Marotos no Futuro escrita por Duda Monteiro


Capítulo 32
History


Notas iniciais do capítulo

Tá muito tarde para eu pensar em algo legal para colocar nas notas...
Okay, pensei. Espero que gostem desse capítulo, ele é basicamente um grande flashback (que eu escrevi há mais de um ano, então talvez não esteja tão bom, mas eu criei um xodó por ele e não pude esquece-lo).
Também quero informar que segunda feira minhas aulas voltam e eu não sei qual será meu estado no final de semana, então eu não prometo post, porque ainda tenho que finalizar boa parte do próximo capitulo (não, não é que eu só tenha o próximo capitulo escrito, é que eu resolvi acrescentar umas coisas para ficar melhor, mas ainda tenho outros capítulos escritos).
Por hoje é só, estou mortinha aqui, e postando essa hora apenas pelo meu amor a vocês. Sejam carinhosos comigo então ♥.



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You and me got a whole lot of history

We could be the greatest team that the world has ever seen

You and me got a whole lot of history

So don't let it go, we can make some more

We can live forever

 Você e eu temos muita história

Nós poderíamos ser o melhor time que o mundo já viu

Você e eu temos muita história

Não deixe isso acabar, podemos fazer um pouco mais

Nós podemos viver para sempre

History — One Direction

Era apenas mais um dia normal, durante as férias de verão das meninas, que antecediam o quarto ano delas. As mais novas dormiam, enquanto Dulce trabalhava analisando umas pesquisas, até que a campainha tocou e ela foi atender.

Dulce encarou seu surpreendente visitante — ou deveria dizer visitantes? —. Remus Lupin encontrava-se em sua porta, apenas com um cachorro gigante como companhia. Era uma visão levemente chocante. Um pouco devido ao cachorro — que por enquanto ela esperava que fosse apenas um cachorro; mesmo não entendendo o que Remus fazia andando com um cachorro, sem coleira, por aí; a outra hipótese seria surpreendente e ela não saberia como reagir caso se mostrasse verdadeira —. Mas principalmente porque havia anos que não se falavam. Lupin já fora um conhecido, um amigo e um amor para ela. Porém agora não passava de um estranho que batia em sua porta. Não entendia o que poderia ter o trazido ali. Preocupava-se que ele houvesse descoberto a mentira que contara anos atrás. E não sabia como ele havia conseguido o endereço.

— Posso entrar? — ele perguntou após alguns segundos em um silêncio desconcertante, decorrido da tentativa de Dulce de processar o que estava acontecendo.

— Ah, claro — respondeu, ainda confusa. Abriu espaço para que passassem. — Qual o motivo da sua visita? — indagou enquanto o guiava até a sala de estar.

— Dumbledore me pediu que a colocasse a par de alguns fatos — com a resposta dele sentiu-se aliviada. Afinal, estava a salvo, por enquanto.

— Sente-se, por favor — apontou o enorme sofá, enquanto se sentava em uma poltrona. Remus sentou-se e o cachorro subiu ao seu lado. Dulce encarou o animal, seu comportamento era muito estranho e provavelmente estava sujando seu sofá todo. Mas deu de ombros internamente por isso. Era uma bruxa e sujeira no sofá era uma coisa fácil de limpar. A identidade do cachorro era o que a preocupava. Ficava cada vez mais evidente que seu palpite estava certo, e ela não sabia o que devia fazer em relação a isso.

— Então... sobre o que você precisa me colocar a par?

— Bem, acredito que saiba o que aconteceu ano passado... — começou Lupin.

— Se você está querendo dizer o fato de que Alastor Moody não era Alastor Moody, pelo menos nos últimos meses. E que Harry Potter encontrou-se com Voldemort, que por acaso voltou dos "mortos". Sim, eu sei — interrompeu-o e falou quase sem respirar. Lupin assentiu em concordância. — Sei também que o ministério está tentando fazer as pessoas acreditarem que Harry e Dumbledore estão loucos. Fudge ficou mais paranoico do que eu achava possível.

— Pelo visto você já está a par de boa parte das coisas. Me pergunto como... — a última parte falou quase como se fosse somente para si.

— As meninas são muito bem informadas. E boas de obter informações que não são da conta delas. A sorte é que elas me contam boa parte também — explicou — Elas são amigas dos irmãos do melhor amigo do Harry. Tiveram algumas detenções juntos. Aparentemente Destiny puxou ao pai — Remus se remexeu no sofá quando Dulce mencionou o pai da menina.

— É sobre o pai dela que vim falar também — informou e Dulce levantou as sobrancelhas.

— Sobre ele? Por que? Alguma novidade sobre seu paradeiro? — perguntou ansiosa, encarando o cachorro.

— Para falar a verdade, sim. Dumbledore sabe bem onde Sirius Black está. E eu também.

— Então por que não o denunciam para o ministério, para que ele possa ser recapturado? — já desconfiava da resposta, de que provavelmente Dumbledore estava ajudando Sirius a ser esconder, afinal, só assim para explicar a presença do animal em sua sala, mas queria uma confirmação. E uma razão para isso.

— Porque ele é inocente — Dulce fez uma cara de perplexa, que transmitia bem seus sentimentos. — Pense, Dul. Lembre-se de como Sirius era. Ele nunca traiu James e Lily. Foi preso injustamente. A mesma injustiça que estão aplicando em Harry e Dumbledore.

— Quem traiu então, Remus? Por que alguém traiu — exclamou. Pensar nos amigos doía. Lily fora uma das suas melhores amigas, não havia superado a morte deles e achava que talvez nunca fosse. Mas a perspectiva de Sirius não ser um dos culpados melhorava as coisas. Sempre achara estranho a forma como as coisas aconteceram.

— Peter — Remus respondeu simplesmente. Dulce o encarava como se pedisse uma explicação — Ele foi o fiel do feitiço. Eles trocaram de última hora e não avisaram há ninguém. Ele vinha servindo de espião para Voldemort por um longo tempo. Você se lembra que eu lhe disse que ele era um animago. Ou melhor, é — nesse momento Dulce começou a ligar os pontos — Segundo Harry, ele ajudou Voldemort a se reerguer.

— Mas e aqueles trouxas que viram Sirius o matando? — estava tentada à acreditar na explicação do outro. Afinal, nunca fizera o estilo de Sirius servir aos outros. Peter já era mais fácil de acreditar, sempre estivará em busca de pessoas com poder. Mas precisava ter certeza, havia muitas coisas em jogo. Principalmente se levasse em conta que o dito cujo está agora em seu sofá — E porque ele ficou rindo quando foi capturado?

— Peter armou tudo. Sabia que Sirius iria atrás dele e resolveu arrumar um jeito de fugir. Sirius foi apenas o meio, e a após tudo que ele tinha passado, não é difícil entender porque ele ficou daquele jeito no momento da captura. Era uma situação um tanto quanto irônica. E sinceramente, Sirius nunca bateu bem da cabeça — nesse momento o cachorro latiu, como se estivesse reclamando.

— E onde Sirius está? Ou melhor, acho que nem preciso perguntar, não é Sirius? — disse olhando o cachorro, que saiu do sofá, e se transformou num homem de longos cabelos pretos. Dulce ficou ligeiramente chocada com a cena, mesmo já esperando. Depois de quase 15 anos, revia seu amigo, que até poucos segundos ela acreditava ser um assassino traidor. 

— Quanto tempo, docinho — o fugitivo falou com uma voz rouca, como se estivesse se acostumando a usa-la de novo; o que era bem provável, ela lembrou.

Ela ficou sem reação por alguns segundos, até que correu para abraça-lo, deixando-o surpreso. Após alguns milésimos ele retribuiu.

Quando se separam, sentaram-se novamente. — Ainda precisamos lhe contar mais algumas coisas — comentou Remus, Sirius assentiu.

— Dumbledore trouxe a Ordem de volta — informou Sirius. — E gostaria que você retornasse, precisamos de todo mundo que conseguirmos convencer. 

Dulce balançou a cabeça em concordância. — É claro. Talvez dessa vez tenhamos mais sorte e a maior parte de nós consiga sair inteiro dessa — falou num tom deprimido. — Como o Harry está, depois de tudo? Imagino que tenha sido uma experiência traumática.

— Sirius só o viu no dia da última prova e depois não falamos diretamente com ele. Ordens de Dumbledore, que prefere o deixar passando as férias com os trouxas. Acha que assim ele estará mais seguro — comentou Remus.

— Isso é uma idiotice. Ele deveria ficar com os amigos e as pessoas que gostam dele! — exclamou Dulce, que tinha uma ideia como os tios o tratavam. Lily as vezes comentava sobre a irmã e a aversão dela por magia, provavelmente o marido não deveria ser diferente — Logo depois da morte de Lily e James falei para Dumbledore que o criaria, afinal, para quem cria dois, o que é mais outro? — brincou — Além do que, não poderia deixar o filho de uma das minhas melhores amigas abandonado. Porém Dumbledore disse que Harry precisava ficar com os tios. Para a sua própria segurança.

Remus assentiu. — Ele me falou o mesmo quando fui perguntar por que Harry não ficava com uma família bruxa.

— Depois eu até tentei manter contato com ele, mas os tios me impediram. Pensei em usar magia, mas talvez a irmã da Lily tivesse mudado e quisesse o melhor para seu sobrinho — relembrou amargamente

— E por que não o contatou quando ele entrou em Hogwarts? — perguntou Sirius.

— Bem, eu imaginei que depois de 10 anos ausente da vida dele não seria fácil me aproximar. Seria lindo: “Oi Harry! Fui uma das melhores amigas da sua mãe, mas praticamente lhe abandonei a própria sorte. Engraçado isso, não? ” — ironizou a mulher.

— Você deveria ter tentando, ao menos. Pelo que conheço do Harry, ele iria adorar conhecer você...

— Cadê as meninas? — Remus perguntou tentando desviar o assunto, e notando que as outras duas moradoras da casa não haviam aparecido.

— Dormindo. Estava indo acorda-las quando vocês chegaram. Ainda bem que não o fiz. Seria difícil explicar porque o ex professor delas e um fugitivo estão na minha sala.

— Como ela é, Dulce? — Sirius quase cuspiu suas palavras diante ao nervosismo.

— Teimosa, encrenqueira, com gênio forte, cheia de opiniões... — começou Dulce — inteligente, um amor de garota, faz tudo pela minha Charlie. Muito parecida com a mãe e com o pai. Ah, e é ótima para arrastar os amigos para confusões. Não sei quem me lembra... — os três soltaram pequenos risinhos, lembrando-se do passado. A risada de Sirius terminou em um pequeno suspiro triste. Agora vinha uma parte difícil.

— Como Liz está? — perguntou.

— Não vou mentir, Sirius. Está na mesma. E por mesma eu quero dizer que tem alguns raros momentos de sanidade. Mas a maior parte do tempo parece não fazer noção de onde está, e do que a aconteceu. Quase nunca fala. E sempre que consegue pergunta por “ele”.

A cara de Sirius mostrava um profundo pesar. Remus e Dulce não estavam muito melhor.

— Queria tanto visita-la — murmurou. Os amigos não responderam e se entreolharam. Sabiam que era impossível isso acontecer. Ao menos por agora.

— Harry já sabe sobre você ser inocente? — Dulce perguntou a primeira coisa que lhe veio à mente, tentando desconversar, era uma pergunta tola. Mas funcionou.

— Sim, ele me ajudou a fugir de Hogwarts e desde então mantenho contanto com ele — disse Sirius. Dulce assentiu como se tivesse entendido, mas ainda estava um pouco confusa. Eram muitas informações em pouco tempo — O que a Destiny sabe sobre mim?  — Sirius não conseguia segurar a curiosidade.

— Bem, sobre Sirius Black, o prisioneiro, quase nada. Mas eu falei sobre você como eu lembrava na época da escola. Ela sempre me perguntou sobre o pai, eu tentei responder o mais sinceramente possível. Porém sem nunca contar o que aconteceu depois do dia 31 de outubro, ou falando seu nome. O que deu um pouco de trabalho. Para ela, o pai está morto.

— Quando poderei vê-la?

— Sirius, — começou Remus, tocando o braço do amigo — não sei se isso é uma boa ideia.

— Você entende que ela pensa que você é um criminoso e que o pai dela está morto, não é? — relembrou Dulce.

— Sim, você acabou de me falar isso — respondeu friamente. — Mas eu tenho o direito de conhece-la! E mais importante, ela tem o direito de me conhecer e saber a verdade sobre a família dela! Você sabendo que sou inocente deveria concordar com isso! — exclamou ligeiramente exaltado.

Dulce suspirou pesadamente. — Certo, mas eu preciso de um tempo; para contar a ela tudo. Afinal, essa história toda é uma loucura — Sirius não viu opção a não ser concordar.

Logo em seguida passos foram escutados na escada e duas meninas que tinham por volta dos catorze anos apareceram. As duas estavam de pijamas e com os cabelos bagunçados.

— Mãe? — chamou uma delas. — Quem está aí? — indagou descendo as escadas, tentando prender seus fios castanhos claro num coque desarrumado, acompanhada da outra que reconheceu os visitantes.

— Professor Lupin? —  perguntou a de cabelos escuros, sem se importar com seu estado. — E, ah... Sirius Black?

Os três mais velhos se entreolharam preocupados. — Merda. — Dulce contou baixinho. — Meninas, vocês já conhecem Lupin, um velho conhecido meu — Ele as saudou rapidamente. Elas responderam timidamente. — E ele já está de saída — falou se levantando.

— E o que Sirius Black faz aqui, tia?

— Querida, falaremos sobre isso mais tarde. Por favor subam, que daqui a pouco as chamarei — as mais novas se entreolharam, mas não saíram do lugar. Os dois homens não sabiam o que fazer, haviam se levantado também. — Agora — mandou. As adolescentes não tiveram alternativa a não ser obedecer. Mas em vez de entrarem nos quartos, mantiveram-se perto da escada para escutar o máximo possível.

Dulce suspirou pesadamente. — Pelo visto terei que contar mais cedo do planejava. Há algo mais que vocês gostariam de falar? Porque senão, como notado, terei que lidar com duas bombas — disse apontando para o teto.

— Só mais isso — Remus pegou um papel em seu bolso e entregou para Dulce — Aí está escrito o endereço da sede da Ordem. Após explicar tudo as meninas, apareça lá — a mulher concordou e eles se despediram. Sirius voltou a se transformar num cão, e ela os acompanhou até a porta.

— Podem descer já — gritou. Em segundos as meninas já se encontravam correndo pela escada. Enquanto Dulce seguia para a cozinha para preparar o café da manhã. Sabia que a conversa que teriam demoraria. Esperava que Destiny pudesse compreender tudo e a perdoar pelos segredos.

E a conversa realmente demorou.


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Notas finais do capítulo

Críticas? Elogios? Comentários? Sugestões? Vocês gostam de coxinha?
E com vocês, meu aesthetic da Lily! https://68.media.tumblr.com/97384f3e03da681001d8b4d5cd07af06/tumblr_ollx7twZPU1va6m4no1_540.png
O que acham?! Sinceridade, pessoal!
Beijos!



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