Only Yours Is My Love escrita por LivOliveira


Capítulo 6
Mais que amigos


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei bastante para postar esse capítulo porque meu computador quebrou. E eu estou sem meu celular porque ele quebrou também. Que maravilha...
Mas não tem problema, não é? Eu acho que não. Bem, meu computador voltou ao normal e consegui terminar o capítulo. Agora vou deixar vocês lerem e espero que gostem. Boa leitura!
OBS: Perdoem os erros.



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— Como assim? Conta isso direito! Seu irmão não tinha sumido? - Graham me pergunta. 

— Foi isso que eu pensei até hoje! - Respondo. 

— E então, Killian, você vai querer algo? - Ruby aparece ao meu lado me perguntando. - Aliás, bonita camisa. 

— Obrigado. Ah, Ruby, você pode me dizer o que aquele Liam te perguntou? 

 - Ah, ele só queria saber onde tinha um posto de gasolina por perto, porque o carro dele meio que ficou sem gasolina perto da fronteira da cidade. Por quê? - Ela me responde. 

— Por nada. - Respondo e saio dali. 

Não sei se estão pensando que sou algum tipo de louco ou sei lá, mas nem estou me preocupando com isso porque já estou pelas ruas procurando Liam. 

Eu ainda estou em pânico, não vejo meu irmão desde que tenho 14 anos de idade. Ele simplesmente sumiu! É uma triste história, para ser sincero, e não gosto de relembrar de vez em quando. 

Durante minha vida toda eu me perguntava o porquê dele ter dado no pé, deixando apenas uma carta de despedida. Mas parece que eu estou perto de descobri. E esse perto significa duas quadras daqui, porque estou conseguindo vê-lo no posto de gasolina. 

— Oi, Killian. - Aurora aparece na minha frente. 

— Ah, oi, Aurora. Tudo bem? - Pergunto sem foco nenhum na conversa, estou olhando para Liam do outro lado da rua. 

— Sim. E você?  

— Estou bem, apenas um pouco ocupado. - Eu respondo. Aurora segue meu olhar e depois se vira para mim. 

— Oh, desculpa. É um suspeito, não é? E acho que estou atrapalhando... Bem, eu vou indo então. - Ela diz, e por fim vai andando. 

— Até. - Eu falo e atravesso a rua.  

Vou até o posto de gasolina e consigo acompanhar Liam saindo com a garrafa em litro da gasolina. E realmente, ele vai caminhando para a fronteira da cidade e nem percebe que estou o seguindo. Ou percebeu e decidiu ignorar. Deve ser porque sei disfarçar muito bem, acho. Aliás, eu sou o mestre dos disfarces. 

— Qual é? Você vai ficar me seguindo mesmo, é? - Liam pergunta sem se virar. Já estamos próximos da fronteira. É possível enxergar a placa de "Bem-vindo á Storybrooke". 

— Talvez. - Respondo. - Só paro se você lembrar de mim. 

— Como assim? Do que está falando? - Liam se vira para mim e cruza os braços. 

— Prazer, sou Killian Jones. - Dou um sorriso encantador e estendo a mão para cumprimentá-lo. 

— Não pode ser. - Ele dá uma risada irônica. 

— Sério, sou eu mesmo.  

— Então me diga: O que eu deixei junto com aquela carta de despedida? 

— Que carta? - Minto. 

— Eu já sabia... - Ele diz e se vira. 

— Um anel. - Respondo. - Tenho ele até hoje. Inclusive estou usando ele em meu pescoço. 

— Se lembra quando e te chamava de... - Ele meio que me pede para completar se virando de frente para mim. 

— ... Capitão Jones, eu me lembro. - Eu sorrio. 

— Killian... - Ele sorri e me abraça. - Senti sua falta. 

— E eu mais a sua. - Retribuo o abraço. - E eu mais a sua, meu irmão. - Repito. 

  

                                              *    *   * 

 
 

— Como vai a vida? - Liam me pergunta quando nos aproximamos da caminhonete dele. 

Uma, bela caminhonete... 

— Bem, eu acho. - Dou de ombros. 

— Como assim? - Liam me pergunta e abre a porta de motorista. 

— Alguns probleminhas. Mas está tudo ótimo.  

— Vem, entra, vamos conversar um pouco. Você não está ocupado, não é? 

— Talvez sim. 

— Ei, o que foi? O que é mais importante do que um papo como seu velho irmão? 

Minha família, talvez

— Liam, não sei se você sabe, mas eu tenho uma vida. 

— Eu sei, eu também tenho. 

— Você não entende. - Suspiro. 

— Eu estou de volta, não estou? 

— Sim, está. Mas esse 'estou de volta' poderia nunca ter existido, não é? 

— O que quer dizer? 

— Que se você não tivesse sumido... 

— É, eu sei, Killian. Acontece que eu nunca precisei que esfregassem isso na minha cara. Isso está sendo injusto, não percebe? Esquece o passado! 

— Tudo bem. Você quer saber sobre mim? Saiba que a Emma foi a melhor coisa que me aconteceu desde que você se mandou. 

— Não me mandei. E quem é Emma? Ah, espera, uma garota... 

— Ela não é uma garota. Ela é uma mulher e é minha esposa. 

— Você se casou? 

— Sim. Sabe, eu sou irresistível. 

— Sempre soube que você teria essa sorte. 

— Mas a Emma... A Emma é única. A Emma não se compara á nenhuma outra. Emma ela é incrível. E eu a amo. Amo demais. 

— Nunca pensei em ver meu irmão apaixonado. 

— Nem eu pensei que poderia me apaixonar um dia. E desse nosso amor, tivemos dois frutos: Kyle e Emilie. 

— Vocês tiveram filhos? - Liam pergunta e eu me apoio na caminhonete  

— Acompanha, Liam... - Reviro os olhos. - E, bem, foi só isso. E você? 

— O de sempre... 

— Como assim? 

— Encontro alguém, penso que é a minha alma-gêmea,  quebro a cara, acabo sozinho e assim se repete o ciclo. Empolgante, não? 

— Eu nunca tive notícias suas, onde esteve? - Arqueio as sobrancelhas. 

— Hã... Você disse que estava meio ocupado, não? - Ele olha para seu relógio de pulso e dá um sorriso nervoso. 

— Então tá. Te vejo por aí, então, Liam. 

Me desencosto da caminhonete e vou andando de volta para a cidade. A minha casa não é tão longe, então não demoro mais que quinze ou vinte minutos para chegar antes que Emma fique louca de tão preocupada e vá me procurar na delegacia -  o que não é uma das melhores opções, já que Neal está lá.  

 
 

                                                         *    *    * 

 
 

Assim que chego em casa Emma me abraça. Eu nem a vi vir em minha direção, apenas senti seus braços contornarem meu pescoço. 

— Onde esteve? - Ela pergunta ainda me abraçando. 

— Na cidade. Desculpa, amor. Não avisei que iria atrasar. 

— Já levei as crianças. - Ela afasta o rosto e me olha, ainda me abraçando. 

— Desculpa não ter ajudado Kyle se comportar. 

— Está tudo bem, sério. - Ela sorri. - Por quê sumiu? 

— Se eu te contar, você nem vai acreditar. 

— Então me conta! 

— Depois. Aliás, não vou nem te contar, vou te mostrar! 

— O que quer dizer? É uma surpresa? 

— Não sei... Você verá! 

— Conta logo! 

— Não mesmo. 

— Vamos, eu vou tentar te convencer no caminho para a delegacia. 

A delegacia não, Emma. Podemos ir para todos os lugares, menos esse... 

— Não vamos para a delegacia. 

— Ué, por quê não? 

— Porque... - A campainha toca para me salvar. Ufa! 

Emma para de me abraçar, então vou atender a porta.  

— Cheguei. - Regina avisa logo entrando. 

— Então você é minha fada madrinha? - Pergunto para ela. 

— Como assim? - Emma pergunta. 

— Deixa para lá. - Regina fala por mim. - Então, Emma, está pronta para o dia no shopping? 

— Eu pensei que estivesse brincando na mensagem. - Emma respondeu. 

— Você sabe, eu nunca brinco. - Regina diz. 

Que criatura desalmada. Não sabe dos prazeres da vida que é a diversão. Oh, criatura cujo o interior é amargo! 

— Uau. - Comento com uma careta de reprovação. 

— Me poupe. - Regina revira os olhos. - Então, você vem? 

— Tenho escolha? - Emma pergunta. 

— Não. - Responde Regina. 

— Então vamos. - Emma fala e se aproxima de mim. - Você vai ficar bem?  - Ela me pergunta. 

— Swan, eu não tenho cinco anos. - Respondo. 

— Vou sentir sua falta. - Ela me dá um selinho. 

— E eu a sua. - Respondo com um sorriso. Ela sorri de volta e se afasta. Ela abre a porta e sai. - Tchau, Rainha Má. 

— Tchau, Killian. - Ela me responde de forma natural e sai, fechando a porta. 

Vou aproveitar e começar á preparar a lasanha para o almoço de Violet e Henry. 

 
    

                                                                  *                      *                               * 

 
 

Já arrumei tudo. Violet vai ter o melhor almoço que já teve em toda vida! E digo isso não porquê eu sei que Henry vai impressioná-la, mas porque eu arrumei a mesa e ainda decorei tudo. Isso sem contar a lasanha que está com o cheiro incrível. Será que se eu provar ele fica bravo? É melhor não arriscar. 

A campainha toca cinco vezes repetidamente. A pessoa realmente deve estar com pressa. E isso só me faz adiantar os passos até a porta. Abro-a e me deparo com Henry eufórico, que entra rapidamente dentro de casa. 

— Violet está vindo. Ela só voltou para pegar algo e já está vindo. - Ele me anuncia. 

— Já arrumei tudo. - Digo. 

— Obrigado, Killian. Sério mesmo. - Ele coloca a mão em meu ombro. 

— De nada. Vai se arrumar lá em cima. Troque de roupa e dê um jeito no cabelo. Aposto que Violet irá adorar. 

— Tá bom. - Henry sobe correndo as escadas. 

 
 

Em menos de cinco minutos, a campainha toca. Vou até a porta e abro-a rapidamente. Violet está com um sorriso encantador parada na frente minha frente. 

— Ah, oi, Violet. - Cumprimento-a. 

— Oi, Killian. Como vai? - Ela me responde ainda sorrindo. 

— Estou ótimo, obrigado. E você? 

— Bem, obrigada. 

— Entre, por favor. - Peço e dou espaço para ela entrar. 

— Obrigada. - Ela entra e eu fecho a porta.  

Henry desce as escadas e vai até ela. 

— Oi, Violet. - Ele diz com um sorriso meio nervoso. 

— Oi, Henry. - Ela responde. - Tudo bem? 

— Sim, sim. - Ele responde. 

— Hã... Bom, se precisarem de mim... - Vou andando para o cozinha e pego o pote do sorvete que eu estava tomando. - Eu vou estar lá em cima arrumando algumas coisas. Vocês sabem, sou um marido prestativo. - Digo atravessando a sala. - Bom almoço para vocês dois. 

— Killian, pensei que comeria com a gente. - Violet diz. 

— Desculpem, ando bem ocupado por aqui. Talvez na próxima vez. - Sorrio e pisco para Henry disfarçadamente e vou subindo as escadas. 

 
 

                                                                              *    *    * 

 
 

— Sua casa é bem legal, Henry. - Violet diz.  

Eu sei que é errado ficar ouvindo a conversa dos outros na escada, mas eu realmente preciso fazer isso.  

— Obrigado. - Henry responde. 

— E essa lasanha está incrível! Quem fez? 

— Killian. Ele cozinha muito bem. 

Arqueio as sobrancelhas mesmo sabendo que não podem me ver. 

— Tenho que concordar com isso só por essa lasanha maravilhosa... 

Henry dá uma pequena risada e depois ambos ficam em silêncio. Ficaram alguns minutos sem falar nada, ouvi apenas o som dos talheres. Provavelmente estejam degustando minha maravilhosa lasanha. 

Depois de alguns minutos, Violet pergunta: 

— Onde está sua mãe? 

— Deve estar trabalhando ou com Regina. 

— Elas duas são bem amigas, não é? 

— Sim. Sempre foram amigas. Aliás, Regina é como minha segunda mãe. 

— Sério? 

— Minha mãe me teve muito nova, então Regina a ajudou é cuidar de mim. Isso sem contar meus avós. 

— Lá sempre foi eu e meu pai. 

— Você nunca me contou isso. 

— Você nunca me contou sobre suas duas mães. 

— Acho que esquecemos de contar várias coisas um para o outro. 

— Verdade. 

— E também esqueci de falar algo. Tipo... Há muito tempo. Desde que te vi. 

— Como assim? 

— Violet, eu havia acabado de descobrir que não gostava de Grace daquele jeito. Isso foi há cinco anos. Minha mãe me dava conselhos, que antes de dizê-los para mim, nem ela mesmo os seguia. - Desço um pouco a escada, para poder ver a cena e não apenas ouvi-la. Violet está com um pequeno sorriso de lado enquanto o ouve atentamente. No entanto, é possível ver um traço de preocupação em seu rosto. 

— Então, em um dia, você apareceu no meio da aula de matemática e eu não vi mais o sentido em fazer equações ou dividir igualmente um torta imaginária. - Violet deu uma risadinha e se focou outra vez na conversa. - Tudo bem. - Henry suspira fundo. - Eu gosto de você, Violet. 

— Eu também de você, Henry. Somos amigos. 

— Não. Não é apenas "amigos", é sobre eu realmente gostar de você. De verdade. 

— Mais que amigos? 

— Sim. Mais que amigos. Eu só queria saber se você sente o mesmo. 

— Henry, está tudo bem. - Ela deita sua mão sobre a de Henry. - Eu também gosto de você. 

— Sério? Mais que amigo? 

— Mais que amigo. - Ela sorri. 

— Eu nem sei o que dizer, Violet. Fico feliz e aliviado ao saber disso. 

— Eu também. - Ela sorri. 

 
 

             *  *  * 

 
 

Já se passaram uma hora desde que Henry se declarou para Violet. Já está na hora de Violet ir e ela está se despedindo de Henry, na frente da porta. Ainda estou na escada, embora algumas vezes eu tenha subido e feito algumas coisas. 

— Até amanhã, Henry. Espero conversar mais com você sobre... Nós. - Ela diz. 

— Eu também. - Henry responde. - Então... te vejo amanhã? 

— Claro. - Violet sorri. 

Henry se aproxima devagar dela e a beija. É um beijo rápido, mas repleto de sentimentos. 

— Até mais. - Violet sorri.  

Henry parece meio envergonhado por tê-la beijado, então decido descer para me despedir da garota.  

— Já vai, Violet? - Pergunto parando ao lado de Henry. 

— Sim, Killian. Ah, e sua lasanha estava quase melhor do quê a da Granny. - Ela reponde. 

— Obrigado. Até porquê, ninguém supera a lasanha da Granny. 

Ela e Henry riem. 

— De qualquer jeito, eu só queria agradecer mesmo. Hoje foi incrível e agradeço por isso. Espero visitar vocês um dia desses. 

— Pode vim qualquer dia. - Respondo. 

— Obrigada, Killian. - Ela sorri. - Eu tenho que ir agora. Até qualquer outro dia. 

— Tchau. - Respondo sorrindo. Violet sorri para Henry, se vira e sai fechando a porta. - O que foi isso? 

— Você ouviu tudo, não foi? - Henry pergunta. 

— Garoto esperto... - Sorrio e vou indo para a cozinha. 

— Como me saí? - Ele pergunta. 

— Bem, eu acho. Se você foi com o coração, tudo está maravilhoso. - Tiro da geladeira duas latinhas de Coca-Cola e vou para sala. Henry senta no sofá e eu sento ao seu lado, apoiando os pés na mesinha de centro. Passo uma latinha para Henry e abro a minha. 

— Sabe o que me deixa mais feliz? - Henry pergunta. 

— O fato dela sentir o mesmo?  

— Exato. - Ele abre a sua latinha e dá um gole. 

— Senti o mesmo quando Emma decidiu ficar comigo. Na verdade, eu sabia que no fundo ela gostava de mim e tentava negar para si mesma. Mas, você sabe, sempre têm uma parte de nós que duvida. 

— Violet sempre demonstrou, mas eu tinha medo de estar me iludindo. 

— Iludir no amor é o pior tipo de ilusão. - Dou um gole enorme na minha Coca gelada. 

— Killian, você já viajou para vários lugares, certo? 

— Sim - Confirmo. 

— Qual o lugar do mundo que você mais gosta? 

— Storybrooke. - Bebo mais um gole. 

— Por quê? 

— Porque gosto daqui, e ainda têm Emma, você e as crianças. 

— Não, estou dizendo que... Por que você voltou? Antes de minha mãe se apaixonar e vocês se casarem, para ser específico. 

— Hm... - Bebo mais e Henry faz o mesmo. 

— Se eu pudesse viajar por aí, sem rumo, eu acho que não voltaria tão para cá. Então eu acho que gostaria de saber o que te fez voltar. 

— Não é o que, e sim quem. Sua mãe, para ser específico. 

— Conhecia ela? Tipo... Antes de começar á viajar? 

— Sim. - Suspiro me lembrando da época.  

— Então vocês cresceram juntos? 

— Não. Eu só vim para a cidade no início da oitava série e saí no final, logo quando eu já tinha certeza que havia passado de ano. Os pais de Graham pagaram um professor particular para mim enquanto eu viajava. Os agradeço por isso. 

— Então quer dizer que você não é de Storybrooke? 

— Não. Mas sou de uma cidade daqui do Maine. 

— Qual? 

— Portland. Já ouviu falar? 

— Sim. O que te fez sair de lá? 

— Já é outra história, garoto. - Bebo o resto da Coca. - Bebe logo que vamos buscar seus irmãos na escola. - Me levanto. - E hoje você vai me ajudar á cuidar deles. - Sorrio para ele. 

 
 

         *   *  * 

 
 

A parte mais difícil do dia é ter que colocar meus filhos para dormir. Eu gosto tanto de brincar com eles que colocá-los para recarregar a energia é um tanto difícil. Por outro lado, pelo menos eu posso descansar um pouco também. Embora eu esteja preocupado por Emma e Regina ainda não terem voltado. 

Desço as escadas e vou direto para a cozinha. Começo á lavar os pratos e fico distraído nos meus pensamentos. 

Em alguns minutos, ouço a porta se abrir e ouvir a voz de Emma e Regina. Concluo minha atividade e vou para a sala. 

— Oi, amor. - Emma diz e me abraça. 

— Como foi, Swan? - Pergunto retribuindo o abraço. 

— Foi bem. E aqui? - Ela pergunta. 

— Ótimo. 

— Onde está Henry? - Regina pergunta. 

— No quarto dele. - Respondo. - E vocês não vão adivinhar. 

— O quê? O que aconteceu? - Emma e se afasta um pouco. 

— Henry e Violet. - Respondo. 

— O que têm eles? - Emma me olha atentamente. 

— Violet? O que aconteceu? Conta logo. - Regina se irrita, o não é nenhuma novidade. 

— Eles se beijaram. - Conto. - Achei que vocês deveriam saber. 

— Meu filho e aquelazinha? - Regina pergunta. 

— Sério?! Que legal. Ele deve estar se sentindo muito feliz. Faz anos que ele gosta dessa garota.- Emma sorri. 

— Eu não acredito que ela beijou o meu filho! - Regina reclama e desaba no sofá. 

— Na verdade, ele beijou ela. Violet só retribuiu. - Aviso. 

— Tanto faz. Os lábios dela tocaram nos lábios de meu filho. Eu não posso aceitar isso.  

— Ai, deixa de drama, Regina. Não é uma coisa boa? Henry está virando um homem! - Emma se senta ao lado dela. 

— Não é drama. -Regina se irrita mais ainda. - Eu só não gosto dela. Só isso. 

— Nunca mais vou falar sobre Violet com Regina. Me lembre disso da próxima vez, Swan. - Falo rindo. 

— Com certeza. - Emma responde rindo. 

— Vocês são ridículos. - Regina bufa, revirando os olhos. 

— Obrigado, majestade. - Eu brinco.

— Ah, Killian. Você não contou qual foi a surpresa. - Emma se vira para mim. 

Ah, sim... A surpresa... 

Na verdade, a surpresa nada mais é que o aparecimento repentino de meu irmão. É que eu gosto de fazer suspense para Emma. Adoro ver ela irritada e virar a estressadinha. Foi com esses lances que consegui conquistar ela. 

Por outro lado, o aparecimento de Liam só fez eu me lembrar do meu passado. Do que aconteceu. Não foram lembranças muito boas, eu sei. Mas, como todo filho, eu gosto de lembrar de meu pai como um herói. O herói que ele dizia ser nas historinhas que contava para eu e Liam dormirmos. 

— Surpresa? Que surpresa? - Finjo não saber de nada. 

— Agora lá vai ele se passar por inocente... - Regina resmunga. 

— Killia... Conte. - Emma me lança aquele olhar de "se você não contar as coisas vão ficar tensas".  

— Aposto que é algo relacionado á Aurora. - Regina comenta. 

— Como assim? - Emma pergunta. 

— Você não sabia? Ele sempre fica conversando com ela de manhã e ás vezes dá carona para ela. - Regina diz. Emma me olha como se quem não tivesse acreditando. 

Obrigado Regina! Você é uma pessoa excepcional!  

— Não sei o que eles têm. Mas, quem de fora vê, pensa que são namorados. - Regina continua. Eu lhe dou um olhar nada amigável e respiro fundo. 

— O que ela quer dizer, Killian? - Emma me pergunta. 

— Em exatamente nada. Regina andou tomando pílulas. - Respondo-a. 

— É o quê? Eu só não me levanto para te dar um soco porque eu estou com preguiça. - Ela diz. 

— Eu não estou entendendo. - Emma fala. 

— Também não. - Regina me olha com um sorriso irritante.  

— Então quer dizer que não posso falar com outras mulheres? - Pergunto. 

— Não estou dizendo isso. Eu só quero saber um pouco mais sobre essa história. 

— O que deixa claro que você está incomodada com essa situação. 

— Claro que estou. Você sabe que tenho uma ponta de ciúmes de vocês dois desde que ela ficou assistindo sua recuperação do acidente. 

— Mas isso não significa que não posso conversar com ela. Nós somos amigos. 

— Ah, claro. Apenas amigos. - Emma diz sarcasticamente e se levanta. - Ou é mais que isso? 

— Eu não estou te reconhecendo. 

— Nem eu. Nem parece que sou casada com você! 

— Por que eu te trairia? 

— Eu não sei, estou querendo saber isso. - Ela eleva a voz. 

Não acredito que estou tendo esse tipo de discussão com Emma. E Regina está apenas observando isso. Aposto que interiormente ela deve estar se acabando de rir . Por que ela quis expor isso? Ela sabe que Emma não gosta da minha relação com Aurora. 

— Emma, eu... - Suspiro. - Desculpa, está bem? Desculpa. Eu não falo mais com ela. Se isso te deixa feliz. E parabéns, Regina, você conseguiu fazer com que essa discussão acontecesse. - Digo. 

— Eu? O que eu tenho a ver com isso? - Ela se passa por inocente. 

— Nada. - Ironizo. - Exatamente nada. - Dou  um sorriso falso e vou subindo as escadas. 

Se Regina quis fazer com que nós brigássemos, ela está de parabéns. Sua sorte me impressiona! 

Ando pelo corredor e entro na segunda porta á direita: nosso quarto. O meu quarto e o de Emma é o maior quarto da casa.  

Tiro minha camisa, minha calça e vou para o banheiro tomar banho. Depois de ficar minutos na banheira, me visto e vou para o quarto. No entanto, me deparo com Regina sentada na cama com as pernas cruzadas e um olhar doce. Lanço o meu olhar hostil enquanto enxugo meu cabelo atualmente molhado.  

— O que está fazendo aqui? - Pergunto. 

— Eu queria saber mais sobre você e Aurora- Ela responde. 

— Desculpe-me, majestade. Mas eu não tenho nada para lhe contar. 

— Aurora é linda, concorda? 

— Não sei onde quer chegar. 

— Não quero chegar á lugar nenhum. 

—Regina... 

— O que foi? Estou só lhe fazendo uma pergunta. 

— Não faz diferença se ela é linda ou não. Eu amo Emma. Nada muda isso. 

— O quanto você a ama? 

— Muito. 

— Muita a ponto de...? 

— Dar minha vida por ela. 

— Você daria sua vida por ela? 

— Acho que você sabe o porquê de eu ter perdido a memória... 

— Ah... Claro... Como pude me esquecer do seu ato heróico e nobre? 

— Eu preferia morrer à machucar Emma. Você sabe disso. 

— Então lhe aconselho não ficar muito íntimo de Aurora. As coisas não iriam acabar bem... - Ela se levanta e vai caminhando até a porta. 

— O que quer dizer com isso? - Pergunto e ela para na frente da porta. 

— Nada. Exatamente nada. - Ela sai do quarto me deixando uma grande interrogação na cabeça. 

O que Regina quer dizer com "não ficar íntimo de Aurora"? O que isso significa? 

Eu acho melhor apenas esperar. Só não sei porquê ela é tão insuportável quando se trata de mim. Talvez um dia eu descubra. E quando eu descobrir, vou conseguir ter algum controle sobre ela. 

Eu me deito na cama e fico pensando demais sobre isso. 

 Aliás, eu pensei demais sobre isso. Eu sempre penso demais. 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse capítulo, porque demorei para fazê-lo (sobre aquilo, como falei lá em cima). De qualquer modo, era só isso mesmo. Bjs no core e até o próximo capítulo (semana que vem). Bye ♥ ♥ ♥



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