Remember me. escrita por thelostgirl


Capítulo 4
Medo de te perder.


Notas iniciais do capítulo

Olá coelhinhos! Está aqui mais um capítulo, espero que gostem!



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Depois daquele contacto, que não esperava, comecei a guiar em direção ao DPZ. Apesar de precisar de estar atenta à estrada, ainda estava a pensar muito no que tinha acontecido naquela escola. Desde ao interrogatório com a diretora até àquela pequena zebra, que tudo o que queria era a sua amiguinha de volta.

— Judy! – Nick gritou fazendo-me parar o carro de repente e, devido à forma brusca de como este parou, o nosso corpo inclinou-se um pouco para a frente. Quando dei por mim estávamos num cruzamento, com vários carros a passar a alta velocidade à nossa frente. Só me apercebi da gravidade da situação quando vi o sinal de Stop mesmo ao lado do carro.

“Íamos tendo um acidente e a culpa é toda minha. Para de deixar os teus pensamentos controlarem-te!” Dizia o meu subconsciente, aquela pequena voz dentro da minha mente que por vezes não se cala. Agora é merecido este pequeno sermão.

— D-Desculpa Nick… - murmurei num tom quase inaudível devido ao choque. Sabe-se lá o que podia ter acontecido se não tivesse parado o carro a tempo, se o Nick não me tivesse avisado... De certa forma, ele salvou-nos de termos um acidente grave.

“És uma polícia a sério ou não?! Concentra-te coelha parva!” O meu subconsciente relembrou-me mais uma vez.

— Tem mais cuidado. – ele disse num tom duro, estava claramente zangado e não o culpo. Engoli em seco devido à forma de como ele tinha falado comigo. Assim que o caminho ficou livre e os carros deixaram de passar consegui atravessar a rua. Estacionei o carro assim que chegámos. O ambiente estava pesado dentro daquele veículo.

— Eu devia estar mais atenta, desculpa…e-eu…

— O que faria eu se te tivesse acontecido algo? – ele interrompeu a minha frase. Arregalei os olhos ao ouvi-lo. Ele não estava preocupado com o que lhe podia ter acontecido a ele, mas a mim. Tinha medo que me acontecesse algo. Fiquei sem palavras e mantive-me em silêncio. Nick simplesmente suspirou e acabou por sair do carro. Saí atrás dele e entramos no departamento.

— Finalmente chegaram, a minha parceria preferida! – disse Benjamin assim que nos viu entrar, mas assim que reparou que o ambiente entre nós não estava lá grande coisa, simplesmente comeu um donut. – Então…descobriram algo?

— Não muito, mas vamos falar com o chefe Bogo e dar-lhe todas as informações que temos até agora. – Nick falou num tom sério e, até mesmo, um pouco frio. Clawhauser até ficou impressionado com a sua forma de falar, normalmente ele não é assim. Suspirei caminhando até ao gabinete do chefe, cabisbaixa, juntamente com Nick.

Assim que entramos levantei a cabeça, assim como as minhas orelhas. Onde está aquela positividade toda Judy? Tu não és assim, recompõe-te! Aquelas crias precisam de ti, não as desiludas.

Começámos a explicar tudo ao chefe Bogo, dando especial atenção à falha de segurança daquela escola.

— Uma falha imperdoável e muito irresponsável. Terei tudo o que disseram aqui em conta, darei notícias aos pais dessas três crias. Agora, têm uma hora de pausa para almoçar, depois disso voltem ao trabalho! Agora, desapareçam. – Bogo falou no seu tom grave e arrogante, como já era normal e de esperar.

Saímos do gabinete em silêncio. Passámos por Ben em silêncio, mesmo que ele nos tenha dito “Bom almoço!”, foi arrogante da nossa parte não ter respondido, terei de lhe dizer algo mais tarde. Saímos do DPZ ainda em silêncio. Caminhávamos pelas ruas de Zootopia, à procura de um sítio para comer, em silêncio.

— Nick, eu sei que estás zangado por me ter distraído, mas não consigo deixar de pensar naqueles miúdos. – disse finalmente, quebrando o gelo. Ele virou o seu focinho para mim, ouvindo-me com atenção. – Eles devem estar a sofrer imenso neste momento. E se fosse um dos meus irmãos? Faria de tudo para os ter de volta e vou fazer tudo por estas crianças! – procurei tentar justificar-me, mas nada desculpa o que aconteceu. Soltei um suspiro. – Imagina que és tu o pai de uma daquelas crianças Nick…

— Eu também estou preocupado com eles, acredita. Nem quero imaginar estar na pele daqueles pais. – ele suspirou parando de andar e eu parei a seu lado. – Mas tens de ser forte e manter-te concentrada por ti e pelos miúdos. Íamos tendo um acidente e podia ter sido muito pior do que imaginamos.  – neste momento ele olhava o chão e não me encarava.

— Tens medo de me perder? – murmurei olhando para ele. Era o que ele tinha dado a entender quando estávamos no carro e, agora, aqui. Ele simplesmente me encarou e esboçou um pequeno sorriso.

— Podemos almoçar aqui. – olhei para trás vendo um restaurante. Ele não respondeu à minha pergunta diretamente, mas não precisava. Penso que aquele sorriso dizia tudo, aquela era a sua resposta.

Ele pegou na minha pata e entrámos no restaurante, não era nada fino, nem precisava, era o que bastava. Espera, tenho três patas? Olhei para baixo e engoli em seco. Afastei-nos e sentámo-nos numa mesa, um de frente para o outro. Fizemos os nossos pedidos e quando o empregado que nos atendeu foi embora olhei para Nick, começando a falar:

— Vamos à outra escola depois de almoçar-mos certo? – perguntei e ele assentiu com a cabeça.

— Espero que os miúdos estejam todos bem e que os nossos colegas tenham descoberto algo sobre o paradeiro deles. – Nick falou e eu não podia concordar mais. Depois disto comecei a arranjar mais hipóteses para terem raptado as crianças. Claro que nenhuma delas era justificável.

— E se estiverem a fazer experiências com eles? – Nick arregalou os olhos ao ouvir-me.

— Judy ninguém faz isso com outros animais, normalmente testa-se produtos químicos em legumes e vegetais, não em animais. Isso é…macabro.

— Sim, mas eles podem querer resultados mais exatos e crianças inocentes são a cobaia perfeita. – suspirei ao ouvir-me a mim própria falar, isto era um dos piores cenários. – Achas que a Bellwether pode estar por de trás disto?

— Ela está presa e vai ficar durante mais uns bons anos. – ele parou de falar assim que trouxeram os nossos pedidos. Deixei a conversa por agora e comecei a comer.

Quando acabámos a nossa refeição pagámos e saímos do restaurante. Olhei para o meu relógio e ainda faltavam quinze minutos para a nossa pausa acabar. Foi o tempo de voltarmos para o nosso carro de patrulha.

— Vamos lá, acredito que a história nesta escola não seja muito diferente. – Nick disse e assenti com a cabeça concordando com ele. O erro provavelmente foi o mesmo.

Lembrei-me dos olhinhos daquela pequena zebra enquanto pedia para trazer-mos a sua amiga de volta. Isto só me dá mais motivação para continuar, eles vão todos ficar bem, prometo.


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Notas finais do capítulo

Que acham? Têm ideia de quem possa estar por detrás disto? O que estarão a fazer com eles?
Deixem o vosso comentário.
Beijinhos coelhinhos!



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