Marotos no Futuro escrita por Duda Monteiro


Capítulo 7
Future


Notas iniciais do capítulo

Olá! Estou de volta! Devo dizer que fiquei muitíssimo feliz com todos os comentários, e que isso me inspirou bastante. Escrevi praticamente dois capítulos e meio por causa da animação. Então se quiserem que eu continuei assim, já sabem... Espero que gostem desse capítulo.



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So just think of your future

Think of a new life

Don't get lost in the memories

Keep your eyes on a new prize

Então, basta pensar em seu futuro

Pense em uma nova vida

Não se perca nas memórias

Mantenha seus olhos em um novo prêmio

Future — Paramore

— Vocês não acham que um grupo tão grande chamará a atenção? — observou Lupin, antes que saíssem da sala. Eles se olharam e assentiram. Era bem difícil que oito pessoas estranhas andassem por Hogwarts sem que nenhum aluno achasse aquilo estranho.

— Quem vai então? — perguntou Dulce.

— E o mais importante. Como saberemos a senha da diretoria? — Lily lembrou-os desse pequeno detalhe.

— Isso é o de menos, Lily. — respondeu James. Depois se virou para Remus e Sirius. — Podemos ir nós três — falou mandando um olhar cheio de significados. Pensando em usar o mapa, que obviamente, ele trouxera, junto com a capa. Mas não iria revelar esses segredos a todos, por isso chamara só os amigos.

— Vão vocês dois. Ficarei aqui com a Liz — disse Sirius, ainda abraçando a menina, que não havia falado mais nada. Na verdade, ela não parecia prestar atenção a nada. Sirius desconfiava que ela houvesse entrado em choque.

— Ok, cuide bem da minha irmã — mandou o James. — Para o seu próprio bem — ameaçou levemente o amigo, mesmo sabendo que ele cuidaria.

— Não sei se é a melhor opção vocês irem... — começou Frank, com medo do que os amigos pudessem aprontar. Afinal, eles não eram conhecidos por serem as pessoas mais responsáveis do mundo.

— Pode ficar tranquilo que eu controlo o James — assegurou Remus.

— É disso que tenho medo — Alice comentou, e os outros concordaram com ela. Remus poderia ser o mais certinho, mas isso não significava que ele era completamente certo.

No entanto, não viam muitas outras opções, e logo os dois meninos saíram da sala.

— E o que fazemos agora?

— Só nos resta esperar, Dulce — Lilian falou. Eles ficaram tentando se distrair. Alice e Frank logo começara a conversar sobre coisas aleatórias, e Lilian e Dulce fizeram o mesmo, já que não queriam interromper o papo dos dois.

Sirius tentava fazer Elizabeth voltar ao normal. A expressão de pânico ainda estava em seu rosto.

Passaram-se vários minutos, até que Remus retornou sozinho.

— Cadê o James? — indagou Sirius, notando a ausência do amigo.

— Dumbledore pediu para que ele ficasse lá — respondeu dando de ombros. — Pensou que seria mais fácil uma pessoa andar por aí sem ser vista.

— Dumbledore ainda é o diretor? — Dulce perguntou feliz com a notícia.

— Sim. Ele também pediu para que fossemos em pequenos grupos, para assim nos camuflarmos mais facilmente — acrescentou o menino.

— Tudo bem. Vamos em duas duplas e um trio — Frank sugeriu e todos que estavam em um estado normal concordaram.

— Qual a senha, Remus? — perguntou Lily.

— Bombons explosivos — falou. E Lily ficou curiosa em como haviam descoberto, porém sabia que não era o momento de fazer um interrogatório.

— Vocês três vão primeiro, depois a Alice e Frank, e eu vou tentando fazer a Liz se mover — Sirius propôs. Remus disse para esperarem cinco minutos entre as saídas de cada grupo. E ele, Dulce e Lily despediram-se rapidamente dos que ficaram e saíram..

Alice se aproximou de Liz e Sirius. — O que ela tem? — falou acariciando a cabeça da amiga.

— Provavelmente entrou em choque. Do jeito que a Liz é, está se culpando por estarmos presos aqui — respondeu Sirius.

— Ela não tem culpa! Escolhemos vir — exclamou Alice. E se virou para a amiga. — Você não tem culpa, entendeu? — ela assentiu levemente.

Alice ainda continuava afagando a menina. — Relaxe. Estamos todos bem e

Ninguém tem culpa — Frank falou.

Elizabeth concordou e começou a respirar mais levemente. Mas ainda se sentia incrivelmente culpada.

Alguns minutos se passaram até Frank lembra-los que já estava na hora de ir. Ele e Alice foram para a sala de Dumbledore, deixando os outros dois sós.

— Está melhor? — Sirius, que ainda abraçado a morena, perguntou. Ela assentiu brevemente.

— É estranho pensar que em vez de apenas ficarmos presos aqui, poderia ter acontecido algo pior conosco, por minha culpa — ela esclareceu. — Esse pensamento me petrificou.

— A culpa não é sua. Eu que insisti para essa viagem. E não me arrependo. Iremos arrumar um jeito de voltar. Você mesmo falou que os outros dois passaram alguns meses fora do tempo deles, mas depois tudo deu certo — tentou incentivar Sirius, mas ela contestou.

— Mas a ideia não era ficarmos presos aqui!

— Bem, acidentes acontecem — e deu de ombros.

— Você é inacreditável. Não sabemos se um dia voltaremos para o nosso tempo, e você aí, nessa calma. — Liz exclamou. Ele deu de ombros de novo.

— Me estressar irá adiantar de alguma coisa? Vamos voltar mais rápido por causa disso? Acho que não!

Ela suspirou, desistindo. Sirius era impossível.

— Acho que já está na hora de irmos, não? — anunciou após um tempo em silêncio.

O menino concordou e eles deixaram o cômodo empoeirado.

...

Todos se encontravam na sala do diretor e já haviam contado a história de como pararam ali em detalhes. Agora esperavam, em silêncio, que Alvo Dumbledore se pronunciasse. O diretor os olhava intrigado.

— Então Dumby, o senhor vai passar o dia todo nos olhando? Sei que somos bonitos e talz, mas cansa — James se pronunciou, não aguentando mais o silêncio. — E o que foi que aconteceu com a sua mão? — disse encarando a mão preta do professor.

— Potter! — ralhou Lilian, mesmo curiosa com esse detalhe. — Respeite o professor — mandou.

— Está tudo bem, senhorita Evans. Devo dizer que estou ligeiramente chocado com a presença de vocês aqui. É um fato surpreendente. E quanto a minha mão... é um assunto para outra hora.

— Tem algum meio para voltarmos, professor? — perguntou Elizabeth. Estava intrigada com o que havia acontecido ao diretor, mas precisava se focar no mais urgente primeiro. E isso era levar os amigos o mais rapidamente para casa.

— Creio que há somente o jeito com que vocês vieram — respondeu Dumbledore. — A senhorita se lembra qual o nome do livro onde se encontrava a maneira de fazer a poção?

Ela negou. — Minha memória esta falhando. Quase não me lembro do processo de fabricação da poção e nem do nome do livro.  Só me lembro do livro que li, onde falava em qual livro estaria a receita da poção.

— Já é um começo. Acredito que a senhorita ainda deve estar em choque. Provavelmente suas memorias voltarão logo.  Se me permite perguntar, qual o nome do livro?

— “Pociones raras y sus usos”. Um livro bem velho. E parecia meio maligno. Até estranhei quando o encontrei na biblioteca, com livre acesso. Mas na hora da empolgação, ignorei isso.

Alvo assentiu, como se lembrasse de qual livro ela falava.

— Na verdade, também não entendo como ele poderia estar na área livre. Muito provavelmente ocorreu algum erro. E infelizmente, os exemplares desse livro foram retirados da biblioteca nesse tempo. Pois o risco de alunos curiosos entrarem em confusões com ele é enorme, se é que me entendem. — disse olhando diretamente para Elizabeth, que rapidamente abaixou a cabeça envergonhada. — Como é um livro raro e muito antigo, devo demorar algum tempo para conseguir um exemplar. Enquanto isso, vocês deverão frequentar as aulas como alunos normais.

— Não acredito que viemos para o futuro ter aulas extras! — exclamou Sirius revoltado. Dumbledore sorriu pela reação do aluno.

— Mas para isso algumas providências deverão serem tomadas... — começou o professor, mas foi interrompido por Dulce.

— Que providências? — corou quando notou que havia cortado a frase do diretor.

— Precisaremos contar uma pequena história para os alunos e funcionários, de o porquê oito alunos entraram somente no final de setembro na escola. E também será preciso modificar a aparência de vocês, para que ninguém os reconheçam — continuou.

— E como seriam essas modificações, professor? — Alice perguntou.

— Nada muito drástico. Apenas pequenas modificações na coloração e cumprimento de seus cabelos. Acho que mais que isso dará muito trabalho e será muito dificultoso com o passar do tempo.

— Mas não corremos o risco de sermos reconhecidos por alguns professores? — questionou Frank.

— Sim, acredito que há alguns professores que possam os reconhecer. E por isso revelarei a verdade para alguns selecionados, também peço aos senhores que tomem muito cuidados com as suas futuras atitudes.

— Não seria melhor fazermos modificações mais drásticas, professor?

— Melhor seria, meu caro Lupin. Mas quanto mais drástica a modificação, mais rapidamente ela irá se desfazer. Vocês precisariam vir a mim frequentemente para refaze-las, o que levantaria muitas suspeitas. Sem falar que sempre haveria o risco de que o feitiço se desfizesse quando vocês menos esperassem, e isso sim seria ruim.

— Por que nos mesmo não nós transfiguramos? Já estamos no sétimo ano, diretor — Lily relembrou, via inúmeros furos no plano, e tinha um pressentimento que se alguém os reconhecesse, coisas ruins poderiam acontecer, mesmo não sabendo o que ou o porquê.

— Minha querida, Lily. Não quero desmerecer seus poderes, mas os meus estão alguns anos há frente. Temo que vocês não conseguissem alcançar o mesmo nível. Então uma vez por mês, vocês devem vir ao meu encontro, para os retoques. Já respondidas todas as perguntas, podemos começar? Senhor Black, acho que deva ser o primeiro — falou olhando para o garoto, que o encarou nervosamente.

— Isso é mesmo necessário? Quem iria lembrar de nós após tantos anos? — falou, tentando conter o inquietação em sua voz.

— Deixe disso, Sirius. Vai logo — mandou Liz. Ele a olhou irritado.

— Será que alguém não pode ir antes? Preciso de um tempo para me despedir do meu cabelo — admitiu dramaticamente. Praticamente todos sentiram vontade de revirar os olhos.

— Quanta idiotice, Sirius! — exclamou James.

— Cabelos longos já são minha marca registrada! E eu adoro meus cachos! E a cor deles!

— Só vamos transfigurar por um tempo, Sirius. Depois estará do mesmo jeito — tentou explicar Remus, mas o maroto estava irredutível. Dumbledore, que estava sorrindo, pediu então para que Lily fosse a próxima.

— An, será que não posso ficar para depois também? Preciso de um tempo para assimilar isso — confessou passando a mão pelo seu enorme cabelo, como se quisesse guarda-lo na memória.

— Ah Merlin. Vocês são muito dramáticos — resmungou Alice. — Estou as ordens, professor — Dumbledore então ficou em frente a menina e começou a muda-la.

Seus fios loiros tornaram se castanhos, o liso deu lugar ao cacheado. E o cumprimento que antes ficava um pouco abaixo dos ombros, ganhou alguns centímetros a mais. — O que acharam? — perguntou virando-se para os amigos.

— Acho que você nasceu para ser morena, Alie — elogiou Frank, fazendo a menina corar e todos concordaram. — E acho que agora é minha vez, não?

Então se posicionou onde antes a amiga estava, enquanto ela se aproximava das amigas, que mexiam em seu novo cabelo.

Antes o menino tinha o cabelo mais curto. Agora havia se transformado num cabelo bem cacheados e volumosos, que caiam pela parte da frente. O tom de preto de seus fios continuava o mesmo.

— Sua vez, senhor Lupin — chamou o diretor. Remus então assumiu o lugar do amigo, enquanto os outros falavam do novo corte de Frank.

Remus tinha cabelos lisos num castanho claro, que formavam uma franja por cima da sua testa. Com a mudança eles assumiram um castanho mais escuro e ficaram em um pequeno topete, onde antes havia a franja.

— Está gatão, em Remus — brincou Sirius. Remus ignorou o amigo, como fazia várias vezes ao dia. Era um hábito.

Liz foi a próxima, se aproximando lentamente do professor. Não queria admitir, mas não estava muito afim de mudanças. Adorava seu cabelo escuro cheio de cachos do jeito que era. Mas não teve jeito, o preto tornou-se um castanho mais claro, e o que antes cacheado ficou mais ondulado do que com cachos. Ela também ganhou alguns vários centímetros a mais. Ela suspirou, agora teria que voltar a conviver com o cabelo grande, coisa da qual não era muito fã.

Sirius assobiou quando viu a mudança. E seu irmão deu uma última bagunçada em seus cabelos lisos e pretos enquanto se aproximava do diretor. Quando viu, se encontrava com o cabelo menor e cacheado, o que caiam por cima da sua testa, num topete.

Dulce foi entusiasmada assumir o lugar do amigo. — Professor, será que posso sugerir uma mudança? — perguntou animada, o professor concordou e logo ela havia realizado seu desejo de menina.

Seu cabelo passou para um vermelho vivo, que se diferenciava e muito do de Lilian. Os cachos da ponta sumiram, ficando bem liso, e o tamanho foi diminuído. Ela voltou para o seu lugar completamente feliz.

Sirius suspirou, sabendo que não teria mais como fugir, e se posicionou. Seu cabelo foi encurtado, antes na altura de sua nuca, mas agora fora quase todo retirado. E boa parte dos cachos havia sumido, junto com o tom preto dos fios, que agora estavam mais para um castanho, beirando ao loiro.

Lily foi a próxima, agarrando-se ao cabelo como se sua vida dependesse disso. Dumbledore o deixou mais castanho — aparentemente ele gostava de castanho... — do que o ruivo natural que era antes, também o cacheou, porém, o comprimento foi deixado o mesmo. Para a felicidade de Lily.

Eles passaram um tempo tentando se adaptando aos seus novos visuais.

— Isso é tudo, professor? — Liz indagou.

— Oh, não, minha querida. Seria bom se o senhor Potter parasse de usar os óculos por algum tempo. Recentemente foi inventada uma poção que melhora a visão. Funciona quase como lentes de contato trouxa. Mas devido ao fraco período de duração, não se tornou muito comum. No entanto, como será por um pouco tempo, espero eu; acredito que valerá a pena — James assentiu lentamente. Se Dumbledore achava melhor ele não usar os óculos, então ele não usaria. — Ótimo. Logo lhe darei as lentes. Senhor Lupin, acredito que não se incomodara em usar uma armação de óculos sem grau, para um disfarce melhor — Remus também concordou. — Por fim, precisamos arrumar novos nomes para vocês. Entendam, possivelmente há descendentes de alguns de vocês, e seria confuso para eles se aparecessem pessoas com o mesmo sobrenome e nome que os pais deles — explicou o professor. Os mais novos se olharam intrigados com a ideia de ter descendentes. Dumbledore apontou sua varinha para uma folha em branco e de repente nomes apareceram nela. — Realizei um simples feitiço, que analisou quais nomes eram necessários mudar e quais eram os mais próximos dos seus originais — falou e entregou o papel para Lupin, que estava mais perto.

Todos se aproximaram do garoto para tentar ler seus novos nomes.

— Sirlan? Isso é sério?! — reclamou Black.

— Alguém mais notou a ironia no novo nome do Sirius? — perguntou Liz, segurando o riso. Se antes o nome do amigo dizia ‘preto’ em inglês, agora significava ‘em branco’, ou seja, Blank.

— Meu nome quase não mudou! — exclamou Dulce feliz, que agora passaria a responder por Dulcy.

— De onde surgiu esse Miller? — falou Remus curioso.

— É meu segundo nome.— respondeu a menina.

— Ok, vamos organizar isso. Cada um já decorou seu novo nome? — questionou Lily. Todos assentiram. — Então se apresentem com esse novo nome — mandou e todos concordaram.

— Inacreditavelmente, sou Sirlan Blank — Sirius informou.

— Lyanna Evagon, ou Lya para os íntimos, prazer — sorriu Lily.

— Digam adeus para Alice Fawley. Pelo visto, meu nome agora será Alicia Fawaz — disse Alice, dando uma espiada no papel.

— Me tornei France Loret — Frank falou, franzindo as sobrancelhas.

— Bem francês esse nome, não? — comentou Remus. — Serei Ren Lunis.

— Aparentemente, meu nome não mudou muito. Continuo sendo Elizabeth, mas agora Pontes. E acho que é para vocês me chamarem de Effy — Liz disse dando uma olhada no papel para confirmar suas palavras.

— O sobrenome continua sendo o mesmo da Liz, ou melhor, Effy. Acho que poderemos nos apresentar como irmãos — James pensou em voz alta. — Ah, e meu novo nome é Jace.

— Sim, senhor Pontes. Acredito que será mais fácil, já que seria muito complicado vocês terem que esconder esse fato — explicou Dumbledore.

— O meu nome não mudou quase nada mesmo. Só o jeito de escrever, que é com ‘y’, mas a pronuncia é quase a mesma. E o sobrenome é o meu segundo nome — comentou “Dulcy”.


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Notas finais do capítulo

Sobre as mudanças ocorridas, colocarei gifs de como imagino lá no tumblr, marotosnofuturo.tumblr.com, e vocês podem ir lá checar (mas não são obrigados a seguir como imagino os atores, porém é bom de guia). Podem também fazer perguntas... Qualquer erro me avisem, tá? E comentem, para que assim eu escreva mais. Só os deuses sabem como vou precisar de animo para a próxima semana. Voltar as aulas é triste :(