Vivendo com o Crime escrita por Tuany Nascimento


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Sorry pela demora!

Obrigada pelo apoio e pelo carinho e a dedicação.

Enjoy!



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(BPOV)

 

- Thom e eu revezaremos à noite a vígilia enquanto vocês dormem – todos me olharam e sorriram – A cada três horas trocaremos de turno. Vocês não poderão sair, nos desculpem.

 

Emmett fez uma pequena careta mas logo voltou a sorrir, eu via algum plano se formando em sua cabeça.

 

- Vocês precisarão de algo? – Esme perguntou delicada.

 

- Sim, precisamos de comida! Urgentemente. – Thom disse.

 

- Thomas! – eu disse o repreendendo.

 

- O quê? Eu só comi no avião! Eu estou fome e você me conhece Bells.

 

- Desculpe-me Esme. – eu disse.

 

- Não tem problema Bella, você sabe que eu gosto de cozinhar sempre que posso.

 

Thom fez uma cara de criança que está ganhando seu primeiro presente.

 

- Obrigada Sra. Cullen.

 

- Me chame apenas de Esme.

 

Thom acenou com a cabeça e Esme foi para cozinha. Eu sabia que os Cullen tinham comida humana para manter as aparências e também para mim, quando eu ficava muito tempo aqui.

 

- Mas e se eu for chamado para alguma emergência? – Carlisle me perguntou.

 

- Nós ligaremos para Charlie que mandará uma viatura que o acompanhará todo o tempo durante sua estadia no hospital. – Thom respondeu.

 

- Tudo bem, eu estarei no escritório qualquer coisa, me chamem! – ele disse e saiu.

 

Ficamos apenas Thom, os Cullen e eu na sala. Logo, Rosalie e Emmett foram para garagem mexer nos carros de ambos, Jasper foi para a biblioteca, Alice foi para o computador desenhar algumas roupas e Thom foi para a cozinha, esperar a sua comida. Edward se aproximou e me puxou para sentar com ele no sofá. Encaixei-me em seu colo de mármore e ele passou seus braços por mim.

 

- Desculpe-me por ter escondido isso de você, mas eu não podia fazê-lo se aproximar dessa minha profissão. É tão perigoso.

 

- Se é tão perigoso por que está nela?

 

- Para não me sentir uma inútil como no dia do meu sequestro. Para nunca mais ter que apanhar e aguentar tudo calada.

 

- Bella... Eu não consigo te imaginar em perigo. E se tivesse acontecido algo com você durante esses anos? Como eu ficaria?

 

- O FBI tem uma das melhores clínicas do mundo, eu já me quebrei inteira e eles me consertaram. Não precisa se preocupar com isso.

 

- Mas e se você recebesse um tiro?

 

- Uso colete à prova de balas.

 

- Não é suficiente.

 

- Edward, eu fui treinada pelo meu pai e pelo próprio Diretor da agência. Eles me instruíram apenas o melhor. Eu sei o que faço.

 

- Eu não quero você lá. Eu não consigo conceber essa idéia.

 

- Mas será preciso. Eu não sairei de lá até eu ser transformada. Depois da formatura, depois da transformação, eu sairei do FBI.

 

- Mas a partir desse momento não será mais preciso, você será indestrutível. Agora, você é tão frágil.

 

Ele passou os finos e gélidos dedos por meu rosto, acariciando minha bochecha. Sorri para ele, que retribui, fracamente. Aproximei meu rosto do dele e selei nossos lábios. Sempre em nosso encaixe perfeito, a sincronia presente em todos os nossos beijos, assim como o amor e o desejo. E como sempe Edward terminou o beijo muito rápido. Fiz um biquinho e ele me deu um selinho. Ouvimos o celular de Thom tocar: “I Gotta A Feeling” e Thom fazendo o “Uh Uuh”. Rimos da palhaçada de Thom, que veio preocupado até mim e me olhando feio por estar no colo de Edward.

 

- Sim... Ok... Eu a aviso... Não, ela não vai gostar nenhum pouco sobre isso... Tchau chefinho.

 

- O que foi? – eu perguntei me levantando.

 

- Eu não tenho uma notícia muito boa para você.

 

- Fala.

 

- Acho melhor você se sentar.

 

- Thomas, fala logo!

 

- Ok, você pediu. Deantávindoparacá. – ele falou tudo junto.

 

- O que? Eu não entendi.

 

- Dean.Tá.Vindo.Para.Cá. – ele falou bem pausadamente.

 

- O QUE?

 

- Calma, Bellinha! Quer tomar água?

 

- NÃO! EU NÃO ACREDITO NISSO! POR QUÊ?

 

- Chefinho acha que precisaremos de ajuda.

 

- Mas Charlie está conosco! Não precisamos de ajuda.

 

- Na verdade, Charlie vai para Washington, ele irá dar treinamento. Para alguns policiais da CIA.

 

- Eu vou matar Charlie e Jackson também.

 

- Eu falei para ele que você não ia gostar, mas ele falou que a decisão dele já está tomada.

 

- Quem é Dean? – Edward perguntou confuso.

 

- Dean é um agente especial também. Mas ele é tão... – eu falei, sem saber como concluir.

 

- Tão ridículo. Você saberá o porquê. – Thom concluiu enquanto ia para a cozinha, comer novamente.

 

- Bella? Está com fome? – Esme me perguntou da cozinha.

 

- Claro, eu já vou comer. Só um pouco.

 

Peguei o meu celular e disquei o número de Charlie. Depois de três toques ele e atendeu.

 

- Alô?

 

- Pai, como assim você vai para Washington?

 

- Jackson me chamou para treinar dois novos agentes, transferidos da CIA para o FBI. Não tive como recusar.

 

- Você sabe quem está vindo?

 

- Dean, eu fiquei sabendo por Jackson.

 

- Pai... – eu comecei a choramingar.

 

- Bella, apenas não dê moral para Dean e não o chute novamente como da última vez.

 

- Mas pai...

 

- Apenas faça o seu trabalho, pense nos Cullen e no perigo que vocês correm. Eu também não queria ter que viajar, mas apenas sigo ordens. Me desculpe Bella. Bom, eu vou resolver algumas coisas e já irei para aeroporto.

 

- Ok, eu já entendi. Boa viagem pai.

 

- Obrigado. Tome cuidado e não se esqueça, você é a melhor.

 

- Tchau pai.

 

- Tchau Bella.

 

Com um suspiro, desliguei o celular e sentei-me novamente ao lado de Edward. Ele pegou a minha mão e começou a fazer pequenos círculos, me reconfortando. Ele não me fez mais perguntas sobe Dean ou sobre algo da agência, me deixando imersa em um turbilhão de emoções e pensamentos, onde eu só pensava em quem estava por trás de tudo isso, nas insígnias, na vinda de Dean para Forks e na viagem de meu pai para Washington.

 

- Você tem que comer, vamos Bella?

 

Ele me levantou e fomos caminhando lado a lado até a cozinha. Thom estava se empanturrando de batatas fritas, bife e salada. O prato dele era uma montanha. Eu ri e ele virou para trás, me mostrando a língua.

 

- Está uma delícia Esme. – ele disse de boca cheia.

 

- Ai, que nojo, não fala com a boca cheia. – eu falei.

 

Ele abriu a boca e começou a mastigar. Eu bati em seu ombro e ele riu. Acompanhei ele e logo ouvimos a risada de Esme e de Edward.

 

- Vocês me parece ter uma bela relação. – ela disse.

 

- Bom, eu considero a Bellinha a minha irmã mais nova.

 

- E eu o traste com quem eu trabalho.

 

- Mas o traste que você mais ama no mundo.

 

Eu mandei um beijinho para ele, que sorriu.

 

- Charlie me ajudou muito quando eu perdi meu pai, ele foi a presença masculina que eu precisei quando tive que enfrentar tudo sozinho. E depois de um ano mais ou menos, eu conheci a Bella. A menina era muito tímida, falou um oi e já virou um pimentão. Claro, no começo eu tive uma quedinha por ela, mas depois, eu percebi que tudo não passava de paixão platônica, que ela na verdade é a irmã que eu nunca tive. E fora que ela é a minha melhor amiga. Ela me ajudou muito já nessa vida.

 

- Assim como você me ajudou... – eu fiquei quieta, lembrando-me dos meus momentos mais depressivos quando Edward foi embora.

 

Thom colocou a mão sobre a minha e me deu um sorriso fraco. Olhei para Edward, ele mantia uma expressão de dor, assim como Esme. Balancei a cabeça negativamente e abri um sorriso.

 

- Mas são águas passadas. Vamos comer?

 

Esme sorriu para mim e fez questão de servir o meu prato. Thom perguntou se eles não iriam comer algo, mas eles falaram que não estavam com fome, enquanto eu ria. Comemos e depois fomos para a sala. Lá já estavam todos os Cullen sentados. Eles conversaram com Thom, perguntando algumas coisas sobre ele e sobre Washington. Perguntaram também sobre os nossos treinamentos e contamos algumas de nossas mais famosas missões. Rimos muito, com as palhaçadas de Emmett e de Thom. Os dois juntos pareciam duas crianças, me fazendo ficar vermelha a cada brincadeira.

 

 

Já estava de noite, eu estava sentada no meio das pernas de Edward, no chão. Rosalie e Emmett estavam no sofá, junto com Jasper e Alice. Esme e Carlisle estavam nas poltronas e Thom estava no chão, ao meu lado. Estávamos rindo com a nova palhaçada de Emmett, quando ouvimos um carro estacionando. Thom e eu ficamos alertas, levantamos rapidamente e sacamos as armas. Pedimos para todos ficarem onde estavam e eu podia ver a tensão entre os Cullen. Fui até a entrada e percebi que era o carro de Dean que estava estacionando, o seu poderoso Impala preto. Guardamos nossas armas e Thom abriu a porta, Dean entrou com toda a sua posse de “Eu sou o melhor” e cumprimentou Thom. Logo seus olhos me acharam e eu vi o brilho se instalar lá.

 

Dean:

 

 

- Olá Bella. Não irá me cumprimentar?

 

- Oi Dean, como está?

 

- Você sabe que estou muito bem, mas poderia estra melhor. – ele disse me olhando.

 

- Dean, por acaso Jackson mandou algo? – Thom perguntou, desviando o assunto.

 

- Só uma pasta com algumas fotos novas da perícia, um relatório sobre o caso e a ficha de todos os mortos.

 

- Vamos até à sala, lá conhecerá a família que iremos proteger.

 

- Ouvi dizer que eles são amigos próximos de Bella, é verdade?

 

- Saberá daqui a pouco. – eu disse sorrindo para Thom.

 

 

Dean não sabia que protegeria os Cullen. E eu queria ver a sua cara quando olhasse para Edward. Andamos até a sala e encontramos os Cullen conversando normalmente como uma família.

 

- Pessoal, esse é Dean Winchester, agente especial do FBI também. Ele foi designado para nos ajudar enquanto Charlie ficar fora do caso.

 

Dean olhou bem para Rosalie, que fez uma cara de feia e abraçou Emm pela cintura. Emm por sua vez, com todos aqueles músculos, beijou o topo da cabeça de Rosalie enquanto encarava Dean. Eu ri internamente com a cara dele de perdedor, assim como Thom.

 

- Esssa é Rosalie e aquele é Emmett, eles são namorados e estão na faculdade. Aquela é Alice e o do lado dela é Jasper, os dois também são namorados. Jazz está na faculdade e Allie estuda comigo. Esse é Carlisle e essa é Esme, os pais deles. E esse – eu parei na frente de Edward – é Edward, meu namorado.

 

Dean olhou firmemente Edward, que retribui o olhar, passando o braço por minha cintura e me dando um beijo na testa. Ouvi um riso alto e logo vi que Thom se desdobrava de rir. Ele abraçou Dean pelos ombros.

 

- Não imaginava isso, não é?

 

Dean ficou quieto e apenas me olhou.

 


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Notas finais do capítulo

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