- Annie? – chamou Percy, por dentro as árvores.   

  - Aqui – respondi. Eu estava sentada no chão com as costas no monte rochoso, as cocas ao meu lado. Era uma noite completamente clara, tudo estava visível. Ok, vou confessar: eu não planejei realmente nada para nós dois. Eu deixaria as coisas ocorrerem naturalmente.  Ele finalmente apareceu, o tronco nu, os cabelos molhados bagunçados refletindo a lua, dando-lhe um brilho incandescente. Sua camiseta estava enrolada debaixo do braço, e o short jeans estava um pouco caído, deixando a mostra sua cueca boxer. Ele sorriu ao me ver e jogou a cabeça para o lado na tentativa de tirar os cabelos dos olhos. Veio se sentar ao meu lado, o corpo molhado. Não hesitei em abraçá-lo e aguardar pelos beijos que logo foram retribuídos e se tornaram intensos.

  - Olá, sabidinha – disse rindo baixo.

  - Olá, cabeça de alga – o beijei a ainda mais. Nossos desejos de um pelo outro ficavam cada vez mais intensos. Começamos a namorar deixando o clima ir esquentando cada vez mais. Os amassos se tornavam mais fortes e o calor... Estava muito calor. Paramos para respirar um pouco e eu lhe estendi a lata de coca cola. Ele a abriu e tomou um gole, fitando a noite.

  - Sabidinha- começou adquirindo um tom sério.

  - O que foi? – tentei não deixar o pânico tomar minha voz, mas Percy nunca ficava sério.

  - Quíron veio falar comigo – ah, droga! – E falou que tem uma missão para nós...

  - O antigo Grupo?

  - É – ele assentiu, me tocando gentilmente nos lábios com os dele. – E temos que resgatar um objeto.....de sua mãe.

  Essa última palavra me fez parar de beijá-lo.

  - Percy- implorei - não podemos falar disso amanhã?

  - Certo. Desculpe, sabidinha – ele terminou sua coca silenciosamente e eu fiz o mesmo.

  Não demos tempo quando as latinhas se esvaziaram e começamos a nos agarrar. O gosto de cafeína se entrelaçava por entre nossas bocas, e as mãos dele vasculhavam meu corpo vestido em busca de brechas para que saciassem sua curiosidade. Não tardou a ele arrancar minha camiseta, e a começarmos a nos encoxar. Nossos corpos se emolduravam perfeitamente um no outro.

  Ele me deitou delicadamente no chão frio, mas me mantendo envolta em seus braços quentes. Ele mordia meu lábio inferior. Me soltei das mordidas e comecei a brincar com minha língua pela boca dele, provocando-o. Percy riu baixinho, ele estava gostando da brincadeira. Continuamos com os joguinhos de lábios, mas ele não se contentava. Sua mão se apossou de meu quadril, apertando-o com força, enquanto a outra acariciava docemente meus seios dentro do sutiã.

  O cansaço nos consumia com o tempo, os beijos e mordidas ficavam mais lentos. Diminuindo gentilmente a pegada, Percy abaixou a cabeça em meu pescoço e deu um chupão. Gemi baixo de prazer e de dor. Seus lábios formando um sorriso maroto encontraram minha pele. Quando nos demos conta, havíamos parado. Estávamos exaustos. E o pior: não sabíamos como podíamos estar em tal estado sendo que não havíamos feito “nada”. Nos soltamos e deitamos observando as estrelas de mãos dadas, arfando com os olhos semicerrados.

  - Foi gostoso – admiti.

  - Foi pouco – admitiu ele. E era verdade.

  - É – concordei e me virei de lado, iria dormir ali mesmo.

  Percy se virou também, e se encaixou em minhas costas. Estávamos deitados em uma perfeita “conchinha”. Seus braços pousaram sob os meus, entrelaçando nossos dedos. Ele me protegia do frio, pois minha camiseta não poderia ser tão útil já que estava rasgada.

  - Eu te amo – sussurrou ele em meu ouvido, e em seguida mordeu sensualmente minha orelha.

  - Eu também te amo – murmurei, sonolenta e feliz.

  E assim adormecemos, juntos, como deveria ser. Unidos por algo que não era apenas laços de amizade ou amor. Eu e Percy havíamos sido realmente feitos um para o outro. Odeio admitir, mas confesso: ele me completa. Eu o amo. Eu quero ser a mãe dos filhos dele.