I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Voltei!!!!
Oláaa pessoas, como estão?
Dois meses passaram rápido, mas dessa vez eu voltei, e não pretendo sair tão cedo.
Quero mais uma vez pedir desculpas por tudo, tive a conta bloqueada por dois meses mas agora já passou, e nada me abalou. Quero dizer que passei esses dois meses escrevendo, e espero que vocês gostem do que vem por ai.

Mas temos algumas mudanças. Estou no final do meu curso, a vida está corrida e eu quase não tenho tempo, então peço a compreensão de vocês, porque não vou poder postar sempre. Então quero combinar uma coisa com vocês, todos os fins de semana eu postarei um cap novo, tanto aqui quanto em Rise. Não vou dizer o dia, mas da sexta para o domingo vai sair cap novo.

Espero ver vocês aqui comigo de novo, e espero que tenham sentido minha falta tanto quanto eu senti a de vocês. ♥

OBS: eu postei primeiro ICLY porque foi o que mais me pediram, mas vou atualizar Rise também até o domingo.

Rescapitulando um pouco a história para quem não lembra ou para quem está com preguiça de ler os ultimos cap, Castle e Kate estão envolvidos com o tratamento de Jumo, a égua que teve complicações após o parto. Eles estão começando a se dar bem, e Kate está vendo que existe outro Castle que ela ainda nao conhece, mas será que ela vai conhecer esse Castle?

Boa leitura pessoal. Beijão :*



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— Mãe, eu estou bem. – ouço a voz dele bem baixa, quase um sussurro.

Era noite, e como prometido, eu tinha voltado para ver como a Juma estava. O Senhor Castle me acompanhou até o celeiro, ele está preocupado com ela. Não sei bem o motivo, já que ele alega não gostar de animais. Mas fico feliz que ele se preocupe, assim pode ter alguma chance, mesmo que pequena, dele não vender nenhum dos cavalos, e eu continuar com todos eles aqui.

Ele já se convenceu de que eu não posso cobrar por um serviço que é feito por amor. Então entramos num acordo, eu não cobro, mas eu vou ter que ensinar o que ele precisa saber sobre os cavalos. E enquanto eu estou aqui, fingindo olhar algumas coisas no armário de remédios dos cavalos, eu o observo sem ser vista. Ele realmente era um homem bonito. Cabelos pretos, barba mal aparada que não combinada com ele, mas que o deixava um charme, seu porte pouco atlético, mas ainda assim em forma, seu tom sério e decidido, que deixaria qualquer um intimidado ao falar com ele. O senhor Castle era jovem, deveria ter seus trinta e poucos anos de idade, mas na alma, ele parecia ter uns sessenta.

Ele era amargurado por algum motivo, mas eu ainda não sabia qual. Aqui, todos só sabiam que ele tinha decido comprar a casa de uma hora para outra, nada além disso. Ele não me parece estranho, mas não lembro de onde já possa ter visto ele. Em alguns momentos da noite de ontem, parecia que ele era outra pessoa. Sem rancor no coração, sem raiva exalando por seus poros. Ele era apenas um homem preocupado em saber se seu animal iria ficar bem, assim como eu. E foi a primeira vez que eu senti que podíamos ter algo em comum, que talvez ele até tivesse um coração. Mas, segundo ele, eu estava errada, ele não tem mais um coração!

Queria saber o que aconteceu com o Senhor Castle. Não acho que ele tenha sido assim a vida inteira, ele deve ter sofrido muito. Talvez tenha sido um amor, um grande amor. Já que em seu dedo ainda tem uma aliança grossa e brilhante, que poderia ser vista de longe. Ele é casado, ou era. Talvez a mulher tenha lhe tomado os filhos e a vida. Talvez ela tenha lhe traído, e isso acabou com ele. Uma traição tem o poder de deixar um homem apaixonado amargurado. E por algum motivo ele parece estar se escondendo de alguém, talvez do mundo, porque já o ouvi dizer algumas vezes que não quer que ninguém saiba onde ele estar ao telefone.

Posso respeitar seu desejo, mas não entendo porque alguém queira viver longe da família e amigos. Recomeçar num lugar onde, claramente, não tem nada a ver com ele. O Senhor Castle não nasceu para a vida no campo. Isso está claro em suas roupas, na sua maneira de falar, andar e agir. Ele é um homem sofisticado, rico, acostumado com tudo o que há de melhor, e não um homem que se veste sem nenhum luxo no dia a dia para cuidar de cavalos.

Na verdade o Senhor Castle parecia um mistério. E eu estou disposta a desvendar esse mistério. Tem algo nele que me faz querer saber mais dele, que me deixa mais interessada por ele. Ele é desafiante, uma hora me trata com raiva, outra diz que me quer aqui. Uma vez ele fica feliz em me ver, mas logo em seguida fica sério novamente. Como se algo não o deixasse sorrir mais. E eu sei o que é, seu coração está partido, mas se ele se abrir comigo, nem que seja um pouco, quem sabe eu posso ajudá-lo. Ele aparece ser um cara legal, e eu não sou uma amiga de se jogar fora, então eu quero ajudar ele.

Vejo ele desligar o telefone e volto a minha atenção para o armário de medicamentos, que já estava mais que arrumado.

— Mãe preocupada? – falo quando ele se aproxima, e ele apenas me olha com seu olhar mais frio, fazendo que todos os pelos do meu corpo se arrepiem. – desculpe, mas deu para escutar alguma coisa.

Dou os ombros, tentando fazer do fato de eu estar escutando a conversa dele uma coisa tola.

— É. – ele me olha e vai em direção aos estábulos. – como ela está?

Me aproximo do estabulo da juma, que já parecia bem melhor, sem dores e cuidando de seu potro como se deve.

— Está bem. Ela é uma guerreira.

— Você vai continuar vindo para fazer os procedimentos?

— Sim, mas quero ensinar ao Espo como se faz. Nos dias em que eu não puder vir, ele poderá fazer.

— E porque você não poderia vir? Você veio todos os dias até agora.

— Eu tenho trabalho, Senhor Castle. Não cuido apenas desses animais. – ele se vira pra mim curioso. – eu tenho minha clínica de veterinária, e tenho pacientes lá que os donos só confiam a mim. Tenho meu trabalho na hípica da região. Não cuido apenas desses cavalos.

— Pensei que você gostasse deles.

— E gosto. Mas infelizmente não posso me dar ao luxo de ficar com eles todos os dias.

— Claro. – seu olhar voltar para juma. – E se acontecer alguma coisa com ela?

— Aí o senhor pode me ligar. Virei a qualquer hora do dia ou da noite. Não deixarei eles na mão nunca.

— Certo. – ele se afasta do estabulo e coloca as mãos no bolso, me olhando com seus olhos azuis, agora mais escuros.

Um vendo frio nos atinge, fazendo seus cabelos grandes mexerem, deixando à mostra o seu rosto perfeito. Eu tenho certeza que ele não corta e nem faz a barba a um tempo, mas ainda assim ele é bonito.

Começou a fazer frio durante a noite, o inverno estava chegando, então os casacos caros que ele trouxe começaram a ser útil. – Quando sair, apague a luz. – ele diz ainda me olhando.

— Sim, Senhor. – dou de leve um sorriso, que ele não retribui, e o vejo caminhar até a porta. – eu... – ele para e em olha. – eu queria entender porque o Senhor é assim. – ele franze o cenho. – O senhor é tão jovem, mas com uma alma tão velha.

Falo rápido. Eu estava fazendo essa mesma pergunta em pensamentos, mas as palavras simplesmente saíram da minha boca, mesmo eu não querendo que isso acontecesse. Mas eu precisava saber mais dele, entender porque ele é assim.

— Costumavam dizer ao contrario antes... – e pela primeira vez vejo um pequeno sorriso se formar em seus lábios.

— E porque mudou agora?

— Não foi agora. Foi a muito tempo. Mas eu estou melhor assim. Estou imune a coisas que me façam sentir o que eu senti. – imune?

Sem dizer mais nada, nem se despedir, ele vira e sai, com as mãos nos bolsos e sua cabeça baixa. Vejo ele andar em direção a casa, que estava tão escura que não podia se ver nada pelas janelas de vidro.

Ele disse que estava imune, mas a que? Ao amor? Ninguém está imune ao amor. Ele não tem data nem hora para chegar, ele simplesmente chega sem avisar. Nem ele, nem eu e nem ninguém está imune a isso.

Fico observando enquanto ele some no meio da escuridão. Aqui não era assim, costumavam deixar as luzes acesas, mostrando a beleza do rancho a noite até quando fossem dormir. Mas desde que o Senhor Castle chegou, ele não deixa acenderem as luzes, apenas as necessárias. Ele gosta de viver na escuridão.

Fico no estabulo até tarde, já passa da meia noite quando desligo as luzes e vou em direção ao meu carro. Estou realmente cansada, desde que vim para cá, as três horas da manhã, eu não dormi. Amanhã seria minha folga, já que é domingo, mas eu preciso voltar cedo para ver como minha paciente especial está.

Não reclamo disso, amo meus animais. E cuidar da Juma nunca foi um trabalho, e sim um prazer enorme. Meus pais iriam gostar de saber que eu estou cuidando dos animais do senhor Robert, já que eles eram muito amigos. E esse é um motivo a mais para querer sempre ficar perto deles.

Passo pela casa grande e imagino o Senhor Castle dormindo, mas ao olhar para cima, vejo seu corpo na escuridão de seu quarto, e mesmo distante, eu posso jurar que vejo seus olhos pregados em mim, como uma força me chamando para ficar.

Contra a minha vontade eu me forço para entrar no meu carro e sair dali o mais rápido possível. Castle era um homem de muitos mistérios, e eu desvendaria um por um, até eu saber quem ele era por trás daquele rancor todo.


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Notas finais do capítulo

Vejo vocês nos comentários :)



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