Marotos no Futuro escrita por Duda Monteiro


Capítulo 31
Tell Me It's Okay


Notas iniciais do capítulo

LEIAM AQUI! LEIAM AQUI! E LEIAM AQUI!
Então, antes de tudo, gostaria de anunciar que a Dulce mais velha será chamada de Dulce, pelo menos nas narrações em que as duas aparecem juntas, enquanto a mais nova será chamada apenas de Dul, certo? Para não confundir as coisas. Mas do que já estão/são.
*
Ok, pessoal, sentem aqui e vamos conversar um pouquinho antes do capítulo, tá? Sinceramente, o que está acontecendo com vocês? Eu tenho 178 leitores, e entendo que pelo menos metade desse número não ler realmente e salvou para ler depois. E sei também que provavelmente tem muitos leitores tímidos e/ou que simplesmente não gostam de comentar (eu entendo isso, realmente entendo). E sei também que tem muita gente que está ocupada nesses últimos dias ou com problemas e por isso sumiu. Mas concordem comigo nisso, de 178 leitores, apenas dois comentarem, é uma sacanagem para com a autora, não? Eu me esforço aqui gente. E eu sei que não é só por vocês (eu amo essa fic, e minha missão é termina-la e eu farei isso), mas é cansativo escrever, tomar o cuidado que eu tomo com os detalhes (releio milhares de vezes, para ver se não deixei passar nada ou não irei me contradizer, além de tentar me alinhar com o que a J.K escreveu. Até o horário de aula do quinto, sexto e sétimo ano da Grifinória eu fiz, para não deixar nenhum erro passar!). Sem contar no sacrifício que é toda vez arrumar uma musica que combine com o capitulo para o nome e fazer o gif. Essas duas ultimas coisas que não precisaria fazer caso eu escrevesse só para mim. Mas eu escrevo para vocês também! Eu gosto de entregar um trabalho perfeito (e isso me enlouquece e cansa). Então o mínimo que eu espero é algum retorno. Eu não vou ameaçar parar de postar, porque eu não irei fazer isso, é injusto com quem comenta regularmente (mesmo que não seja em todo capitulo, só de você aparecer duas vezes por mês, eu já considero regularmente)(se você é um desses leitores ignore isso daqui), mas eu estou realmente chateada. Se vocês tem algum problema com a fic, podem falar, ok? Eu preciso de um retorno de vocês, saber o que vocês acham, o que desejam que aconteça, para que assim eu possa me guiar. O que não posso é continuar caminhando a cegas, ok? Me desculpem pelo texto enorme, mas eu realmente precisava falar isso.
Vamos voltar para a programação normal.



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Maybe it's been years

Since I genuinely smiled

And maybe it's been years

Since I wanted to be a part of anything

But lately I've been good

Talvez fazem anos

Desde quando eu sorri de verdade

E talvez fazem anos

Desde que eu quis fazer parte de alguma coisa

Mas ultimamente estive bem

Tell Me It's Okay — Paramore

 

Dulce estava terrivelmente assustada e temerosa. Andando de um lado para o outro, sem conseguir parar de encarar a porta da sala que se encontrava. Fazia apenas dez minutos que fora deixada ali por Dest — que fora procurar os outros —, mas pareciam séculos. Ao mesmo tempo em que ela desejava que eles chegassem logo, também desejava que demorassem mais um pouco, já que não sabia o que fazer naquela situação. Os sentimentos conflitavam dentro dela, não a deixando pensar direito.

Amaldiçoava o dia que Remus decidira viver disfarçado entre os lobisomens, pois agora ela acabara sozinha em meio à aquela confusão — sem contar que essa missão era realmente perigosa, mas isso era assunto para outra hora —.

Um pouco longe dali, no Salão Comunal da Grifinória, Destiny não estava muito diferente. Ela explicou rapidamente para Harry e Neville o que Dulce iria fazer, e pediu a ajuda deles para encontrar os outros. Não foi muito difícil, após uma rápida busca pelo castelo, todos os doze se dirigiam para a sala onde Dulce esperava.

O pessoal do passado estava relativamente confuso, já que não haviam recebido explicações do que iria acontecer. Apenas foram chamados pelos quatro mais novos para conversar num lugar mais reservado e foram guiados para um dos vários corredores desertos de Hogwarts.

— Okay, todo mundo, vamos manter a calma, tá? — Destiny pediu antes de abrir a porta. O grupo maior se entreolhou, ainda sem entender.

Ainda do lado de fora, não demoraram a ver que a sala já estava ocupada.

— Er, Dest, quem é ela? — Liz perguntou curiosa, como sempre.

— Entrem, que explicamos direito — foi o que Destiny respondeu, todos então entraram. 

— Por Merlin, isso é muito estranho. Nunca pensei que os veria de novo — a versão mais velha de Dulce falou, encarando os amigos, que haviam se sentado, deixando a “desconhecida” parada em frente ao quadro negro, como se fosse a professora e eles os alunos.

— Você nos conhece? — James questionou. Enquanto isso, os outros quatro haviam se aproximado da mais velha, ficando perto da parede que o quadro ocupava.

— Mais do que isso. Gostaria de apresentar a todos, minha querida, mas boa parte das vezes meio maluca, mãe, também conhecida como Dulce Valentine — anunciou Charlotte. Dulce levantou a mão, os saudando rapidamente, e depois virou para a filha.

— Você deveria ter mais respeito por mim, menina. Isso é jeito de falar da sua mãe? — ela reclamou.

— Charlie disse apenas a verdade, tia — Dest brincou. Dulce balançou a cabeça negativamente.

— Eu sinceramente não sei o que fazer com vocês duas... — ela falou.

— Dar muito amor e carinho, como a senhora já vem fazendo a quinze anos — Charlie respondeu brincando.

— Sem querer interromper... mas gostaríamos de conversar com você — Frank se manifestou.

Dulce assentiu. — Sim, imagino. Também acredito que essa conversa seja importante — ela disse, e virou uma cadeira na direção deles e sentou-se. Logo os outros quatro a imitaram. — Por onde gostariam de começar? — perguntou.

Os oito se entreolharam, sem saber bem por onde começar.

Dul estava achando tudo aquilo muito estranho. Afinal, não é todo dia que você encontra você mesmo vinte anos mais velha.

— Como, afinal, você conseguiu criar duas crianças? Desculpe, Dul — falou Alice olhando para a mais nova —, mas não te imagino conseguindo criar duas pessoas sem endoidar ou endoida-las.

— Fico muito feliz pela confiança, Ali —  Dul respondeu.

— Na verdade, foi bem fácil, não é, mãe? — Charlotte afirmou, encarnado a mãe.

— Bem... fácil não foi. Vocês duas são meio problemáticas — discordou Dulce.

— Se Destiny for metade do que os pais foram, eu tenho muita pena de você — Remus falou. Sirius e Liz protestaram, e Destiny revirou os olhos.

— Eu fui bem fácil de criar! — ela exclamou.

— Assim... fácil não foi — discordou mais uma vez Dulce. E Destiny a olhou chocada.

— Eu nunca realmente aprontei nada! — Dest exclamou de novo, com uma ligeira perda de memória.

— É. Só colocou uma minhoca na maça da professora da escola trouxa — lembrou Dulce.

— Ela merecia — Dest retrucou, que lembrara do ocorrido, e lembrara também que a professora era detestável.

— Apenas escapou para a Travessa do Tranco as escondidas — continuou a mais velha.

— Eu queria saber como era lá! — Dest tentou se defender, ela já havia pedido para a tia várias vezes as levassem lá, mas a mais velha sempre negava, então um dia quando foram ao Beco Diagonal e Dulce se distraiu, Dest correu para a área proibida. Não demorou muito para Dulce acha-la, mas ela pelo menos pode ver como era a Travessa do Tranco, e sinceramente, não era nada demais.

— Apenas fez um menino trouxa voar numa vassoura...

— Ele não acreditou em mim quando falei que as vassouras voam! — e era verdade, o menino era um dos primos de Charlotte, por parte da família trouxa, e — Destiny não se recordava bem como chegaram aquela situação — acabaram discutindo sobre a legitimidade de vassouras voadoras. A menina acabou fazendo com o que o garoto subisse na vassoura e voasse. Vamos dizer que não foi um dos melhores momentos dela...

— Certo, mãe. Já deu para entender que criar a Dest foi meio complicado... — interrompeu Charlie.

— Olha quem fala, Charlotte Luna Valentine. Em cada uma dessas confusões você estava ao lado dela! — Dulce rebateu, fazendo a menina corar ligeiramente.

— E depois meus tios me chamavam de problemático — Harry comentou. A frase de Harry fez Lily se manifestar.

— Uma das coisas que eu não entendo, é como você conseguiu criar as duas, mas o Harry foi deixado com a Petúnia. Você sabia como ela era! Eu sempre te contei dos problemas dela com a magia — ela falou, fazendo Dulce abaixar o olhar. ­

— Eu tentei, Lily. Porém Dumbledore não deixou. E como não sou a madrinha dele, não tinha como lutar. Eu ainda tentei acompanhar a vida dele com a sua irmã, mas você sabe como ela é. Toda vez que tentava o visitar, raras eram as que eu conseguia entrar. Até que finalmente pensei que talvez se eu não ficasse o rodando, Petúnia o tratasse melhor. Já que ele é o sobrinho dela, afinal de contas. Eu nunca realmente pensei que ela o criaria do jeito que criou. Eu me arrependendo todo dia de não ter lutado mais... depois, quando ele estava mais velho, não tive coragem de me aproximar, sem saber como agir. Pensando que ele não iria me perdoar. Por sorte errei, e o Harry é uma pessoa maravilhosa — Dulce explicou, e ao final sorriu para o menino, que retribuiu.

— Você não tem culpa nenhuma, Dulce. Não tinha o que você pudesse fazer — ele falou.

— Certo, voltando para a primeira pergunta... — Sirius se pronunciou, tentando retomar o foco da conversa.

— Ah, sim. Apesar das confusões que essas duas aprontaram durante toda a vida, foi na verdade tudo bem agradável. A Destiny é a melhor afilhada que alguém pode ter. E a Lotte não é uma filha tão ruim assim...

Charlotte revirou os olhos, já acostumada com o humor da mãe. — A senhora também não é tão ruim, mãe. E esquece esse Lotte. É Charlie! — reclamou pela milésima vez do apelido que a mãe costumava a chamar.

— Você é a minha filha. Eu te chamo do que quiser — Dulce rebateu.

Remus sentia vontade de perguntar como ela havia lidado com uma lobisomem criança, mas pelo fato de ter gente naquela sala que ainda não sabia da sua situação, não podia. Só esperava que a mais velha não acabasse comentando algo sobre isso. Não era bem assim que ele gostaria que os outros descobrissem. Na verdade, ele gostaria que nunca descobrissem, mas não parecia bem uma opção agora.

— Uma coisa que eu gostaria de saber é por que você decidiu mudar para a Espanha — Dul finalmente se dirigiu para a sua versão mais velha. Ambas achavam estranho esse encontro. Era como encarar um espelho, só que com várias modificações.

— Eu precisava ficar perto da minha família. Não tinha mais ninguém por aqui. E eu realmente precisaria de ajuda para criar duas crianças, sendo que eu mesma não era muito adulta. Então fui morar perto dos meus pais. Fiquei lá até as meninas terem idade para frequentar Hogwarts, só aí voltei para a Inglaterra. Poderia ter continuado na Espanha, mas não gostei da ideia de ficar tão longe das minhas meninas. Então comprei uma casa numa cidade perto o suficiente do colégio, mas também de Londres.

— E por que você e o Remus não estavam mais juntos? Ele não quis ajudar a criar a filha? Desculpe a invasão, mas é que eu não entendo o que aconteceu — Frank perguntou. Dulce olhou para Remus, como se buscasse orientação sobre o que fazer. Quem a salvou foi Charlie.

— Isso envolve um assunto que minha mãe simplesmente não pode falar agora.

— Por que não? — questionou Alice.

— Não é um segredo dela — Charlie revelou, e os que não sabiam da condição de Lupin, ou seja, Alice, Frank e Lily, o encararam.

— Só vamos dizer que passamos a discutir muito perto do final da relação, discordando das ações que tomaríamos na guerra — contou Dulce.

— Você nos visita no hospital? — Liz perguntou, tentando desviar a atenção de Lupin.

— Sempre. Apesar de que vocês nunca me reconheceram. Mas faço o possível para sempre os visitar. E levo as meninas. Algumas vezes acabo encontrando o Neville, que vai com a avó — respondeu Dulce.

— Como você explicou para a Dest sobre nós? — Sirius indagou. — Provavelmente não foi fácil, não é?

— Nem um pouco. Sobre a Liz foi mais fácil. Disse que ela era uma brava guerreira, que se arriscou para proteger que não podia fazer isso. E foi a mais pura verdade. Mas tive que mentir sobre seu último nome. Não era seguro ser uma Potter, mesmo após a guerra. E ser uma Black era pior ainda. Eu não queria atenção negativa para nenhuma das duas. Dumbledore concordou comigo. Então internamos a Liz usando de outro sobrenome, um sobrenome comum trouxa, Williams. E a Dest passou a usá-lo também. Também peguei outro sobrenome, para ser usado caso a Dest perguntasse o de solteira da mãe, Morgan.

— E sobre o Sirius? O que você falou? — perguntou Liz.

— Sobre o Sirius foi mais complicado. Eu não podia revelar quem ele realmente era, já que afinal de contas, ele estava preso em Askaban. Então disse para a Dest que o pai dela havia morrido em meio à guerra, heroicamente. Inventei um nome para ele, Daniel. E contei histórias da nossa juventude. Contei de como me lembrava do Sirius, e não do que falavam dele.

— Mas eu sempre soube que havia algo de errado — Dest admitiu. — Quer dizer, sempre que a senhora falava do meu pai ficava com um olhar triste, mas diferente do que dava quando falava da minha mãe. Sem contar que várias vezes se confundia e parecia que ia chama-lo por outro nome. As vezes até começava a me chamar por um diferente sobrenome, mas parava antes de finalizar.

— Você sempre foi uma menina perspicaz. E eu nunca fui uma boa mentirosa — Dulce falou, dando de ombros.

— Uma coisa que eu nunca entendi é porque você nunca me falou que era uma das melhores amigas da minha mãe — Neville disse, falando pela primeira vez desde que entraram na sala.

— É uma boa pergunta, tia — apoiou Dest.

— Egoísmo. Imagine perder uma pessoa importante para você, mas não apenas perde-la, mas vê-la transformar em algo que parece com ela, mas é só uma casca. Eu sentia que quanto mais falasse da Alice, do Frank e até mesmo da Liz, mais eles se transformariam naquela casca vazia na minha mente. Eu quis manter as memórias só para mim, e não associa-las com o que eles se tornaram. Com a Liz não era tão fácil, já que a Dest cresceu comigo, e eu era a única coisa que a ligava ao seu passado. Mas eu sabia que você tinha seus avós, e esperava que eles pudessem lhe contar de seus pais. Como falei, egoísmo. Mas sou apenas humana — explicou Dulce, e Neville assentiu, entendendo. — Me desculpe, Alie, Frank. Eu queria poder ter falado de vocês para seu filho, mas... só não conseguia.

— Tudo bem, Dulce. Eu entendo, amiga — Alice falou com um pequeno sorriso, e Frank concordou com a cabeça.

— Eu sei que você e o Remus terminaram, mas vocês ainda mantem contato? — James perguntou.

— Um pouco. Ultimamente ele não tem mantido contato com ninguém, já que está numa missão para a Ordem. Não me perguntem que missão é, que não posso falar — respondeu Dulce. — Mas tenho certeza que assim que possível, ele virá ver vocês. Não acredito que ele deixará escapar a oportunidade de ver os melhores amigos mais uma vez.

— Nós realmente fizermos parte dessa Ordem? — questionou Lily.

— Sim. Logo após sairmos de Hogwarts, Dumbledore nos chamou. Ele estava recrutando todos os bruxos que achava importantes para a queda de Voldemort. Você estava fazendo seu curso de medi-bruxa, Alice e eu estávamos começando nossos estágios, ela como herbologa e eu como magizoologista. Liz estava começando no Gringotts. E os meninos estavam fazendo o curso para ser tornarem aurores.

— Então desistimos das nossas profissões por essa ordem? — indagou Dul.

— Não. Saímos em missões da Ordem, mas continuávamos com nosso trabalho normal. Até porque, sabíamos que a guerra não duraria para sempre, e que quando acabasse, teríamos que continuar com as nossas vidas. Sem falar que, principalmente a profissão dos meninos, era fundamental para a guerra.  — explicou a mais velha. — Mais alguma pergunta?

— Como foi que você soube que o Sirius não era o traidor que diziam ser? — Frank perguntou.

— Imagino que deve ter sido uma descoberta tranquila e maravilhosa — caçoou Sirius.

Dulce ignorou o comentário do amigo — ela tinha que admitir, estava com um pouco de saudades de fazer isso —. E relembrou-se do momento em que a sua vida — e das suas meninas — começara a mudar. Mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostando desse capítulo, qualquer duvida podem me falar! E repetindo a pergunta do último capítulo: Como querem que a fic acabe? Que esse futuro seja mudado ou não? E se sim, uma mudança total ou parcial? Podem dissertar, obrigada.
Eu realmente preciso saber disso, para começar a encaminhar a fic para esse destino.
Ah, e criei alguns aesthetic para os personagens da fic, e começarei a postar um por semana no tumblr, o primeiro é do nosso querido James Potter e vocês podem ver aqui: http://marotosnofuturo.tumblr.com/post/157129783907
Espero que gostem e podem me dar ideias para mais, adoro fazer essas coisas kk. Beijos!



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