Hello

It's me

I was wondering if after all these years

You'd like to meet

To go over

Everything

They say that time's supposed to heal ya

But I ain't done much healing

 Olá

Sou eu

Eu estava imaginando se após todos esses anos

Você gostaria que nos encontrássemos

Para superarmos

Tudo

Dizem que o tempo supostamente lhe cura

Mas eu ainda não fui completamente curada

Hello — Adele

Após os ânimos se acalmarem, eles passaram a planejar como iriam encontrar Harry Potter. Cada um surgia com uma ideia mais louca que a outra.

— Ele agora deve ter o que? Uns 16 anos? — Sirius disse — Provavelmente deve estar no sexto ano. E na Grifinória, já que é meu afilhado.

Lily franziu as sobrancelhas. — Quem disse que ele é seu afilhado?!  E o que isso tem a ver como estar na Grifinória?

— Isso é uma coisa bem óbvia, ruiva.

— Não discuta com essa coisa, Lily — aconselhou Liz, sabendo que se deixasse, Sirius tiraria o foco da conversa com suas loucuras. — Vamos manter o foco.

— Poderíamos tentar espionar os alunos do sexto ano em busca dele. Acho que será bem fácil reconhece-lo, já que a Liz disse que ele se parece com o Jay e tal — sugeriu Dulce.

— Acho que ele desconfiara de algo se visse oito pessoas atrás dele — falou Alice. Dulce deu de ombros.

— Não precisamos ir todos. Poderíamos nos revezar — ela rebateu.

— Mesmo assim, não sabemos quais aulas ele está fazendo. É muito arriscado — comentou Frank, apoiando a melhor amiga.

— Não podemos simplesmente esperar pela sorte ou Dumbledore resolver voltar para a escola! — exclamou James ansioso.

— Eu tive uma ideia — Lily anunciou se levantando. — Em vez de bolarmos planos mirabolantes e agimos como espiões, podemos simplesmente perguntar — disse indo em direção a escada.

Os amigos ficarem sem entender nada, mas mesmo assim a seguiram.

— Poderia explicar para os pobres mortais sua brilhante ideia? — perguntou Liz, enquanto desciam a escada.

— É simples, amiga. Se ele sobreviveu a Você-Sabe-Quem, ele muito provavelmente é famoso. Então qualquer pessoa desse castelo deve saber quem ele é, e os lugares onde frequenta. Podemos simplesmente ser pessoas curiosas que querem conhece-lo — explicou a menina, praticamente pulando os degraus da escada, na pressa de chegar logo ao Salão Comunal.

— Você é genial, Lírio — elogiou James. Lily corou levemente, não se sabe se foi devido ao esforço, pois quase corria, ou pelo elogio do maroto.

Chegaram ao final da escada e Sirius perguntou. — E aí? Perguntamos a qualquer um ou...?

— Acho que não será preciso perguntar a ninguém, Six — Remus informou, apontando para umas poltronas ao lado da lareira. Lá estava sentada a cópia praticamente fiel de James, ao lado de uma menina com cabelos castanhos e um menino ruivo; que algum tempo depois eles descobriram ser Hermione Granger e Rony Weasley, os melhores amigos de Harry.

— E agora? Fazemos o que?

— Não faço a menor ideia, Ali — admitiu James. Lily encarava chocada o menino. Uma coisa é saber que você tem um filho. Outra bem diferente é vê-lo, com quase a sua idade.

— Ly, está tudo bem? — Liz questionou vendo o estado da amiga.

— Preciso falar com ele — disse indo em direção ao garoto, sem pensar direito. A sorte dela é que Remus segurou seu braço, a impendido de ir.

— O que você planeja falar para ele, Ly? — perguntou soltando-a.

Ela balançou a cabeça. — Não sei, só preciso falar com ele.

— Eu te entendo, Ly. Mas não podemos chegar assim nele. Precisamos pensar com muito cuidado nos próximos passos. Ao menos já sabemos como ele é. E que apesar de tudo, ele está bem — James falou, fixando o seu olhar no da menina. Ela concordou.

Nesse meio tempo, a menina que estava ao lado do Harry começou a encarar o grande grupo que estava do outro lado do salão. Como se perguntasse por que eles não tiravam os olhos do seu amigo. O cutucou de leve, fazendo-o notar a presença dos oito. O ruivo então notou a movimentação e eles começaram a cochichar.

— Ok, acho que esse é a nossa deixa para sairmos daqui — Liz alertou. — Vamos para o Salão Principal. Ficara muito estranho se subirmos agora. Depois, com calma, pensaremos no que iremos fazer.

...

Decididos a agir como pessoas normais, pelo menos por algum tempo, foram jantar no Salão Principal, notando o quanto deve ter sido estranho quando não foram almoçar lá. Afinal, recém-chegados não deveriam saber os segredos do castelo. Esperavam que ninguém tivesse notado esse erro deles.

— O que faremos agora? — perguntou Dulce assim que eles se sentaram.

— Não sei vocês, mas irei comer — respondeu Sirius servindo-se.

Dul revirou os olhos para o amigo.

— Obviamente não é disso que ela está falando, Sirlan — disse Lily. — Precisamos discutir como chegaremos para falar com o...

— Ly, acho que esse não é o local ideal para conversamos sobre isso. Qualquer um pode escutar — alertou Remus. Sem alternativa, ela calou-se. Aproveitaram então para jantarem, cada qual perdido em seus pensamentos. Em meio ao barulho habitual do salão, uma voz se descartou, chamando atenção de um dos membros do grupo, devido ao assunto da conversa.

— Você deveria reconsiderar e voltar a falar com o Potter. Afinal, o Harry é seu primo — falou um garoto de cabelos castanhos e pele levemente morena, que havia acabado de sentar com os amigos, praticamente ao lado dos oito. Ele falava para uma garota bonita, com cabelos castanhos escuros e olhos azuis, que estava sentada na sua frente. Ao seu lado havia outra garota, de cabelos mais claros que a primeira e olhos castanhos.

— Tudo que você está dizendo, Nico, eu já disse. Mas ela é teimosa, honra o sangue que tem — anunciou a segunda menina.

Agora os oito prestavam atenção na conversa, após Frank ter alertado discretamente aos outros. Queriam descobrir mais sobre aquela menina.

— Vocês sabem o que me motivou a parar de falar com ele. Eu preciso de um tempo para me recuperar, tá? Agradeçam que eu já não tenho mais vontade de azara-lo cada vez que o vejo. E afinal, cadê seu namorado, Charlie? Ele já deveria está aqui.

A Charlie deu de ombros. — Ele é meu namorado, Destiny, não minha sombra — respondeu levemente irritada. A teimosia da amiga a cansava. E ela entendia qual truque a outra tentava aplicar. — E nem pense que vai desviar do assunto, senhorita. Você voltará a falar com seu primo, nem que eu tenha que lhe azarar. Não esqueça que eu sou mais velha e mando em você.

Destiny revirou os olhos para a amiga. Toda vez ela utilizava isso de ser mais velha. — Certo, mamãe. Tentarei. Agora posso comer em paz, ou vocês querem me dar mais algum sermão? — falou grosseiramente, olhando para os amigos.

Nico levantou as mãos em sinal de paz. — Vá em frente — apontou para os pratos. Dest soltou um pequeno risinho. Sempre podia contar com Nico para aliviar as coisas. Charlie franziu os lábios, mas achou melhor não discordar da amiga. Era raro ela comer sem ninguém a pressionando.

O pessoal do passado se entreolhou e depois passaram a encarar Liz. Pelo visto haviam descoberto outro descendente. Estranhamente, todos eram Potter’s até o momento. 

...

Desde que chegaram no futuro foram bombardeados de novas informações por todos os lados. E olha que era só o primeiro dia.

— Eu não acredito nisso! — gritou Liz, assim que entraram em mais uma sala deserta. Não foram para o quarto devido ao medo de Harry, ou a amiga dele, virem tirar satisfação por mais cedo.

Ainda não haviam pensando em como se revelariam. E pelo visto, teriam mais outra pessoa para contar a novidade.

— Gostaria de saber quem foi o doido de aceitou se casar com você — brincou James, sorrindo para a irmã, que estava levemente descontrolada.

— Eu não acredito que tive uma filha!

— Bem-vinda ao grupo, amiga — saudou Lily, que sabia exatamente como era a sensação. Com o bônus de descobrir que iria morrer. — Mas é a opção mais provável. Levando em consideração que a outra opção é Petúnia é ter um filho mágico, não sei porque, não vejo isso acontecendo e ela aceitando bem — disse franzindo a testa pensativa. — Provavelmente qualquer filho que ela tiver, será uma pessoa traumatizada — completou com um meio sorriso. Sabia que falava a verdade, mas doía. Não sabia como a irmã poderia ter se tornado daquele jeito, já que antigamente era ela quem cuidava de Lilian.

— Não sabia que sua irmã é tão ruim assim, Ly — James comentou curioso.

— Ah, ela é pior do que você pode imaginar — Lily respondeu soturnamente.

— Ok, eu ainda não acredito nisso! — continuou Liz perplexa, andando de um lado para o outro.

— Não precisa de tanto drama, Elizabeth. Isso já é algo esperando. É capaz que todos aqui tenham pelo menos um filho, afinal, passaram-se 18 anos. Tempo o suficiente para vários filhos. Isso é, se ainda estivermos vivos — Dulce falou tranquilamente. Todos a encararam chocados com o modo de que ela falava da morte deles. Vendo os olhares, deu de ombros. — É a verdade, ue.

— Você é um raiozinho de sol, docinho — Sirius resmungou.

— Mas a Dul está certa. É muito provável que mais alguns de nós estejam mortos nesse ano. Afinal, Você-Sabe-Quem estava em guerra com o mundo bruxo — comentou Alice. Dul sorriu para a amiga.

— Temos duas opções, ou esperamos pela volta de Dumbledore, o que não saberemos quando ocorrerá. Ou vamos falar com os novos Potter’s e perguntar o que aconteceu — Frank apresentou suas sugestões.

— E como falaríamos com eles? “Olá, Harry, sou seu pai, que veio do passado. Estranho não? Sei que já morri aqui, mas gostaria que você me respondesse o que aconteceu com meus amigos” — dava para notar o tom irônico de James a distância.

— Exatamente — Lilian falou para a surpresa do maroto. — Vamos ser diretos e não enrolar. O que de tão ruim pode acontecer se formos sinceros?

— Que tal ele pensar que na verdade somos bruxos das trevas, com algum plano diabólico, maligno e bizarro? — Sirius argumentou, encarando a menina como se ela tivesse enlouquecido.

— E que plano seria esse? — indagou Elizabeth.

— Não tenho como saber, não sou um bruxo das trevas que faz planos diabólicos, malignos e bizarros.

— E qual é a sua ideia para falarmos como eles? — questionou uma Lily irritada. Sirius fez uma cara de indiferença.

— Isso já não é comigo.

— Certo, todo mundo se acalme — pediu James, vendo que os ânimos estavam agitados. — Precisamos agir com calma e cautela agora.

— Está aí uma coisa que nunca pensei ouvir de você, James — Lily falou sinceramente. James soltou um sorriso brilhante para ela.

— Estou aqui para surpreende-la.

— Poderíamos esperar alguns dias, para ver se o diretor volta. Enquanto isso vamos tentando descobrir mais. Discretamente, é claro. — propôs Frank.

— E se ele demorar muito, aí sim falaremos com os dois. Ou mais, se surgirem daqui para lá — completou Alice. Os dois sorriram um para o outro, devido a conexão nas ideias. Era mais uma das ocasiões em que eles pareciam a mesma pessoa. Os amigos já haviam se acostumado com isso e não viam a hora para que assumissem um relacionamento romântico.

— Por mim, tudo bem — concordou James e olhou Lily, que assentiu cabisbaixa.

— Mas se até sexta-feira ele não voltar, eu irei falar com o Harry, e nenhum de vocês será capaz de me impedir — ameaçou Lily.