Marotos no Futuro escrita por Duda Monteiro


Capítulo 6
Adventure Of A Lifetime


Notas iniciais do capítulo

Só estou postando porque já havia dito que postaria. Mas sem a menor vontade, devido a falta de comentários. Me desculpem leitores, mas não ficarei postando para fantasmas. Espero que a partir desse ponto mais pessoas falem comigo, senão logo logo pararei de postar. Obrigada pela atenção.



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If we've only got this life
Then this adventure, more than I
And if we've only got this life
You'll get me through alive
Se só temos esta vida
Então esta aventura é maior que eu mesmo
E só se temos esta vida
Você vai me fazer passar pela vida, vivo
Adventure Of A Lifetime — Coldplay

 

Sirius não ficou muito surpreso quando Elizabeth veio dizer que aceitava a ideia dele, antes da aula de Herbologia. E também quando ela disse que iria, mas com as meninas e Frank. Já era algo que ele esperava. Agora bastava só falar com seus amigos. O que ele fez logo após o final da aula.

Para convencer James não fora nem um pouco difícil. Afinal, o menino vivia para aventuras. Mesmo que não aprovasse o envolvimento da irmã. Porém nesse caso, a curiosidade e a vontade de arriscar eram maior. Remus já foi mais dificultoso. Mas logo o lado maroto falou mais alto. Só ficou irritado quando Sirius falou que precisou pegar um pouco do seu pelo. Não havia gostado daquela história, e tremia só de pensar no que poderia ter dado errado.  Já Peter estava tremendo de medo. Não via sentindo em visitar o futuro. A cada 10 minutos mudava de ideia, e os amigos já estavam irritados com isso.

— Decida-se logo, homem! Ninguém vai julgá-lo se decidir ficar — anunciou James, após Pedro mudar de ideia mais uma vez. Estavam no Salão Comunal, Sirius e James jogavam xadrez, Peter observava inquieto, e Remus lia.

— É uma grande decisão! Não sei se estou pronto para isso — Peter admitiu gaguejando.

Os meninos reviraram os olhos em conjunto.

— Será algo rápido, Peter. A Liz já meio que me explicou como será — relembrou Sirius. Pela manhã ela havia falado por cima como deveria ser a experiência. Eles não passariam muito tempo no futuro, e mesmo se passassem, o tempo no passado seria retardado, agindo bem lentamente, não dando a chance de ninguém notar a ausência deles. Era mais ou menos como se um dia no futuro fosse um segundo no passado. 

— E se notarem a nossa falta? — perguntou Peter

— E o tempo não passara para quem ficar aqui. Ou melhor, passara, mas bem lentamente. Então é difícil que sintam a nossa falta — esclareceu Remus. Sirius já havia contado o que Liz havia dito, porém Peter não havia retido bem as informações — E se você quiser ficar, nem sentirá a nossa falta. A decisão só depende de você, não vamos lhe influenciar —  olhou seriamente para Sirius e James, como se exigisse que eles não ameaçassem o garoto, ou algo do tipo.

Sirius levantou as mãos em sinal de rendição. — Por mim, ele pode decidir o que quiser. Não falarei nada.

James concordou com a afirmação dos amigos. — A decisão é sua, Peter. Faça o que achar melhor.

Peter olhou para os amigos e assentiu.

— Acho que irei pensar mais um pouco — falou e se despediu dos meninos, indo para a cozinha.

— Quem aposta comigo que ele não vai? — perguntou Sirius. Os outros dois negaram.

— Não quero perder meu dinheiro, muito obrigado.

— Vamos terminar os deveres? — Remus disse, apontando para a pilha de livros que estavam em cima da mesa, ao lado do tabuleiro de xadrez. James e Sirius resmungaram, mas guardaram o jogo e começaram a fazer os exercícios.

...

— Todos entenderam o esquema? — perguntou Elizabeth pela milésima vez. Eles se encontravam na sala onde ela passara os últimos meses fazendo a poção. Havia escolhido aquele lugar para a viagem.

Já estava bem ambientada com aquele ambiente, já que passara boa parte dos últimos meses ali dentro. Parecia que fora ontem que ela começara a fazer a poção, mesmo fazendo muito mais tempo. Começara no início de outubro e somente agora, no final de janeiro, conseguira finalmente terminar.

— Sim, mamãe. Não tem nenhum idiota aqui — respondeu Sirius. Como Elizabeth havia pedido, ele estava com uma roupa quase trouxa — que deu um pouco de trabalho para arrumar, algumas peças sendo de emprestadas de Remus — igual aos outros — que também haviam tido dificuldades em conseguir as peças, menos os que já tinham contato com o mundo trouxa. Ela temia que algo desse errado e pediu para que eles usassem roupas simples e que pudessem ser usadas em quase todos os lugares.

— Não tenho certeza disso — Lily resmungou bem baixinho, mas ainda audivelmente. Estava visivelmente irritada por estar ali e só não desistia porque sabia que eles fariam alguma merda. Era provável que a merda fosse feita mesmo com a presença dela, porem talvez, ela ajudasse a concertar a besteira.

Elizabeth resolveu continuar como se não houvesse escutado a fala da amiga. Tudo o que não precisava era entrar numa discussão com Lily agora.  

— Seremos ligados pela poção. A onde um for, todos irão. Por isso temos que decidimos uma data. Não se desconcentrem, porque aí não sei onde iremos parar.

— Você tem certeza que isso é seguro, Liz? — indagou Dulce, visivelmente nervosa. Talvez estivesse começando a se arrepender daquela ideia.

— Não — admitiu a contragosto. — Nunca foi usada por tantas pessoas, pelo menos não que eu tenha lido.

— E já foi usada por alguém? — quem falou foi Remus, que já parecia estar completamente arrependido de estar ali.

— É claro que sim! — exclamou a menina.

— Por quantas pessoas? — continuou Lily, abalada. Era cada roubada que se metia por causa dos amigos.

— Han... Duas. Em momentos diferentes. Um foi o criador e outro um experimentador de poções.

— Por favor, me diga que tudo deu certo — pediu Alice, segurando fortemente na mão de Frank, que fazia uma leve cara de dor, por conta do aperto.  

— Claro que deu! Eles passaram alguns meses a mais fora do tempo deles, mas no final tudo ficou ok — informou, para o desespero de alguns, que pareciam com vontade de sair correndo. — Olha, não vou forçar ninguém a ir nessa viagem, tá? Quem quiser ir embora, vá.

— Apoiada, Liz. Podem seguir o exemplo do Peter e ficar só observando — lembrou James, apontando para o maroto, que se encontrava mais afastado. Ele balançou a mão quando escutou seu nome. Havia decidido não se arriscar. Por mais que adorasse as aventuras com os amigos, daquela vez parecia mais loucura que o normal. O que diria sua pobre mãe se ele não voltasse?! Não, era melhor ficar apenas como um mero observador.

— Será que podemos pular o papo e seguir em direção ao futuro? — Sirius disse. Ele já estava agoniado com a demora. — Para que data vamos?

— Poderíamos ir para exatos dez anos à frente. Ou seja, 22 de janeiro de 88 — sugeriu Frank.

— Não, acho dez anos é pouco. Que tal vinte?

A maioria deu de ombros para a sugestão de Sirius. Dez ou vinte anos, não fazia tanta diferença. Só esperavam que não ficassem presos lá.

— Vinte então será — falou Liz. E entregou uma pequena corda, bem fina, que fora banhada na poção. Havia várias pequenas ampulhetas nela, que estavam cheias com a poção também. Ela ainda se lembrava no trabalho que teve ao fazer aquela maldita cordinha. Tivera que a fabricar às pressas, porque já que não planejara usar a poção, havia pulado essa parte. Após a conversa com final com Sirius, correu para fazer, com uma ampulheta para cada pessoa que ia na viagem, igual mandava as instruções.

— Isso fede — reclamou Dulce, tampando o nariz. Elizabeth já nem sentia o mal cheiro, devido ao tempo que passara em companhia da poção

— Onde iremos parar? Digo, o local — perguntou James, observando a ampulheta que estava em sua mão.

— Aqui, oras. É uma viagem através do tempo, não tempo e espaço. Não ocorrerá descolamento — explicou. — Quando eu falar três, cada um gire a sua ampulheta e pense na data que queremos. Não importa quantas voltas damos e sim o pensamento. Se concentrem, pelo amor de Merlin. — Elizabeth alertou nervosa. — 22 de janeiro de 1998. Não se confundam! Um, dois, três.

Todos giraram e tentaram se concentrar o máximo possível, mas era difícil, quando pensavam que poderiam acabar nunca mais voltando para o seu tempo. Isso os desconcentravam por alguns segundos, porém era o suficiente para que tudo desse errado.  E de repente um brilho verde surgiu na sala, os sugando.

...

Era como viajar com o Pó de Flu, só que milhares de vezes pior. Eles foram espremidos numa imensa escuridão, que se transformou em milhares de pequenas imagens: de coisas que ainda não haviam acontecido; de que estavam acontecendo; e de que ainda iriam acontecer. Passava tão rápido que eles não tinham como capta-las direito.

Durou uma eternidade e nada. O tempo parecia infinito, mas também parecia que fazia apenas alguns instantes que haviam girado as ampulhetas.

Antes que notassem, estavam parados de volta a sala. Que agora encontrava-se mais empoeirada do que antes. Muito provavelmente porque não havia mais nenhum aluno para fazer uma poção ilegal. Naquele ano. E naquele cômodo.

Estranhamente, eles estavam na mesma posição, mas todos desarrumados. Como se houvessem acabado de sair de um furação. O que descrevia porcamente a experiência que haviam tido.

Eles soltaram a corda e ficaram um tempo em silêncio, tentando recomporem-se. Sirius foi a primeiro que falou: — Como saberemos se deu certo?

— Ora, é bem obvio que deu, não? Ou será que aquilo tudo foi uma alucinação grupal? — disse Lizzie, mal humorada por causa da tontura que sentia.

Sirius revolveu ignorar o mal humor repentino da amiga. Não era algo tão incomum assim.

— Como saberemos em qual época estamos? — perguntou James, antes que Sirius tivesse a chance de falar.

— Só a um jeito, não? Temos que perguntar a alguém — sugeriu Dulce, depois de certificar que não iria mais vomitar.

— Já volto — Elizabeth deu uma arrumada no cabelo e saiu com passos decididos. Os que ficaram se entreolharam, mas não havia nada que pudessem fazer, a não ser esperar.

Ela voltou alguns minutos depois, com uma expressão pensativa.

— E aí? — exclamou Lily, nervosa.

— Uma boa notícia. Não estamos mais em 1978, como se é possível notar — começou a morena, enrolando uma mecha do cabelo.

— E a má? — perguntou Frank temeroso. Maldito momento que de deixara se convencer por Alice, sua melhor amiga.

— Também não estamos em 1998. Aparentemente alguém se desconcentrou e viemos parar em 1996. Me fazendo pagar o maior papel de idiota quando sair falando que estamos em 1998 para um garoto desconhecido qualquer.

Lily concentrou-se com toda a sua vontade em não voar no pescoço das amigas. Alice e Dulce se olharam preocupadas. Sabiam que Lily tentaria mata-las, e elas queriam matar Liz.

James e Sirius nem se preocuparam, pelo menos estavam todos inteiros. Remus estava com medo da reação de Lilian, pois sabia que a amiga poderia explodir a qualquer momento.

E Frank tentava pensar logicamente. — Bem, não importa muito a data, não? Já fizemos a viagem, e estamos no futuro, acho que já está na hora de voltarmos, não?

Dois dos marotos reclamaram da ideia. Viajar no tempo para ficar cinco minutos trancados numa sala empoeirada?! Qual era a graça? Mas pararam quando a ruiva os encarou mortalmente.

Elizabeth concordou, afinal, havia conseguido utilizar a poção sem maiores danos. Ao menos por enquanto — Peguem a corda e fiquem na posição que estavam quando chegamos — instruiu e foi rapidamente obedecida. — Girem as ampulhetas e pensem na data de que viemos.

Todos giraram e se concentraram por vários minutos. Mas nada acontecia.

— Desisto! Isso não está funcionando! — queixou-se Alice, largando o fio. — O que está acontecendo, Elizabeth?

A menina parecia bastante confusa, encarando a corda em suas mãos. — Eu não sei — murmurou.

— E o que faremos agora? — perguntou Remus.

— Eu não sei — sussurrou de novo, parecia ter entrado em choque. Sirius foi para o seu lado e a abraçou.

Lilian pensou em reclamar com a amiga, mas desistiu ao ver seu estado. — Poderemos procurar o diretor ou diretora, explicar a situação e pedir ajuda. Provavelmente será alguém que conhecemos. Já que não se passou tanto tempo assim — propôs Lily. Fora a única ideia que lhe ocorreu.

Os outros nem tentaram pensar em nada. Não viam outro jeito a não ser concordar.

 


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Notas finais do capítulo

Me desculpem pela grosseria, porém há 25 pessoas acompanhando aqui, porém apenas uma comenta regulamente. E como já havia falado, se for para postar só para a Cassy, é mais fácil mandar diretamente para ela.
Espero que tenham gostado do capítulo e qualquer erro me avisem.