Rika to Hayato escrita por Acce Noir


Capítulo 12
Somos amigos.


Notas iniciais do capítulo

Ainda pelo o celular.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/700345/chapter/12

Parte 1

Kazumi ainda suspenso estava em casa deitado na cama em seu quarto. Os ferimentos já estavam melhores e seu corpo não estava mais dolorido. Olhando para o relógio em cima da escrivaninha perto da cama, ele ficou em pé e caminhou até o guarda roupa. De calça jeans azul e camisa vermelha perguntou a carteira na escrivaninha e colocou no bolso de trás da calça. Ainda sendo de manhã, os alunos estariam em suas escolas.
Hayato estava sentado em um banco de madeira próximo a o chafariz na praça da cidade. No dia da semana, no horário de aula, estava pouca movimentada com apenas alguns senhores e senhoras moradores do bairro. Olhando para celular estava esperando por alguém.
“ O que foi? ” A silhueta apareceu em sua frente. A voz masculina desanimada olhava para Kazumi.
Hayato engoliu saliva.
Shinki Tanaka abria a porta do apartamento onde morava. Logo, em seguida, adentrando no local, Hayato o acompanhava. Ele olhava ao redor a sala bem arrumada. O local silencioso, mas bastante espaçoso, a televisão tela plana na estante, Kazumi era guiado pelo o morador do apartamento.

“ Onde estão seus pais? ” Falou estranhando o silêncio.
Shinki caminhou até a varanda.
“ Moro sozinho. ” Falou olhando a paisagem.
“ Entendo...” Abaixou a cabeça.

Com os braços apoiados na barra horizontal da varanda, se virou e relaxou os braços na barra e perguntou. “Mas por que me ligou mais cedo? Eu estava dormindo! ”
“ Desculpe...”
“...”
“ Entrei em um relacionamento com Satsuki.” Kazumi deu continuidade.
“ Entendo. ” Falou olhando para Kazumi que estava sentado no sofá de três lugares na sala.
“ Olha, eu te liguei porque queria me desculpar por aquilo que aconteceu. Acabei que falei demais! ” Kazumi sentado segurou os dois joelhos e abaixou a cabeça em reverência ao seu pedido.
Vendo aquela reação, Tanaka apenas suspirou. Observando a reverência do pedido, Shinki que trajava uma calça social preta e uma camisa social branca, reconfortantemente disse:
“ Não me diga que estava preocupado com isso? Sabe, de certa forma, você tinha razão. Só estou impondo desculpas, mas não quero que outras pessoas me digam isso. ” Enquanto caminhava para a porta que levava a cozinha, continua. “ Irei pegar algo para beber. ”
Kazumi ficou sozinho sentado no sofá de três lugares na sala. Em sua frente à mesa quadrada pequena e a estante com a televisão desligada. Trazendo duas latas de refrigerante de 330 ml, Tanaka se encostou na varanda e abriu a lata. Kazumi gostava mais de sucos, então vendo o refrigerante sabor uva demorou a abrir.

“No semestre do ano passado meus pais se separaram, em resultado disso passei a morar sozinho nesse apartamento. São poucas as vezes que eles mandam notícia. Contudo, eles querem que eu vá morar com eles. Em outras palavras, estou em um cabo de guerra onde eles querem me levar com eles. ” Relaxadamente provou do refrigerante de uva. Kazumi que estava de cabeça baixa olhando para a latinha de refrigerante permaneceu em silencio. Depois de uma leve pausa, Tanaka continua. “ Irei morar com meus avôs em uma outra cidade, no exterior. ” Depois voltou a beber.
“O que? Por que? ” Kazumi olhou assustado para Tanaka.
“Meu vô está doente, então irei ajudar minha vó a cuidar dele. Não quero escolher um dos meus pais... ”
“Então não será permanente, certo? ”
Tanaka omitiu.
Observando aquela reação, Hayato pegou a latinha com as duas mãos, olhou abaixando a cabeça olhando para a mesa em sua frente.
“A Fujiwara sabe disso? ” Kazumi havia entendido o silencio, porem tinha coisas que queria pergunta.
“O que você acha? ” Perguntou olhando para Kazumi.
Perscrutando, Kazumi que estava sentando tirou suas próprias conclusões. O garoto havia entendido que ela não sabia nada sobre isso.
“Eu vejo... E não vai contar para ela? ”
Tanaka coçou a cabeça, depois desse gesto olhou na direção do vento e permaneceu em silencio. Suspirando, direcionou seus olhos negros para Kazumi que estava sentando o olhando esperando uma resposta.
“Antigamente a Sakura tinha um melhor amigo que era vizinho dela, porem ele teve que se mudar. Isso é algo da 4 série, lembro que ela chorou bastante, por quais 3 semanas. Ela também tinha um gato que acabou sendo atropelado, vindo a falecer. Em ambos os casos, os dois eram bastante especiais para ela. Nos dois casos, ela chorou bastante. Lembra o que eu disse antigamente, sobre ela ser bastante apegada a mim? Pois é. Em resultado disso hesito em querer dizer. É uma viagem que nem sei se poderei voltar! Até mesmo já pagaram as passagens e a faculdade para mim! Talvez, se ela no futuro, desapegue e entre em um relacionamento com o Kazuo, ela não sofra os efeitos anteriores novamente. Não posso iludi-la com palavras como “voltarei logo” e passar mais de um ano. Ela também é de menor, tendo escola, a família, amigos todos aqui, seria mais doloroso para ela abandonar tudo isso. ”
“Mas...” Kazumi retrucou.
“Mas essa é a situação onde me encontro! Eu, de fato, não estou feliz em ter que abandona-la! Que tipo de cara apoiaria a garota que gosta a ficar com outro? Eu mesmo me incomodo com as coisas que faço, mas não existe muitas coisas que posso fazer.” Calmamente falou, porem com um tom de voz diferenciando em algumas palavras. Era como se Tanaka estivesse tentando manter firme na presença de Hayato.
“Quando partirá? ”
“Depois das férias de verão. ”
“Mas já está perto de começar as férias! Qual será o dia? ” Espantado olhava para Tanaka que demonstrava está calmo.
“Vai saber!” Falou desviando o olhar.
“Hãm? ” Inclinou um pouco a cabeça confuso.
“Você está namorando a Rika, não está!?”
Ainda continuo sem entender o que ele estava tentando passar. Observando a expressão confusa do garoto, suspirou. Caminhando até o sofá, disse:
“Apenas fique em silencio sobre isso. Isso é algo que eu mesmo tenho que dizer. ” Após pegar o controle da televisão sentou no braço esquerdo do sofá.
“Família é algo realmente complicado...” O garoto colocou a latinha sobre a mesa em sua frente. Escutando aquele comentário, Tanaka também colocou a latinha sobre a mesa, porem a dele estava vazia. Observando a expressão cabisbaixa de Hayato, o garoto de cabelos curtos assentiu.
“Eu também tenho desavenças com a minha! É algo realmente insuportável! ” Logo então suspirou.
“O que acontece na sua? ” O garoto que trajava uma roupa social demonstrou interesse.
“É difícil até mesmo de explicar! Praticamente todos na minha família ignora minha existência! A pessoa que era mais ligado a mim acabou falecendo! Criaram regras ridículas para mim seguir. Esses são apenas uns dos vários tópicos. ” O garoto com cabelos mais longos estava com as duas mãos fechadas. Apesar de Tanaka ter ligado a televisão, eles não estavam prestando atenção na reportagem local.
“Eita...” Sussurrou para si mesmo. Olhando com os cantos dos olhos, Tanaka continuo. “Você é forte! Seria mais fácil fugir de tudo isso! ”
Kazumi deglutiu e relaxou seus punhos. Erguendo a cabeça, direcionou para Tanaka que estava sentando no braço do sofá.
“ Errado. Eu não sou forte. Meus sentimentos a cada dia estavam sendo pisoteado e meu coração sendo quebrantado. Eu não sou forte, pois quis desistir de tudo. Todos os meus esforços em me dar bem com os outros estavam indo por agua a baixo. Me trataram de forma fria que me fizeram desejar morrer. Até mesmo já tinha perdido minhas esperanças... Mas... Em algum momento...” Sua face seria foi trocada por um sorriso simples no rosto e então continuou. “ Alguém trouxe de volta minhas esperanças e cuidadosamente foi cuidando das minhas feridas. Alguém me trouxe paz onde só havia tribulação...”

“Entendo. ” Os dois estavam sozinhos na sala do apartamento. Um barulho fez Kazumi olhar na direção de uma porta que estava afastada dele. O local com dois banheiros, dois quartos, cozinha, varanda, sala de estar foi escutado uma voz, porém, uma voz feminina. Hayato não entendeu o que a voz disse, então ele franziu as sobrancelhas e olhou para Tanaka que apenas suspirou.
“Tem mais alguém aqui? ” Perguntou achando estranho a voz está perto.
“Vai saber. ” Ignorou a pergunta.
“Shi-Shi-Shi-Shi-Shi-Shi-Shinki!!” Kazumi ficou branco, parecia que tinha visto um fantasma.
A mulher de aparência jovem saia do quarto apenas com uma camisa social masculina abotoada. A mulher de cabelos loiros longos até o meio de suas costas e olhos verdes se aproximava da sala. A camisa social branca era de Tanaka, aquela peça de roupa única que trajava mostrava a lingerie vermelha que vestia. Sonolenta, coçava a cabeça.
“Você não disse que dormiria até tarde junto comigo ontem? Por que se levantou primeiro que eu, Tanaka?” A voz suave feminina foi ouvida.
A mulher madura parecia ter entre 20 a 25 anos, com um corpo esculpido, sua cintura era fina que parecia de uma modela. Seus peitos eram de tal tamanho que poderia caber na palma da mão. Suas belas pernas branquinhas femininas pareciam que ela estava em um desfile de moda quando andava. Observando a cara pasma do garoto de cabelos compridos, suspirou em desânimo, então olhou para Tanaka sentado no braço direito do sofá. A alça da calcinha era bastante fina, de modo sexy e provocante. Ela parecia não se importar em ser vista daquele jeito.
" Se tivesse avisado que traria amigos, eu me vestiria apropriadamente."
A camisa social branca tinha mangas compridas, enquanto falava sonolenta, coçava os olhos.
" Então vá se vestir apropriadamente." Calmamente Tanaka falou.
Olhando para a figura sentada no sofá, ela percebeu que ele evitava contato com ela. Kazumi ficava de cabeça baixa e com a mão direita tampava os olhos.
" Os lobos mais tímidos são os mais selvagens..." Depois direcionou seus olhos para Tanaka sentado no braço do sofá. " Quem é essa criatura? Algum amigo seu?"
Após desligar a televisão, respondeu. " Um amigo da escola."
" Situação inesperada você trazer um amigo para casa. Quer que eu me retire?"
" Não, não precisa. Porém o melhor é veste-se." Tanaka vendo a mulher em pé falou.
" Mas hoje eu só queria aproveitar minha folga da maneira que eu quisesse..." Ela sentou no lado esquerdo de Kazumi e cruzou suas belas pernas.
" Você por acaso é uma exibionista?" Retrucou Shinki.
Observando a atitude inquieta de Kazumi ao seu lado, ela suspirou.
" OK... OK..." Ela se levantou e foi para o quarto.

" Quem era? Você não disse que morava sozinho? Agitadamente falou olhando para Tanaka que parecia não dar tanta importância isso.
" Uma amiga, talvez." Comentou despreocupado.
" Mas..." Cinicamente sorriu ao ouvir a resposta.
" Apenas ignore. Se der corda, ela irá se aproveitar de suas fraquezas. "
Se perguntando o que ele quis dizer com aquilo, Kazumi assentiu.

Parte 2
A mulher se apresentou como Ayazawa Inori. Ela é pediatra de um hospital próximo onde Shinki Tanaka morava. A bela jovem muitas vezes dormia no apartamento onde ele morava, por conta de ser perto do trabalho. Tanaka os apresentou.
" Então, o que o nosso querido Tanaka aprontou dessa vez? " A bela mulher perguntou. Ela usava uma longa saia vermelha que ia até os joelhos. A camisa roxa com babados nas bordas, a mulher mais velha de 23 anos cruzou as pernas. A roupa poderia ser descrita como cafona, mas ela tinha motivos para isso. Com aquela roupa ela tinha uma aparência de uma pessoa com 28 anos. Estando sentada entre os dois rapazes, estava curiosa sobre o que eles estavam falando.
Tanaka coçou a cabeça e suspirou. Kazumi estava encolhido no lado direito dela. Observando a demora ela tirou suas próprias conclusões.
" Entendo. Então o assunto era sobre mulheres..." Olhando mais ainda para o garoto a direita, ela inclinou a cabeça. " Kazumi, você tem namorada?" Ela colocou um sorriso simpático em seu rosto.
Assentiu.
Suspirou em desânimo ao ver a resposta.
" Eu vejo..."
Shinki observava, porém o que parecia ser uma cantada, ele sabia que não era bem isso.
" Vocês já transaram?" Ela calmamente perguntou.
Ele não respondeu. Ele nem sequer olhou para ela.
" Entendo... Então ainda vocês não chegaram nesse ponto." Ela tirava suas próprias conclusões de acordo com as atitudes dele. O garoto de cabelos curtos negros sabia que ela tinha apenas começado o jogo de perguntas e respostas. Se Kazumi não tomasse cuidados ele correria perigo.
" Como ela seria?" Ela com a mão direita passou na coxa esquerda de Kazumi. " Você está bem com ela?" Ela sussurrou se aproximando de seu ouvido.
Ele assustado com aqueles gestos ficou em pé. Talvez suas bochechas quisessem corar, então apenas com a mão direita colocou sobre a boca tampando. Observando aquela reação ela sorriu.
" Para com isso, Inori. Seu interrogatório provocante poderá deixa-lo em maus lençóis." Desinteressado Tanaka falou enquanto sentado apoiou a cabeça na mão direita olhando com os cantos dos olhos.
" Desculpe, me esqueci que só devo fazer isso com você." Ela sorriu simpaticamente enquanto olhava para Tanaka.
Ele apenas suspirou.
" Enquanto a você, Kazumi. Desculpe, mas apenas o vejo como um adolescente com pouca maturidade. Se você ainda tem essas reações significa que provavelmente é o primeiro relacionamento seu. Então irei te dizer esse concelho: Não troque sua namorada por momentos de prazer. Conquistar custa esforço e dedicação, mas perde é tão simples como roubar um doce de uma criança. Mulher pode ser doce e amável, mas se ela perceber que tem alguma coisa errada, ela pode leva-lo do céu ao inferno."
"N-Não seria capaz de trai-la!" O garoto respondeu olhando para ela.
Cruzando os braços e logo em seguida as pernas, suspirou.
" Essa é a frase mais comum masculina. Então responda-me sinceramente. Por acaso, você estava preste a ficar corado há alguns minutos atrás quando passei a mão em sua coxa e sussurrei em seu ouvido? ”
Ele não respondeu e desviou o olhar para algum canto aleatório.
Ela ficou em pé e caminhou até a cozinha.
“ Bem que eu disse... Se der corda ela irá se aproveitar de você. ” Tanaka desinteressadamente falou olhando para Kazumi que voltou a sentar. “Ela sabe os limites dela, mas isso não significa que irá parar na primeira resposta que conseguir. ”
Ainda raciocinando o que ele disse, Kazumi olhou espantado para Tanaka.
“ Qual sua relação com ela? Realmente, qual? ” Surpreso.
Shinki pensou.
“Já fomos amantes, mas hoje podemos dizer que somos amigos. ”
(Como assim amigos?)
Hayato engoliu saliva com a resposta.
“ A Fujiwara sabe sobre isso? ” Olhou pasmo para Shinki sentando a esquerda.
“Não. A Sakura não costuma vim aqui, então ela não sabe sobre isso. Inori passa a noite aqui de vez em quando, porém isso recentemente está ficando cada vez mais raro isso. ”
“Então o assunto verdadeiro era sobre a Fujiwara...” Inori tinha se aproximado de fininho sem fazer barulho. Ela apareceu nas costas de Shinki, pegando de surpresa Kazumi. Hayato arregalou os olhos ao vê-la. Ela estava com uma expressão séria no rosto. O garoto de cabelos curtos sentado direcionou seu rosto sobre o ombro direito para pode vê-la.
“Algo do tipo. ” O garoto de roupa social apenas ficou indiferente.
“Hm...” Ela o encarava fixamente.

Parte 3

Estando no intervalo, Rika e companhia comia na sala de aula. Aoi tinha a sua esquerda Sakura e a direita Rika. As cadeiras e as mesas próximas, elas conversavam. Poucos alunos comiam na sala de aula, então o local estava pouco barulhento.
“Kazumi disse que a culpa era dele por ter falado demais. O motivo ele não revelou...” Rika comentou. Sakura com o cotovelo direito apoiado na mesa brincava com a comida com cara de desanimada.
“Então os dois estão assumindo a culpa...” Aoi falou. Observando a cara de desanimo de Sakura. “ O que aconteceu, Sakura?”
“ Só estou pensando em algumas coisas. ” Ela olhava para o recipiente com a comida.
Satsuki inclinou um pouco a cabeça vendo aquela reação. Geralmente era a Sakura que era a alma da festa, mas no momento ela era a que mais estava desanimada.
Suspiro, “ Consegui um encontro com o Kazuo, mas não estou animada para isso. Tentei ligar para o Tanacchin para contar a notícia, mas ele não atendeu. Comecei a percebe que as implicâncias dele aumentaram, mas muitas vezes ele me evita. ”
“Por que não vai onde ele mora? Você sabe aonde é, certo!? A garota de óculos usando o uniforme feminino falou.
Fechando o recipiente com a comida, Sakura guardou. Depois disso, ela deitou a cabeça sobre a mesa. Ela ficou com o corpo todo molenga. Satsuki achou estranho aquela reação e olhou para sua amiga de cabelos curtos. Se levantando, Aoi foi até Sakura e com a palma da mão direita mediu a temperatura.
“Sakura, você está febril. ”
Então.
Sakura foi levada para enfermaria onde recebeu os medicamentos. Por conta da febre não passar, a enfermeira pediu para ela descansar na cama. Aoi foi junto com Sakura, então a enfermeira pediu para Aoi ligar para os pais da garota para vim busca-la. Ela acabou ligando, mas sempre dava caixa postal.

Parte 4

A garota com a fivela de um trevo de quatro folhas estava sendo carregada nas costas por um garoto de cabelos curtos. Ela estava dormindo ainda febril.
“ O que está fazendo? ” A garota lentamente estava acordando, porém ainda atordoada não sabia o que estava acontecendo. Seus dois braços estavam sobre os ombros de Tanaka, enquanto ele segurava suas coxas para ela não cair. Ela foi capaz de reconhecer ele pelo o cheiro que ele emitia.
“ Fiquei sabendo que você ficou doente por ter pensado demais. Falei para não pensar exageradamente, pois seu cérebro não foi criado para isso. ” Tanaka comentou.
A garota sorriu inconscientemente. As pessoas olhavam a situação dos dois adolescentes, um usando o uniforme escolar da escola local e outro usando uma roupa social.
“ Eu já acordei! Me solta, Tanacchin! ” Falou exaltada erguendo os braços ao perceber os olhares direcionados a ele.
Tanaka desceu ela cuidadosamente de suas costas. Sakura ainda estava desajeitada, pois mostrou dificuldade em seu equilíbrio. Eles estavam em frente à uma floricultura, já estavam próximos de onde Sakura morava.
Chegando onde ela morava o local estava silencioso, eles entraram, mas não havia ninguém em casa. Tanaka estava na sala. O garoto havia recebido uma ligação de Aoi pedindo para vim busca-la, pois ela não estava muito bem. Sakura tinha sido levada a enfermeira e, depois de ter tomado os medicamentos foi pedida para descansar, que no caso acabou dormindo. Depois de ter recebido a ligação, Tanaka deixou o local onde estava com Kazumi e foi busca-la.
Despregando a saia, Sakura ficou de calcinha. Tirando a camisa com um laço de marinheiro, ela ficou somente de peças íntimas em seu quarto. A sua temperatura corporal estava alta, a febre tinha voltado. Pegando seu pijama verde com detalhes de rosas ela vestia calmamente, mas ela estava com a visão embaçada. Sakura estava em frente ao espelho na porta do guarda-roupa.
Shinki estava sentado no sofá na sala com as duas mãos nos bolsos da calça social preta olhando para o teto totalmente entediado. Tirando o celular do bolso, ele olha as caixas de mensagens. Suspirando, caminhou pela escada que levava ao segundo andar onde estava o quarto de Sakura. Logo depois de bater na porta do quarto, ele adentra. Sakura estava deitada na cama, então vendo aquela situação, o garoto apenas coçou a cabeça, pois ela estava totalmente desprotegida do frio. O uniforme estava espalhado pelo o quarto como se estivesse passado um furacão. Depois de juntar as peças de roupas do uniforme, ele abriu o guarda-roupa e guardou. Ele caminhou para a única janela do quarto e fechou. Aproveitando que estava de frente para a escrivaninha, abriu a gaveta e pegou um pincel de tinta preta não permanente. Logo depois de encobri-la com o lençol, Tanaka sentou na cama próximo ao rosto dela. Aproveitando que Fujiwara estava dormindo, Shinki escreveu na testa dela a palavra “ idiota”.
Os pais de Sakura estavam no trabalho e só voltaria para casa à noite.
A garota de cabelos lisos preto lentamente foi recuperando seus sentidos. Abrindo lentamente os olhos ela ver a figura masculina sentado na cama onde dormia.
Se encolhendo para sentar-se, a garota febril olhou para Tanaka e puxou o lençol por conta do frio. Ela olhou demonstrando incômodo. Sakura encheu as bochechas mal-humorada.
“ Por que está me olhando com desgosto? ” Tanaka falou percebendo aquela atitude.
“ Você... estava me evitando…” Suas bochechas estavam inchadas.
“...”
Sakura encolhida pressionou as próprias pernas aborrecida. O garoto trajando uma roupa social apenas desviou o olhar para frente e, depois disso, ele suspirou.
“ Por que suas implicações comigo aumentaram? O que está te incomodando, Tanacchin? ” As bochechas dela estavam tingidas de vermelho por conta da febre.
Ele deglutiu sobre as perguntas, respirou fundo e então respondeu:
“ Não existe nada que esteja me incomodando. Suas acusações estão sendo precipitadas. Eu não estou te evitando! Se eu tivesse te evitando eu não estaria aqui nesse momento. ”
Ela apenas olhava melancólica para o garoto.
“ Como andam as coisas com o Kazuo? ” Ele tocou em sua ferida para desviar o assunto.
“ Vai indo! Até mesmo consegui um encontro com ele! ” Fujiwara deu uma risadinha após a fala.
“ Entendo. ” Tanaka se levantou e foi até a porta. “ Bem, tenho que ir. Desejo sorte a vocês. ”
“Espera! ” Ela estendeu a mão direita para alcançá-lo. Tanaka se virou e olhou para ela que estava com a mão estirada. Coçando a cabeça ele caminhou de volta até ela.
“ O que foi agora? ”

“ Você vai pra onde?” A garota de pijama verde perguntou.
“ Tenho compromisso, apenas isso. Não posso ficar mais tempo. ” Calmamente falou.

“ É uma garota? ” Ainda suas bochechas estavam repletas de ar.
“ Sim.” Secamente falou.
Sentando na beira da cama, ainda com febre, apenas fez um curto ruído de entendimento.
“ Então tudo bem, Tanacchin. ” Ela voltou a deitar e se encobriu dos pés à cabeça, ficando de costas para ele.
“...” Coçando a cabeça, ele sentou na cama macia novamente. “ O que está te incomodando? ” Falou olhando para ela com os cantos dos olhos.

“ Você já fez as pazes com o Kazumi? ” Ela murmurou ainda coberta.
“ Você é a única pessoa que se preocupa tanto ao ponto de adoecer. Bem, o ditado de que idiotas não pega febre está errado… ou era gripe? Tanto faz… Se for só isso, já fizemos as pazes. Até mesmo antes eu estava com ele. Agora vá descansar e pare de pensar nisso ou vai perder o resto do que não tem. ”

Ela assentiu.
Percebendo a concordância, ele saiu do quarto.

Quando chegou na sala, sentou no sofá de couro. O pequeno felino se aproximou dos pés de Shinki e então pulou em seu colo. Enquanto alisava o felino de quatros patas em seu colo, Tanaka observava o silencio do local.
“Você tem uma dona Idiota...”
“Meow.” O gato da cor cinza com branco miou em concordância. Era como se ele entendesse o que o garoto de cabelos negros curto tivesse falado.
“Isso me traz nostalgia...” Então continuou seu comentário, “ Do tempo de criança que eu sorria até para o vento. Do tempo que não era consumido por minhas preocupações. Do tempo que vivia somente para me fazer feliz... Me pergunto por que desejei ser um adulto...” Tirando o gato de seu colo, Tanaka ficou em pé. “...talvez eu seja um idiota também. ” Depois de tirar os pelos que ficou em sua calça social preta caminhou para porta de saída.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rika to Hayato" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.