Remember me. escrita por thelostgirl


Capítulo 5
Futuro.




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Fomos à escola onde desapareceram as restantes quatro crias e, claro, que as falhas de segurança foram exatamente as mesmas. Deixavam as crianças sair com qualquer animal que parecesse de confiança, fosse esse animal o seu progenitor ou não. Isto terá mesmo de ser mudado, caso contrário, vão haver muito mais do que sete crias desaparecidas.

Durante o interrogatório o diretor da escola, um tigre, implorou para que a escola não fosse fechada. Claro que não será fechada, as crianças precisam daquele estabelecimento, mas, tal como aconteceu na outra escola, esta será obrigada a pagar um determinado valor pelo erro grave que cometeu.

Assim se passou o resto da nossa tarde, a investigar e a pegar em todas as pistas possíveis. Andava à porta da escola à procura de qualquer sinal suspeito, mas nada. Assim como na primeira que visitámos. Andámos toda a tarde de um lado para o outro loucamente à procura de evidências que nos pudessem dizer onde aquelas crianças estão ou, pelo menos, de que espécie eram os animais que as raptaram.

— Ugh! Como é que é possível não terem deixado uma única pista?! – disse bastante frustrada, com as minhas orelhas caídas.

— Quem fez isto fê-lo muito bem… - Nick disse praticamente elogiando o trabalho do criminoso. Olhei para ele com as mãos na cintura. – O que quero dizer é que é alguém experiente… alguém que tivesse tudo isto planeado.

Assenti com a cabeça ao ouvi-lo. Andei às voltas mais algumas vezes pelas redondezas daquelas escolas e nada. Confesso que estava exausta, mas não podia dar a parte fraca. Resolvemos voltar ao DPZ, talvez lá houvessem mais algumas pistas.

Quando chegámos vimos o olhar desanimado de todos os agentes. Nem valia a pena perguntar o que tinha sido descoberto, já sabia a resposta: “Nada.”. Fui com Nick para o nosso gabinete. Sentei-me em frente ao computador e fiz algumas pesquisas a cerca do caso, das escolas, das crias…quando dei por mim já estava com a cabeça deitada em cima da secretária e com os meus olhos fechados. Que horas seriam? Oito? Nove da noite? Talvez quase dez…

Penso que adormeci durante alguns minutos, mas abri novamente os meus olhos quando senti um tecido quente a envolver as minhas costas. Olhei para o lado e vi Nick a sorrir para mim.

— Vai para casa, olha para ti. Fizemos tudo o que podíamos hoje… - ele disse e eu suspirei. Levantei a minha cabeça e agarrei no tecido que me aquecia para que este não caísse. Era o casaco daquela raposa…idiota. Preocupa-se demais.

— Mas Nick…

— Não há mas! Aqui a agente fofa precisa de descanso, caso contrário amanhã não conseguirá organizar as suas ideias e provavelmente será impossível de aturar. – ele disse esta frase rindo, mas assim que ele terminou revirei os meus olhos. No entanto, acabei por soltar uma pequena gargalhada, não resistindo.

— Tudo bem…vamos então. – ia levantar-me mas fui interrompida pelo som do meu telemóvel a tocar. Quando fui ver quem era estava lá bem visível a fotografia dos meus pais. Nick soltou um pequeno riso e fez sinal para que atendesse a chamada. Cliquei então no botão verde e pude ver os meus pais do outro lado da linha.

— Judy! Olá minha querida, já tínhamos tantas saudades tuas! – disse a minha mãe com um sorriso enorme no rosto. Podia ver o meu pai a seu lado e todos os meus irmãos e irmãs a brincar pela casa. A esta hora ainda estávam com tanta energia...

— Bem nós só te ligamos para te desejar boa noite e mandar-te um grande beijo de todos nós. – o meu pai falou desta vez.

— Oh…eu também estou com imensas saudades vossas…um beijo grande! - disse eu com um pequeno sorriso no rosto. Nick estava a meu lado e acenava com a sua pata.

— É o Nick?! Olá querido, como estás? – a minha mãe falava agora com ele. Ficava feliz com o facto de eles se darem tão bem.

— Estou ótimo Bonnie, e a senhora? – ela respondeu acenando que sim com a cabeça. Agora a minha mãe estava sozinha, pois tinha arranjado um sítio mais sossegado e sem todo o barulho de fundo que os meus irmãos causavam.

— Então, filha, já arranjaste algum namorado? – Oh não, esta pergunta de novo. O meu sorriso encurtou-se de imediato. Não gostava desta pressão. Nick tinha saído de ao pé de mim e foi arrumar as suas coisas para que, após esta chamada se dar por terminada, pudéssemos ir embora.

— Não mãe, não arranjei. Agora estou demasiado ocupada com este caso. É bastante grave e quero focar-me ao máximo nele. Provavelmente já ouviste sobre ele nas notícias… - após isto consegui desviar a minha mãe do seu assunto habitual e ficámos a falar sobre o caso durante alguns minutos até, finalmente, a chamada acabar.

— A tua mãe quer mesmo que cases, hun? – ele disse rindo levemente a seguir. Assenti com a cabeça suspirando e peguei nas minhas coisas.

Saímos da nossa sala e reparámos que o DPZ já estava praticamente vazio, eramos os únicos animais aqui. Quando saímos tranquei a porta principal com a chave que tinha e depois seguimos caminho pelas ruas escuras de Zootopia.

— Como imaginas o teu futuro? – assim que ele fez esta pergunta olhei para ele impressionada – Não leves a mal, mas a tua mãe parece bastante preocupada com isso. Estou só…curioso. – ele encolheu os ombros e esperou que respondesse.

— Eu imagino… - fiz uma pequena pausa, pensando no que poderia vir a ser daqui a uns anos. – Bem, se fosse possível, gostaria de continuar a ser polícia. Ajudar todos os animais possíveis e…

— Não, não, não! – Nick interrompeu-me rindo-se um pouco. – Não estou a falar da tua vida profissional porque tu estás mais que realizada nesse tópico. Estou a falar da tua vida pessoal…

— O-Oh… - murmurei encolhendo os meus ombros e soltei um pequeno suspiro. – Bem, eventualmente, um dia mais tarde, gostaria de casar com um coelho, ter filhos…sabes, uma pequena ninhada de coelhinhos. – sorri levemente e encolhi os ombros mais uma vez. – Não tantos como a minha mãe! – ri baixo e ele assentiu com a cabeça ouvindo-me. – E tu Nick?

— Bem…eu imagino o meu futuro a viver no meu apartamento, sozinho. Fim. – fiquei chocada com a sua resposta. Era tão fria, amarga, solitária…

— Só isso? Não te imaginas casado? Com filhos? Nem uma pequena raposa igualzinha a ti a correr pela casa? – disse dando-lhe um pequeno empurrão amigável e ri.

— Não acho que vá aparecer alguém que me ature como tu cenourinha, que confie em mim. – as palavras dele eram tão tristes. Ele ia viver sozinho o resto da vida?

— Ora essa Nick! Eu também já me fartei de te aturar! – disse num tom de brincadeira e ri-me depois. Parei de andar vendo que já tinha chegado ao meu prédio. Olhei para Nick com uma expressão um pouco mais séria. – Vais ver que um dia vais encontrar a “raposa da tua vida” – fiz uma careta ao dizer esta expressão devido ao quão lamechas isto soava.

— Talvez um dia apareça. Se calhar só preciso de procurar melhor. – sorri levemente ao ouvi-lo e assenti com a cabeça.

— Se calhar já passaste por ela e não sabes! – ele pôs as mãos nos bolsos e riu-se baixo.

— Boa noite agente tut tut. – ele disse e eu sorri enquanto entrava no prédio.

Quando entrei no meu apartamento tirei imediatamente o uniforme e vesti o pijama. Foi um dia cansativo…espero que amanhã seja melhor, que haja mais pistas.

Antes de adormecer aquela conversa que tive com Nick sobre o futuro fez-me andar às voltas na cama. Peguei no meu telemóvel e pensei em mandar-lhe uma mensagem, mas decidi manter-me quieta. Surpresa não foi a minha quando senti o meu telemóvel vibrar devido ao facto de ter recebido uma mensagem.

"Vai dormir cenourinha." 


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Notas finais do capítulo

Olá coelhinhos! Espero que tenham gostado desde capítulo.
Comentem o que acham por favor, a vossa opinião conta muito para mim.
Infelizmente vou estar fora durante cerca de duas semanas, ou seja, não haverá capítulos novos. Lamento às pessoas que acompanham esta fanfic, mas prometo que quando voltar postarei um capítulo novinho em folha para vocês!
Beijinhos meus amores.



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