Bruxas e Caçadores escrita por ackleholicbr


Capítulo 17
Minha Hora de Morrer




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São Francisco

— A bruxa má morreu! Eu matei a bruxa má!— alguém gritava do lado de fora da casa.

— Aqui, pressione isso! – Phoebe entregou uma toalha à irmã mais nova.

— Meu Deus. Eu sei, eu sei. Você está bem. – Prue chorando, segurando sua irmã nos braços. – Temos que levá-la ao hospital. – disse se levantando com cuidado, ainda segurando sua irmã.

— Está tudo bem, está tudo bem. – Phoebe dizia chorando.

Leo carregou Piper no colo e a colocou banco de trás do carro, e quando Prue viu que Phoebe não entrou, olhou surpresa.

— Eu não posso ir, não posso deixar a casa sozinha... O tio Bobby...

— Ok! Liga pra tio Bobby e conte o que aconteceu. – Prue disse abrindo a porta do carro. – Ligue para o Dean também, ele está há muito tempo sem dar noticiais.

— Me liga. – Phoebe correu pra dentro de casa.

— Leo, cuide dela, ok!

Quando Prue saiu da garagem, tinham uma faixa impedindo a saída, e varias pessoas gritando.

— Saiam da frente! – gritou buzinando.

— Senhorita Halliwell, o que houve? – uma jornalista perguntou.

Prue se irritou, com tantas perguntas e com as pessoas que estavam a impedindo de levar sua irmã para o hospital.

— Saiam da frente, eu preciso levá-la ao hospital! – ela gritou descendo do carro.

Ela estava desesperada, cada minuto contava para manter Piper viva. Todas aquelas pessoas gritando, fazendo perguntas só deixava Prue mais e mais nervosa. Ela estava com medo de perder sua irmã, estava preocupada em deixar sua outra irmã sozinha em casa. E estava preocupada com a falta de notícias de Dean, Sam e John. Então em um excesso de fúria, ela usou seus poderes e jogou dois jornalistas para o outro lado da rua. As pessoas começaram a sair correndo, quando Prue jogou outras pessoas para longe, abrindo caminho. Ela entrou no carro, e saiu cantando pinéu em direção ao hospital.

***

Jacksoncity – Missouri

Dean estava andando pelos corredores de um hospital, querendo saber como estava seu irmão e seu pai. Mas parecia que ninguém o escutava, estavam todos passando por ele, sem dar a mínima atenção para o que ele dizia.

Enfermeira. Oi... Olha, eu sofri um acidente de carro com meu papai e meu irmão. Eu preciso encontrá-los. Moça? – Dean estralou os dedos e nada.

E mais uma vez não obteve resposta. Cansado disso, ele voltou para o quarto, e viu seu corpo deitado na cama, entubado e com vários aparelhos medindo seus sinais vitais.

Ah, não! Isso não é nada bom. – solou olhando para seu corpo, e foi então que notou que seu irmão estava no quarto. – Sam, que bom que está bem, cara. – notou que ele só estava com um olho bastante inchado. – Diz que você pode me ouvir. Como está o papai?

O celular de Sam começou a tocar insistentemente, ele até pensou em não atender, mas ao ver que era Phoebe. Ele custou a entender o que ela estava falando, ela estava chorando e agitada.

— O que aconteceu? – Dean perguntou ao ver a expressão do irmão, mas claro que ele não o ouviu. – Não me falar que a Prue...

— Foi o demônio?

— Não. Foi uma das pessoas que estavam na porta de casa, atirou na Piper. – Phoebe dizia chorando.— A Prue ainda não me ligou, eu não sei o que aconteceu Sam, só sei que é muito ruim. E como está o Dean?

O médico disse que ele não está nada bem, meu irmão sofreu ferimentos graves, perda de sangue e contusões no fígado e no rim. Mas que o que mais preocupa os médicos é o trauma na cabeça. Há sinais de edema cerebral. Ele disse que a única coisa que pode fazer é avaliar melhor quando Dean acordar. Se acordar.

— Ai Sam... A Prue vai pirar! Eu juro que não sei o que fazer, agora sou eu sozinha pra matar o Shax.

— Liga pro Bobby e peça pra que ele vá pra sua casa. – Sam disse ainda olhando para seu irmão. — E diga a Prue que o Dean vai ficar bem.

— Ok! Me mantenha informada...

— Você também. – Sam desligou. – Você vai ficar bem, Eu vou dar um jeito. Eu vou atrás de um sacerdote para jogar um mojo em você.  – olhou para o irmão.  – Você vai ficar bem, e a Piper também!

— Foi a Piper?! – Dean se aproximou do irmão. – A Prue deve estar arrasada, e eu não posso fazer nada. MALDITO DEMÔNIO! – gritou.

Sam saiu do quarto do irmão, e foi direto para o quarto onde estava seu pai. Quando Dean chegou ao quarto do pai, Sam estava lendo o cartão que John avia entregado a ele.

"Elroy McGillicuddy?"

E os dois filhos queridos. E ai... O que o doutor disse sobre o Dean?

Nada. – Sam disse nervoso. – Olha, se os médicos não fazem nada, nós temos que fazer.  Acho que vou atrás de um sacerdote para jogar um mojo nele.

Nós vamos procurar. Mas não sei se vamos encontrar.

Por que não? Eu já achei uma vez.

Sam, aquele foi um em um milhão.

Então nós vamos ficar aqui sem fazer nada? – Sam perguntou aumentando o tom de voz.

Não, eu disse que vamos procurar. – John também aumentou o tom de voz. – Eu vou procurar por todo o lugar... Onde está o Colt?

— O seu filho está morrendo, a Piper está morrendo! E você se preocupa com o Colt?

— Como é? – John perguntou assustado.

— A Piper foi gravemente baleada, a Prue está no hospital com ela e a Phoebe está sozinha pra acabar com o Shax e o demônio.

— Isso vai ser suicídio. – John disse nervoso.

— Pedi pro Bobby ir pra casa delas, depois que levasse o impala pro ferro velho.

Então vá até o carro pegue o Colt pra mim. E cuidado com a segurança do hospital.

Já sei o que vou fazer.

Hey! Eu fiz uma lista de coisas, peça para Bobby pegar para mim.

Acácia? Óleo de Abramelin? – Sam perguntou enquanto lia a lista. – Isso serve pra quê?

— Proteção.

***

São Francisco

— Aguenta aí. Onde está o Dr. Griffiths? Já devia estar por aqui. – Prue perguntou acompanhando os médicos que levavam sua irmã para a emergência do hospital.

— Como aconteceu? – Dr. Griffiths perguntou ao se aproximar.

— Uma idiota em frente a nossa casa.

— O que sabemos? – Dr. Griffiths perguntou a uma enfermeira.

— O pulso está fraco.

Os médicos e as enfermeiras passaram Piper da maca para outra maca que fica na emergência. Prue se aproximou de sua irmã. As duas Halliwell estavam tremendo, uma por medo e a outra devido ao ferimento.

— Entrou nas costas, à direita, e saiu no abdômen.  – Dr. Griffiths disse ao examinar o ferimento.  – Pulmões falhando, preparem o intravenoso e o oxigênio.

Com muito custo, Piper chamou por sua irmã, Prue segurou sua mão direita, implorando para que ela lutasse. Não podia perder a sua irmã, e ela nem imaginava que poderia perder o Dean pra sempre também.

— Aguente firme, nem pense em morrer. – Prue disse chorando.

— Pru, eu estou com frio. – Piper disse chorando e com medo. – Não sinto minhas pernas.

— Não vai, por favor!

— Eu te amo. – Piper olhou para sua irmã, pela ultima vez, antes de entrar em choque.

— Não!!!! – Prue gritou.

— Parada total. – Dr. Griffiths gritou. Uma das enfermeiras entregou as pás desfibriladoras. – Afastem-se. – e nada da Piper reagir. – Afastem-se!

Dr. Griffiths tentou mais três vezes, mas Piper não reagia. Prue não queria acreditar que sua irmã estava morta. Ela não suportaria essa dor.

NÃO!!!

— Sinto muito. – Dr. Griffiths falou com pesar.

— Não!!! – Prue se aproximou da irmã a abraçando. – Saiam daqui! – gritou.

***

Jacksoncity – Missouri

Dean ainda estava no quarto de seu pai. John estava assistindo ao noticiário, quando passou um link direto de São Francisco, dizendo que Piper Halliwell tinha acabado de morrer.

“Uma das manifestantes que estava em frente à casa das Bruxas Halliwell, atirou em uma das irmãs. Piper Halliwell, não conseguiu resistir aos ferimentos e acabou falecendo.”

— Oh, não! Prue! – Dean soltou preocupado, ele só queria poder ir ao encontro dela.

— Pensou que não ia descobrir? – Sam perguntou ao entrar no quarto. – O lance do Bobby. Não serve para afastar o demônio e, sim para conjurá-lo.

— A Piper morreu! – John disse sem tirar os olhos da TV.

— Como é?! – Sam pensou não ter ouvido direito.

— Piper morreu. Porque não me disse que tinham descoberto que as meninas eram bruxas?!

— Porque você estava mais preocupado com o maldito demônio e a arma! Agora a Piper morreu e o Dean...

— Sam, ninguém mais vai morrer. – John respirou profundamente, evitando que suas lágrimas caíssem.

O plano de toda sua vida tinha dado errado, e agora um de seus filhos estava entre a vida e a morte. E Piper tinha morrido. Ele falhou, e se sentia culpado por tudo isso.  Então Dean começou a sentir uma dor horrível em seu peito. Médicos e enfermeiros passaram correndo em direção ao quarto dele.

Tem algo acontecendo, vai! – John mandou.

Quando Sam chegou ao quarto, seu irmão estava sem pulso e os médicos estavam usando desfibriladores em seu peito. Dean viu algo se aproximar de seu corpo, e não gostou nada da sensação que sentiu, quando a criatura o tocou.

Droga! Fique longe de mim. JÁ DISSE: CAÍ FORA. – Dean se aproximou de seu corpo, e a coisa fugiu pela porta.

Os médicos conseguiram estabilizar Dean, o que era uma coisa boa. Se seu corpo estava estabilizado, ele poderia voltar.

Tudo bem, gente. Eu não vou a lugar nenhum, vou pegar essa coisa antes que me pegue. – Dean olhou para o irmão, e saiu do quarto.

Dean voltou a andar pelos corredores do hospital, quando viu uma garota chamada Tessa, que estava na mesma situação que ele. Tessa ainda estava confusa com o que estava acontecendo e não acreditou quando Dean falou em atividade extracorpórea.

Você é um cara ligado em New Age?

Estou mexendo com cristais e ouvindo Yanni? – Dean a olhou. – A idéia é muito antiga e tem diferentes nomes: bilocação, aparições de crise, transportes. Pode estar acontecendo com a gente. Nós somos espíritos de pessoas à beira da morte.

E nós vamos morrer?

Não. Nós vamos resistir. Nossos corpos podem melhorar. Podemos voltar lá e acordar.

Dean achou estranho que depois de sua explicação, a garota levou aquele assunto de boa.  Mas não ia se prender a isso, ele queria voltar e ajudar Prue. Foi quando escutou Sam lhe chamado, ao voltar pro quarto, deu de cara com um tabuleiro místico aberto no chão.  Dean riu da cara de seu irmão, achando que não daria certo, mas estava completamente errado. Ele não só conseguiu mexer o ponteiro pelas letras, como conseguiu dizer ao seu irmão que já sabia o que estava atrás dele. Era o Ceifeiro.

Dean... Se for morte natural, não tem como impedir.

— É. Não dá pra matar a morte.

***

São Francisco

Prue ainda estava abraçando sua irmã, quando Phoebe conseguiu falar com ela. E mesmo chorando de profunda tristeza por ter perdido sua irmã, ela tinha que contar que Dean estava lutando pela vida. Prue se deixou cair, ao escutar que Dean estava em estado grave em um hospital em Missouri.

Ele também não. – a ruiva disse chorando. – Os dois não! Eu não vou aguentar, eu não...

— Mana, o tio Bobby está vindo pra cá. – Phoebe disse chorando. – Eu quero ficar com vocês.

— Não! Fique ai com Leo, pode acontecer algo com você. Ai eu... – Prue parou de falar.

Ela não conseguia falar mais nada, apenas jogou seu celular pra longe, e começou a chorar. Ela não podia perder o Dean. Ela não queria ter perdido sua irmã. Era uma dor tão forte e profunda que ela não tinha mais forças pra nada. Prue só conseguia chorar! Ela se aproximou de sua irmã, a desligou de todos os aparelhos e voltou a abraçá-la.

Mantenha as mãos para cima e não vai se machucar. – um homem com farda da SUAT entrou abriu a porta da enfermaria.

Prue se levantou mais nervosa do que já estava, e usou seus poderes, jogando o policial para longe do quarto. Outro homem entrou para ajudá-lo, mas Prue o desarmou e o chutou para fora. Ela pegou a primeira coisa que viu, fechou a porta da enfermaria e trancou a porta por dentro.

— Piper! – voltou para o lado de sua irmã.

***

Jacksoncity – Missouri

Dean leu no diário de seu pai, que os Ceifeiros podiam alterar a percepção humana, podendo se transformar no que eles quisessem. Dean ficou puto de raiva, e foi atrás da garota que ele tinha conhecido.

É minha caixa de areia. Eu faço você ver o que eu quero.  – Tessa o olhou.

O que é? Você fica excitada, é? Brincando comigo?

Você não me deu nenhuma escolha Viu minha forma real e me esnobou. Feriu os sentimentos da garota. Era o único jeito de fazer você falar comigo.

Tá legal. – Dean a olhou. – Estou aqui o que tem pra falar?

— Que não deve temer a morte. Há sua hora chegou, Dean. Você só está tentando evitar.

Enquanto Dean tentava convencer Tessa, de que não tinha chegado sua hora e que ele tinha que volta a vida, John estava no deposito do hospital, conjurando com o demônio dos olhos amarelos.

— Pode trazer o Dean e a Piper de volta? E assegurar que todo o resto do mundo esqueça de que as meninas são bruxas?  Sim ou não?

— Não. – demônio falou sorrindo. – Mas conheço alguém pode. Isto não é problema.

— Ótimo. E antes de dar o revólver quero ver o que eu pedi com meus próprios olhos. – John disse sério, ele iria consertar as coisas, nem que fosse a ultima coisa que fizesse.

— Estou ofendido. Não confia em mim – o demônio viu que John não estava brincando. – Certo!

— Então, temos um trato.

— Não, John, ainda não. Vai ter que melhorar a oferta.

— O que você quer?

— Uma coisa que eu quero tanto quanto a arma. Até mais. – o demônio se aproximou.

Dean acordou sentindo fortes dores em seu corpo, e com os aparelhos todos apitando descontrolados. Sam chamou o médico que olhava surpreso com o fato de Dean ter acordado. Os enfermeiros desligaram todos os aparelhos, e quando o médico voltou com os resultados de todos os exames, não sabia como explicar o que tinha acontecido ali.

Eu não consigo explicar. O edema desapareceu, contusões internas curadas e sinais vitais normais.  Você deve ter um bom anjo da guarda.

Obrigado, doutor. – Dean ainda estava confuso. – Sabe o que aconteceu? – perguntei ao irmão, assim que ficaram sozinhos.

Parece que havia um ceifeiro atrás de você. – Sam disse olhando para mim surpreso.

Como eu me livrei?

Eu não sei. Você não consegue se lembrar?

Não. – dei de ombros. – Só sinto um vazio no estômago. Tem alguma coisa errada.

Como se sente cara? – John entrou no quarto.

Bem, eu acho.

Onde esteve a noite toda? – Sam perguntou autoritário.

Eu tinha algumas coisas para resolver.

Nossa, que especifico. – Sam disse de forma irônica.

Qual é Sammy.

Foi atrás do demônio, não é?

Não.

Por que eu não acredito nisso? – Sam disse quase gritando.

Olha Sam... Eu cometi muitos erros. Mas fiz o melhor que eu pude, chega de briga, está bem? – John sorriu para o filho mais novo. – Será que você poderia ligar para as meninas e saber se está tudo bem? E buscar algo para o seu irmão comer?!

Depois que Sam saiu, John sentou-se ao lado do seu filho mais velho. Ele começou a falar de quando o Dean era criança, e de como ele falhou em ser um pai presente.

Eu coloquei muito peso em seus ombros. Fiz você crescer cedo demais. Você cuidou do Sam e cuidou de mim, e não reclamou. Você não reclamou nenhuma vez. Eu só quero que saiba que... Eu tenho muito orgulho de você.

É você mesmo falando?

Sim filho. Eu quero que você cuide do Sammy, está bem? E que cuide daquela Halliwell maluca. – riu.

Então John abraçou seu filho, e sussurrou um segredo a Dean. Um segredo que Dean não podia acreditar que fosse verdade.  Quando Sam chegou ao quarto de seu pai, pra dizer que Piper estava viva e bem, ele viu seu pai caído no chão.

SOCORRO!!!

Ao escutar seu irmão chamar por socorro do quarto, Dean foi em direção ao quarto de seu pai.

Não podem ficar aqui. – um enfermeiro disse os impedindo de se aproximar.

— Vamos ficar. É o nosso pai. – Dean gritou.

***

São Francisco – Califórnia

Piper olhava assustada para sua irmã mais nova, ela se lembrava que tinha sido baleada e ter sentido a morte bem de perto.

— Será que você poderia ficar feliz por estar viva? – Prue disse sorrindo.

— Eu estou feliz, e que... Eu sinto um vazio no estômago.

— Olhe, foi um milagre que aconteceu. Não era sua hora de morrer.

— Tem certeza que não fez nada?

— Piper, eu estava aqui o tempo todo, e a Phoebe está em casa com Leo. Seu anjo da guarda é forte. – abraçou a irmã com delicadeza.


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