Sua mão correu por todo meu corpo nu, estava deitada no sofá e seu corpo também nu estava pressionando o meu, estávamos numa energia que eu não podia descrever, era algo além do normal, um sexo bom, sem sentimentos, era apenas sexo. Eu estava chapada e toda a minha mente revirada, estava bom se não fosse pela aliança de ouro que eu olhei e cortou totalmente a minha brisa.

Mas eu estava lá, gemia enquanto ele metia sem dó, realmente estava muito bom.

Ele beijou o lóbulo da minha orelha e logo meus lábios mordendo o lábio inferior, Leonardo, o que você sabe fazer eu nunca tinha visto. Corri meus olhos pelo seu corpo muito bem definido, passei meus dedos pelo seu cabelo mediano que já estava à frente de seu rosto. Beijei seu pescoço e isso fez ele arfar e meter mais forte.

Ele me levantou e me colocou sentada sobre si, enquanto apertava meus seios eu rebolava devagar e ia aumentando a velocidade assim que ele gemia mais forte, era um gemido sexy e eu me excitava ainda mais.

Tudo acabou quando ambos gozaram, foi delicioso se não fosse por Leonardo me jogar para o sofá, subir as calças e sair para a cozinha logo abrindo uma cerveja enquanto parava na porta olhando para mim enquanto vestia a roupa.

— Posso ser feliz nesse casamento. – Disse ele com um sorriso no rosto.

Terminei de colocar minha camisa branca sem fechar, me levantei e tomei o ultimo gole do vinho saindo da sala não antes de dar minhas últimas palavras.

— Pelo menos um de nós, não é?

— Você o que?! – Harry estava em meu escritório sentado a frente da minha mesa de escritório enquanto eu estava no sofá com os cotovelos apoiados nos joelhos

— Foi o maior erro da minha vida. – repeti entre suspiros.

— O maior erro seria você perder todo o dinheiro da Realize, e olha que esse erro está próximo, você apenas fez sexo com seu marido e aposto que não foi tão ruim. – Harry brincava com uma bola de prata que eu tinha de enfeite na minha mesa enquanto sorria em minha direção.

Olhei para ele pensando nos detalhes de seu rosto, seu cabelo loiro combinava com a barba grande que cobria metade de seu rosto, era lindo com aqueles olhos azuis penetrantes, sempre o achei o cara mais gato da minha empresa.

Ele olhou para mim e percebi que estava a muito tempo encarando-o, sorri e voltei ao meu desespero.

— Não foi ruim, só esperava que fosse...

— Romântico? Amoroso? Pornô?

— Pornô?! – Meus olhos ficaram o dobro do tamanho e não contive a risada.

— Não sei, o que você esperava? – Ele também riu com aqueles dentes maravilhosos.

— Talvez algo mais marido e mulher.

— Seu casamento é falso, Kat, não espere nada além de da noite anterior. – Harry se levantou e colocou a bola de prata onde estava, foi até a porta e segurou na maçaneta devagar. – Pelo menos você não está na cadeia. – Assim que abriu a porta um homem estava a sua frente, não consegui ver seu rosto, mas sim sua mão grande quase a bater na porta. – Você tem visitas, Kat.

Me levantei e arrumei o vestido preto que ia até próximo de meu joelho, meus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo alto o que deixava meu rosto mais delicado para uma quase-chefe de máfia. Harry saiu assim que Gabriel entrou

Todo meu sangue entrou em êxtase e dúvida, porque ele estava aqui? Como deixaram ele entrar tão fácil? Porque ele é tão maravilhoso? Usava o uniforme de proteção da polícia e uma arma elegante ao lado do corpo, estava lindo como o vi no meu casamento.

— Bom dia, Senhora Luy. – Gabriel conseguia me deixar leve mesmo falando as piores palavras.

— O que faz aqui? – Cruzei os braços e me dei o porte de chefe.

— Seu marido me pediu para mandar esse convite pessoalmente. – Leonardo sabia mesmo como me provocar mesmo não sabendo o que rolou em nosso casamento.

Um envelope me foi entregue e quando abri o meu nome junto com o de Leonardo estava escrito em letras douradas.

Leonardo e Katerine Luy

Convidados para a festa anual da Polícia de Nova York

Sexta-feira dia 18, ás 19:00

Restaurante PH-D Rooftop Lounge

— Adoro esse restaurante – sussurrei.

— Ele é muito bom, todas as festas do nosso departamento são feitas lá. – Gabriel deu um passo à frente e eu dei um para trás.

— Estaremos lá, obrigada pelo convite. – Estendi a mão para ele e assim que segurou a minha senti todos os nervos do meu corpo entrarem em tremenda energia e um sorriso fraco sair de meu rosto. Quem era esse cara afinal?

— Espero você.

Senti minha mão formigar e ele saiu da minha sala silenciosamente, apertei minha mão e respirei fundo. Ah, Gabriel, nos veremos em breve.

Coloquei o convite em minha bolsa e passei o resto do dia calculando orçamentos, vendo o quanto de drogas estava sendo nos roubado e quem poderia ser da Realize daqui alguns meses. Ela estava por um fio se eu não achasse o traidor por esses corredores.

Fui para casa na esperança de não encontrar Leonardo, mas era impossível vendo que seu carro estava na garagem, entrei e fui direto para o quarto de hóspedes onde estava dormindo desde o casamento. Me joguei na cama farta de um péssimo dia de trabalho e lembrando do curto momento com Gabriel.

Tomei um banho quente de banheira e coloquei um roupão que estava ali com as escritas “hóspedes” atrás. Não muito diferente do que sou, me sinto mais uma hóspede nessa casa do que realmente a dona dela. Alguém bate na porta e eu abro.

Uma mulher pequena de cabelos enrolados presos num rabo de cavalo segurava uma bandeja com uma taça de vinho, suas vestes era um vestido branco simples que ia até perto dos joelhos.

— O Sr. Luy mandou que eu lhe trouxesse, disse que é o melhor vinho que ele tem.

Peguei a taça e agradeci logo fechando a porta. Assim que ouvi seus passos saindo pelo corredor taquei a taça até o outro lado do quarto jogando todo seu líquido pelo carpete branco.

— Filho da puta! – não contive minhas palavras ao xingar ele, realmente eu já estava no meu terceiro dia de casada e já não queria imaginar como seriam os próximos dias.

Mais alguém bate na porta e não contive minha raiva, a abri com força e olhei com rispidez. Era Leonardo com uma calça jeans simples e sem camisa bebendo uma taça de vinho.

— Porque não dorme no quarto do casal, meu amor?

— Porque não somos um casal e não quero nem parecer que somos enquanto estivermos sozinhos.

— Acredite, o quarto é bem melhor que esse – Ele olhou para dentro e seus olhos se fixaram no líquido vermelho derramado do precioso carpete. – Vejo que recusou meu presente.

— Recuso tudo que vier de você.

— Não pareceu isso ontem.

— Boa noite, marido.

Fechei a porta na cara de Leonardo e me derramei em lágrimas na minha cama, eu não queria estar casada, não era esse o plano. Não sei quem odeio mais, Matt por ter falhado, minha mãe por ter me forçado a isso, Leonardo por concordar com a proposta ou eu mesma por estar presa aqui.