Vivendo com o Crime escrita por Tuany Nascimento
Notas iniciais do capítulo
Sorry pela demora!
Obrigada pelo apoio e pelo carinho e a dedicação.
Enjoy!
(BPOV)
- Thom e eu revezaremos à noite a vígilia enquanto vocês dormem – todos me olharam e sorriram – A cada três horas trocaremos de turno. Vocês não poderão sair, nos desculpem.
Emmett fez uma pequena careta mas logo voltou a sorrir, eu via algum plano se formando em sua cabeça.
- Vocês precisarão de algo? – Esme perguntou delicada.
- Sim, precisamos de comida! Urgentemente. – Thom disse.
- Thomas! – eu disse o repreendendo.
- O quê? Eu só comi no avião! Eu estou fome e você me conhece Bells.
- Desculpe-me Esme. – eu disse.
- Não tem problema Bella, você sabe que eu gosto de cozinhar sempre que posso.
Thom fez uma cara de criança que está ganhando seu primeiro presente.
- Obrigada Sra. Cullen.
- Me chame apenas de Esme.
Thom acenou com a cabeça e Esme foi para cozinha. Eu sabia que os Cullen tinham comida humana para manter as aparências e também para mim, quando eu ficava muito tempo aqui.
- Mas e se eu for chamado para alguma emergência? – Carlisle me perguntou.
- Nós ligaremos para Charlie que mandará uma viatura que o acompanhará todo o tempo durante sua estadia no hospital. – Thom respondeu.
- Tudo bem, eu estarei no escritório qualquer coisa, me chamem! – ele disse e saiu.
Ficamos apenas Thom, os Cullen e eu na sala. Logo, Rosalie e Emmett foram para garagem mexer nos carros de ambos, Jasper foi para a biblioteca, Alice foi para o computador desenhar algumas roupas e Thom foi para a cozinha, esperar a sua comida. Edward se aproximou e me puxou para sentar com ele no sofá. Encaixei-me em seu colo de mármore e ele passou seus braços por mim.
- Desculpe-me por ter escondido isso de você, mas eu não podia fazê-lo se aproximar dessa minha profissão. É tão perigoso.
- Se é tão perigoso por que está nela?
- Para não me sentir uma inútil como no dia do meu sequestro. Para nunca mais ter que apanhar e aguentar tudo calada.
- Bella... Eu não consigo te imaginar em perigo. E se tivesse acontecido algo com você durante esses anos? Como eu ficaria?
- O FBI tem uma das melhores clínicas do mundo, eu já me quebrei inteira e eles me consertaram. Não precisa se preocupar com isso.
- Mas e se você recebesse um tiro?
- Uso colete à prova de balas.
- Não é suficiente.
- Edward, eu fui treinada pelo meu pai e pelo próprio Diretor da agência. Eles me instruíram apenas o melhor. Eu sei o que faço.
- Eu não quero você lá. Eu não consigo conceber essa idéia.
- Mas será preciso. Eu não sairei de lá até eu ser transformada. Depois da formatura, depois da transformação, eu sairei do FBI.
- Mas a partir desse momento não será mais preciso, você será indestrutível. Agora, você é tão frágil.
Ele passou os finos e gélidos dedos por meu rosto, acariciando minha bochecha. Sorri para ele, que retribui, fracamente. Aproximei meu rosto do dele e selei nossos lábios. Sempre em nosso encaixe perfeito, a sincronia presente em todos os nossos beijos, assim como o amor e o desejo. E como sempe Edward terminou o beijo muito rápido. Fiz um biquinho e ele me deu um selinho. Ouvimos o celular de Thom tocar: “I Gotta A Feeling” e Thom fazendo o “Uh Uuh”. Rimos da palhaçada de Thom, que veio preocupado até mim e me olhando feio por estar no colo de Edward.
- Sim... Ok... Eu a aviso... Não, ela não vai gostar nenhum pouco sobre isso... Tchau chefinho.
- O que foi? – eu perguntei me levantando.
- Eu não tenho uma notícia muito boa para você.
- Fala.
- Acho melhor você se sentar.
- Thomas, fala logo!
- Ok, você pediu. Deantávindoparacá. – ele falou tudo junto.
- O que? Eu não entendi.
- Dean.Tá.Vindo.Para.Cá. – ele falou bem pausadamente.
- O QUE?
- Calma, Bellinha! Quer tomar água?
- NÃO! EU NÃO ACREDITO NISSO! POR QUÊ?
- Chefinho acha que precisaremos de ajuda.
- Mas Charlie está conosco! Não precisamos de ajuda.
- Na verdade, Charlie vai para Washington, ele irá dar treinamento. Para alguns policiais da CIA.
- Eu vou matar Charlie e Jackson também.
- Eu falei para ele que você não ia gostar, mas ele falou que a decisão dele já está tomada.
- Quem é Dean? – Edward perguntou confuso.
- Dean é um agente especial também. Mas ele é tão... – eu falei, sem saber como concluir.
- Tão ridículo. Você saberá o porquê. – Thom concluiu enquanto ia para a cozinha, comer novamente.
- Bella? Está com fome? – Esme me perguntou da cozinha.
- Claro, eu já vou comer. Só um pouco.
Peguei o meu celular e disquei o número de Charlie. Depois de três toques ele e atendeu.
- Alô?
- Pai, como assim você vai para Washington?
- Jackson me chamou para treinar dois novos agentes, transferidos da CIA para o FBI. Não tive como recusar.
- Você sabe quem está vindo?
- Dean, eu fiquei sabendo por Jackson.
- Pai... – eu comecei a choramingar.
- Bella, apenas não dê moral para Dean e não o chute novamente como da última vez.
- Mas pai...
- Apenas faça o seu trabalho, pense nos Cullen e no perigo que vocês correm. Eu também não queria ter que viajar, mas apenas sigo ordens. Me desculpe Bella. Bom, eu vou resolver algumas coisas e já irei para aeroporto.
- Ok, eu já entendi. Boa viagem pai.
- Obrigado. Tome cuidado e não se esqueça, você é a melhor.
- Tchau pai.
- Tchau Bella.
Com um suspiro, desliguei o celular e sentei-me novamente ao lado de Edward. Ele pegou a minha mão e começou a fazer pequenos círculos, me reconfortando. Ele não me fez mais perguntas sobe Dean ou sobre algo da agência, me deixando imersa em um turbilhão de emoções e pensamentos, onde eu só pensava em quem estava por trás de tudo isso, nas insígnias, na vinda de Dean para Forks e na viagem de meu pai para Washington.
- Você tem que comer, vamos Bella?
Ele me levantou e fomos caminhando lado a lado até a cozinha. Thom estava se empanturrando de batatas fritas, bife e salada. O prato dele era uma montanha. Eu ri e ele virou para trás, me mostrando a língua.
- Está uma delícia Esme. – ele disse de boca cheia.
- Ai, que nojo, não fala com a boca cheia. – eu falei.
Ele abriu a boca e começou a mastigar. Eu bati em seu ombro e ele riu. Acompanhei ele e logo ouvimos a risada de Esme e de Edward.
- Vocês me parece ter uma bela relação. – ela disse.
- Bom, eu considero a Bellinha a minha irmã mais nova.
- E eu o traste com quem eu trabalho.
- Mas o traste que você mais ama no mundo.
Eu mandei um beijinho para ele, que sorriu.
- Charlie me ajudou muito quando eu perdi meu pai, ele foi a presença masculina que eu precisei quando tive que enfrentar tudo sozinho. E depois de um ano mais ou menos, eu conheci a Bella. A menina era muito tímida, falou um oi e já virou um pimentão. Claro, no começo eu tive uma quedinha por ela, mas depois, eu percebi que tudo não passava de paixão platônica, que ela na verdade é a irmã que eu nunca tive. E fora que ela é a minha melhor amiga. Ela me ajudou muito já nessa vida.
- Assim como você me ajudou... – eu fiquei quieta, lembrando-me dos meus momentos mais depressivos quando Edward foi embora.
Thom colocou a mão sobre a minha e me deu um sorriso fraco. Olhei para Edward, ele mantia uma expressão de dor, assim como Esme. Balancei a cabeça negativamente e abri um sorriso.
- Mas são águas passadas. Vamos comer?
Esme sorriu para mim e fez questão de servir o meu prato. Thom perguntou se eles não iriam comer algo, mas eles falaram que não estavam com fome, enquanto eu ria. Comemos e depois fomos para a sala. Lá já estavam todos os Cullen sentados. Eles conversaram com Thom, perguntando algumas coisas sobre ele e sobre Washington. Perguntaram também sobre os nossos treinamentos e contamos algumas de nossas mais famosas missões. Rimos muito, com as palhaçadas de Emmett e de Thom. Os dois juntos pareciam duas crianças, me fazendo ficar vermelha a cada brincadeira.
Já estava de noite, eu estava sentada no meio das pernas de Edward, no chão. Rosalie e Emmett estavam no sofá, junto com Jasper e Alice. Esme e Carlisle estavam nas poltronas e Thom estava no chão, ao meu lado. Estávamos rindo com a nova palhaçada de Emmett, quando ouvimos um carro estacionando. Thom e eu ficamos alertas, levantamos rapidamente e sacamos as armas. Pedimos para todos ficarem onde estavam e eu podia ver a tensão entre os Cullen. Fui até a entrada e percebi que era o carro de Dean que estava estacionando, o seu poderoso Impala preto. Guardamos nossas armas e Thom abriu a porta, Dean entrou com toda a sua posse de “Eu sou o melhor” e cumprimentou Thom. Logo seus olhos me acharam e eu vi o brilho se instalar lá.
Dean:
- Olá Bella. Não irá me cumprimentar?
- Oi Dean, como está?
- Você sabe que estou muito bem, mas poderia estra melhor. – ele disse me olhando.
- Dean, por acaso Jackson mandou algo? – Thom perguntou, desviando o assunto.
- Só uma pasta com algumas fotos novas da perícia, um relatório sobre o caso e a ficha de todos os mortos.
- Vamos até à sala, lá conhecerá a família que iremos proteger.
- Ouvi dizer que eles são amigos próximos de Bella, é verdade?
- Saberá daqui a pouco. – eu disse sorrindo para Thom.
Dean não sabia que protegeria os Cullen. E eu queria ver a sua cara quando olhasse para Edward. Andamos até a sala e encontramos os Cullen conversando normalmente como uma família.
- Pessoal, esse é Dean Winchester, agente especial do FBI também. Ele foi designado para nos ajudar enquanto Charlie ficar fora do caso.
Dean olhou bem para Rosalie, que fez uma cara de feia e abraçou Emm pela cintura. Emm por sua vez, com todos aqueles músculos, beijou o topo da cabeça de Rosalie enquanto encarava Dean. Eu ri internamente com a cara dele de perdedor, assim como Thom.
- Esssa é Rosalie e aquele é Emmett, eles são namorados e estão na faculdade. Aquela é Alice e o do lado dela é Jasper, os dois também são namorados. Jazz está na faculdade e Allie estuda comigo. Esse é Carlisle e essa é Esme, os pais deles. E esse – eu parei na frente de Edward – é Edward, meu namorado.
Dean olhou firmemente Edward, que retribui o olhar, passando o braço por minha cintura e me dando um beijo na testa. Ouvi um riso alto e logo vi que Thom se desdobrava de rir. Ele abraçou Dean pelos ombros.
- Não imaginava isso, não é?
Dean ficou quieto e apenas me olhou.
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