Sob o Luar escrita por Vencedora de Lesmas


Capítulo 8
A Outra Parte


Notas iniciais do capítulo

Para compensar o último capítulo mediocremente pequeno, fiz esse um pouco maior e com mais "pegas".



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  Quando acordei eu estava enroscada nos braços de Percy, sem camiseta, com o sutiã aberto, mas com ele ainda cobrindo meus seios. Tentei me virar, mas os membros do cabeça de alga não permitiram eu me mover.

  - Percy – sussurrei, mas minha única resposta obtida foi um ronco forte. Ri baixinho, e, pelo que pareceu, o movimento das minhas costas o despertou.

  - Ã? O que? Ah! – ele me soltou e eu pude me virar para ver seu rosto. Ele parecia meio zonzo, como quem normalmente acaba de acordar, e um fio branco de baba lhe escorria pelo queixo. Ele ainda baba enquanto dorme – Bom dia, sabidinha.

  Me desviei do o beijo que ele iria me dar, e ri ao ver sua reação de dúvida e surpresa.

  - Você não vai me beijar com isso, cabeça de alga! – ele levou a mão à boca, à baba, na verdade. Percebendo ao que eu me referia ele riu também.

  - Ah, vem cá! – ele se inclinou sobre mim novamente fazendo biquinho. Me levantei de um salto e rimos mais ainda. Levei as mãos para trás e abotoei minha roupa intima. Ele se levantou com uma rapidez inacreditável, e se pôs a me perseguir.

  - Vem cá,vem cá! – repetia me seguindo em volta da rocha com os braços abertos com o peito nu refletindo o sol – Só um beijinho com babinha seca!

  - Ah, que nojo! – zombei. Eu sei que pra quem o beija sempre e recebe continuamente sua saliva em minha boca eu não deveria ter nojo, mas baba seca... ECA! Isso o deixava irritado, e eu amava vê-lo irritado. Ele ficava gostoso, o que posso dizer?

  Subi no Punho de Zeus e pulei para o chão na esperança de despistá-lo, mas não consegui. Seus braços me agarram na cintura e me levantaram. Percy havia ficado mais forte, mas não tão forte. Me soltei deles com facilidade, e logo voltei a correr. Ele grunhiu algo baixo em sinal da derrota, mas logo sorriu de modo felino e voltou a vir atrás de mim.

  Uma raiz de árvore estava levantada alguns centímetros da terra, fazendo meu pé prender-se ali, me obrigando a cair. Absorvi primeiramente o impacto com as mãos, mas me virei de modo ágil. Percy, como é um cabeça de alga, não viu a raiz e tropeçou nela também, caindo em cima de mim. Ele não caiu em cima de mim, pois suas mãos permaneceram esticadas de modo protetor impedindo-o de me esmagar. Aos poucos ele foi descendo até se encaixar no meu corpo. Com a ponta do seu nariz ele acariciava o meu.

  - Agora não tem como fugir, sabidinha – murmurou.

  Assenti e o beijei. Nossas línguas se envolveram em movimentos acrobáticos, muitas vezes saindo da boca por falta de espaço. Em uma dessas vezes, eu varri o fio de baba seca com minha língua, o que nem foi tão nojento no final das contas. Sua boca foi mordendo meu queixo até meu pescoço, e sem hesitar me mordeu com força.

  - Virou o Edward agora, é? – provoquei, fechando os olhos.

  - Não, porque eu posso te morder – ele repetiu o gesto e eu gemi. Aquilo parecia lhe dar prazer, porque o repetiu várias vezes.

  Cansado das apenas mordidas, Percy se pois a lamber meu pescoço. Aquilo me fez gemer mais. Ele estava se excitando, eu podia sentir. Uma elevação nas calças dele entrou em contato com a minha, gemi mais. Percy estava muito excitado, agora lambia com mais fervor. Não agüentando mais, ele me deu o maior chupão que alguém poderia dar. Eu não gemi, eu gritei, o que o fez ficar com mais tesão. Pelo volume em contato com meu corpo dava para saber o nível dos desejos sexuais do meu namorado. Ele começou uns movimentos de lambidas por meu pescoço, descendo até meus seios. Sua língua se aventurava pelo sutiã enquanto suas mãos se concentravam em tirar as peças de roupa inferiores.

  - Ah, Percy – voltei a gemer. Como um estalo, ele parou e arregalou os olhos – O que foi?

  Ver aquelas bolas verdes tão sérias me deixou assustada.

  - Ah, droga, droga, DROGA!!!

  - Percy? – repeti.

  - Ah, Annie, temos que ir!!! – ele olhou desesperado para o relógio/escudo.

  - Para onde? – ele se levantou de um salto e me puxou pelo pulso, obrigando-me a me levantar também.

  Ele não respondeu, mas continuou a me puxar. Me agarrei ao chão com os pés abruptamente não querendo dar nem mais um passo.

  - A missão, sabidinha, A MISSÃO!!! – eu nunca o havia visto tão desesperado. Deveria ter um motivo critico para tamanho pânico, mas era impossível não reparar em como ele ficava fofo!

  - Que missão?

  - A que eu te falei!!!

  - Você não me falou em missão nenhuma, Perseu!

  - A que eu falei que Quíron tinha me dado, Annie, sobre o pergaminho de Atena!!!

  - Ah! – ele não falou que a missão seria hoje – Um momento, o pergaminho de Atena?

  - É!

   - Oh, meus deuses! – o assunto era sério, muito sério – Por que não falou logo?!

  Peguei minha camiseta e a vesti, assim como Percy. Ele agarrou minha mão e me puxou novamente. Parecia que alguma coisa acabara de morder minhas entranhas. Mamãe. Como ela poderia esperar que eu fosse buscar esse maldito pergaminho? Ainda mais depois de tudo o que ela fizera... Nunca! Mas uma missão direta do Quíron... Deve ter algo, ou alguém, por trás disso.

  Estávamos deixando a floresta às nossas costas quando eu parei, obrigando Percy a parar também.

  - Annie, estamos atrasados... – começou ele - Tínhamos de estar às 9 na Colina!

  - Percy – ignorei-o – Quem o pegou?

  - Como é? Não tem ninguém me pegando!!!

  - Nãããooo – bufei revirando os olhos – Quem pegou o pergaminho?

  - Alguém o pegou? Quíron só falou que ele tinha sumido!

  Ai, deuses!

  - Hello, acorda, Cabeça de Alga! Acha que ele criou perninhas e saiu andando?

  - Ah!

  - Vamos logo – suspirei, obviamente ele não sabia, muito menos sobre o que eu estava me referindo.

                                                              ♥♥♥

  Deitei a cabeça no ombro de Percy dentro da van do Acampamento, observando as montanhas passar por nós. Já fazia mais de duas horas desde que partimos. Suspirei, ele pareceu perceber minha tensão.

  - O que foi? – sussurrou enquanto mordia minha orelha.

  - E se for uma armadilha? – murmurei.

  - Nhá –respondeu ele beijando o topo de minha testa – Se for acabamos com quem quer que seja!!!

  - Está bem, cabeça de alga! – me rendi a inocência dele, às vezes ele ser tão bobo chegava a ser fofo, embora uma desvantagem. Soltei um longo suspiro, ele se virou para mim, encarando-me com um biquinho.

  - Me fala, o que te preocupa?

  - Nada – menti – Só estou com sono.

  - Ainda? – brincou ele sorrindo.

  - Ainda, mas acho que não preciso dormir – me inclinei sobre ele e comecei a beija-lo.

  - Hey! Hey! – veio Grover atrás de nós que havia acabado de se entreter com uma latinha de alumínio – Dá pra vocês não se agarrarem aqui?

  - Por favor – pediu Nico, que estava ao lado do sátiro, balançando a cabeça – Ninguém quer ver!!!

  - Ah, calem a boca – queixou-se Percy me envolvendo em seus braços.

  Nico fez um barulho semelhante quando alguém vomita, nós os ignoramos e continuamos a nos beijar. Quíron nos explicou que alguém havia roubado o pergaminho do templo mais atual de Atena, e que o havia escondido em seu palácio. Ele pareceu saber de mais alguma coisa, mas preferiu guardar aquilo, e nos enfiou no veículo, sem se quer poder respirar. Infelizmente, Tyson não iria nos acompanhar pois voltou com certo desespero para as forjas submarinas, algum chamado urgente de Poseidon, pelo que parece. Nico repetiu o som, obrigando-nos a parar. Aquilo estava começando a me irritar. Iríamos começar a discutir, com certeza iríamos ganhar, ninguém possui mais argumentos do que eu, mas a van parou. Depois de trocas de olhares de censura, descemos. Estávamos Manhattan ao que parecia ser um pouco antes do almoço, o sol era o das 10 horas, então não estava muito forte.

  - Bem – baliu Grover – Está dentro de um dos prédios... Quíron disse que é um prédio só de Éolo, seu tal palácio ex-ilha.

  - Como? – repeti incrédula. Éolo deveria estar morto faz muito tempo. Mas como Dédalo ele pode ter se escondido das fúrias.

  - Ele desgraçou Ulisses, dizendo que ele deveria ser odiado pelos deuses, lembra? Então, Atena o castigou por ter feito isso com um de seus protegidos, e por não ter lhe dado outra chance. Com raiva, ele continuou semeando sua vida e...-

  - Para se vingar – interrompi – Ele roubou um dos bens mais preciosos de Atena, mas é claro!

  - Mas o que tem esse pergaminho de tão especial? – perguntou Percy colocando o braço sob meus ombros enquanto a Argos se afastava levando consigo nosso meio de transporte.

  - Simples, só um jeito de vencer Atena – respondi, e um flash veio em minha mente. “só um jeito de vencer Atena”, era isso!!! Se mamãe fosse armar alguma coisa, teríamos um modo de vencê-la!!! Meu coração se empolgou com a idéia, o que fez minha mente começar a trabalhar a todo vapor. Onde Éolo poderia estar?

  - Tem poucos lugares onde as fúrias não conseguiram ir – comentou Nico – Um se destaca, ainda mais porque os ventos são muito fortes, impedindo qualquer um de se aproximar.

  - E esse prédio é? – perguntei exaltada, Nico sorriu.

  - É aquele ali – ele apontou para uma construção exemplar, alta e sinuosa, e ao topo uma rosa dos ventos girava adoidada. Não consegui observar melhor os detalhes, ele estava longe.

  - Vocês deveriam ter chegado mais cedo – falou Grover.

  - O que perdemos? – perguntou Percy

  - Nada de mais, só a nova nem-tão-grande profecia.

  - Outra? – suspirou ele revirando os olhos verdes. Abracei sua cintura, a última grande profecia não foi a melhor de nossas vidas.

  - É, mas essa é grande. – ele pigarreou e começou a recitar:

  "De uma criança de Atena e de Poseidon surgirá /

   Mais um novo herói que nos destruirá /

  O Motivo da grande guerra e do grande diluvio /

  Mas no final, o menino que salvou o mundo ficará viúvo."

  - Já ouvimos – suspirei, interrompendo-o.

  - Ainda não acabou.

  - Ainda não?! – oh, droga!

  Grover pigarreou novamente e tomou a citação de onde parou.

 “Do objeto valioso roubado/

  Terá de ser encontrado/

  Se a filha o matar/

  O pior poderá evitar.”

  É, agora ferrou tudo, mas tinha uma saída. Uma impossível saída, matar Éolo. O que agora deveria ser poderoso e ter muitos truques embaixo da manga.


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Notas finais do capítulo

Reviews e susgestões para a fic!!! Digam o que estão gostando, ou odiando que eu mudo