Only Yours Is My Love escrita por LivOliveira


Capítulo 8
Aniversário de casamento




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/701804/chapter/8

Odeio no fundo do meu coração estar procurando Neal. E o pior é que me forço estar aqui para me livrar dele de uma vez por todas. 

Estou com Emma andando pela floresta atrás de Neal. Eu, Emma, Graham e David nos dividimos em duplas pela floresta atrás dele. E, depois de muita confusão (já que David disse que não deveríamos ficar juntos, porque nos distraímos), decidiu-se que minha dupla seria Emma. Aliás, não tem nenhuma chance de nos distrairmos porque, quando se trata de Neal, Emma fica bem focada. 

E isso me deixa irritado. 

Na verdade, tudo relacionado á Neal me deixa irritado. 

E Emma não facilita tudo. Ela só fala dele e está bem tensa por conta disso. Parece que está obsessiva ou algo do tipo. 

— Preciso descansar um pouco. - Digo, parando de andar e observar ao redor. 

— Podemos descansar depois. - Emma diz. 

— Sério. Estamos duas horas e meia seguidas andando sem rumo por essa floresta sinistra. Preciso descansar. 

— Está com medo ou cansaço? 

— Faz diferença? Eu quero parar um pouco. 

— Killian, você não está ajudando. 

— Eu deveria estar? Que se ferre Neal, vamos pegar ele de qualquer jeito mesmo. É só bloquearmos o limite da cidade e tudo ficará bem. Não têm segredo. Neal é um péssimo criminoso. 

— Péssimo? Ele quase te matou. 

— Ele não é o mesmo. 

— Como sabe? 

Dou um suspiro impaciente e me sento num tronco de árvore caída. 

— Se quiser ir sozinha, vá. Estou parando por aqui. 

— Parando? Desde quando você desiste? 

— Já me meti uma vez na vida de Neal, não quero cometer esse mesmo erro. Interferir na vida dele sempre é um ato suicida. 

Emma se senta ao meu lado. 

— Você mesmo disse que ele não é o mesmo. 

— Vai que ele está louco? E se ele pirar de vez e decidir acabar com todo mundo? E prefiro não fazer parte disso e nem acordar a fera. 

— Você têm razão. Não deveríamos nos preocupar com isso. 

— Eu sempre tenho, Swan. 

Emma dá um pequeno sorriso de lado. Seus olhos estão brilhando mais que as estrelas que estarão brilhando daqui há algumas horas. E eu amo quando seus olhos brilham. 

— E o que acha que devemos fazer? 

— Eu não sei. Se bem que eu gostaria de lhe apresentar direito ao meu irmão. 

— Em falar nele, eu pensei que ele estivesse desaparecido ou algo do tipo. 

— E estava. Na realidade, você pouco sabe sobre a minha história, Swan. Eu sei mais sobre a sua. 

— Eu pensei que ainda era uma ferida aberta e eu não queria tocá-la. - Ela pousa sua mão delicada em cima da minha, que está em minha perna. 

— Já faz um bom tempo que não sou frágil quanto á isso. 

— Eu não sabia. Por isso eu nunca quis falar sobre o assunto. 

— Bem, a minha história ainda é um pequeno mistério para mim. 

— Como assim? 

— É difícil de explicar. Aliás, tive uma sessão de psicologia hoje que realmente me ajudou. 

— Minha mãe, estou certa? 

— Comece á apostar na loteria, porque você está certíssima. 

Emma ri. 

— O que ela te falou? 

— Palavras...? 

— Engraçadinho... - Ela revira os olhos. - Está dando um de misterioso? 

— Sempre fui. 

— Killian, o que acha de darmos o fora daqui? Eu aviso para meu pai que procuramos Neal mais tarde e bloqueamos a fronteira da cidade caso ele tente sair. 

 - Concordo. Então vamos logo. 

 

                                                              ❉              ❉              ❉ 

 

 

1.2.3.4. 

Bato na porta de Liam quatro vezes seguidas. Em menos de quinze segundos, a porta se abre. 

— Pensei que não iria devolvê-lo hoje. - Liam comenta sorrindo e se afasta do caminho para permitir eu e de Emma entrarmos no quarto. 

— Eu disse que iria devolvê-lo. - Emma responde. - Só não falei quando. 

— Uau, da próxima vez vou pedir mais informações sobre isso ao invés de ficar plantado aqui o dia inteiro esperando meu irmãozinho voltar. - Liam diz depois que entramos e fecha a porta. 

 - Já estou aqui, não precisa se preocupar. - Digo. - Eu esqueci de ligar para Ruby te avisar. 

— Eu percebi. - Liam ri. 

— De qualquer modo, eu o trouxe de volta, não foi? - Emma pergunta. 

— De fato, milady. - Liam responde. - A que devo a honra de suas presenças? 

— Conversar. - Digo. 

— Podem se sentar. - Liam aponta para sua cama. Seguro a mão de Emma e a guio até lá. Sento e ela se senta ao meu lado. - Do que estávamos falando antes da sua garota lhe sequestrar? 

— Não me lembro. - Respondo com sinceridade. 

— Também não. Mas, eu gostaria de conhecer a Emma direito. - Liam sorri. 

Emma dá um leve aperto em minha mão esquerda. 

— Me conhecer? - Ela pergunta. 

— Sim. - Liam balança a cabeça.  

— Bem... - Ela para um pouco para pensar e depois olha para mim. 

— Tudo bem Eu sei que não confia em mim.  

— Não é isso. É só que... 

— ... É uma longa história. - Completo para ela. - Ela se chama Emma e é minha esposa e não garota.  

— Aliás, como se conheceram? 

— Há muito tempo... - Olho para ela e sorrio. - Logo depois que você me abandonou. - Me viro de volta para Liam. 

— Eu buscava respostas, Killian. - Ele revela. 

— Que tipo de respostas? - Pergunto. 

— Qualquer uma. - Ele arqueia as sobrancelhas. 

Vou mudar de assunto. Tenho que mudar de assunto. Não preciso falar disso com ele. Não agora. Não com Emma. 

— Emma e eu temos dois filhos. - Mudo de assunto sem parecer desesperado. 

— Sério? Quais os nomes? 

— Kyle e Emile. - Emma responde. 

— Que nomes bonitos.  

— É. Nós trabalhamos no departamento de xerife de Storybrooke. - Conto. 

— Então quer dizer que são xerifes e trabalham juntos? 

— A-hãm. - Confirmo com a cabeça. 

— Legal. Bom saber que está bem de vida, Killian. 

— Mas eu não sei sobre a sua, Liam. - Digo. 

— Eu meio que não parei em um lugar fixo por anos. - Liam responde. 

— Viajou muito? - Emma pergunta. 

— Sim. 

— Eu também. Mas encontrei um motivo que me fez parar e me fixar em um único lugar. - Falo e olho outra vez para Emma. 

— O amor realmente é lindo. - Liam comenta. 

— Liam, nós... - Olho para meu relógio de pulso e vejo que já está no horário para pegarmos Kyle e Emilie. - ... Temos que pegar nossos filhos na escola. 

— As vezes esqueço no quão você cresceu. 

— Foi bom te ver também. - Sorrio e me levanto com Emma. 

— Tchau, Killian e Emma. - Ele acena. 

— Até mais, Liam. - Emma responde sorrindo. 

— Até. - Ele responde. 

— Ainda não terminamos nossa conversa, Liam. - Digo e por fim, saio do quarto com Emma. 

— Ele parece estar escondendo várias coisas. - Emma comenta enquanto andamos pelo corredor. 

— E está. Ele vai contar de uma vez por todas, em algum momento. 

— Engraçado, não consigo pensar em nada para ser um motivo pelo o que ele fez. 

— Ele não fez a pior coisa do mundo.  

— Mas foi um ato impulsivo. 

— Que seja. Não tenho raiva dele por isso. Só quero que me responda porque fez aquilo. 

— De qualquer jeito, ele está escondendo algo.  

— Vamos pegar Kyle e Emilie logo. 

— Querendo mudar de assunto? 

— Não. Ansioso para a nossa comemoração. 

Emma revira os olhos e abre um sorriso. 

 

                                                                                 ❉              ❉              ❉ 

 

— Papai! - Kyle corre em minha direção e me abraça. 

— Como vai, Capitão? - Pergunto o abraçando. Dou um beijo em seu rosto enquanto mato a saudade do dia. 

Depois que Kyle se desvincula dos meus braços, ele vai para os da mãe.   

Segundos depois, vejo Emilie sair com alguns amiguinhos. Ela me ver e sorri. Caminha em minha direção e quando se aproxima, enlaça seus braços finos ao redor de meu pescoço  e diz: 

— Oi, papai. Como foi seu dia?  

— Foi ótimo, minha flor-de-lótus, e o seu? - Respondo. 

Emilie desenlaça seus braços do meu pescoço e fica de frente para mim. 

— Também. Hoje fizemos várias coisas legais. A professora contou a história da Branca de Neve e os Sete Anões. 

— Que incrível. Essa história é bem legal. Mas eu prefiro á do Capitão Gancho e Peter Pan. 

— Você conta essa para mim de noite? 

— Ah, eu não vou poder, flor-de-lótus. 

— Por quê? 

— Você e seus irmãos vão para a casa de vovó e vovô. 

— Sério? Por que, papai? 

— Papai e mamãe vão sair hoje á noite.  

— Tudo bem, eu gosto da casa de vovó e vovô. 

— Que bom.  

— Vamos? - Emma pergunta. 

— Sim. - Sorrio e vou de mão dadas com Emilie até o carro. 

 
#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-# 

 

Isso me lembra o fato de quão meus filhos estão crescendo rápido. Parece que foi ontem que Emma havia me contado que estava grávida. 

 

Seis meses depois do nosso casamento, estávamos com os pais de Emma. Henry e Regina numa mesa do Granny's tomando café.  

Só foi Ruby colocar um prato com bacons em cima da mesa que Emma fez uma careta, colocou a mão na barriga e saiu correndo em direção ao banheiro. Eu achei aquilo um tanto estranho efui atrás dela. Emma não me deix0ou entrar, e quando saiu, passou direto por mim e arrastou Regina para fora do Granny's sem dar alguma satisfação. 

Segui as duas discretamente até uma farmácia. Decidi entrar, e acabei vendo Emma comprando um teste de gravidez. 

— Swan?! - Perguntei ao vê-la. - O que está fazendo aqui? 

— Eu... - Ela entrega o teste para Regina. - Eu vim com Regina comprar um teste de gravidez para ela. 

— Você está grávida? - Olhei para Regina. 

— Não sei. A dúvida me mata. - Ela mentiu. 

— Ah, claro... - Olhei desconfiado para Emma.- Estou no Granny's caso precisem de algo. - E sai da farmácia. 

Eu sabia que Emma achava que estava grávida porque ela  havia feito várias perguntas  para Mary se ela queria ter mais um neto e ainda havia me perguntado por quase uma semana se eu queria ter um bebê.  

Eu voltei para o Granny's e expliquei tudo aos pais dela, que já estavam cientes. 

Naquele mesmo dia, á noite, Emma havia chegado em casa meio pálida. Não era comum ela passar o dia todo me evitando e fora, por isso me surpreendi por ela ter voltado cedo do lugar onde quer que estava. 

— Precisamos conversar. - Emma anunciou. 

— Sobre...? 

— Nós. 

— Nós? 

— Não nós, de outra pessoa mas... - Ela fechou os olhos e respirou fundo. - Eu estou grávida. 

— Grávida?  

— Sim. Grávida. 

Eu corri da direção dela e a envolvi com meus braços. Eu sorri e comemorei aquilo e aquele momento. Foi um dos melhores dias da minha vida. 

 
 

#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-# 

 

Assim que toco a campainha, Mary abre a porta. 

— Que saudades dos meus queridos netos... - Comenta ela enquanto se inclina para abraçar os dois. - Podem entrar. 

Emilie e Kyle entram e Mary olha para nós dois: 

— Tenham juízo. - Sorri e fecha a porta.  

— O que ela quis dizer com isso? - Pergunto. 

— Nada, Killian, nada. - Emma responde e ri. 

— Faltam algumas horas para a nossa comemoração. 

— Algumas horas? Por que não agora? 

— Eu não sei, eu não planejei agora. Na verdade, eu nem sequer planejei nada. Que tal sairmos e... 

— Ou apenas fazer um jantar romântico em casa. - Ela me interrompe. 

— Nunca fizemos um jantar de aniversário de casamento em casa, é uma boa ideia. 

— Eu sei que é. - Emma se gaba. 

— Te amo. - Falo por acaso. Isso acontece automaticamente quando a vejo sorri, porém eu tento me conter para não falar toda hora. 

— Também. E torça para eu não queimar nada. 

— Você sempre queima. 

— Obrigada pelo apoio. - Ela faz sinal de legal. 

— Já falei que te amo. 

— Não me irrite. 

— Super estressadinha fase quatro!! - Dou pequenos saltos. 

— Bobo. - Ela revira os olhos e vai descendo as escadas. A acompanho e seguro sua mão. 

— Acha que Violet e Henry estão namorando? 

— Não sei. Acho que sim. Ela é uma boa garota. 

— Além do mais, ele gosta dela há tanto tempo. 

— Eu quero que ele amadureça nesse sentido. Porém Regina não pensa o mesmo. 

— Essa mulher parece ter um distúrbio mental. 

Vamos caminhando pela rua. 

— Não fale assim dela. 

— Falo sim. Ela é meio louca e impulsiva. Parece aquelas vilãs de filmes de... 

— Por que vocês se odeiam? - Emma me interrompe. 

— Ela me odeia então eu odeio ela, é um sentimento recíproco. 

— Onde se originou isso? Como? Tipo... Nada brota do nada. 

— Eu sei lá. Ela que sabe. 

— Será que vocês têm um passado juntos? Um passado obscuro? - Ela para e olha para mim. 

O que falar? O que falar? Não gele, Killian. Não gele. 

— Eu... 

— Mas é claro que não! Como pude pensar nisso? - Ela ri e volta á caminhar. 

Se essa foi por pouco? Claro que sim. Emma não pode nem imaginar sobre o que eu fiz com Regina. 

— Como pôde pensar nisso? É tão... Louco. 

— Pois é... - Ela continua rindo. 

É. Ela não faz a menor ideia do que seja. É sempre melhor assim: Quando a garota não sabe das besteiras do passado do garoto. 

 
 

                                                                  ❉              ❉              ❉ 

 
 

— E então? - Emma me pergunta, me olhando com curiosidade. 

Estamos no nosso jantar romântico e Emma me obrigou á provar primeiro a comida porque ela não quer se arriscar. Então estou dando uma de cavalheiro provando sua comida. 

— Hmm... Nada mal. - Digo. 

— Só? 

Não, Emma. Está com tempero demais e sal demais. Mas não vou te falar isso porque não é o que quer ouvir. Se bem que ela não queria ouvir um "nada mal" também. Mas é melhor do que dizer que está horrível, e não está horrível, então estou sendo honesto. 

— Sim Quer dizer, poderia estar melhor... 

— Lá vem você com esse papo. - Ela pega um pedaço da carne e coloca na boca. - Hm... Obrigada. 

— Por quê? 

— Por amenizar a minha dor. Eu deveria ser processada por ter te obrigado á comer isso.  

— Não está tão ruim. 

— Claro que não. Está péssimo. 

— Não fale assim. 

— Nosso jantar foi um fiasco, vou pedir pizza. - Ela se levanta. 

— Ei, nada disso. Nada de pizza. - Me levanto e a alcanço. 

— Sushi? 

— Nada de sushi. 

— Então o quê? 

— Qualquer coisa. 

— Pizza? - Seus olhos brilham. 

— Não. Não. Não. Vamos sair, então. E, por sinal, você está linda nesse vestido vermelho. 

— Obrigada. - Ela dá um sorriso agradecido. - E para mim, tanto faz. 

— Que tal comprarmos pizza e comer na praia? A Lua está cheia hoje. 

— Pensei que não queria comer pizza. 

— Na verdade, eu não quero. Mas faço de tudo por você. 

— Não me mime. - Ela pede. 

— Não faço isso. Mas gosto de tratar bem, como uma princesa. 

— Eu te amo. Eu realmente te amo. Nunca encontrei alguém que me tratou como você me trata. 

— Você merece mais do que sou capaz de lhe oferecer, Swan. 

— Não. Eu já tenho tudo.  

Eu sorrio e pego um casaco para ela.  

— Vamos? Passamos na pizzaria no caminho. 

— Claro. - Emma sorri. 

 
 

                                                     ❉              ❉              ❉ 

 
 

Ela está linda. Brilhando como sempre brilha. Se destacando quando tudo está escuro. Ela sempre chama atenção e está presente quando tudo vai bem ou mal. De dia, posso vê-la também, pois até quando o Sol brilha ela está presente e pode nos fazer esquecer de tudo para apreciar sua beleza. 

Se pensa que estou falando da Lua, está bem enganado (a). 

É Emma. Ela é incrível. 

— ... E loucamente ele morre no final. O autor nem especifica como o personagem morreu, apenas... Morreu. -  Emma está contando sobre um livro do qual leu e não gostou. 

Na realidade, eu nem estou ouvindo o que ela está falando. Apenas estou a admirando. 

Emma pega um pedaço de pizza, dá uma mordida e olha para o mar. 

— Gosta de esquecer de tudo? - Pergunto. 

— Como assim? 

— Ter um momento onde esquece de todos os problemas e deixa a maré te levar. 

— Esquecer de tudo? - Ela limpa a garganta e suspira. - Isso geralmente acontece quando estou com você. 

— Acha que August está demorando  para pedir Ruby em casamento?  

— Não sei. Espero que sim. 

— Vou falar com ele. Talvez esteja demorando mais que o necessário. 

— Será que ele quer mesmo isso? 

— Por que não iria querer? 

— Não sei. - Ela dá de ombros. - Eu apenas quero saber o que Neal está fazendo aqui. 

— Quando pegarmos ele, faremos algumas perguntas, prometo. 

— Eu quero fazer todas as perguntas, Killian. - Ela endireita a postura e fica de frente para mim. - Como, porque e o que o que aconteceu. Sem contar em seu passado 'sombrio' que vale á pena desvendar. 

— Será que vale mesmo á pena? 

— Por que não? 

— Eu não sei o que esperar de Neal. Não gosto dele. Antes ele fazia parte de lendas da cidade e do nada volta totalmente insano e... Some outra vez e volta de novo louco. Estou confuso e não gosto de falar sobre Neal. 

— Tem razão, desculpa. Fiquei muito obsessiva com esse lance e tudo mais, espero que não fique bravo comigo. 

— Está mais para acontecer ao contrário. 

Emma sorri e revira os olhos. 

— Vem, cansei de comer pizza. - Falo me levantando e batendo as palmas da mão na calça para tirar a areia. Ergo minha mão na direção dela para poder ter uma apoio e se levantar.  

Emma olha para minha mão. 

— Para onde vamos? - Pergunta ela. 

— Vou te levar á algum restaurante, talvez. Algo decente. 

Emma sorri e segura minha mão. A ajudo a levantar e sorrio para ela. 

— Pizza é algo decente. 

— Mas a pizza não é digna de alimentar uma princesa que nem você. 

— Que romântico... 

— Só hoje. Você sabe, prefiro sedução. - Dou uma piscadela para sua direção e começo á caminhar. 

Emma ri e encosta sua cabeça em meu ombro enquanto me acompanha. 

 
 

                                                  ❉              ❉              ❉ 

 
 

O jantar foi incrível. Melhor comer comida italiana do que apenas pizza.  

Assim que chego em casa com Emma, vou direto para a cozinha pegar um copo d'água. 

Pego um copo e o encho do líquido precioso, logo bebo tudo em apenas um único gole. 

— Sinto falta das crianças quando dormem na casa de meus pais. - Emma comenta da sala. Provavelmente esteja jogada no sofá. 

— Também. Tudo fica em silêncio... - Vou para a sala. E, como eu havia pensado, ela está jogada no sofá. 

— Kyle realmente coloca todo mundo de cabeça para baixo.  

Me sento colado á ela e olho em seus olhos. 

— Ele puxou á quem...? - Sorrio. 

— Á mim que não foi. - Emma dá de ombros. 

— Ah, claro que não... - Falo com sarcasmo. 

— Não mesmo. Pergunta para minha mãe. 

— Ela vai concordar. 

— Não vai. 

— Vai sim. 

— Não, não. 

— A-ham. 

— Não e pronto. 

— Te amo. 

— Também.  

A beijo. Beijo ela tentando mostrar-lhe meu amor, que é maior que eu. Não dá para controlar esse amor. 

E não dá para controlar a sensação de querer tê-la em meus braços, de querer beijá-la a noite toda, de acariciar o seu corpo.  

Não consigo parar de beijá-la, enlaço meus braços em sua cintura e continuo beijando-a. 

Em pouco tempo, me vejo subindo as escadas carregando Emma. Já sei o caminho até o quarto, então não preciso me afastar de seu lábios para isso. Só preciso andar de beijar. Apenas isso. 

Entro no quarto e a coloco deitada na cama, fico em cima dela. Me afasto para tirar minha jaqueta e minha camisa. Emma aproveita para começar á tirar o vestido. Depois de tirar o vestido, Emma olha para mim, em silêncio. Já terminei de tirar as vestes superiores e Emma me beija ferozmente.  

Eu adoro quando estou com ela, aqui, sozinhos. É como se o mundo não existisse, como se o mundo fosse habituado apenas por nós.  

Emma sente o mesmo, eu sei. Impossível não sentir o mesmo. Eu pensei que nunca encontraria: alguém que me faça esquecer dos problemas e que me ensinasse á amar. Obrigado, Emma. Você mudou minha vida. 

E, quando menos espero, já estou completamente louco de amor por ela. Ela costuma fazer esse efeito em mim.  

Engraçado como consigo me apaixonar todos os dias pela mesma pessoa. Mas, como dizem, o amor é isso: não têm explicação.  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpem pela demora e espero que tenham gostado. Bjs no core e até mais ♥ ♥ ♥.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Only Yours Is My Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.