Rika to Hayato escrita por Acce Noir


Capítulo 11
Os sentimentos de um alcançaram o outro.


Notas iniciais do capítulo

Ainda pelo celular



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Parte 1
“Ontem eu tive um sonho estranho.” Kazumi falou enquanto provava do suco de caixinha. Tanaka segurava nas grades do terraço ao tempo que olhava para a frente da escola. Olhando com os cantos dos olhos, esperou a continuação de Hayato. Shinki que usava o blazer aberto que mostrava a camisa branca que ficava por baixo, demonstrava está entediado.
“ Sonhei que estava sendo cuidado por Satsuki. Interessante que tudo parecia tão real! Até o cheiro de rosas que os cabelos dela emanavam era o mesmo...” Depois disso experimentou mais um gole do suco de maracujá. Porém, infelizmente o suco de caixinha de 180 ml tinha acabado. Ele balançou a caixinha e comprovando que não havia mais nada colocou perto de sua coxa esquerda.
No intervalo era comum o barulho vindo do clube de atletismo. Depois de parar de observar a frente da escola Tanaka sentou.
( Provavelmente ninguém contou sobre nós que tentamos ir até a casa dele... Será que Satsuki continuou a procurar até encontrar? Tanto faz...) Depois de pensar disse:
“ Bem, provavelmente a sua obsessão por ela está se tornando uma doença. Ou então, você é um pervertido que abusa das garotas nos sonhos. Bem, não descarto as duas primeiras opções! ” Tanaka esticou suas pernas despreguiçando.
“ TENHO CERTEZA QUE NÃO É ISSO! E NÃO ME TRATE COMO DOENTE! ”
“ Isso não é algo que possa prometer. De qualquer forma, quando pretende se declarar para ela?” Ele deitava no chão. Após isso colocou seu braço direito sobre o rosto.
“ Não tenho o porquê de me declarar. Não tenho esse tipo de sentimentos por ela. Haha....ha..” Kazumi desvio o olhar enquanto suava frio e sorriu cinicamente.
“ Certo, certo. Desculpa, não sabia que você não tinha interesse em mulheres. ” Ele olhava para ele com os cantos dos olhos.
“ Ei! Quando isso se transformou no geral? Eu gosto de mulher, sabia?!” Estava nervoso com a conversa.
“ Entendo... Entendo...” Deitando sobre o braço direito ele se virou ficando de costas para Hayato.
Suspiro... Depois de respirar fundo, Kazumi falou encolhendo as duas pernas.
“ Está tão claro assim? ” Segurou os próprios joelhos.
“ Me surpreende mais o fato de você tentar esconder isso. Se não tentar não saberá a resposta. Mais vale um peixe na gaiola do que dois se afogando...” Shinki Tanaka falou quais dormindo. “ Creio que é algo parecido com isso. Bem, não importa. ” Bocejou.

Hayato pareceu confuso sobre o ditado que ele tentou dizer.
“ Você está tentando me dar conselhos, mas o que você pretende fazer sobre a ‘pé no saco’? Ou melhor, sobre a Fujiwara. ”
“ Conselhos não funcionam para si mesmo, afinal, é mais fácil falar do que fazer. Ela disse que vai se declarar para o Kazuo. Ela até mesmo me pediu conselhos. Não que me importe com isso. Futuramente irei romper minha relação com ela, só estou esperando o momento certo. ” Shinki cuspiu aquelas palavras despreocupadamente enquanto deitado de costas para ele.
Embora não tenha entendido o que Shinki pensava em fazer, Hayato olhou desconfiado para ele que estava de costas.
“ Então você está desistindo dela? ” O garoto de cabelos compridos perguntou
“Não!” Após ficar deitado de barriga para cima continua, “ ... estaria desistindo se eu tivesse tentando algo, mas... Não irei ter esse tipo de relação com ela.”.
“ Se eu falasse que entendo, estaria mentindo. Se você gosta de uma pessoa, o certo não seria querer ficar cada vez mais próximos!?” Ele inclinou um pouco a cabeça.
Sobre o terraço, Kazumi impôs essa pergunta. No momento eles eram os únicos no local, pois todos já tinham ido para as salas de aulas.
“ Então vamos supor que a Satsuki é sua amiga de infância, porém recentemente você começou a gostar dela de um modo especial. Ao mesmo tempo, a garota não senti o mesmo que você. No entanto, ela começou a gostar de outro cara. E então? ”
Hayato não entendeu o que ele quis dizer.
“ Estou querendo dizer que tentar impor uma relação forçada iria deixar ambos machucados. Não é de uma hora para outra que as pessoas se apaixonam. Em consequência do meu egoísmo em querer ficar próximo a ela, iria criar um efeito oposto. Tudo ficará bem contanto que ela não sabia. Se ela conseguir começaria a sair com o Kazuo. Ambos sairão vencendo.
O amor é igual a um jogo. Se você se envolve em um triângulo amoroso, um sairá derrotado. ” Shinki encobria seu rosto com o braço. Não era que ele fosse chorar, apenas iria dar um cochilo despreocupadamente.
“ Pensei que suas atitudes tivessem sendo por egoísmo, mas me enganei...” Hayato que usava seu uniforme escolar falou.
Com o canto do olho esquerdo, Tanaka viu ele se levando. E escutou...
“Suas atitudes não são egoístas, mas sim, idiotices. Está pensando fazer um ‘autosacrficio’!? Não fode, Shinki! Como você saberia que ambos irão se machucar? Só por que ela é sua amiga de infância!? Não fale uma asneira dessas!
Então vamos usar um método diferente do seu! E se você a conhecer-se a pouco tempo, porém nesse pouco tempo você se apaixonou por ela! O que você faria? Ela gosta de outro cara também! E então!? Ela não é sua amiga de infância, você estaria disposto a “magoa-la” com seu desejo de querer ficar próximo a ela!? Você estaria disposto a entrar nesse triângulo amoroso Independentemente do resultado?!” Hayato cuspiu aquelas palavras. Mesmo vendo Shinki se levantando, ele não pensou em parar. “Como é saber que sua lógica não tem lógica? Se não quiser fazer nada, tudo bem, a escolha é sua! Mas crie uma desculpa mais convincente! ”
Tanaka fechou seus punhos. Antes de dizer mais alguma coisa...
“.!?”
*Paf*
Antes de continuar, o rosto de Kazumi é acertado pelo punho direito de Shinki. Com a força fez Hayato dar alguns passos para trás. Levando a mão esquerda ao nariz ver o líquido vermelho em sua mão.
“.!?”
Hayato fechando seu punho esquerdo, ele revidava o soco que havia levado. Com o barulho de algo quebrando, Shinki levou a mão direita a boca que escorria sangue para seus lábios. Olhando com cara de irritado para aquele que o acertou, Tanaka voltou a fechar seus punhos, então revidou o ferimento causado por Hayato. Os dois brigaram no terraço até caírem exaustos...

Parte 2
Hayato e Tanaka foram suspensos. Depois de serem levados para enfermaria seus ferimentos foram tratados...
Motivo da briga é desconhecida. Nenhum dos dois garotos disseram o motivo que levou a discussão. A suspensão impossibilita dos dois irem à escola por uma semana. Eles tiveram sorte de terem pego em um castigo leve.

“ Eu perguntei ao Tanacchin o motivo de terem brigado, mas ele não quis me dizer... E ainda disse que a culpa era dele por ter perdido a paciência. Depois desse dia ele ficou estranho para o meu lado. ” A Sakura falava enquanto estava sentada na mesa em frente à Aoi. A garota de cabelos curtos mexeu nos cabelos. Satsuki que estava em pé apenas escutava.
“ O que precisamos fazer é procurar o Kazumi. Talvez ele diga o motivo de terem brigado. ” Satsuki cruzou os braços preocupada com a situação.
“Se Tanaka não disse o motivo, será que o Kazumi dirá?? “ Aoi comentou.
“ O melhor seria esperaremos os dois esfriarem a cabeça. Minha preocupação maior é que isso se torne um efeito borboleta...” Rika respondeu.
“ Podemos ligar para ele, certo? Ricchin, Aocchin.” Fujiwara falou olhando para as duas. Seus olhos estavam melancólicos.
“ O melhor seria perguntar isso pessoalmente, não!?” Aoi apoiou o cotovelo na mesa.
“ De fato. Contudo, Kazumi foi suspenso... A melhor opção para acha-lo é...” Satsuki abaixou a cabeça ao lembrar do ocorrido de antes. Disfarçando o constrangimento continuou, “ Seria ir na casa dele...”.
“Hem~~!?” Sakura suspirou em desânimo. “ Andamos muito naquele dia! Minhas pernas ainda doem! ”
“ Necessariamente não é obrigatório ir nós três. Pode ser somente uma!” Aoi direcionou seu olhar para Satsuki que estava em pé ao seu lado. Rika estava olhando para Sakura que estava sentada na mesa em frente à Sekai. Fujiwara olhava para Aoi.
“.!?” Garota com uma fivela no lado direito da cabeça ao perceber o olhar da garota em sua frente direcionou para Rika.
A aula não tinha começado, então havia muita conversa na sala sobre o ocorrido, principalmente por ser um acontecimento fresco. Ao perceber o olhar das duas, a garota com seu uniforme escolar pegou do bolso da saia um lenço para limpar as lentes de seus óculos.
“ Tudo bem. Eu irei. ” Ela respondeu a expectativa de suas amigas.
“Mas precisamos saber onde ele mora, certo? ” Fujiwara questionou desanimada novamente...
Escutando aquilo Rika que estava em pé fez um sinal de V com a mão direita. Então olhando para Sakura que estava sentada falou, “ Isso não é mais um problema para mim! ” Ela sorria.
Fujiwara arregalou seus olhos em surpresa com aquilo. Juntando as duas mãos ela se aproximou de Rika. Pegando em sua mão direita, os olhos de Sakura brilhavam em curiosidade.
“ Conte tudo que aconteceu depois da minha ausência!!!”
Aoi olhava a empolgação da garota em querer saber.
“Depois que vocês foram embora, eu já estava desanimada esperando ônibus. Então foi aí que encontrei uma amiga minha e de Kazumi, ela me levou até a casa dele! ” A felicidade era notável.
Sakura apenas assentia e fazia cada vez mais perguntas. Claro, teve coisas que ela deixou em segredo, pois seria o ‘momento especial’ dela.
“ Estou ficando com ciúmes de você com o Kazumi...” Sakura comentou.
Infelizmente ela não tinha visto muito o Kazumi desde que ele se recuperou da febre. Para interromper a conversa das duas, a professora adentrou. Rika sentou no seu local perto do birô da professora. Sakura voltou para a 4 carteira escolar da terceira fileira. Somente assim as três foram separadas.

Parte 3
Perto do anoitecer, Kazumi andava de pés descalços pelo o corredor da casa clássica japonesa enquanto bebia água em um copo de vidro transparente. O garoto que usava uma camisa toda branca e uma bermuda vermelha caminhava em direção a sala.
Em seu rosto dava para ver a consequência da briga. Perto de sua boca havia um band-aid (Fora os ferimentos que já melhoraram, o seu corpo ainda doía.).
Ao ver seu irmão se aproxima, Haru que assistia, perguntou.
“Quando a irmã Rika aparecerá de novo? ” Ele inocentemente falou ao tempo que balançava suas pernas enquanto sentava no sofá de três lugares.
“ Não seria a Marisa!? Ela veio ti ver a três dias atrás, certo!?” Falou olhando o comercial que passava no momento.
Com mão direita levou o copo com água a boca.
“ Não, irmão. Ela veio junto com a irmã Marisa! Foi ela que cuidou de você, sabia!? Por acaso você não se lembra? Foi ela que fez a papa de arroz que você comeu! ” O pequeno menino abria os olhos do irmão maior.
Kazumi olhou para ele. Com reações lentas, ele cuspiu a água que estava em sua boca. Sua mão tremeu que fez o copo seco que segurava cair sobre o sofá de três lugares.
( Não foi um sonho? Tem certeza que não foi um sonho!? Droga!! Minha memória por causa da febre está vaga. Sinto que estou esquecendo de coisas importantes!!) Ele se abaixou escorando atrás do sofá. Ele ficou pálido, perdeu cor. Até sua alma ameaçava sair do corpo... Mal sabia que Satsuki Rika estava se aproximando de onde ele morava...
*
A garota caminhava pela rua pouca movimentada no bairro onde Kazumi morava. Satsuki usava uma camisa branca com a gola limpa. Na camisa branca sem mangas havia uma frase em inglês ‘Don't forget!’ que destacava seus bustos. Sobre essa camisa branca usava uma jaqueta feminina vermelha com a parte frontal aberta que mostrava sua camisa. A saia xadrez vermelha, faltava cinco dedos para chegarem em seus joelhos. A alça paralela da bolsa vermelha no ombro direito de Rika, ela pressiona em baixo do braço para não balançar enquanto andava. Ainda faltava uma hora para 6hr e 30mn da noite. A garota de óculos estava com seus cabelos presos ao estilo rabo de cavalo. Seu sorriso no momento que andava era notável. Chegando em frente a casa de Kazumi abriu sua bolsa e tirou seu celular.
*
Kazumi estava com as duas mãos na cabeça aos prantos tentando se lembra de algo que aconteceu no dia que ficou de cama. O garoto de cabelos marrons ignorava os murmúrios de seu irmão e assistia um anime que estava ganhando fama recentemente.
“ Isso é mal! Muito mal! Gya--” Seu celular vibra assustando aquele que murmurava. Pegando o celular do bolso, suas duas mãos tremem ao ler um nome familiar... Indo na caixa de mensagens, começar a ler a mensagem enviada por Satsuki Rika. Ele que estava encolhido atrás do sofá deu um grande pulo e saiu correndo. Haru não se assustou com aquilo apenas olhou desinteressado...
*
Satsuki esperava escorada no muro de madeira que rodeava a casa de Kazumi. Com o celular na mão direita ainda, ela levou para seu peito direito enquanto esperava por um certo alguém.

“Satsuki!?” Kazumi aparece.
A garota direcionou para ele que estava em frente à porta. Ela guarda seu celular e vai se aproximando.
“Demorou, Kazumi.” Ela sorriu.
Kazumi que tinha corrido o mais rápido possível, ao vê-la sorrindo desviou o olhar. Mesmo se perguntando o que ela estava fazendo em frente de sua casa, no fundo ele estava feliz. Satsuki inclinou um pouco a cabeça ao perceber que ele estava encobrindo a boca.
“ Posso ver o Haru?”
Ele assentiu.

Parte 4

“ Acontece que minha irmã ganhou ingressos para a piscina que logo logo irá inaugurar. Já que ela vai está ocupada com a faculdade, ela não poderá ir. Então mamãe pediu para entrega-los...” Satsuki que estava sentada sobre o travesseiro fino abriu sua bolsa e pegou os ingressos. Colocando sobre a mesa redonda de pernas curtas, esperava a resposta dele. Hayato pegou o par de ingresso e olhou para seu irmão menor.
“ Então, o que acha? ” Ela esperava.
O pequeno afirmou e sorriu.
Eles estavam na sala, estando a televisão desligada tudo estava calmo. Olhando o ingresso Kazumi percebeu que a data de estreia seria no início das férias de verão.
Ele veio a pensar.
Rika olhava para ele e viu seu rosto machucado. Aquilo a incomodou. Entretanto, a garota apenas ficou calada. Haru que estava no lado esquerdo de Hayato ficou em pé. Kazumi que estava sentado no travesseiro fino, olhou para ele.
“ Irei estudar no quarto. ” O pequeno falou.
Olhando para a hora no relógio na parede de madeira percebeu que já estava próximo do seu irmão ir dormir.
“ Caso tenha alguma dúvida não hesite em me chamar. ”
O garoto de cabelos marrons assentiu e caminhou. Os dois ficaram sozinho na sala. A televisão desligada apenas complicava a situação. Kazumi percebeu que Rika olhava para ele, porém ele desviou o olhar.
Com o braço direito relaxado sobre a mesa ele ainda queria saber o que tinha acontecido na noite que ele ficou doente. Satsuki que olhava para os ferimentos, suspirou. Logo em seguida ele repetiu o movimento feito por ela. Então o primeiro falou.
“ Creio que está curiosa em querer saber o porquê de eu ter brigado, certo?”
Ele perguntou sem olhar para ela.
“...se eu perguntasse, você responderia? ” Satsuki perguntou ao tempo que estava sentada com as costas ereta.
“ De qualquer forma, a culpa foi minha por ter falado demais. ” Ele evitava olha-la.
“Entendo...” Suspiro. “ Na verdade, Tanaka disse a mesma coisa. Minha preocupação maior não é o motivo, mas a consequência que isso pode trazer. ”
“ O que você está tentando dizer? ”Falou de cabeça baixa.
“ Segredo. ” Rapidamente respondeu.
Kazumi não sabia que era algo importante ou apenas um método de imitação sobre o segredo que ambos os garotos escondiam. Ele olhou para Satsuki que estava sentada em sua frente. As costas eretas e as duas mãos no colo, a garota apenas mantinha a expressão de seria no rosto.
“ Entendo...” Sussurrou.
“ Graça a briga de vocês começaram a esquecer os rumores que eu estava saindo com alguém, mas criaram outro por cima. ” Calmamente falou.
“ E qual esse outro? ” Kazumi franziu as sobrancelhas.
“ De que o Tanaka foi mandado para o hospital com as duas pernas quebradas...”
“DA ONDE SAEM TANTA IMAGINAÇÃO? ELE BRIGOU COM JACKIE CHAN” Falou exaltado.
“...”
Ele suspirou.
“Quer algo para beber? ” Hayato ficou em pé esperando a resposta.
Ela balançou a cabeça negando.
“.!? Entendo...” Ele sentou no travesseiro fino. Lentamente abriu a boca, mas nada saiu. Satsuki com o cabelo estilo rabo de cavalo, inclinou a cabeça.
O silêncio reinou na noite fria.
“ Kazumi, se eu dissesse que estou apaixonada. O que faria? ” A garota de óculos falou.
Seu coração acelerou. É claro que ele não iria gostar, mas...
“ Nada... Se é alguém que você se apaixonou, não deve ser uma má pessoa. Por que? ” Kazumi olhava a expressão de seria no rosto dela.
“ Entendo... Só estou pensando em me declarar para ele, mas isso é algo que nunca fiz antes. Tenho medo de estragar tudo. ”
Ele não gostou de escutar aquilo. Fechou seus punhos direito que estava sobre a mesa. Ela percebeu.
(Se ela começar a sair com alguém seria um adeus para mim... Nem tudo dura para sempre...)
“ Não creio que você possa estragar tudo. Muitos caras querem sair com você, certo!? É normal ter um que sobressaia contra os demais. ” Desviou o olhar enquanto falava.

O celular na bolsa toca. Ao ver quem era, era a mãe de Rika que tinha ligado. Satsuki se afasta um pouco para poder falar no telefone. Kazumi que observava a garota, apenas abaixou a cabeça e colocou sobre a mesinha. Pensando no que tinha escutado mordeu os próprios lábios incomodado. Ele pensava profundamente no que tinha escutado. Seu coração estava incomodado completamente.
“Tenho que ir, pois já estão preocupados com minha demora. ” A garota falou ao chegar na sala.
Kazumi a acompanhou...
Enquanto caminhavam lado a lado, a garota olhava com os cantos dos olhos para Kazumi que parecia distante. O garoto caminhava com as duas mãos nos bolsos da bermuda branca que ia até seus joelhos. Ele pensava...
Kazumi parou enquanto a garota continuava a andar. Na noite gelada, Hayato usava uma jaqueta branca.
“Satsuki...” Ele falou o nome dela.
A garota parou e se virou para ele. De alguma forma, a expressão séria em seu rosto estava diferente. Vendo a parando, ele continuou... “ Antes que você faça sua declaração, eu farei a minha. ” O garoto de cabelos pretos longos estava com as duas mãos nos bolsos da bermuda.
O coração da garota palpitou. Ela colocou as duas mãos para trás. Sobre o céu estrelado, Rika esperou.
“ Eu te amo!” Kazumi falou a olhando diretamente.
Ele falou alto e claro. Na rua deserta, nada o atrapalhou... A Leve brisa gelada da noite não impediu de suas palavras chegarem nos ouvidos de Satsuki... No meio do silêncio, Kazumi olhava para Rika que não demonstrou nenhuma reação.
Após tirar o peso do seu coração, ele se virou, afinal, para ele tudo tinha acabado. Se ela estava apaixonada, aquilo significaria que a resposta seria clara igual sua declaração. Não se pode mudar sentimentos... A frase de Shinki passou em sua cabeça nesse momento.
Todos os sentimentos e emoções que eles passaram juntos estavam desmoronando em sua mente. Talvez o afeto especial que Satsuki tinha por ele fosse apenas uma ilusão criada pela amizade, ou apenas o modo de como ela gosta de tratar as pessoas. Talvez nunca sequer existiu....
Ele não podia ver se ela estava surpresa, triste, com raiva, Kazumi apenas adiantou um passo enquanto pensava. Entretanto, ele sabia que as coisas não continuariam o mesmo. Possivelmente, ele não teria coragem de olha-la nos olhos novamente. Mordeu seus lábios, pois sabia que as coisas a partir dali iriam mudar de uma maneira radical. Hayato olhou para as estrelas que brilhavam no céu...
“Seria melhor se chovesse...” Logo após seu desejo... Kazumi abaixo a cabeça. Pegadas podiam ser escutadas. E então!
“ Mas se chovesse perderíamos a beleza da noite, não acha!?” A voz foi ouvida se aproximando.
“O que..? .!?” Sussurrou.
Quando se virou é surpreendido! Os dois braços de Satsuki o envolvia firmemente. Colocando a cabeça em seu peito ela podia ouvir os batimentos de Kazumi. O garoto ficou surpreso com o abraço repentino recebido. Hayato podia sentir o calor e o cheiro de Satsuki. Seus olhos se arregalaram, mas ao mesmo tempo seu coração se sentia confortável. Ele estava surpreso, boquiaberta, perdido em meio aquelas ações.
Ela estava o aceitando?
“ É falta de educação se declarar e ir embora sem receber a resposta, sabia? ” Ela comentou ainda o abraçando fortemente.
“Mas...” Ele sussurrou sem reação. Ele olhou para ela e viu que ela estava sorrindo.
“Então...” Ela o soltava. Dando alguns passos para trás Satsuki colocou suas duas mãos para trás e vendo a expressão confusa, ela continua...
“ Aqui mesmo irei fazer a minha! Nunca fiz isso, então espero não estragar tudo! ” Sorriu envergonhada.
A garota de óculos levou sua mão direita para o coração e respirou fundo. Rika acalmava seu coração que pulava de emoção. Fechando seus olhos pensava no que ia dizer...
“ Quero ficar mais próxima de você! Isso é algo novo, porém muito especial para mim.
Eu te amo! Eu amo você e quero vivenciar esse amor com você...” Carinhosamente havia feito a declaração.
Satsuki Rika fez sua declaração. Foram poucas palavras, mas ela impôs seus sentimentos no que tinha dito. A garota de saia xadrez ficou parada em frente a Kazumi.
“ Aceita namorar comigo, Kazumi?” Ela perguntou. Rika fez reverencia esperando a resposta. O garoto de bermuda estava sem reação. Entretanto, depois da pergunta respirou fundo e fechou seus punhos.
“...está errado.” Respondeu.
“O que...” Ela arregalou seus olhos azuis e levantou a cabeça.
“ Não está certo essa pergunta. Quem deve perguntar sou eu! Afinal, fui eu que fiz a declaração primeiro. Aceito seus sentimentos, mas deixe-me fazer a pergunta! ”
Kazumi caminhou até ficar mais próximo a ela e então...
A garota inclinou um pouco a cabeça confusa ou surpresa, não se sabe, mas apenas esperou a atitude dele. Fazendo o mesmo gesto anterior que o dela, ele fez uma reverencia e perguntou.
“ Aceita namorar comigo? ” Ele estava de cabeça baixa e estava sério.
Então ela entendeu o que ele quis dizer! Estando com o corpo curvado, seu rosto estava sério, mas não tenso. Seu coração ainda batia firmemente naquela situação constrangedora. Kazumi esperava a resposta.
“ Aceito!” A garota respondeu.
Hayato ergueu a cabeça e colocou um sorriso no rosto. Rika estava com a mão direita nos cabelos e seu rosto estava vermelho. Bem, não era só o dela que estava... Apesar disso seu sorriso era infantil, algo puro.
Os sentimentos de um alcançaram o outro. Um novo relacionamento foi iniciado em uma noite calma. As estrelas cadentes contemplavam o céu mostrando sua beleza. Os sentimentos deles foram correspondidos de uma forma inimaginável.


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