Casamento Mafioso escrita por Mah Ray


Capítulo 2
Alianças


Notas iniciais do capítulo

Fico feliz que tenham pessoas que gostaram do primeiro capítulo, e como meus princípios funcionam diferentes (sempre acho que os dois primeiros capítulos devem ser postados em dois dias), vou dizer que a partir deste capítulo postarei eles semanalmente (ou a cada 3 dias, ainda estou pensando), espero que gostem da ideia!



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Brinco com minha aliança de ouro com uma mão enquanto com a outra eu dedilho a mesa de meu escritório. A cadeira faz um som inquietante de metal se arranhando enquanto eu vou de cada lado da mesa olhando para os papéis a minha frente. Não entendo como deixei tanta coisa escapar de minhas mãos.

Olhei para meu computador novamente, e minha cabeça começou a doer, passei os dedos pelas têmporas, afim de que com esse leve apertão eu conseguisse entender o que estava acontecendo, como a empresa foi roubada, tanto dinheiro foi tirado de nós e eu não tenho apenas um suspeito, tenho milhares, inimigos pelo país é o que não nos falta.

Levanto e vou até um pequeno sofá em minha sala. A sala era elegante como eu queria, uma bela planta alta estava perto de minha mesa, deixava a sala com mais cor e a enorme janela atrás de mim refletia uma estante cheia de livros e documentos. 

O telefone toca.

— Katerine Luy, quem fala?

Estamos com ele, Kat, mas não conseguimos tirar nenhuma resposta. – Harry é meu melhor amigo e sempre me ajuda quando preciso, e desta vez eu precisava dele mais do que tudo.

— Traga-o para mim, eu mesma quero interroga-lo, mas dê uma torturada porque não queremos ser bonzinhos, não é?

Como a senhorita, opa, senhora Luy quiser.— Ouvi-o rindo pelo telefone e não pude deixar de rir também.

— Cala a boca.

Desliguei o telefone e coloquei a cabeça para trás, mais um problema agora, interrogar esse filho da puta para arrancar dinheiro de seu chefe. Realize, minha empresa, nunca teve um dia de sossego além de ontem no meu casamento.

Não vi Leonardo depois da festa, soube que ele foi numa festa, mas não sei qual e nem onde. Dormi num quarto qualquer daquela enorme casa no sossego de ficar sozinha, realmente não tive uma noite de núpcias muito perfeita, mas foi melhor estar sozinha do que estar com aquele nojento.

Peguei minha caneca cheia de café que estava na mesa de centro a minha frente e dei um gole deixando que toda a cafeína entre no meu sangue, eu ia precisar de energia para falar com algumas pessoas que eu não estava afim.

Depois de uma hora sozinha em meu escritório bebendo litros de café e fumando alguns cigarros, Harry entrou com uma caixa pequena marrom.

— Trouxe alguns dunets, sei que seu marido ama. – Disse rindo.

— Você é um tremendo filho da puta, sabia? – Taquei uma caneta em sua direção que na verdade bateu na parede atrás de si.

— Péssima mira.

— Não estou com cabeça para matar ninguém hoje – Passei os dedos pelas têmporas e deixei minha cabeça cair entre as mãos.

— Ele está na sala de interrogatórios, quer que eu o dispense?

— Nem pensar, quero descobrir quem é o chefe e porque estão nos roubando tanta droga. - Levantei-me e arrumei meu terno cinza e passei os dedos pelo meu cabelo deixando que eles caíssem até metade de minhas costas. – Vamos.

Passei por Harry e peguei os dunets jogando na primeira lixeira que encontrei, eu não ia entrar na brincadeira dele, não hoje e não com o meu temperamento. Passei por alguns funcionários e muitas me evitavam sabendo que não era um dia bom, todos sabiam o que estava acontecendo, muitos roubos e mentiras rondavam a nossa empresa, sabemos que não somos lá muito honestos com nosso trabalho, vendendo drogas, armamento, roubando outras empresas, mas era o nosso trabalho de roubar que estava sendo roubado, havia dignidade em jogo.

Pouco antes de entrar na sala de interrogatórios eu parei na frente de uma mesa de vidro em que foi deixada minha mais bela arma, era cinza com detalhes em ouro, era a minha melhor arma. Coloquei-a atrás das costas entre minha calca e a calcinha e cobri com o meu blaser, esperava não precisar usá-la hoje.

— Ele é bem insuportável, tenha calma com ele, ok? – Harry sabia que eu não tinha calma com ninguém, entrei na sala e encontrei um homem careca de estatura alta e pesado sentado em uma cadeira de metal enquanto suas mãos estavam atadas na mesa com uma corrente.

Passei a sua frente e logo por trás passando meu dedo pela sua nuca, ele gelou.

— Você é quem vai me interrogar? – Olhou de canto de olho para mim e eu sorri. – Vejo que ganhei meu dia.

— Duvido muito, dizem que sou pior que todos os homens da minha empresa.

Fui até a frente dele e cruzei os braços.

— Empresa? É assim que chama esse lugar?

Dei um soco em seu rosto com toda a vontade, afinal, ninguém mexe com o nome e a integridade do meu reinado. Seu nariz sangrou um pouco e pude ver um pouco de medo em seus olhos.

— Você é bem forte, devo admitir.

— Acredite, não estou só com os punhos hoje, acho bom ir me falando tudo.

Peguei minha arma e coloquei na mesa longe o suficiente para que ele não a alcance, seus olhos mantinham em meu rosto, eu realmente não estava pra isso hoje, mas devia ser forte.

— Se eu te falar qualquer coisa serei morto ao sair por aquelas portas.

— Você sabe que hoje não sobrevive nem aqui e nem lá, onde você quer morrer? – Brinquei com minha aliança e devolvi o olhar indiferente a ele.

— Não brinque comigo, Katerine, eu consigo ser pior que meu próprio chefe. – Atirei em seu braço e o grito dele poderia facilmente ser ouvido do outro lado da rua. Foi uma degustação e tanto para que ele abrisse o bico. -ELE NÃO ESTÁ AQUI!

— Que? – Cheguei mais perto com a arma perto de seu rosto.

— Ele não está aqui, meu chefe – Repetiu tentando manter o fôlego. – Ele está na Espanha com negócios a tratar.

— Qual o nome dele?

— Não posso falar.

Dei mais um tiro desta vez no outro braço. Seu grito era uma canção de ninar para meus ouvidos.

— Robert Galiasso!

— Obrigada pela cooperação, sua ajuda será muito bem recompensada.

Assim que sai da sala Harry entrou com mais dois homens e eu sabia exatamente para onde aquele babaca seria levado, seu fim seria bem ali naquela sala com um belo tiro na cabeça.

Resolvi que não trabalharia mais naquele dia, iria para a minha nova casa e provavelmente pediria um lanche e dormiria sozinha novamente.

Uma hora dirigindo pelo trânsito de Nova York e eu estava em "casa", entrei e joguei minha bolsa na sala de estar, peguei uma taça de vinho na cozinha e sentei no sofá.

Ouvi passos pelo cômodo, meu marido estava em casa, era a última pessoa que queria encontrar naquele dia.

— Boa tarde, meu amor. – Leonardo usava uma regata branca e uma calça jeans rasgada, era lindo se não fosse pelo seu caráter. Chegou perto de mim e se inclinou para me beijar, virei o rosto e dei mais um gole do vinho.

— Sabe que não precisamos fingir longe das pessoas. Provou isso quando saiu para beber ontem depois do casamento.

— Eu sei, mas queria conhecer melhor minha nova esposa. – Sentou na poltrona a minha frente e levou uma das pernas até perto de si ficando numa pose nada agradável. – Trouxe algo que vai gostar. – Jogou na mesa de centro um pequeno pacote marrom, abri-o e tinha mais de 20 gramas de maconha. Sorri. – Consegui acertar como marido? – Assenti. – Consegui de alguns traficantes que prendi.

— Espero que não tenha sido um dos meus.

— Nosso trato era não ser. – Leonardo acendeu um cigarro e comecei a bolar um belo baseado. – Estou seguindo as regras.

E assim ficamos até eu estar totalmente chapada por mais de duas horas. Ele fumando comigo e nós rindo até não nos aguentar.

— Sabe, o mais engraçado foi que toda a minha família acreditou na história mais idiota. Afinal, que tipo de casal se conhece em três semanas e resolve se casar? – Começamos a rir cada vez mais. – Claro que você é gostosa, mas eu não me casaria em menos de um ano. – Eu me joguei no sofá e deixei a brisa me levar. Percebi uma música indie tocar e vi Leonardo do outro lado da sala aumentando o rádio.

— Você sabe curtir a brisa, não é?

— Da melhor forma possível.

Leonardo se posicionou ao meu lado e foi se inclinando devagar até me beijar, seu beijo era lento e tinha muito tesão ali. Passou a mão pela minha cintura levantando mina roupa, eu sei que não deveria estar deixando, mas eu estava chapada e queria curtir a única pessoa que eu poderia no momento.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do Harry? E o Leonardo? O que acham dele? Quero saber tudo, até mesmo o que acham da Kat!!

Nos vemos nos próximos capítulos! ♥



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