Os Jogos de Johanna Mason escrita por Nina


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoinhas ♥
Capítulo 4 prontinho para voces!
Spoilerzinho: tem treta!!!!! Porque Jojo não é Jojo sem uma treta, certo?
Esse capítulo ficou meio vago tambem, já que el tem somente 2 " acontecimentos ", e mesmo assim não são tão importantes assim.... Bom, boa leitura e vejos voces la mbaixo!



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No dia seguinte eu acordo com o som do despertador que eu não lembro direito de ter programado. Depois de enrolar por um tempo, eu termino por me levantar e andar até o chuveiro. Eu gosto desse chuveiro, sentirei falta dele. Depois de lavar meu cabelo, que deixa de estar enrolado, eu pareço comigo mesma. Meu rosto não está tão destruído como eu esperava, e eu comemoro internamente. Depois de me secar com uma toalha macia ( gosto do chuveiro mas não aguento me secar com essa espécie de vento quente que sai de todos os lados ) eu vou até meu quarto enrolada na coberta e coloco minha roupa de treinamento, que é uma calça preta colada ao corpo é flexível e uma regata verde escura, junto com os tênis mais confortáveis que já calcei na minha vida. Eu saio do quarto pronta para comer alguma coisa, mas me contenho dessa vez, a última coisa que preciso é passar mal na frente de todos. Eu pego uma fatia de pão com uma espécie de queijo mole em cima e dois pedaços de bolo de mamão, junto com uma xícara de suco de laranja. Quando me sento, Blight me encara e sorri.

— Se sentindo melhor?

— Mil vezes sim. Estou planejando ganhar peso até a arena.

— Uma ótima ideia, na verdade. Eu poderia de dar conselhos sobre o treinamento mas você sabe o que fazer. Mantenha sua estratégia.

Eu assinto com a cabeça e continuo a comer meu bolo. Depois de algum tempo, Joshua chega mas como eu já estou quase terminando o deixo falar com nosso mentor.

Ao chegar no centro de treinamento, me surpreendo com a qualidade dos equipamentos e com o fato que estou sozinha aqui. Cheguei uma hora e meia antes, tamanha a minha pressa. Assim que entro, a instrutora diz que ainda não se pronunciou, mas eu posso começar a andar pelas estações. A primeira onde eu vou é a de machados, obviamente. Eu consigo os jogar nos alvos, sempre atingindo parte vitais, ou, no mínimo, decepando um braço. Eu arrumo as coisas no lugar para ninguém desconfiar que estive aqui e vou até a estação de facas, onde aprendo como sempre é bom ter uma faca escondida em algum lugar de fácil acesso e como as tirar e lançar em uma fração de segundo. Aprendi também a lançar facas, e consigo acertar boa parte das vezes, ainda que não perfeitamente. A técnica é parecida com a do machado, ao menos em teoria, e isso ajuda. Depois disso, duas pessoas chegam, a menina do 8 e o menino do 10. Eles me encaram enquanto eu jogo facas em outros alvos e não sei se eles prestam atenção, mas por via das duvidas vou até a estação sobre o fogo. Levo mais tempo que o esperado para aprender a fazer fogo com dois gravetos, mas no final consigo fazer uma fogueira pequena. Ao olhar ao redor, vejo que várias pessoas já chegaram, incluindo os carreiristas, que estão se exibindo. Ao ver suas habilidades de luta, começo a reconsiderar minhas chances de sobrevivência, mas logo afasto o pensamento sabendo que é isso que eles querem que eu faça.
Resolvo me manter nessa estação um pouco escondida e aprender a acender um fogo quase sem fazer fumaça, o que é o ideal. Depois disso, uma mulher se apresenta e explica algumas coisas para todos os tributos, mas eu sinceramente não entendo, já que estou muito ocupada olhando ao redor e imaginando como poderei matar qualquer uma dessas pessoas. A não ser os carreiristas, se você se voluntaria para ser um assassino você não merece minha piedade. Antes que eu perceba a mulher nos libera e eu vou à estação de plantas comestíveis, onde aprendo a identificar algumas espécies. Antes que eu perceba é hora do almoço e eu ainda não aprendi a reconhecer seguramente nem 4 espécies. Eu me dirijo frustada até o lugar onde comeremos e pego uma porção média de coisas que me parecem calóricas, enquanto outros tributos de distritos pobres enchem o prato até em cima com qualquer coisa, sendo ridicularizados pelos carreiristas. Eu me sento num canto e logo Joshua vem se sentar logo ao meu lado.

— Sem lágrimas hoje?

— Ainda não. Tenho que fingir que sou uma menina triste tentando parecer forte.

Ele se inclina em minha direção e se senta assustadoramente perto, e eu continuo a comer como se não tivesse notado. Posso sentir seus movimentos, nossos braços encostados. Enquanto imagino o que ele está tentando fazer, sinto vontade de acotovelar sua barriga e sair correndo. Ele está agindo romanticamente comigo na frente de todos. E algumas pessoas nos encaram. Ao invés de sair correndo e gritando, como eu gostaria de fazer, eu decido comer o mais rapidamente possível e sair andando em outra direção. Todos ainda estão comendo e me encaram enquanto eu saio, mas eu não podia estar me importando menos. Ando rapidamente até a seção dos treinamentos e tento aprender algo sobre luta corpo a corpo até alguém chegar e eu ter que sair daquela seção. Tento aprender a lançar machadinhas, algo que eu já sei, mas é pelo bem do teatro. Eu não sou verdadeiramente boa, mas pelo menos sou melhor do que aparento. Ao errar todas e fazer um grande barulho as jogando no chão, consigo cortar feio minha mão. Parabéns para mim. Perco meia hora de meu treinamento fazendo a merda de um curativo, mas pelo menos minha mão estará em perfeito estado para a arena. Depois, continuo a fingir não saber lançar lanças, e deixo um rastro de dezenas de facas jogadas no chão.

Apos finalmente me cansar, eu vou a estação de armadilhas, e aprendo uns 2 tipos de armadilhas para animais e um tipo para humanos. Eu descubro minhas principais dificuldades na arena segundo as estatísticas ( frio, sede, animais venenosos e armadilhas pela arena ) e como enfrenta-las na medida do possível. A mulher nos avisa que temos 1 hora e meia e eu decido ir a estação de lanças. Um instrutor me ensina como as lançar propriamente, mostrando o movimento com os braços, mas eu não sei se o aprendi por que não posso acertar enquanto me olham. As risadinhas de alguma vadia carreirista me incomoda profundamente e tenho vontade de lançar essa arma em seu cérebro, para ela ver como sou capaz. Antes que eu possa me acalmar direto, Joshua aparece por trás de mim e se oferece para me ensinar a lançar essa arma, mas eu recuso veementemente. Onde ele está com a cabeça eu não sei, mas eu logo terei que me preocupar com isso. Tentando sair do chão, eu ou até uma gigantesca árvore que passa através do teto para aprender como criar um abrigo confortável. Durante os 50 minutos que me restam, eu consegui criar uma plataforma de madeira grande o suficiente para criar uma cama confortável e um lugar onde deixar minha mochila. Antes que eu termine, entretanto, sou obrigada a sair do centro e ir jantar com meu mentor e meu querido parceiro de distrito, apesar de estar com vontade de o estrangular. Eu me certifico de pegar o elevador longe dele, mas acabo ficando junto com um dos carreiristas, o do 2, se não me engano. Ele provavelmente não vai me bater por que temos outras pessoas aqui, mas ele se dirige até mim e começa a falar coisas para me atingir. Por algum motivo, ele não desce no segundo andar e sobe falando comigo até o sétimo.

— Você sabe que vai morrer, não é? Não consegue ao menos lançar uma faca, quanta ignorância! Não se preocupa, sua morte será memorável. Daremos um grande show. Você talvez não goste, entretanto.

Ele continua a dizer coisas do tipo enquanto o elevador se arrasta pelos andares. Obviamente eu estou chorando nesse ponto, e faço minha melhor saída teatral correndo do elevador quando ele para no sétimo andar. Ele continua a subir, voltando sua atenção a outra pessoa. Quando ele se vira, eu começo a andar, e enquanto isso, escuto passos atrás de mim, e como sou uma pessoa sortuda logo percebo que é Joshua. Ele me vê com o rosto inchado e decide brincar comigo, me acuando em uma parede.

— Chorando de novo, gracinha? Você devia parar com isso. Pode parecer fraca - enquanto ele fala, ele segura minha mão acima de minha cabeça, e eu luto para sair de perto dele, mas ele é mais forte. - você não quer parecer fraca, certo? Não devia.

Depois de todo esse circo e discurso idiota, ele beija meus lábios enquanto me prensa contra a parede. Somente encosta seus lábios nos meus. A minha primeira reação é libertar meu pé de debaixo do seu e dar uma boa joelhada em suas partes sensíveis. Ele larga meu braço por um segundo e leva as mãos até o lugar ferido, e logo leva uma segunda no mesmo ponto, indo para o chão. Eu me abaixo do lado dele e falo com minha voz brava, que pode ser bem assustadora.

— Olhe para mim mais uma vez e você vai ver o que farei com sua vida miserável.

Enquanto ele ainda está deitado no chão, encolhido, eu me controlo para não chuta-lo de novo e vou andando quase correndo as habitações, onde passo correndo pelo meu mentor sem o responder e me tranco em meu quarto, sendo completamente mal educada.

Como eu não posso ter alguns segundos de paz, Blight vem bater em minha porta pouco tempo depois. Quando eu o mando sair, ele começa um discurso.

— Olha, eu sei que pode ser assustador, mas os tributos carreiristas não devem te intimidar. Se você sair ou me deixar entrar por um instante, eu posso te ajudar com isso. Eles não deviam te intimidar, com certeza. Se você só me deixar falar com....

Eu abro a porta para ele calar a boca. Ele dá um passo para dentro do quarto e me encara enquanto eu fecho a porta de novo.

— Você estava chorando.

— Eu sempre estou chorando na frente de carreiristas, isso não tem nada a ver.

— O que aconteceu?

Eu estou tão brava que mal consigo falar, minha voz fica parecendo um grunhido enquanto eu pronuncio cada sílaba da frase. Evidentemente ele não me entende.

— Olha, respire fundo e me diga o que aconteceu, em uma língua que eu entenda.

Eu tenho problemas para pensar logicamente quando estou com raiva, mas eu acho que nunca disse isso para ele. Blight com certeza percebe isso quando eu pego um daqueles vasos idiotas e por puro impulso o jogo no chão, fazendo boa parte do quarto ficar coberto com cacos de vidro pontiagudos. Ele me encara surpreso, e fala com cautela.

— Se eu andar até você, você vai jogar vasos em mim?

Eu consigo murmurar um não entre meus pensamentos embaralhados pelo ódio. Então ele anda até mim e me segura pelos braços até me fazer sentar na cama, longe de boa parte das coisas potencialmente perigosas do quarto.

— Agora me diga calmamente o que aconteceu. Sem gritar.

Eu quase rosno para ele, mas consigo repetir algumas palavras com a melhor voz que consigo. Até eu me assusto com a dureza em minhas palavras.

— Aquele idiota... Ele me agarrou, prensou contra a parede e me beijou a força.

— Quem?

— Joshua. Ele estava estranho a manhã toda, então veio fazer piadas porque eu estava fingindo chorar e me agarrou.

Nesse momento vejo o rodo de Blight ficar sério e a fúria de meus olhos refletindo nos olhos dele. Ele respira fundo e me diz algo que, apesar de não ter diminuído meu ódio fez eu me sentir vingada.

— Isso confirma o que eu já sabia. Eu não posso fazer nada agora, mas isso acaba com todas as chances dele de conseguir minha ajuda durante os Jogos. Tudo está em você. Aliás, onde ele está agora?

— Provavelmente deitado no corredor - Blight me encara com um olhar de quem não entende nada e eu me explico melhor - enquanto ele me agarrava eu libertei minha perna e dei dois chutes seguidos naquele lugar.

Ele parece se esforçar para não rir, e me diz que deveria ter dado um terceiro. Depois de me convencer que eu não posso matar Joshua durante a noite e esconder seu corpo, ele precisa sair procurar o verme. Ele me manda estar pronta para o jantar em algum tempo, e que ele viria me procurar no quarto para me impedir de matar outro tributo antes dos Jogos. Ele então sai e me deixa sozinha com meus pensamentos. Eu tiro minha roupa e me enfio no chuveiro, e tento me acalmar debaixo da água quente. Não adianta e eu acabo batendo nas paredes com meus braços enquanto grito. Bom, já estava claro que eu não sou normal, eu só estou provando o fato para os outros habitantes desse andar. Depois de gritar com a parede por tempo suficiente, eu lavo meus cabelos e corpo e me seco usando os malditos jatos de ar quente para estar pronta mais rapidamente.

Coloco uma calça preta com uma blusa verde junto com meus sapatos mais pesados, caso tenha que os utilizar de novo, e me sento na cama, proibida de sair do quarto sozinha. Os cacos de vidro sumiram, acho que algum criado limpou enquanto eu esmurrava as paredes. O tempo se arrasta e eu decido mexer em meu cabelo, o deixando em um rabo de cavalo. Apesar de somente cinco minutos terem se passado, já estava irritadíssima quando Blight veio me buscar no quarto.

— Demorei demais?

— Uma eternidade.

Ele dá risada e me acompanha até a mesa. Chegando lá, o clima fica mais serio.

— Você tem que se comportar durante o jantar. Ele provavelmente não vai tentar nada aqui, nem falar com você, mas controle sua raiva. Ignore a presença dele.

Eu resmungo.

— Se serve de consolo - ele continua a falar - o menino mal conseguia andar até aqui. Lembre disso durante o jantar.

Eu concordo distraidamente. Ao invés de ir procurar Joshua, Blight se senta exatamente entre meu lugar de sempre e o lugar de sempre dele.

— Você não devia pegar seu tributo no quarto? - eu tento começar a conversar - ele não vira pro jantar?

— De uns minutos pro rapaz. Você não tem ideia de como dói. Ele deve vir logo, entretanto.

Eu sorrio vencida e pego uma colherada de arroz com legumes junto com algum tipo de peixe. Enquanto como em silêncio, fico imaginando como farei para não bater nesse idiota quando ele aparecer aqui na minha frente. Deve ser por isso que Blight fica visivelmente mais alerta quando Joshua anda até nossa mesa e se senta no lugar de sempre. A mulher do sorteio sumiu, por sinal. Não que eu me importe.

No momento que ele chega, eu já estou a ponto de querer o matar. Toda a raiva que sumiu ao parar de encarar seu rosto voltou em dose dupla ao o ver de novo. Ele se serve de uma porção de carne e enche sua taça de vinho. Ele encara seu prato com o tocar e depois se vira para mim e encara o fundo de meus olhos.

— Não me arrependo - ele diz antes que alguém o impeça - você é gostosa pra caralho.

— Não OUSE falar comigo - antes que perceba já estou usando meu tom de voz alto - você é um verme que merece morrer na arena.

Blight parece não acreditar que isso está acontecendo. Enquanto ele tenta acalmar a todos, mandando o outro tributo calar a boca, Joshua continua a falar sem medo.

— O beijo foi só o começo. Vamos nos divertir muito mais na arena. Vou terminar o que comecei aqui.

Eu demoro alguns segundo para perceber o que ele está querendo dizer com isso. Ele se levanta para parecer maior, e eu não pareço intimidante em pé, baixa como sou. Ainda assim, minha voz poderia assustar alguém três vezes maior que eu.

— Vamos ver quem vai vencer, quem tem a melhor estratégia. Você vai ser só mais um morto, eu vou entrar pra história. E pode ter certeza que se eu for a sortuda a ter matar, não terei o menor peso na consciência e farei sua morte ser realmente lenta.

— Eu sou melhor que você, não preciso esconder o que vou fazer atrás de lágrimas falsas. Você é covarde. Você é fraca.

Ao som dessas palavras, tomei mais uma das minhas decisões por impulso. Antes que meu mentor veja o que está acontecendo, eu me jogo em cima de alguns pratos, derrubando metade do jantar, pego uma faca realmente afiada, e a lanço com toda minha força na direção dele. A faca passa a alguns centímetros dele e se finca na parede logo atrás, enterrada até a ponta. Depois de alguns segundos, ela cai, e o barulho dessa faca é a única coisa que ouvimos na sala. Com essa cena, meu mentor antes se decidindo o que fazer, me agarra pelos ombros e me arrasta até meu quarto, enquanto eu tento sair de seus braços e ir chutar esse merda até a morte. Quando ele me joga dentro de meu quarto sem me machucar ele me manda ficar lá dentro e não sair por nada. Decido obedecer e me acalmar e cerca de dez minutos depois ele aparece novamente em minha porta. Quando ele chega, eu estava me acalmando enquanto jogava vasos na parede. Depois de me fazer parar, ele volta a falar comigo.

— Você pode me explicar o que acabou de acontecer?

— Você o ouviu. Eu não posso deixar ele dizer isso na minha cara.

Ele suspira, entra no meu quarto e tranca a porta. Me encara e diz:

— Tem ideia do quão dificil foi o convencer a não te denunciar? Eu tive que ameaçar não o ajudar na arena!

— Mas você não vai o ajudar de qualquer jeito!

— Ele não sabe disso. Você deveria me agradecer.

Eu reviro os olhos.

— Obrigado.

— Tome um banho ou algo assim para se acalmar, eu vou me lavar e depois volto aqui.

— Volta aqui? Por que?

— Voce acha mesmo que vou te deixar sozinha a noite toda? O menino vai acordar morto!

Eu sorrio e ele anda ate a porta novamente. Antes de sair, ele sorri e diz:

— Nunca vi um arremesso tão bom. Voce vai ganhar essa merda.

Eu me controlo para não pedir para ele parar. Esperança é uma merda.

Quando ele sai, eu vou até o banheiro e tomo um banho demorado, mesmo estando completamente limpa. O chuveiro é o que minha mãe chamaria de " meu lugar seguro" Enquanto estou lavando meu cabelo, comeco a ter uma crise de riso. Ao tomar consciência do quão inedequado isso parece, começo a rir ainda mais. Depois de me acalmar, tenho uma constatação surpreendente. Nao teria o menor problema em o matar agora mesmo. Poderia ter acertado sua garganta, se quisesse. A esperança de ganhar esses jogos aumenta um pouco, mas eu logo trato de a diminuir. Esperança dói. Eu já disse isso. Devo estar enlouquecendo.

Eu coloco um pijama e saio tomar um copo de água. Ao sair, tropeço em Blight, sentado na porta.

— O que você esta fazendo aí?

— Impedindo um assassinato. O que você faz fora do quarto?

— Tentando tomar água. Você vai dormir no chão?

— Eh, vou.

— Para de tentar ser nobre e vai pro sofá do meu quarto.

— Certeza?

— Antes que eu mude de idéia.

— Não mate ninguém enquanto toma água, por favor.

Eu rio ironicamente da piadinha enquanto ando ate a cozinha ( que na verdade não se parece com uma cozinha, só tendo uma geladeira cheia, armários e uma pia ) e tomo o bendito copo de água. Ao voltar ao meu quarto, vejo Blight instalado no sofá.

— Você pode ir para seu quarto, sabe. Não é como se eu realmente quisesse matar ele.

— Se eu não estivesse la, você teria atirado direito?

— Não.

— Por que?

— Porque eu seria morta pela Capital.

— Exatamente. Mantenha esse pensamento.

Eu vou até minha cama e dou um dos cobertores para ele, juntamente com um travesseiro. Dar para ele não é o termo certo, o termo seria jogar nele. Com força.

— Voce terá que se contentar em jogar travesseiros, no momento.

— Durma.

Enquanto eu me deito e pego um livro, Blight me encara fixamente. Depois de alguns minutos, eu guardo o livro e volto a conversar.

— Sabe, eu tenho pouquíssimos dias para terminar o livro e voce insiste em me encarar para eu perder a concentração.

— Você deveria ser mais focada.

— Eu posso me focar quando preciso.

— Sabe Johanna, eu vejo algo em você. Meu mentor viu a mesma coisa em mim, e se esforçou alem do necessario para me ajudar. Eu nunca entendi exatamente do que ele estava falando, mas agora eu entendo. Desde o momento onde voce me procurou e contou seu plano, eu vi que falava com uma vencedora. Nao me leve a mal, eu me esforcei e muito com os outros tributos, mas eles nunca tiveram realmente a chance de ganhar que nem voce tem. E é por isso que estou aqui, te impedindo de matar aquele garoto. Por que eu sei que se eu te der a oportunidade voce não vai se controlar.

Eu fico alguns segundos em silêncio. Será que ele realmente acha que eu tenho uma chance?

— Obrigada. Voce é o melhor mentor que eu poderia ter. Alguns deles nao parecem se aguentar em pé de bêbados, e você esta aqui, se importando comigo a ponto de passar a noite na frente de minha porta.

— Você deveria dormir, sabe? Amanhã será um dia cheio.

Eu me deito e encaro o teto, sem conseguir dormir. Me impeço de olhar para o lado e conferir se Blight dorme, e continuo me revirando na cama por muito tempo.

— Você pode por favor parar de se revirar na cama? Está impossível dormir aqui.

Apesar da bronca, consigo ouvir o tom de brincadeira em sua voz.

— Desculpa.

Depois desse puxão de orelha, eu cubro minha cabeca com o travesseiro e fico em silêncio até cair no sono. O despertador me acorda as 6 da manhã.


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Notas finais do capítulo

Oi de novo.... Em primeiro lugar, quro me desculpar por qualquer erro de acentuação, meu computador não tem a opção dos acentos, e isso me incomoda DEMAIS, ja que eu tenho que copiar e colar cada palavra que leva acento, e as vezes me esqueço, então desculpa... Em segundo lugar, o que acharam da briga? Euzinha achei meio cliche, mas combinou com a personalidade dela, então eu não achei tão ruim assim ;)
Em segundo lugar, venho aqui pedir comentarios de voces, poxa, quase 300 acessos e 1 comentario? Não custa nada! Eu não quero ser aquela autora que fica pedindo por comentarios o dia todo, mas comentar vez ou outra seria bem legal ♥ Prometo que não mordo!
Em terceiro lugar, vou passar a postar 2 vezes por semana, ao invés de sem nenhum cronograma. Provavelmente vou escolher postar quarta e domingo, mas pode mudar e eu posso postar capítulos de " presente " para voces se voces comentarem um pouquinho mais ( isso é chantagem, voces pensam. Estão certos, euzinha aqui sou malvada. ). Bom, obrigado a voces que leram! Ate quarta ( ou Domingo se voces comentarem hehehe ♥ )



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