Amores Congelados - Filha Do Gelo escrita por Koelinha


Capítulo 5
Capitulo 2




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Chegamos no restaurante e fomos recebidos calorosamente pelos sócios do meu pai. O garoto, filho do sócio de meu pai se chamava Arthur Lemúrian, ele era musculoso e tinha cabelos pretos, tinha olhos verdes esmeraldas, e tinha a pele morena. Usava uma camisa branca social e uma calça preta, por cima da camisa branca ele usava um casaco preto do mesmo tecido e cor da calça. Ele era lindo. Um fato que no podia ser contestado. Sentia pena dele, iriam fazer um acordo com a minha família. Uma detestável companhia de Arquitetura e Engenharia muito famosa chamada Eco Gramel. Significado? Não faço a mínima ideia e nem quero saber.
Fomos para um canto mais distantes do meus pais e dos amigos deles, a mãe de Arthur era linda, ela tinha cabelos pretos e olhos da mesma cor que seu filho, Verde esmeralda . Sua pele também era morena e parecia ser lisa e macia. Tinha um ar de nobreza e elegância, sempre sendo educada. Seu nome era Ághata Lemúrian.
Ela me recebeu de braços abertos.
— Oh, então essa é a tão famosa Alexya Crowell. Que bom finalmente conhecê-la querida. - disse toda educada.
— O prazer é todo meu disse a cumprimentando com um sorrisos forçado.
Já o pai, passava o semblante de nobreza e grandeza. Parecia ser severo mas na verdade era um piadista nato e inteligente, tinha os cabelos meio brancos atrás, enquanto na frente predominava o castanho, eram curtos e um pouco ralos, ele usava um óculos e era um pouco gordinho. Seu nome era Estevan Lemúrian.
Minha mãe e a dele logo se deram bem, e minha mãe estava agindo toda delicadinha.
Como esse amor de pessoa pode se dar bem com a minha mãe?
Revirei os olhos, tive vontade de vomitar. Eca.
Sentei em um mesa e peguei meu telefone, eu escrevia no meu blog os livros que eu pretendia publicar quando fosse maior. Eu queria ser jornalista e também uma grande escritora, por isso todo ia eu escrevia a história sobre uma menina rejeitada pela família e que descobre o amor através de um esbarrão em um corredor em sua escola.
Quem dera se eu fosse a menina da história, eu escrevia esse livro usando como pauta minha vida e como eu queria que ela fosse.
Estava um silêncio constrangedor entre mim e ele.
Eu estava escrevendo e ele estava me encarando, eu estava tentando não ver, mas era meio que impossível ignorar um super gato me encarando.
— Hummm, oi. - começou ele.
— Oi. - disse rispidamente, não estava a fim de ter que passar por um encontro fajuto em que aquele pobre rapaz e sua família estarão sendo enganados. Eu estava fazendo aquilo apenas por meus irmãos.
— Se você quiser eu posso pedir a comida.... - ofereceu, mas eu não queria nada que viessem deles.
— Não obrigada. - eu não queria fazer aquilo, mas quanto mais eu fosse grosseira, mais ele não gostaria de mim, e mais rápido eu poderia voltar para casa e ler um livro.
— Olha só, eu sei que você não deve estar gostando da ideia de ter um um relacionamento comigo, mas pelo menos poderia ser elegante e cortês.
Chega. Aquilo foi a gota d'água.
— Olha só, primeiramente: se fosse por mim eu nem estaria aqui, estaria em casa comendo bolo de morango e lendo um romance, mas em vez disso sou obrigada a vir aqui, e eu não deveria estar te dizendo isso mas a minha família são um bando de idiotas que estão querendo colocar a mão no dinheiro da sua família então se eu fosse você, dava pé daqui porque eu não estou com paciência já que hoje não foi um ótimo dia para mim. - despejei tudo rapidamente e baixinho, pois minha família estava logo ali, não iria ajudar nem mais um pouco, iria tirar meus irmãos dali e ia ser agora.
Muitas pessoas, como pensam em se livrar de um cara gentil e educado super bonitão? Simples. Elas abusam intencionalmente a sua hospitalidade e pedem um montão de comida e comem que nem um ogro. Se eu gostaria de fazer isso? Talvez. Mas nem em um milhão de anos eu faria a louca e pediria comida aos montes, eu como muito pouco. Pelo contrário, ao invés disso eu digo que os odeio na cara deles é saio dali antes que a pressão dos olhos me esmaguem como um elefante em cima de um ratinho.
Ele ficou sem fala e eu fui saindo da mesa, e antes que eu saísse do restaurante e fosse para o pátio ali atrás com as flores e tudo mais, acenei para meus irmãos e eles assentiram.
Eles logo pediram licença da mesa e vieram atrás de mim.
Chegamos ao pátio ali atrás e eu me virei para eles, fazendo com que meu vestido preto rodasse suavemente. Arregacei as mangas de cada um e eles protestaram.
— Alex! Pare! - disseram ambos, mas eu os ignorei, tirei suas mangas com um puxão já que elas estavam atrapalhando e isso bastou para que elas rasgassem.
Em seus braços estavam formas arroxeadas, cheias de arranhões vermelhos. Ambos desviaram o rosto, e o meu se encheu de lágrimas.
— Como ela pode fazer isso com vocês, a mim eu entendo, mas vocês são perfeitos. São lindos, inteligentes, e não tem nenhuma aberração como eu.
Hennry e David não disseram nada, olhando um pouco perto dos ombros eu pude ver uns roxos amarelados, o que significavam que eram mais antigos.
Peguei o braço de David e o encarei nos olhos perguntando.
— Isso não é recente David, desde quando isso está acontecendo sem que eu saiba?
O que aquela bruaca fez com vocês?!
David não respondeu e de seus olhos começaram a sair lágrimas.
— David! - agora minhas lágrimas eram de raiva.
— À dois anos. - gritou Henrry.
— Henrry!!! - protestou David.
— Não David, ela já descobriu, não tem porque escodermos isso dela agora. - pausou por causa das lágrimas e continuo - Ela começou a bater na gente desde que você parou de obedecê-la.
Eu calei, e só podia-se ouvir o choro dos meus dois pequenos irmãos e o meu que se entrelaçava ao deles.
— Meu Deus... - foi tudo que eu consegui pronunciar antes minha garganta queimasse e minha voz morresse.
— Mas não foi sua culpa! - se apressou Hennry. - Nós decidimos que faríamos isso, aí ela pararia de te bater. Nos falamos para ela nos trocar de lugar com você. Então ai ela não te bateria mais.
Minhas pernas não aguentaram mais, cai de joelhos e as lágrimas não pararam de sair mais. Um grito rouco e baixo saiu de meus lábios. Meus irmãos, cujo quais tentava tanto proteger é quem estavam me protegendo, sofrendo em meu lugar. Eu não suportava a ideia de ter imaginar eles sofrendo durante esses dois anos. Eu os abracei fortemente e não os deixei mais sair de lá durante um tempo.
Quando meu choro parou eu me levantei e a noite pareceu esfriar. Naquele momento pude jurar que senti meus olhos mudarem.
Provavelmente era impressão minha, como tudo que sempre costumava a acontecer.
O joga iria virar, e seria naquela noite.


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