltou com o que eu pedi. 

— Aqui está. - Anunciou ela e colocou tudo em cima da mesa. 

— Obrigado. - Respondi. Abri o mapa para ela ver e lhe perguntei: - Qual melhor cidade para se viver? 

— Sem ser Portland, acredito que seja Storybrooke. 

Olhei para o mapa e achei Storybrooke. 

— Storybrooke? 

— Sim. Storybrooke é uma cidade de recomeços. - Ela sorriu. - Eu poderia ir com você, se é para isso que quis saber, mas você é muito novinho para mim. - E se retirou. 

Só anos depois eu fui entender o que ela quis dizer com aquilo. 

Depois dali, de tomar café e sair, peguei um ônibus para Storybrooke. E, realmente, era uma cidade de recomeços. Consegui morar numa hospedaria e frequenatr a escola. Claro que tive que fazer algumas artimanhas com relação á minha matrícula na escola.  

Só que eu não esperava conhecer alguém importante. 

#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#

— Emma, imagino. - Ela interrompe. 

— Claro. - Sorrio. - Ela era tudo que eu via que valia á pena naquilo tudo.  

— Sempre é assim. É o amor, Killian. 

#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-# 

Por mais que na escola eu havia várias garotas aos meus pés, eu só tinha olhos para ela. E ela, me detestava.  

Depois de um ano naquela vida, decidi sair. Eu nunca fui feito para ficar em um lugar fixo. Eu sabia que o que nos faz ficar num lugar são as pessoas, mas em Storybrooke, naquela época, eu não tinha ninguém além de Emma. Mas, como eu havia dito, ela não gostava de mim então não valeria á pena. Eu tinha que deixá-la em paz.  

Eu não sabia onde e como eu iria ir, mas eu queria desaparecer. 

 
  Em um dia, eu estava passeando nas Docas e observando os navios partirem. Eu sempre amei navios, queria ter um. Vi um navio que me chamara bastante atenção. Ele era incrível. Um homem também estava apreciando o navio, então me aproximei dele. 

— Bonito navio, não é? - Comentei. 

— Muito. Estou vendendo, quer? - Ele me perguntou. 

— Está vendendo esse navio? 

— Preciso do dinheiro para ajudar á pagar as contas de casa.  

— Não tenho dinheiro para esse navio, senhor. 

— Ah, qual é? Eu lhe faço um preço bem pequeno. 

— Não sei se o dinheiro que meu pai me deixou vai dar. 

— De qualquer jeito, garoto, valerá á pena. 

— Espero. 

— Vamos conversar sobre negócios? 

— Se prefere chamar assim... 

E foi assim que eu havia comprado um navio com apenas quinze anos de idade.  

Eu me despedi de Emma e Graham e juntei cinco companheiros de viagem: Robert, Adam, Keith, Marck e Oliver. 

Viajamos por vários lugares durante anos. Com o tempo, cada um escolheu um lugar onde se fixar, menos eu. Eu ficara sozinho outra vez. Nas viagens, eu escrevia cartas para Emma, mas nunca de fato as entreguei.  

Em um dia, viajando sem rumo, sozinho, decidi voltar para Storybrooke. 

E encontrei Emma, a conquistei, me casei com ela, tivemos filhos e aqui estou. 

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— E então do nada seu irmão voltou? - Mary me pergunta. 

— Sim. E o pior é que eu não sei qual é minha verdadeira reação sobre isso. 

— Talvez você esteja assustado demais para ter alguma reação. Já tentou saber por que ele evaporou? 

— Sim. Mas ele não conta.  

— Um segredo não é uma coisa boa.  

— Liam nunca foi disso. 

— Tente parecer que está feliz por ele ter voltado. 

— Eu estou feliz. 

— Apenas aja como se ele nunca tivesse sumido. Ele vai te contar em algum momento. 

— Obrigado, Mary. 

— De nada. 

— Você seria uma ótima psicóloga. 

— Emma sempre fala isso. 

— Não é por nada. 

— Um dia desses posso conhecer seu navio? Só o vi por fora. 

— Me cobre esse tour um dia desses. 

— Vou sim. 

— Ah, você pode cuidar das crianças hoje á noite? 

— Aniversário de casamento, não é? 

— Sim.  

— Claro que posso. - Ela  sorri. 

A porta se abre repentinamente e ambos nos viramos para ver quem é. 

— O que foi, Swan? - Pergunto ao vê-la praticamente em pânico. 

— O que aconteceu? - Mary pergunta. 

— Neal, ele... - Emma engole á seco. - ...Ele desapareceu. 

Neal fugiu? Ah, não... De jeito nenhum... Eu não aguento mais esse cara.  

Se bem que eu quero acabar logo com isso. Quero que tudo continue como antes: bem. E quando Neal está por perto, nada está bem. 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por eler este capítulo. Até o próximo, bjs ♥ ♥



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