A Busca escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 2
A Busca : Pela Amizade.


Notas iniciais do capítulo

Um século após cá estou eu com mais um capítulo!
Me desculpem de verdade pela demora e peço que não desistam!
Esse capítulo está muito fofo,e eu estou me apaixonando cada vez mais pela Lawrence e o Edward!
Teremos um link camuflado!
Boa Leitura!



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 Dizer que eu estava irritado era um entendimento.Eu estava simplesmente irado com o fato de que Laurence havia ocultado essa parte de sua missão para mim desde o começo.Irritado com o fato dela ter tido o descaramento de afirmar que o amor da minha vida ainda está por ai,esperando por mim.O amor da minha vida é Rosalie.E eu a perdi,e considerava uma imensa traição e falta de respeito de quem quer que seja duvidar disso.Duvidar da intensidade do meu sentimento por ela.

         Eu sempre fui um cara cético em relação a coisas amorosas.Sempre achei essa história de amor a primeira vista uma bobagem,até conhecer Rose.Quando eu a vi,eu simplesmente soube que aquela mulher estava destinada a ser minha esposa.E todo o universo parecia conspirar a favor disso.Porque estarmos juntos parecia mais do que certo.

    Só que eu acho que permanecermos juntos se tornou errado em algum momento.Porque ela foi tirada de mim.A mulher que eu achei que estaria comigo até minha velhice partiu.E a dor que eu sinto por isso comprova que ela é o amor da minha vida.Porque se não fosse,a perda dela não me causaria tanto sofrimento.

      Seus olhos chocolates me encararam com hesitação,a petulância que parecia tão característica desapareceu.Sua expressão denunciou que a mesma estava se sentindo culpada por algo.Engoli minha vontade de xingar ela naquele momento,porque de toda forma não deveria ser correto insultar um anjo.

—Oh...Me desculpe...Eu soltei a informação de uma forma brusca...Sinto muito não deveria ter feito isso...Você ficou incomodado. —ela desatou a falar,e quando viu que se excedeu mordeu os lábios.

—Não estou incomodado pela forma “brusca” com que soltou a informação.Estou incomodado por ela não ter o menor cabimento...Como você ousa insinuar que Rose não é o amor da minha vida?Você não sente a droga da dor que eu sinto,então não tem o direito de falar esse tipo de coisa. —indago tentando controlar minha raiva.

     Minhas palavras pareciam ter afetado ela pois a mesma deu um passo para trás,com uma expressão sôfrega no rosto.Quando notou que estava deixando transparecer suas emoções deu um jeito de se recompor.

—Olha...Eu sei que não posso sentir o que você sente...Mas eu imagino.Rose não ser o amor de sua vida não é uma invenção minha,ou um truque para você supera-la.É a verdade.É como se isso estivesse escrito. —ela tentou falar aquilo num tom sereno,mas ainda estava claro que ela estava incomodada com minha acusação anterior,e uma parte de mim quis saber porquê.

—Me desculpe se estou sendo rude,mas isso é simplesmente insultante. —afirmei com certa ironia.

    Lawrence suspirou devido ao meu comportamento.

—Que tal ignorarmos a situação até que ela ela realmente aconteça? Finja que o que eu disse foi só uma suposição e até lá aproveite seu momento de superação. —ela pediu como se fosse a melhor ideia do mundo.

—Concordo em ignorar,mas não até acontecer.Concordo em ignorar para sempre,porque eu não vou encontrar o amor da minha vida.Eu já encontrei e é a Rose —falei com convicção.

   Ela se deu por vencida e me encarou.

—Okay...Até porque com esse humor adorável até eu duvido que o “amor da sua vida” perdido por ai vai te querer. —dito aquelas palavras petulantes,a mesma passou na minha frente e começou a andar pelo corredor.

          Olhei para ela incrédulo,me perguntando se deveria segui-la ou permanecer ali parado para provar meu argumento.

         A mesma se virou e me olhou de um jeito entendiado,antes de cruzar os braços e adquirir uma postura impassiva.

           Desde que a conheci descobri que meus conceitos sobre anjos estavam errados.Pensei que eles fossem adoráveis,compreensíveis e pacientes,mas Lawrence ia contra todas essas ideias;Ela era petulante,respondona e não parecia de verdade benevolente com a causa a qual trabalhava.Me salvar de mim mesmo não parecia algo que ela queria fazer,era mais algo que ela precisava fazer.E eu precisei de alguns minutos com ela para descobrir que seja lá pelo que ela queira ser perdoada,é grave.

—Vai ficar ai parado? Venha,temos mais uma parte da busca para executar. —falou com rispidez,e então estendeu sua mão para mim pela segunda vez naquele dia.

        Revirei os olhos antes de aceitar sua mão.Repetindo mentalmente que aquilo era só um sonho,e que ceder a ela não estava acontecendo de verdade.Na realidade eu estava em meu apartamento fazendo sabe-se lá o que,sozinho,sem ser na presença de um anjo petulante.

    Então quando ela me puxou delicadamente aquilo aconteceu de novo.Estávamos em outro lugar;Num bar super barulhento,que eu suspeitava ser no centro de Nova York.Haviam tipos diferentes de pessoas;adolescentes inconsequentes,velhos com ternos bebendo whisky caro,e os que se encaixavam na categoria que eu deveria pertencer:Jovens em um Happy Hour.

   Pelo canto do olho pude ver Lawrence abrir um sorriso ao observar a animação daquelas pessoas.Eu ao contrário,me sentia sufocado com tanta gente se apertando num lugar pequeno demais para se respirar livremente.

—O que estamos fazendo aqui? —indaguei sem entender,arregalando os olhos quando uma garota com provavelmente 17 anos deu um tapa no meu traseiro e piscou para mim.

—Vamos encontrar a Jéssica aqui. —ela disse como se fosse obvio,se divertindo com o fato da adolescente tarada ter me apertado.

—Eu achei que fosse um lugar mais calmo e menos... —Promiscuo era a palavra que eu queria usar,mas resolvi amenizar o termo. —Movimentado. —corrigi e ela riu com diversão.

—O objetivo de um Happy Hour é todos se divertirem após uma semana exaustiva de trabalho,onde você esperava que eles fizessem isso? Numa biblioteca? —indagou com ironia.Arqueando uma sobrancelha.

—Vem cá é normal anjos apoiarem a diversão num lugar que provavelmente ocorrem coisas ilegais?Porque eu vi uma adolescente de mais ou menos 14 anos tomando cerveja aqui. —perguntei com ironia também.

—Não.Não é normal...Mas digamos que eu também não sou um anjo normal. —piscou para mim e soltou minha mão.Aquilo de certa forma me incomodou,mas tratei de disfarçar.

—Se você não tivesse me dito eu nem teria notado. —murmurei com ironia a seguindo.

  Esbarrei em algumas pessoas no caminho até o balcão,onde para minha nada surpresa Jéssica se encontrava.Ela conversava animadamente com alguns advogados recentes do escritório,e flertava descaradamente com todos ao mesmo tempo.

      Era possível que Jéssica estivesse mais ousada nesse sonho do que era na realidade?Ou ela sempre foi daquela forma e eu não percebi?.

    Deixei o questionamento de lado quando a mesma notou a minha presença,e veio me cumprimentar com um abraço nada discreto,que causou risos em Lawrence.

        Que bom que eu a divirto!

—Não achei que viesse. —Jéssica comentou quando eu a separei de mim com delicadeza. —E trouxe a Lawrence realmente. —ao anunciar essa parte a mesma fez uma careta.

—É...Não é como se eu tivesse muitas opções. —murmurei e Lawrence me olhou com desdém.

—Espero que se divirta. —não sei porquê mas acho que aquele comentário parecia um convite para que eu me diverti-se com ela especificamente.

—Eu irei... —afirmei não querendo soar rude.Ela mordeu os lábios,mas aquilo não pareceu tão interessante nela,quanto parecia quando Lawrence fez aquilo.

       Espera!...Eu realmente prestei atenção quando Lawrence mordeu os lábios?.

—Então...Cerveja ou Whisky? —perguntou tentando parecer sedutora.

—Nenhum dos dois...Edward precisa de um suco. —Lawrence respondeu por mim,falando pela primeira vez naquela conversa.

—É...Um suco me parece uma boa. —concordei não querendo iniciar uma discussão com Lawrence.

 —Eu pego um para você. —Jéssica se candidatou,mesmo que estivesse incomodada com a intromissão de Lawrence.

—Não é querendo parecer que eu estou realmente acreditando nessa história de amor da minha vida perdido por ai...Mas...Essa pessoa...É como a Jéssica? —questionei temendo isso.

       Lawrence riu de um jeito gracioso.

—Não...Ela é normal,mas ainda sim tem algo especial.Ela é justa, e luta pelo quer,ela pode ser orgulhosa algumas vezes,mas ela irá ceder em determinado ponto.Haverá momentos que você olhará para ela e pensará “Céus por que eu me apaixonei por essa mulher? Ela é irritante” e haverá momentos que você pensará “Eu sou sortudo por a ter conhecido”. —ela relatou como se a conhecesse.

—Você prevê o futuro por acaso? —indaguei com ironia.

—Não...Eu só sei. —respondeu misteriosa.

    Jéssica chegou com meu suco e eu agradeci educadamente.Comecei a conversar com todos ali,tentando prestar atenção neles realmente,não em Lawrence sentada ao meu lado me olhando com um sorriso.Então houve um momento que eu não pude me focar em outra coisa a não ser ela.Será que todos os anjos eram tão bonitos quanto a mesma?.

     Quando percebeu que eu a encarava de volta a mesma desviou seus olhos,e eu fiz o mesmo me focando novamente na conversa com Jéssica.No fim percebi que meus colegas de trabalho eram divertidos quando não estavam exercendo o papel de advogados chatos.

        Entendi o que Lawrence quis dizer sobre fazer novos amigos.Naquele meio tempo com eles,me distraí a ponto de esquecer Rose por alguns minutos.Mas na verdade eu não sei se esse fato se devia a eles ou ao anjo que estava do meu lado.

          Descobri mais sobre a vida de todos,seu passado,suas metas para o futuro.Seus problemas do presente,e me senti vivo ao poder discutir com eles sobre tudo isso.Naquele momento pareceu ser extremamente certo me deixar levar pela situação.

            A música eletrônica parou de tocar,e uma banda que havia acabado de montar seus instrumentos no palco improvisado iniciou seu show com uma canção lenta.Sorri ao notar que aquela canção pertencia ao filme “Letra e Música” Rose adorava o mesmo e me forçou a assistir várias vezes.

      Estava tão distraído com esse fato que demorei alguns segundos para notar uma mão estendida para mim.Direcionei meus olhos em direção ao rosto da pessoa que fez isso.Ri ao encontrar Lawrence,olhei para a pista de dança e vi que ninguém estava lá.

—Sem chances.Não vou pagar esse mico,não há ninguém lá.Seremos ridículos. —neguei e dispensei sua mão.

        Ela revirou os olhos.

—Seremos a exceção...Vamos lá,Edward Cullen não banque o rude comigo. —pediu,olhei mais uma vez para sua mão e para pista de dança e suspirei antes de aceitar.

     Encaixei minha mão na sua com firmeza e Lawrence sorriu,senti os olhos de Jéssica na minha nuca mas a ignorei.Fui com Lawrence até a pista de dança,e continuei me achando patético por ter aceitado fazer isso.

 

Música

Tenho vivido com uma sombra por cima da cabeça
Tenho dormido com uma nuvem sobre minha cama
Tenho estado sozinha por tanto tempo
Presa no passado, eu não consigo seguir em frente

Tenho escondido todas as minhas esperanças e sonhos
Apenas no caso de eu precisar deles de novo algum dia
Tenho reservado tempo
Para apagar um pouco de espaço nos cantos da minha mente

Tudo o que eu quero fazer é achar um caminho de volta ao amor
Eu não posso superar sem um caminho de volta ao amor

     Enrosquei as minhas mãos em sua cintura,e a mesma enganchou as suas no meu pescoço.Me balancei lentamente no ritmo da melodia,me esforçando para não encarar seus olhos.Todos ao nosso redor já tinham seus olhos virados para nós,mas aquilo não parecia incomoda-la. 

        Ouvi a mesma rir baixo e finalmente a encarei.

—Isso é o melhor que pode fazer? Se mover como um robô? —indagou com diversão,num claro sinal de provocação para que eu realmente me divertisse com aquilo.

          Num ato de impulso inclinei seu corpo para trás,fazendo a mesma gargalhar surpresa.Quando a puxei de volta para meus braços,a girei e depois a trouxe de volta para próximo de mim.Ela ria como se estivesse numa apresentação de circo. Encachei minhas mãos nas suas e separamos nossos corpos,nos encarando durante esse movimento.Usei uma de suas mãos para gira-la pela pista e quando a volta acabou,a ergui em meu colo,me rendendo as risadas também.

         Nos separamos completamente após isso,e começamos a dançar sozinhos.A mesma continuava a rir enquanto movia seus ombros,e eu fazia o mesmo enquanto me remexia de um jeito desajeitado.A essa altura eu nem ao menos ligava para as pessoas que nos observavam.

    Dado certo momento parei de dançar,e a observei-a dançando de um jeito divertido.Seu corpo se movia de uma forma graciosa,enquanto a música tocava.Seus longos cabelos quase ruivos balançavam quando a mesma girava.E ela ria.E Céus! Que sorriso era aquele?.

      Quando a música estava prestes a acabar ela voltou para meus braços,esperando que eu continuasse a me divertir,inclinei seu corpo para trás novamente e assim a última estrofe acabou.

       Não a puxei de volta,fiquei ali encarando seus olhos chocolates de forma intensa.O sorriso do rosto dela havia desaparecido,e a mesma estava séria.Eu não sabia o que estava acontecendo ali,mas era estranho.

   Só sai daquele estado quando todos a nossa volta começaram a nos aplaudir.A ergui de um jeito delicado,e ela sorriu para as pessoas,enquanto Jéssica nos fulminava com o olhar.

     Lawrence olhou para mim ainda de forma intensa e sussurrou:

E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música. —aquela era uma citação de Friedrich Nietzsche que eu achava linda.

—Sabe...Rose adorava essa música,ela é de um dos filmes prediletos dela. —achei que seria bom desabafar com Lawrence sobre isso.

—Deve ter sido doloroso para você escuta-la. —comentou ainda séria.

—Não foi. —admiti aquilo foi surpreendente. —Quando a escutei não tive tempo de ter lembranças com Rose,e pensar que a perdi...Porque eu estava dançando com você,e isso de alguma forma fez com que eu criasse novas lembranças,e não importa se isso não é a realidade,foi bom do mesmo jeito. —minhas palavras a fizeram finalmente sorrir.

—Você percebeu que já está começando a superar;Você mencionou Rose no passado,e desabafou algo sobre ela sem sofrer...Isso é um avanço. —anunciou animada.

—Menos,Lawrence,bem menos. —pedi divertido e ela assentiu.

—Edward? —ouvi uma voz extremamente conhecida por mim chamar.Me virei hesitante,e senti meu coração palpitar ao dar de cara com meu melhor amiga Emmett,aquele que havia desistido de mim há alguns meses atrás,por eu não apresentar melhoras no meu estado de luto.

    O mesmo arregalou os olhos ao notar que era realmente eu.Acho que surpreso por ter me visto anteriormente dançando com Lawrence daquele jeito,ou talvez por eu estar num bar me divertindo.Depois da primeira reação incrédula ele sorriu para mim,um daqueles típicos sorrisos que mostravam suas característica covinhas.

—Cara...Quanto tempo. —falou franzindo as sobrancelhas.

—Senti sua falta. —afirmei sincero.Mesmo que a culpa do nosso afastamento tenha sido minha,era inevitável não ter saudades.

—Eu pensei em ir atrás de você de novo...Mas eu achei melhor que você viesse até mim quando estivesse preparado.Não parecia certo continuar insistindo para que você supere algo que você não queria superar. —suas palavras me atingem por serem a mais pura verdade.

—Eu sinto muito...Tenho sido um idiota nos últimos tempos. —falei fazendo uma careta.

—Um idiota você sempre foi,só que acabou se transformando em um idiota masoquista. —debochou e aquilo me fez rir.

—Eu realmente senti sua falta. —reafirmo.

           Ele revira os olhos antes de me puxar para um abraço tipico de homens.

—Então...Resolveu sair da toca,coelho? —brincou quando nos separamos.

          Olhei para Lawrence que conversava animadamente com a adolescente que antes havia estapeado meu traseiro e sorri.

—Eu meio que fui forçado a isso. —afirmei e ele seguiu meus olhos.

—Uou..Ela é linda. —elogiou.

—Sim.Ela é. —concordei sem nem notar.

—Você estão juntos? —quando ele perguntou isso despertei do meu estado bobo e o encarei.

—Não...Claro que não...Lawrence é só...Ela é só uma pé no saco que está decidida a me ajudar a superar a morte da Rose. —conto para ele e o mesmo sorri.

—Sua tática parece estar funcionando,nunca pensei que veria Edward Cullen dançando em público daquele jeito,nem mesmo Rose seria capaz de te forçar a isso. —afirmou e em seguida tomou um gole de sua cerveja.

—E você...Como estão as coisas? —indaguei querendo mudar de assunto.

—É bom que tenha perguntado isso,pois tenho um anúncio a fazer:Eu vou me casar,fiz o pedido há dois meses e Victoria aceitou no mesmo instante —contou de um jeito animado e eu fiquei surpreso.

       Meu melhor amigo ao contrário de mim sempre foi um cara galinha.Mas assim que acabou sua faculdade de jornalismo o mesmo havia conhecido Victoria,no inicio não botei muita fé nos dois,por ela ser tão descomprometida quanto ele,mas cá estava Emmett me contando que os dois iriam construir uma vida juntos.

—É...Eu devo ter ficado fora do ar por muito tempo mesmo,você está me dizendo que irá casar com a pirada da Vick. —debochei brincando. —Mas...Estou feliz por vocês. —afirmei e ele apertou meu ombro num gesto de camaradagem.

—Sabe...Que  bom que te encontrei aqui...Estava ansioso para convidar meu melhor amigo para ser o padrinho do meu casamento. —seu anúncio me fez arregalar os olhos.

—Eu?...Mas Emmett,nos últimos tempos eu fui um babaca por completo com você,não mereço mais esse título. —falei incrédulo.

—Você estava sofrendo,Edward.E mesmo que tenhamos nos afastado,você continuou sendo meu melhor amigo.O cara que fazia competições de vídeo games comigo,o cara que agiu como uma menininha quando convidou Rosalie Hale para sair...Não consigo pensar em uma pessoa mais adequada para estar comigo no altar nesse dia tão marcante em minha vida. —aquilo me faz ficar emocionado.

—Eu não sei o que dizer. —admito.

—Só diga que estará lá no dia. —fala animado.

—Eu estarei. —garanto e após isso ele me abraçou mais uma vez.

    Continuamos a por a conversa em dia,e ele me contou que minha família havia sido devidamente convidada para seu casamento,ele me aconselhou também a voltar a ter contato com eles,eu falei que iria pensar,quando por fim já sabia que de uma forma ou de outra isso iria acontecer,já que Lawrence provavelmente me forçaria a fazer isso.

          Ele se despediu de mim após uma longa conversa,e se foi com a minha promessa de volta-lo a vê-lo em breve.Voltei para onde meus colegas de trabalho estavam me sentindo estranhamente leve por ter resolvido as coisas com meu melhor amigo,e feliz por ele ter facilitado isso.

—Era por isso que você tinha que aceitar o convite da Jéssica,para se acertar com Emmett,seu melhor amigo.Eu sabia que ele estaria aqui hoje. —Lawrence me confidenciou,se aproximando de súbito.

—Me senti bem com isso...Foi como se por dois meros segundos eu fosse o mesmo Edward de sempre. —admiti e Lawrence sorriu.

—É assim que deve se sentir sempre...Leve...Completo...Feliz. —ela falou parecendo realmente animada por eu me sentir assim.

—Então...Qual a próxima parte da superação?. — indaguei estranhamente ansioso por isso.

—Por hora vamos deixar a próxima parte de lado.Agora que sua busca pela amizade acabou,vamos dar um tempinho nisso e iremos a um lugar. —dessa vez ela nem precisou oferecer-me sua mão,eu a agarrei por mim mesmo.

         Assim para minha surpresa paramos no Central Park.Lawrence estava com outra roupa,o vestido leve rosa fora substituído por um um de lã grossa azul,coberto por um sobretudo branco.Ela sorriu para mim ao ver minha expressão,e sem aviso prévio enganchou seu braço no meu e assim passamos a caminhar juntos.

   O silêncio se fez presente.Mas eu estava confortável.Passei a observar o parque iluminado por postes,e os flocos de neve caindo graciosamente em direção ao chão.Haviam poucas pessoas ali.Não sabia se porque era noite ou porque isso não era a realidade.

—Como são as coisas lá no...Céu? —indaguei com certo divertimento.

—São calmas...Silenciosas... —foi vaga.

—Com certeza deve ser bem diferente do nosso mundo...Porque o mundo é um lugar horrível. —falei pensando nas atrocidades que ocorriam nele.Nas tristezas que temos que passar,nos desapontamentos,nos atos cruéis que alguns cometem.

—O mundo não é um lugar horrível.Pessoas não são horríveis.Elas querem ser boas,mas algo as torna ruins. —ela parecia nostálgica.

—O que você acha que seja esse “algo”? —indaguei curioso.

—As perdas.Elas levam a alguns a fazer coisas terríveis.Uma parte de você deixa deixa de existir e na maioria das vezes é a parte que sentimos coisas  boas,então transformamos nossa dor e nossa frustração em atos impensados que na maioria das vezes tem consequências irremediáveis...Isso torna as coisas horríveis. —seu discurso mais uma vez mexeu comigo.

—Acho que você tem razão. —concordei.

    Dirigimos nosso olhar para algo a nossa frente e encontramos um casal se beijando no banco próximo a  uma fonte.Lawrence não sorriu ao ver a cena,ao contrário ela desviou seus olhos de lá,e para disfarçar seu incomodo me fez a seguinte pergunta:

—Como notou que estava apaixonado por Rose? —a questão me fez sorrir.

—Minha mãe costumava dizer que você saberá que é amor,quando se sentir atraído por alguém tanto quanto os dedinhos dos pés se atraem pelas quinas dos moveis. —minhas palavras fizeram o sorriso voltar a sua face.

—É uma teoria interessante. —afirmou. —Ao que parece sua mãe é bastante sábia. —comentou enquanto continuávamos a caminhar.

—Ela é o tipo de pessoa que sempre sabe o que dizer. —contei.

—Que bom...Porque é até ela que iremos agora...Ela saberá o que dizer para você nesse momento. —falou e eu nem ao menos hesitei antes de sorrir.

     Segui Lawrence novamente ignorando o fato de que ela parecia bipolar;algumas vezes petulante e mandona,outras sorridente e divertida.Ignorei o fato de que eu ficava divido entre xinga-la ou segurar sua mão.Ignorei pois uma parte de minha constatou que seja para onde ela fosse eu a seguiria,pois eu havia começado a confiar nela.


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Notas finais do capítulo

O quão fofos esses dois são?
Comentem!