A Busca escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 3
A Busca : Pela Família.


Notas iniciais do capítulo

Depois de um século, cá estou eu com um novo capítulo para fanfic. Gente, o caso é que, eu cometi o erro de postar muitas fanfics ao mesmo tempo, então tenho que ficar administrando meu tempo, para escrever capítulos para todas!

Esse capítulo é mais curto que os outros, porém não deixa de ser fofo hahahha. Quero já deixar claro, que apesar de na sinopse a história só focar no Edward, a busca se tratará de uma jornada em dupla!

Eu ficaria muito feliz, se vocês comentassem o que estão achando da fanfic!

Ah, por favor, curtam minha página ; https://www.facebook.com/Fanfics-da-Mel-Vi-760593477403660/?ref=aymt_homepage_panel

Boa Leitura!



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Ponto de vista: Edward.

    Frio. Essa foi a primeira coisa que senti, quando desembarcamos em Forks. O clima de Nova York era fichinha perto daquilo, ainda sim, podia sentir uma parte de mim aquecida. Essa parte era minha mão, a mesma estava encaixada na de Lawrence, que se encontrava estranhamente calada. Estávamos de frente a minha casa. O lugar que passei praticamente minha vida toda. Só uma porta me separava do decisivo reencontro que eu teria com Esmee e Carlisle.

         Não sabia bem se estava preparado para aquilo. Eram meus pais, aqueles que deviam ter sofrido mais por minha dor, e minha falta de forças para continuar. O quão decepcionados eles deviam estar agora por eu ser essa pessoa fracassada emocionalmente? Eu aguentaria o olhar de repreensão misturada com pena deles?

—Você vai conseguir. — Lawrence garantiu com a voz estranhamente serena. O ambiente familiar não parecia fazer bem a ela.

—Está fazendo aquilo de ser vidente de novo? — debocho, por estar nervoso, e ela sorri fraco.

—Eles são seus pais...Por mais que ache que irão, eles não vão te julgar, por não ter lutado...Aquela mulher ali dentro, te carregou por nove meses, chorou quando viu sua face pela primeira vez e a cada empurrão que a vida te deu para cair, ela se sentiu afetada...Aquele homem, ensinou seu garotinho a andar de bicicleta, e foi com as lições dele que você se transformou em um homem...E Alice...Ela foi sua companheira em todas as idiotices de adolescência, ela te xingou quando gostou da garota errada e chorou em seu casamento, e você sabe, sempre poderá contar com o apoio incondicional dela. — e lá estava mais um dos discursos motivacionais.

Ponto de vista: Terceira pessoa.

                Mais desse ele gostou. Parecia a coisa mais sincera, que ela disse, desde que apareceu na vida dele de paraquedas.

                Ele sorriu para ela com carinho. Nem sabia que ainda podia sorrir assim e se surpreendeu por esse sorriso tão especial, ser direcionado a alguém que nem ao menos existia de verdade.

           Ele só tinha que admitir que por muito tempo se sentiu sozinho, e foi de sua preferência se manter assim, e por céus, só faziam horas que Lawrence surgiu para ele, e o mesmo descobriu que a solidão era um saco, porque a companhia  dela, por mais inconveniente que fosse, era a coisa mais agradável que ele teve em meses.

 —Acho que estou pronto. — revelou, e suspirou. — Na verdade, eu não acho, eu sei que estou pronto. — complementou sua confirmação, e em seguida, após um sorriso encorajador dela, apertou a campainha.

               Tudo aquilo era imaginário, mas, a emoção era real. Era a coisa mais real que ele tinha sentido desde que perdera Rose.

            Quando a porta de madeira, com detalhes em vidro fora aberta, o coração dele falhou um batida, e lágrimas molharam seus olhos verdes, assim que se deparou com a mulher do outro lado.  Ela tinha uma feição incrédula, misturada com felicidade. Esmee, aquela que lhe deu a vida, ficou estática ao encontra-lo.

            Logo que reagiu, fez algo que sentiu muita falta de fazer, abraçou seu filho mais velho, e agarrou-se nele, como uma pessoa se afogando se agarra a uma boia. Precisava senti-lo perto de si, garantir a ele, que estava seguro agora, e Edward sentiu tudo aquilo. Ele a apertou,  enquanto chorava, por finalmente estar em casa, por finalmente admitir que precisava de alguém para não desistir.

          Ele podia sentir a respiração da mãe, as batidas do coração dela...E nunca existiria um lugar melhor para se acolher do que nos braços dela, com todo seu carinho e seu conforto sem limites.

            Lawrence que observava a cena, sentia um aperto no coração que já não batia mais. Se fosse humana e estivesse viva, com certeza, estaria chorando. Era isso, ela estava certa, Esmee não se preocupou em julgar Edward por nada, ela só queria prova-lo que sempre estaria ali por ele.

—Eu senti tanto sua falta, querido. — Esmee revelou com a voz embargada, ainda presa a ele.

—Eu também, mãe...E eu sinto... — ela não deixou que ele terminasse.

—Não importa, eu entendo que precisava de um tempo para se isolar após ter que aguentar tanta dor...Tudo que importa agora é que você voltou para casa, e tudo que eu te peço é que nunca mais fuja de nós. — ela diz em seu tom mais amoroso.

—Não fugirei. — Não. Nunca mais fugiria daquela sensação de paz.

—Agora, venha, vamos entrar. — foi quando se separou dele, que finalmente notou Lawrence e sorriu, pensando em mil possibilidades dos motivos dela estar ali. — E quem é essa garota linda? — quis saber, totalmente animada.

            Edward se segurou para não revirar os olhos, ao notar o que a mãe pensou sobre ela, mas, não se deu a trabalho de apresenta-la, pois Lawrence fez isso por si só.

—Sou Lawrence...Uma amiga de Edward. — o anjo mais atrevido de todos, falou a cumprimentando com um abraço, que pegou Esmee de surpresa.

           Ela parecia precisar daquele carinho materno, e a Cullen mais velha, não se recusou a dá-lo.

                Logo, Esmee convidou os dois para entrarem, e avisou que tinha preparado um bolo de chocolate, e o tiraria do forno em breve. Edward perguntou onde seu pai estava, e ela lhe comunicou que Carlisle estava de plantão no hospital, mas, ele logo terminaria.

            O advogado se encontrou perdido em memórias, ao adentrar aquela sala, lembrando-se das tantas vezes, que ele e Rosalie visitaram seus pais e riram dos planos absurdos de Alice para o futuro. Rose assim como ele, nunca gostou da decoração moderna da casa — escolhida por Carlisle —os dois sempre preferiram coisas antigas e com história, como Esmee.

           Enquanto isso, Lawrence se ocupava em observar os porta retratos expostos em uma estante branca, prestando atenção em um, especificamente. Tratava-se de uma foto do casamento de Edward e Rose.

        Edward se posicionou ao lado dela, e também olhou para a imagem.

—Ela era linda. — O anjo comentou calmamente.

—É...Uma das mulheres mais lindas que já conheci. — ele queria dizer, que dentre essas, ela estava, mas, não sabia se era certo elogiar um anjo dessa forma.

               Lawrence ia falar algo, quando um grito vindo da porta de entrada, a interrompeu, de olhos arregalados, uma baixinha morena acabara de adentrar a casa dos Cullen. Alice deixou as sacolas de comida que estavam em suas mãos, caírem no chão, e correu até o seu irmão, pulando em cima dele e o empurrando no sofá, como uma criança de cinco anos faria.

          O anjo gargalhou da animação da outra, e soube, que se fosse humana agora, Alice provavelmente seria sua amiga.

             Atrás da Cullen mais nova, seu marido, Jasper surgiu, segurando as mãos de duas crianças, em cada lado de seu corpo. Tratava-se de Jason e Amanda. Os sobrinhos de quatro anos de Edward, que ele nunca mais viera visitar.

                As crianças pareciam confusas com o estado da mãe agarrada ao irmão, e fora somente quando Edward se soltou dela, que a mesma se recompôs, sendo nada madura de novo, ao começar a estapear ele.

—Seu idiota, não pode nos ignorar e sumir assim. — cada frase vinha acompanhada de um tapa — Sabe o quão preocupados ficamos? E agora, simplesmente aparece, sem avisar nada, me fazendo quase ter um infarto, afinal, eu não esperava que ao trazer a comida preferida preferida da mamãe para o jantar, eu encontraria meu irmão egoísta. — ela começou a tagarelar, enquanto Edward apenas sorria. — Hey, não fique sorrindo, se sinta culpado. — pede indignada ao notar a expressão dele.

—Desculpe se eu estou feliz em te ver. — ele pede e a mesma revira os olhos.

—Se quisesse me ver, teria vindo antes. — acusa incrédula.

—Realmente senti sua falta, baixinha. — afirma rindo.

—E ainda me chama de baixinha, você é um estúpido Edward Cullen. — dá um grito fino.

                    E é ai, que os olhos dela recaem no anjo parado próximo a estante, e ela abre um sorriso malicioso, parando de bater em Edward.

—Uou...Você está transando com alguém. — ela fala como se fosse inacreditável, e seu irmão, joga uma almofada nela.

—Nada disso, Lawrence é só... — antes que ele termine, sua irmão surge da cozinha.

—Uma “amiga”. — ironiza rindo e Edward finalmente revira os olhos.

          Alice pula do sofá, para conversar com ela, e Edward dá um aceno para Jasper.

—Hey cara. — cumprimenta.

—É bom te ver. — Jasper diz calmo como sempre.

—E vocês, monstrinhos, não irão cumprimentar o tio de vocês? — Edward indaga com um sorriso emocionado, e os gêmeos vão hesitantes até ele, e após o incentivo de Jasper, para em seguida lhe darem um abraço duplo.

                 Não demora muito para Edward, estar distraído jogando algo com eles, enquanto Alice sem saber, se encontrava monopolizando um anjo. O Cullen pensava que quando encontrasse os filhos de Alice se sentiria destruído, porque eles os lembrariam do filho que perdeu, mas, naquele momento, só se sentia feliz, por saber que eles estava bem e com saúde.

                     Carlisle foi o próximo a chegar em casa, e esse por sua vez, não segurou as lágrimas ao encontrar o filho, no sofá de casa, rindo de algo que Alice disse. Pensou que nunca mais se depararia com aquilo, e palavras não foram necessárias para expressar sua felicidade. Sendo o homem calado que era, mostrou o que sentia, apenas em um abraço.

            Todos eles se reuniram na mesa de jantar, e começaram a colocar Edward a par de tudo que ocorreu na vida deles, como em um daqueles almoços de domingo, que as típicas famílias americanas faziam. Lawrence nem se esforçava para se enturmar, aquele era um momento de Edward. E ela, bem, ela era menos real que aquela situação.

              Edward parou por um instante, e olhou ao redor, prestando atenção em cada pessoa dali, e sentindo algo parecido com alivio, por ter de volta tudo aquilo. Ele queria saber; Por que fugiu? Por que não aceitou a ajuda deles? Se estava claro, que eles eram basicamente o remédio mais eficaz para a dor dele. Eles eram o caminho para a superação.

                       Ele finalmente olhou para Lawrence, que por debaixo da mesa, agarrou a mão dele. Antes que ele se questionasse sobre o porquê dela ter feito aquilo, como em um flash, o cenário mudou.

             Eles já não estavam mais na casa dos Cullen, agora se encontravam em uma das florestas extensas de Forks, sendo agraciados com uma chuva fraca.

—Por que saímos de lá? — Edward estava indignado, e aquilo fez ela sorrir brevemente.

—Você já tinha notado, o quanto precisava deles, e além do mais...Você pode considerar aquilo, uma amostra grátis do que terá, se realmente for até Forks. — dito isso, ela começa a caminhar calmamente por a terra cheia de lama.

—O que está acontecendo com você? — o Cullen finalmente indaga, e ela o olha de esguelha.

—Como assim? — fingiu que não entendeu.

—Desde que desembarcamos em Forks está estranha, acanhada e...Sei lá, até agora não disse nada que me irritou. — ele esclarece, e a situação fica mais estranha, quando ela não ri da última parte.

—Digamos que essa parte da missão não é fácil para mim...Família...É meu ponto fraco. — conta dando de ombros, com um olhar distante.

—Qual é sua história, Lawrence? — Edward questiona curioso.

—Você só precisa saber que ela é triste. — comenta com escárnio.

—Se estamos trabalhando juntos, e você está me ajudando a superar minhas dores, eu tenho que te ajudar a superar as suas. — Edward argumenta como o bom advogado que é, a acompanhando durante a caminhada.

—Eu não tenho nada para superar, Edward...Ainda não entendeu? Eu estou morta, assim como Rosalie e várias outras pessoas estão. — aquele grito quase desesperado o assustou.

—Esse é o problema, então? Você morreu? — ele ignora a acidez dela.

—Não, o problema é que eu quis isso. — dito essas palavras tão pesadas, ela se afasta dele, como nunca se afastou desde que apareceu para ele  e some dentre as árvores com uma rapidez assustadora.

[...]

           Edward ficou sozinho naquela floresta pelo que pareciam ser horas, e constatou que gostava mais da solidão quando ela era uma opção, não a única alternativa. O fato daquela situação não ser real era uma droga, porque, cada vez que ele tentava fugir dali, ele sempre voltava para o lugar que Lawrence lhe deixou.

                 Quando o anjo voltou, estava com uma expressão diferente, aparentava estar mais calma.

—Você não vai me perguntar nada, sobre o que eu disse...Tudo aqui, tem que ser sobre você, não sobre mim. — ela decretou convicta, e mesmo sem entender o motivo, Edward assentiu, e se aproximou, pronto para segurar a mão dela, com a intenção de irem para a próxima busca.

            De frente um para o outro, abaixo da chuva, e em meio a mata fechada, eles entrelaçaram suas mãos, só que, eles não foram magicamente para lugar nenhum, Lawrence estranhou isso, e tentou novamente usar suas habilidades, só que nada aconteceu. Então, Edward liberou uma de suas mãos, e ergueu o queixo dela, fazendo com que os dois se encarassem.

—Acho que você não foi escolhida para me ajudar por acaso...E não, Lawrence, nem tudo tem que ser sobre mim. — Edward murmurou e em seguida, fez algo que a surpreendeu, ele a abraçou.

                 E ali nos braços dele, ela sentiu segurança. Céus, foi a coisa mais humana que ela sentiu desde que virara um anjo.

      Então aconteceu, eles se teletransportaram para a próxima busca. Ainda abraçados.


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Notas finais do capítulo

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