Marotos no Futuro escrita por Duda Monteiro


Capítulo 30
It’s time


Notas iniciais do capítulo

Então, eu sei que tenho demorado mais que o normal, mas estou um pouco desanimada com os números de comentários. Eu sei que tenho uma grande parcela de culpa nisso, por demorar a postar, mas por favor gente, se vocês leem a fic e gostam, comentem. Eu realmente preciso saber se estou agradando vocês, para assim poder continuar escrevendo.
E por falar nisso, eu tenho que perguntar e preciso que vocês respondam: Como querem que a fic acabe? Que esse futuro seja mudado ou não? E se sim, uma mudança total ou parcial? Podem dissertar, obrigada.
Beijos e espero que gostem!



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It’s time to begin, isn’t it, I get a little bit
Bigger, but then, I’ll admit
I’m just the same as I was
Now, don’t you understand
That I’m never changing who I am

É a hora de começar, não é? Fico um pouco
Maior, mas depois, admitirei
Sou apenas o mesmo que eu era
Agora, você não entende
Que eu nunca irei mudar quem eu sou

It’s Time — Imagine Dragons

 

Harry se viu preso entre a tia e sobrinha e não sabia o que fazer. É claro que estava esperando pela chegada da mais velha, mas não imaginava que seria naquela situação. E pelo que notava, o foco da conversa que se seguiria não seriam os visitantes, e sim algo mais pessoal entre Dulce e Destiny.

— Acho que irei chamar Charlotte — falou, tentando escapar do olhar de Dulce, que hora encarava ele, hora Destiny. Ambos ainda não haviam falado nada para a mulher.

— Tudo bem. Mas depois conversarei com vocês três — informou Dulce, Harry assentiu e saiu quase correndo da ala hospitalar.

— Você sabe que ele só queria escapar daqui, não é? — perguntou Destiny para a madrinha.

— É claro. Não sou nenhuma idiota, como você parece pensar — retrucou Dulce de cara fechada. Dest prendeu um suspiro, notando que a conversa não seria fácil. — O que você tem na cabeça, menina?! Tem ideia do quanto me deixou preocupada?! — falou, a puxando para um abraço. Destiny não se surpreendeu com a atitude da tia, acostumada com os rompantes de emoção dela.

— Me desculpe. Não queria preocupar ninguém — disse em meio ao abraço.

— Mas preocupou, Dest — Dulce falou gentilmente, se afastando ligeiramente da menina. — Eu sempre me preocupo com você. Eu te amo tanto quanto a Lotte. E queria que esse amor fosse o suficiente.

— Ele é! — afirmou Dest, preocupada com que a tia pensasse que ela não era grata por tudo que a mais velha havia feito.

— Não, não é — Dulce disse balançando a cabeça negativamente. — Eu nunca fui capaz de substituir seus pais. Assim como não consegui apagar o espaço que o Remus deixou na vida da Lotte... eu gostaria de dar o mundo para vocês duas, mas não posso. O que posso é esperar para que tudo que eu fiz seja o suficiente algum dia.

— É sim, tia. Eu não sei o que seria de mim sem a senhora — Dest falou sinceramente. — Nada disso é sua culpa. Se não fosse a senhora e a Charlie é capaz que eu estivesse pior do que estou. É só que... eu não consigo controlar esse vazio que sinto, sabe? Não tem nada a ver com a senhora, a Charlie ou qualquer outra pessoa. É só um vazio... — ela tentou explicar. Dulce a puxou para outro abaixo.

— Eu entendo, minha menina. E gostaria de poder arrancar isso de você. Mas já que não posso, o mínimo que posso fazer é tentar lhe ajudar — disse ainda a abraçando. Elas ficaram assim por alguns minutos, aproveitando o momento.

Elas se separaram quando escutaram a porta sendo aberta e Charlotte correndo para a mãe e a abraçando.

— Mãe! — ela exclamou. — Já estava preocupada. A minha primeira carta chegou? A senhora não a respondeu! — falou encarando o rosto da mais velha. Dulce desviou levemente o olhar.

— Chegou sim. Ontem de manhã. Não respondi porque ainda estava pensando no que responder... — informou Dulce. Charlotte e Destiny se olharam abismada.

— A senhora nos deixou com essa bomba na mão, sem falar nada?! — indagou a filha, levemente revoltada.

— Mandei uma carta para o Remus e estava esperando a resposta dele. Eu não sei o que fazer nessa situação, meninas. Por mais estranho que possa parecer, eu não sei de tudo!

— Se a senhora não sabe, imagine a gente! A senhora pelo menos conhece esse pessoal — lembrou Destiny.

— Não é fácil para mim, meninas. Justamente por conhecer esse pessoal. São meus amigos. Meus melhores amigos. Ao mesmo tempo que quero correr para encontra-los, uma parte minha não quer — Dulce falou honestamente. — Eu só vim para cá correndo por causa da sua situação, Dest. Eu não queria encara-los sozinha. Por isso estava esperando algum sinal do Lupin — ela informou.

Destiny e Charlotte se entreolharam de novo. — A senhora não está sozinha, mãe. Vamos estar ao seu lado. Mas a senhora precisa falar com eles. Eles estão curiosos, e eu e a Destiny não podemos explicar tudo, até porque não sabemos de tudo.

— Tudo bem, filha. Eu sabia que teria que fazer isso quando decidir vir sem o Remus. Alguma sugestão de como esse encontro deve acontecer?

— Vamos esperar a hora do jantar. Assim chamamos todo mundo – sugeriu Charlotte.

— Certo. Irei falar com Dumbledore antes, então. Para saber o que devo contar ou não.

— O diretor não está, mãe. Pelo menos não no café da manhã — comunicou Charlotte. Dulce ficou pensativa.

— Vocês sabem se a McGonagall sabe sobre eles? — perguntou para as meninas, que deram de ombros e responderam negativamente.

— Mas provavelmente deve saber, quer dizer, ela é o braço direito do diretor — Charlie falou dando de ombros.

— Certo, faltam vinte minutos para a próxima aula, vou correr até lá e tentar falar com ela sobre isso. Você já recebeu alta, Dest?

— Ainda não. Aparentemente a Madame Pomfrey acha que o melhor jeito de lidar com uma pessoa depressiva é a deixando presa... — Destiny respondeu sarcasticamente.

Dulce prendeu um suspiro. A situação da afilhada não era nada fácil. Mesmo querendo prender a menina, para que nada e nem ninguém a machucasse mais, sabia que isso não adiantaria nada.

— Você já almoçou? — ela questionou Dest, que negou. — Me espere aqui então, quando voltar falo com a Madame Pomfrey e vamos almoçar. Sua próxima aula é de que, Charlie? — virou-se para a filha.

— Trato das Criaturas Mágicas.

— Ah, magnifico. Vamos então, te acompanho uma parte do caminho — falou Dulce. As duas se despediram de Destiny e saíram da ala hospitalar.

— E de novo sozinha... — Dest resmungou ao ser deixada só.

*

Dulce encontrou a sua antiga professora na sala dela, e como desconfiava, McGonagall não ficou surpresa com a sua presença ali.

— Imagino que suas meninas tenham lhe avisado do que está ocorrendo, não? — perguntou a mais velha, após os devidos cumprimentos. Ambas estavam sentadas, e Dulce degustava uns dos biscoitos oferecidos por Minerva.

— Sim, elas me contaram. Admito que ainda é um pouco difícil de acreditar... — respondeu Dulce.

Minerva assentiu. — Eu não acho recomendado você os encontrar — relevou a professora.

— Eu também não. Mas preciso. São meus amigos. Eu preciso vê-los. Pelo menos uma última vez — insistiu Dulce. E Minerva não teve coragem de tentar dissuadi-la, colocando-se no lugar da outra.

— Dumbledore já contou boa parte das coisas para eles. Eu acredito que o diretor preferirá que você não releve nada muito importante.

— O difícil vai ser saber o que Dumbledore acha importante ou não — comentou Dulce.

— Eu gostaria de poder esclarecer isso, mas infelizmente as vezes nem eu entendo a mente dele — falou a mais velha e Dulce abriu um pequeno sorriso. — Arrumarei uma sala para que você possa encontra-los tranquilamente. Mas receio que terá que esperar até o final das aulas deles.

— Tudo bem, eu já planejava isso. Gostaria que a Charlie, a Dest, o Harry e o Neville estivessem juntos. Acho que é seria bom para eles — anunciou Dulce.

— Posso providenciar isso. Mas não sei se é realmente bom para eles.

— Por que a senhora acha isso? — perguntou Dulce.

— Para a Charlotte nem tanto, mas para os outros que perderam os pais. Não sabemos como será quando eles voltarem para seu tempo. E eles terão que voltar, senhorita Valentine. Você sabe disso.

— Eu sei. Mas acho que é melhor pelo menos uma chance deles conhecerem os pais de verdade, do que viver apenas a base de histórias contadas. Talvez no final eles terminem machucados, mas pelo menos terão momentos ao lado dos pais para lembrar — discordou Dulce. Minerva meneou a cabeça, sem mais nada a dizer.

— Se a senhorita acredita nisso, não a mais nada para que eu diga. Vai continuar em Hogwarts até o horário da conversa? — perguntou McGonagall.

— Estava pensando em dar um pulo em Hogsmeade com a Destiny. Tira-la um pouco desse castelo.

— Acho que seria bom. A menina está passando por muita coisa ultimamente. Vamos — disse levantando-se. — Eu lhe ajudo a convencer a Papoula.

Dulce também ficou de pé e seguiu a diretora da sua antiga casa pelos corredores da escola.

 *

De uma coisa ela tinha certeza, amava a madrinha. Já que graças a ela, Destiny havia conseguido a tão esperada alta e ainda tinha conseguido escapar da aula! E dava um passeio pelo vilarejo que cercava o castelo.

Tudo bem, aquele lugar não era nenhuma novidade para ela. Mas ei, pelo menos era algo melhor que ficar na ala hospitalar.

Primeiro almoçaram nos Três Vassouras. Depois saíram entrando em praticamente todas as lojas, saindo com algumas sacolas e as bolsas de dinheiro — ou melhor, a bolsa de dinheiro de Dulce, já que a mais velha não deixava a afilhada pagar, já que estava ali — mais leves. Quase no final da tarde pararam em frente à Casa dos Gritos, e ficaram observando em silêncio por alguns minutos.

— A lua cheia é na sexta feira — comentou Dest, pensando automaticamente em Charlie, encarando o lugar onde ficavam.

— Eu sei. Eu sempre sei — respondeu Dulce. — Me pergunto como farão dessa vez.

— Remus também está tomando a poção. Parece que ambos virarão aí — revelou Dest, o que Charlotte havia a contado.

— Ótimo, pelo visto será dia de festa e teremos a casa cheia — Dulce falou, fazendo referência ao fato de que James e Sirius provavelmente se juntariam a os dois lobisomens. — Ele não reagiu muito bem a Lotte, não foi? — questionou.

— Não, falou que a Charlie foi um erro e outras coisas...

— Nada diferente do esperado... E depois me pergunta porque escondi isso dele — Dulce disse magoada.

— Mas parece que eles estão se acertando, tia — contou Dest. — Talvez essa seja finalmente a chance da Charlie arrumar as coisas com o pai.

— Espero que esteja certa, Des. Só Merlin sabe o quanto me arrependo de ter afastado esses dois. Mas na época parecia ser a única solução... espero que algum dia eles possam realmente ser pai e filha. Minha Lotte merece isso.

— Sim, ela merece. Mas ela também sabe que a senhora fez o que julgou necessário, tia. E acima de tudo, ela te ama. Nós duas te amamos, apesar de tudo — tranquilizou Destiny e Dulce sorriu para a mais nova.

— E com você? Como estão as coisas? Como foi encontrá-los?

— Estranhamente bizarro. Mas de algum jeito, foi como sempre imaginei. Digo, se tivesse a oportunidade de lidar com os dois sãs. Ou o mais são que eles podem ser — Destiny tentou explicar.

— Eles realmente não conseguem ser muito normais — Dulce concordou, com um pequeno sorriso. — É tão injusto que eu os conheça tão bem, enquanto você mal teve a oportunidade de aproveitar o seu pai, e a sua mãe, bem...

— É completamente doida — Destiny terminou a fala da tia.

— É, eu não iria usar essas palavras, mas é por aí...

— Eu já me acostumei com isso. Minha mãe endoidou e acabou num hospício. Depois de um tempo, a pessoa acaba se acostumando com a realidade...

— Se acostumar não é deixar de se importar, e por isso não devemos tratar desse assunto tão vulgarmente — argumentou Dulce, Dest desviou o olhar da tia, sem ter mais o que falar. — Vamos — disse tocando no braço da afilhada. — Já está tarde e daqui a pouco as aulas acabam.

A mais nova concordou a ambas voltaram para a escola.


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Notas finais do capítulo

Então, eu sei que tenho demorado mais que o normal, mas estou um pouco desanimada com os números de comentários. Eu sei que tenho uma grande parcela de culpa nisso, por demorar a postar, mas por favor gente, se vocês leem a fic e gostam, comentem. Eu realmente preciso saber se estou agradando vocês, para assim poder continuar escrevendo.
E por falar nisso, eu tenho que perguntar e preciso que vocês respondam: Como querem que a fic acabe? Que esse futuro seja mudado ou não? E se sim, uma mudança total ou parcial? Podem dissertar, obrigada.
Beijos e espero que gostem!



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