Amy Tokisuru em Earthland escrita por AJ


Capítulo 1
Capítulo 1 - Maquiagem




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AMY

Amy olhou-se no espelho da penteadeira em seu quarto. O objeto refletira uma pessoa extremamente bonita. Seus cabelos ruivos e encaracolados caíam sobre seus ombros, brilhantes e sedosos. Haviam acabado de serem lavados e passado por um processo chamado babyliss, que demorou cerca de quinze minutos para ficar pronto. Sua cor vermelho-rubro, davam contraste aos seus olhos azuis céu, que haviam sido maquiados por Alice. Na pálpebra superior, ela passara um delineador, contornando ao redor dos cílios, e uma sombra lilás discreta. Passara também lápis de olho na pálpebra inferior, e rímel para dar volume aos seus cílios, realçando seu olhar. Nas bochechas, Alice usara um pincel grosso para aplicar um pó que ela disse que se chamava blush. A cor era parecida com o tom de pele de Amy, então ela não viu muita diferença, a não ser que isso escondia certas falhas de seu rosto, como algumas espinhas que insistiam em brotar em seu rosto. Já nos lábios, foi passado um batom vermelho forte, dando a impressão de que eram maiores, mais carnudos.

— Nossa, Amy — Alice disse, olhando para Amy no reflexo do espelho. — Você ficou incrível.

Realmente ela estava. Amy nunca pensara que podia ficar assim tão bonita. Entretanto, aquilo não a fazia se sentir muito bem. Era como se estivesse olhando outra pessoa, e não um espelho. Amy não se sentia ela mesmo usando tanta maquiagem.

— Vou lavar o rosto. — Amy parou de encarar seu reflexo e se dirigiu ao banheiro.

— O quê? — Alice segurou o braço da amiga com delicadeza. — Não, Amy. Eu não fiz essa maquiagem em você à toa.

— Eu disse que não gostava dessas coisas. — Amy tentou soltar seu braço das mãos de Alice, mas teve dificuldades. Aquela garota era mais forte do que parecia.

— Por favor. Você ficou tão bonita. — Alice colou as palmas das mãos, uma na outra, como se estivesse orando. — Pelo menos vai para a escola assim.

— O quê? De jeito nenhum. — Amy já estava no banheiro a essa altura. Ela ligou a torneira e encheu suas duas mãos, em formato de concha, com a água.

— E por que não? — Alice foi ao banheiro e desligou a torneira. Às vezes ela conseguia ser extremamente irritante para o gosto de Amy.

— Em primeiro lugar, porque não quero que ninguém me veja assim. E em segundo lugar. — Amy separou suas mãos uma da outra e deixou a água descer pelo ralo. — Não sei se vou à escola hoje.

— Não pode faltar. — Alice puxou Amy para fora do banheiro. — Você já faltou muito. Perdeu até a semana de testes. Se continuar faltando pode acabar perdendo de ano.

— Perder o ano é a menor das minhas preocupações. — Amy pegou seu celular que estava sobre uma cômoda ao lado de sua cama. — Estou realmente interessada em saber se Bart encontrou alguma pista do paradeiro de TR. — Ela verificou suas mensagens. Não havia nada, apenas torpedos da operadora de telefone, o qual Amy apagou todas.

— Amy, não tem como você esquecer isso por pelo menos alguns dias e viver sua vida?

Elas já haviam tido essa conversa, e Alice sabia muito bem a resposta.

Já fazia um ano. Um ano inteiro desde que TR tinha destruído a vida de Amy. Primeiro ele ordenara que Sofia, uma de suas criações, raptasse Amy e a levasse para um mundo paralelo à Terra, chamado Portland. Depois ela foi obrigada a, com seu melhor amigo, ir atrás de um mago de gelo extremamente arrogante, que quase obrigou Amy a se casar com ele. Mesmo escapando disso, TR conseguiu fazer ainda pior, possuindo o corpo de Jau, levando-o a uma morte injusta. Não bastasse a garota já estar péssima o suficiente, ao voltar à Terra, achando que finalmente iria reencontrar-se com seu pai, Amy descobriu que aquele maldito espírito o havia possuído também.

E era isso. Agora Amy não conseguia pensar em nada além de vingança. Noite após noite ela pensava no tipo de maldades que TR podia estar fazendo com seu pai. Muitas vezes ela passava noites em claro, chorando, enquanto lembrava-se de como sua vida antes, apesar de simples e pacata, era muito melhor que agora.

— Amy, por favor. — Alice pegou o celular da mão de Amy. — Esquece essa história de vingança contra TR por um tempo.

— Você não entende. — Amy sentou-se em sua cama. — Não é seu pai que está possuído por um monstro há mais de um ano. — Ela suspirou tristemente. — Mas já que insiste tanto, eu vou para a escola hoje. Até porque o inútil do Bart ainda não achou nenhuma pista.

— Não fala assim do Bart, Amy. — Alice se sentou ao lado da amiga na cama. — Você sabe que ele faz o melhor que pode.

— O melhor que pode? Um ano se passou e ainda não vi meu pai uma vez sequer. — Pensar naquilo deixava Amy tão deprimida que se estivesse sozinha provavelmente começaria a chorar. — Sinceramente, não sei se ele é confiável.

— Você está sendo injusta com o Bart — Alice defendeu. — Você esquece que, de nós três, ele é o único que trabalha, e que paga essa casa onde moramos.

Alice estava certa. Quando Amy ficou sem seu pai, não havia mais nenhum responsável adulto para cuidar dos três. No entanto, Bart, apesar de ser ainda jovem — dezesseis anos apenas — podia se passar por mais velho. Logo nos seus primeiros dias na Terra ele tratou de conseguir uma identidade falsa e arranjar um emprego. Como não podiam mais manter a casa de Thomas, eles tiveram que se mudar para uma casa mais barata, de apenas três cômodos, e acabaram trocando de cidade também. Atualmente, era Bart quem, de certa forma, sustentava o resto do grupo, já que Amy e Alice não trabalhavam, apenas iam à escola.

Apesar disso tudo, Amy ainda não confiava em Bart. Ele sempre estava com aquela expressão sombria, sendo frio e insensato na maioria das vezes e, de vez em quando, até era violento, principalmente com Alice, sua própria parceira. Aquelas atitudes do rapaz faziam Amy pensar que Bart era do tipo que faria qualquer coisa para conseguir o que queria, igualzinho ao TR, e isso a preocupava. E se, quando se encontrassem com TR, Bart o ferisse enquanto o espírito ainda estivesse no corpo de Thomas?

De qualquer forma, Amy não comentava muito essas coisas com Alice, afinal, ela e Bart eram casados em Portland. Alice era inocente e ingênua demais para perceber quando qualquer pessoa estava mentindo, principalmente se essa pessoa fosse Bart.

— Enfim. — Amy se levantou. — Como já disse, eu até vou à aula. Mas não maquiada. — Ela então foi ao banheiro e dessa vez trancou a porta para que não fosse interrompida.

Amy olhou-se mais uma vez no espelho. Alice havia feito um bom trabalho. Desde que chegara na Terra, havia se interessado bastante pela área de moda feminina e maquiagem. No planeta dela, esse tipo de coisa não era comum.

Tanto ela quanto Bart haviam se adaptado bem rápido ao planeta Terra, o que era estranho. Se Amy tivesse que viver em Portland, provavelmente nunca iria se adaptar.

Abrindo mais uma vez a torneira e enchendo suas mãos de água, ela tirou a pintura colorida de seu rosto. Olhando para seu reflexo após ter se limpado, ela finalmente conseguiu reconhecer Amy Tokisuru na imagem.

***

Amy e Alice vestiram seus uniformes escolares — uma camisa vinho com o brasão de Vila Real — e seguiram caminho direto ao colégio.

A escola nova na cidade de Vila Real era bem perto de casa. Na realidade, tudo ali era perto, por ser um lugar pequeno e de poucos habitantes. A mudança, na verdade, não havia incomodado tanto Amy, já que seu novo lar não era de todo ruim. O que realmente a irritou foi seu novo colégio. Mais precisamente, uma pessoa em especial.

Corey Spok era um aluno da sala de Amy. Desde que ela chegara na escola nova, o garoto insistia em perturbá-la, sem nenhum motivo aparente. Corey era completamente arrogante e pretensioso. Se achava melhor que todos por sua família ser dona de uma importante fábrica de Vila Real. Era importuno com todos os seus colegas, mas ele insistia em ser pior com Amy. Talvez fosse pelo fato de que ela fosse a única da turma que não o tratava como se fosse um rei ou coisa do tipo. No geral, Amy o ignorava. Não havia porquê dar importância a alguém insignificante como Corey, quando ela tinha TR para se preocupar. No entanto, de uns tempos para cá, a insistência do valentão já estava começando a irritá-la.

Naquele dia não havia sido diferente. Mal as duas chegaram no pátio da escola, e Corey já as interceptara ali mesmo, com sua gangue de lacaios, cercando-as de todos os lados para que não fugissem.

— Olha só quem resolveu aparecer — ele disse, com um sorriso malicioso no rosto. Sua pele era rosada e manchada com sardas. Seu rosto era grande, mas o cabelo alaranjado fazia uma franja que disfarçava um pouco. Estava usando sempre aquele boné de marca cor-de-vinho. Se na escola não fosse obrigatório o uso do uniforme, Corey provavelmente estaria sempre usando roupas luxuosas para mostrar que era superior. Ele só não estudava em um colégio melhor pois não era inteligente o bastante.

— Amy Punkisuru. Já voltou do planeta dos macacos? — o valentão continuou, fazendo piadas sem graça.

Todos os lacaios de sua gangue começaram a rir. Aquilo era ridículo. Só faziam isso pois se sentiam os maiorais ao lado do rico e poderoso Corey Spok. Mas Amy sabia que, assim como ela, todos ali faziam parte da ralé.

— Nos deixe em paz, Corey — Alice falou. Ela ainda se dava ao trabalho de tentar argumentar com aqueles trogloditas.

Amy não disse uma palavra. Não valia a pena gastar sua saliva com alguém tão repugnante. Infelizmente para ela, Corey não gostava de ser ignorado, e, ainda com um sorriso perverso, se aproximou de Amy e tocou em seu queixo com força.

— Você fez bastante falta, Punkisuru. Sem você aqui, não tem ninguém para fazer os meus servicinhos.

Amy cerrou os dentes, tentando evitar se zangar com os comentários ardilosos do valentão. Mas estava ficando cada vez mais difícil. O que ele estava fazendo era praticamente um assédio. Ela não sabia se iria se controlar caso aquilo passasse dos limites. Mentalmente, Amy agradeceu por ter tingido seus cabelos de ruivo há muito tempo. Caso contrário, eles ficariam sempre mudando de cor quando chegasse perto de Corey.

— Aí, Spok — alguém vociferou vendo a cena de longe. — Deixe as meninas em paz.

Corey imediatamente soltou o queixo de Amy e olhou para trás com insatisfação.

— Não se meta nisso, novato. Vá procurar o que fazer — o valentão disse.

O rapaz que defendera as meninas se aproximou. Amy nunca o havia visto na escola. Ele era alto e magro, mas não tão franzino. Possuía cabelos negros, que ficavam em destaque graças a sua pele clara. Vestia uma jaqueta preta de veludo que, por estar meia aberta, mostrava o uniforme da escola por baixo. Seus olhos cor de âmbar emitiam confiança e intimidação.

— Gosta de assustar garotas? Por que não se mete com alguém do seu tamanho? — ele desafiou, ficando cara a cara com Corey.

— E quem você pensa que é para falar comigo assim, Caus Engelmann? — Corey empurrou o rapaz chamado Caus para trás com violência, ficando nervoso.

Apesar da agressão, o adolescente se manteve em pé e firme, ainda com sua confiança no olhar. Amy queria saber até quando essa convicção iria durar, já que os outros quatro membros da gangue do Corey já estavam ao lado de seu líder, iguais a uma matilha de lobos, esperando apenas uma ordem para atacar.

Por sorte, o sinal da escola tocou, e até mesmo Corey respeitava as regras o suficiente para que, junto com os outros alunos, se dirigisse a sua sala de aula. Porém, antes disso, ele esbarrou no ombro de Caus de propósito e sussurrou:

— A gente resolve isso depois, Engelmann.

Após a saída de Corey e sua gangue, Caus dirigiu-se às garotas.

— Então, vocês estão bem?

— Sim. Não aconteceu nada de mais — Alice quem respondeu. — Obrigada, Caus.

O rapaz fez um gesto positivo com a cabeça e também partiu para dentro da escola. As garotas fizeram o mesmo, segundos depois. No caminho, Amy aproveitou para perguntar à amiga sobre o garoto que até este dia ela nunca tinha visto.

— Ele foi transferido há pouco tempo — Alice esclareceu. — O Caus não é de falar muito. Para ser sincera, hoje foi o primeiro dia que eu ouvi a voz dele com clareza.

Amy assentiu. Não que ela ligasse muito para esses detalhes, mas Amy gostaria de saber qualquer coisa sobre alguém que tinha coragem de enfrentar Corey Spok.

As aulas estavam difíceis de acompanhar. Por ter faltado muito, Amy ficou completamente perdida nas explicações dos professores, pois eles falavam de assuntos que ela nunca havia visto. Se sentiu uma estrangeira em um país que falava uma língua totalmente diferente.

Ela não podia ficar atrasada desse jeito, ou iria ir mal nas provas e repetir o segundo ano. Precisava pegar as anotações de alguém da sala emprestado.

Teria pegado o caderno de Alice, mas as anotações dela não eram lá grande coisa. Sua matéria estava tão atrasada, que parecia que ela também não estava vindo para a escola. Talvez ela só estivesse tendo dificuldades, já que nunca havia ido a uma escola — pelo menos não uma que não te ensinasse a invocar um espírito — antes de chegar na Terra.

Amy teria que pegar o caderno de outra pessoa. Mas quem? Além de Alice, ela não tinha intimidade com mais ninguém, pelo fato de que a maioria de seus colegas era da gangue de Spok, e os que não eram, faziam parte de um grupo de cdfs que se achavam inteligentes de mais para ajudar ou se misturar com os outros. Parecia que ela ia ter que se virar sozinha afinal.

Sentada na frente, ela observava a sala de aula em busca de alguém que pudesse ser sua salvação. Então, Amy acabou esbarrando o olhar com o aluno novo. Caus estava copiando as anotações do quadro-negro em seu caderno e, de repente, começou a encarar Amy. Os dois ficaram se entreolhando até que o garoto sorriu de leve. Ela rapidamente desviou o olhar. Sempre ficava envergonhada quando alguém a fitava desse jeito. Virou-se mais uma vez, e olhou o rapaz de soslaio. Ele já havia voltado sua atenção para o quadro, o que era bom. Teria sido constrangedor para Amy tropeçar nos olhares de Caus outra vez.

Horas se passaram e a aula terminou. Alice havia saído na frente, mas esperou Amy em frente ao portão do colégio.

— E então — ela disse. — Conseguiu entender alguma coisa das aulas?

Amy nem respondeu. Alice muito provavelmente não teve a intenção de soar irônica, mas Amy teria respondido qualquer outra pessoa com ignorância caso tivesse feito aquela pergunta.

— Não tem jeito. Acho que vou repetir de ano — Amy falou, irritadiça.

— Não desiste ainda. Você já pensou em pegar o caderno de alguém?

Outra pergunta óbvia que chateou Amy. Entretanto, ela continuou mantendo a paciência.

— Ninguém iria me emprestar o caderno, Alice. Vou ter que me virar sozinha e não vou conseguir estudar tudo tão rápido. — Amy parou de andar pois o semáforo havia ficado verde e os carros começaram a acelerar. Ela teve que segurar o braço de Alice para que ela parasse também.

Estranho. A garota havia aprendido em um ano a fazer maquiagens muito bem produzidas, e ainda não aprendera a parar quando o sinal fechasse para não ser atropelada. Amy se perguntara como Alice conseguia andar nas ruas sem ela. As pessoas do mundo Porto eram realmente indecifráveis.

— Sabe quem poderia te ajudar? — Alice falou de repente. — Ele. — Ela apontou para o ponto de ônibus no outro lado da rua. Nele, havia apenas uma pessoa.

Caus Engelmann. Ele estava sentado no banco da parada de ônibus, com fones estilo headset na cabeça e com um livro da escola em mãos.

— O aluno novo? — Amy perguntou, com certa indignação. — Ele não deve ter muita coisa. Acabou de chegar.

— Na verdade, ele já está na escola há quase um mês — Alice informou. — Você ficou fora um bom tempo, mocinha.

Amy voltou a se concentrar no garoto. Talvez ele não tivesse a matéria completa, mas devia ser a melhor opção até agora. Ela respirou fundo e, quando o semáforo mostrou a luz vermelha, ela atravessou a rua para falar com Caus.

— Eu vou indo na frente — Alice disse a Amy. — Boa sorte com o caderno.

Alice continuou andando, e Amy se posicionou na frente do garoto que, até então, ainda não havia percebido sua presença. Só depois de alguns longos segundos Caus finalmente viu a garota parada em sua frente.

— Posso ajudar? — ele perguntou, colocando os fones em volta do pescoço e fechando o seu livro.

— Oi. Eu sou Amy Tokisuru. A gente se falou no colégio hoje mais cedo — ela respondeu.

— Ah, claro. — Caus tirou sua mochila do assento ao lado. Provavelmente queria que Amy se sentasse ao lado dele.

— Então, você é a famosa Amy Tokisuru — ele disse, guardando seu livro na mochila.

— Famosa? — Amy se sentou ao lado do garoto, confusa com o que Caus acabara de falar.

— Quero dizer, seu nome é o primeiro da chamada, e eu sempre fiquei me perguntando quem poderia ser a dona de um nome tão... diferente.

Amy não sabia como reagir àquilo. Ela não entendeu ao certo se fora um elogio, ou, quando Caus disse “diferente”, ele na verdade queria dizer “estranho”.

— Bem. Eu queria saber — ela falou, mudando de assunto — se você pode me emprestar o seu caderno. Eu faltei muito e acabei perdendo muita matéria.

— Ah, claro. — Caus pegou sua mochila mais uma vez, que agora estava no chão, e tirou de lá o seu caderno. — Não tem muita coisa, mas acho que dá para o gasto.

— Obrigada. — Amy pegou o caderno. Na capa havia a figura de um átomo, e ela imaginou que o rapaz se interessava por ciências da natureza. Amy se levantou e guardou o caderno em sua bolsa escura.

— Não há de quê. — O garoto se levantou também. — Meu ônibus está vindo. A gente se vê amanhã.

— Certo. — Ela esperou que Caus subisse no ônibus antes de ir embora.

Amy suspirou. Retomando seu caminho de volta para casa, ficou pensando sobre como a parte normal de sua vida havia se tornado tão chata e monótona agora que ela não tinha mais seu amigo Jau. Ela sentia muitas saudades dele, quase tanto quanto sentia de seu pai. Se Amy pudesse voltar no tempo, faria tudo diferente. Nunca teria deixado que seu pai e seu melhor amigo se machucassem. Ela se sacrificaria por eles...

O barulho alto de uma buzina a tirou de seus pensamentos. Antes que ela pudesse se dar conta, já era tarde demais. Sentiu um impacto extremamente forte empurrando-a para frente e a jogando no chão, antes de perder a consciência e desmaiar.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo será postado em breve e será do Jau. Eu sei, eu sei que vocês vão ficar com saudades do Walter mas não se preocupem, eu não me esqueci dele, rsrs. Até a próxima!



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