I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oii, prontas pro cap de hoje?

Pra quem queria saber se ainda restava um pouco do 'antigo' Rick nesse Rick broken, espero que o cap esclareça isso.

Um super obrigado a Ana Beckett, Beth Lopes, Lucci e Denise moreira, que favoritaram a fic ♥ E a todos que comentaram no cap anterior, e que pediram o cap novo logo, obrigadaaa ♥

PS: já viram minha nova one, "Apenas Amigos"? se não, confiram: https://fanfiction.com.br/historia/701450/Apenas_amigos/

Ps2: viram a nova capa da fic? gostaram? eu amei *-*

Boa leitura :)



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Mais uma vez eu não dormi à noite. Tirei apenas um cochilo durante o dia. Mas a noite o sono não veio. E mais uma vez eu estava sentado na poltrona do meu quarto observando a lua, quando de repente, um carro entra na minha propriedade, andando mais rápido que o normal. Acho estranho, não estou esperando ninguém, e ninguém sabe que estou aqui.

Sigo para o outro lado do meu quarto, onde tem outra janela de vidro que me dá uma visão perfeita dos fundos do rancho, onde eu posso ver o celeiro e praticamente toda a minha propriedade. O carro entra e para de frente ao celeiro, que estava com as luzes acesas as três horas da manhã, o que já é estranho o bastante. Então a Veterinária salta do carro e Esposito aparece, ajudando ela a tirar um bolsa de lá de dentro. Pra ela estar aqui essa hora da madrugada só pode ser alguma coisa com meus cavalos, então pego um casaco qualquer e saio em direção a porta dos fundos da cozinha. Quando estou quase chegando ao celeiro ouço um gemido alto, alguma coisa estava mesmo errada.

— O que está acontecendo aqui? – pergunto assim que vejo ela aplicar algo na égua.

Beckett não me responde. Apenas me olha e volta fazer seu trabalho.

— O que você está fazendo Doutora Beckett?

— Meu trabalho, Senhor Castle. – ela me olha. – salvando a vida da Juma.

Ela era tão arrogante e atrevida. Eu falei pra não vir, eu falei que procuraria outra pessoa, mas mesmo assim ela veio. Teimosa, isso o que ela é.

— E o que aconteceu?

— Juma estava passando mal, então eu chamei a Kate. – Esposito diz, e então o olho, com a fúria que me consumiu de repente por ter sido excluído dessa história.

— E não pensou em me avisar?! – aumento minha voz instintivamente.

Mais uma vez escondem as coisas de mim. Eu estou pouco me lixando para esses animais, mas esconder de mim qualquer coisa que aconteça em minha propriedade está fora de cogitação.

— O Senhor não é médico, Senhor Castle. – a médica responde, mais uma vez arrogante.

— TUDO O QUE ACONTECE AQUI SE DIZ RESPEITO A MIM, ENTÃO EU QUERO SABER! – grito. E ao invés de intimida-la, ela se levanta e vem pra cima de mim, com a fúria em seus olhos.

— Ei, ei, ei! – Esposito se mete nosso meio e segura ela. – Kate calma.

Ela olha para Esposito e respira fundo, depois me encara e caminha a passos largos para fora do Celeiro, fazendo questão de esbarrar em mim quando passa. Eu a sigo, quero explicações.

— Você pode ser o dono daqui, você pode mandar em todos aqui, mas não manda em mim. – ela se vira, ainda com raiva. – esses animais são responsabilidades minha, minha ok? Então não importa o que diga, eu vou cuidar dele até o ultimo dia que eles estiverem aqui.

— Mas foi isso que eu quis que você fizesse. Mas você negou!

— Eu não faço nada disso por dinheiro, e não vou aceitar um centavo seu.

— Então você não vai trabalhar aqui. Não quero favor de ninguém. – ela solta uma risada irônica e passa as mãos pelos cabelos, fazendo seus cachos cair delicadamente por seus rosto, mostrando uma sua beleza por trás daquela arrogância toda. Desvio o olhar pra dentro do celeiro e respiro fundo, voltando a encara-la. – me diga o que houve com a égua.

— Juma. Esse é o nome dela, Juma.

— O que houve com a JUMA? – não ligava para nomes, eu não ia ter tempo de decorar nenhum deles, venderia o mais rápido possível.

— Retenção de placenta. Apliquei um medicamento que vai ajudar a expulsar tudo, mas ainda assim ela precisa de tratamento.

— Ela corre o risco de morrer? – pergunto. Me dói pensar em perder alguma coisa, mesmo sendo um animal que eu não tenho nenhum afeto.

— Quê?

— ELA VAI MORRER? – grito, com a dor estampada em meus olhos.

— Vou fazer o possível por ela. – foi exatamente isso que o médico da minha mulher disse quando descobri o que ela realmente tinha.

E ela era médica dos animais, tinha esse discurso treinado.

— Ela não pode morrer. – volto às pressas ao estabulo onde a tal Juma estava. – Você tem ficar bem, Juma. – digo fazendo carinho nela, enquanto escuto um gemido de dor.

— Senhor Castle, ela tá bem agora.

— Não parece. – fito a Beckett, já se ajoelhando perto da juma. – Ela está com dor.

— Sim, está. O remédio que eu apliquei é para causar a expulsão da placenta. Então ela vai sentir dor por algum tempo.

— Não tem nada que se possa fazer pra essas dores passar?

— Por enquanto não. Agora o Senhor pode ir, eu cuidarei dela o resto da noite.

— Não. Não vou deixar ela aqui. – ela me olha por um instante, mas concorda, e logo volta a examinar a égua.

Eu não saí. Fiquei com a Juma durante toda a noite, e cada vez que ela sentia uma dor mais forte eu sentia meu coração sair do peito. Era algo impossível de se descrever, sentia como se alguém que eu amasse estivesse ali sentindo dor e eu não posso fazer nada, assim como a Gina, que sentiu dores durante todo o tempo no hospital e eu não podia fazer nada.

O dia amanheceu e Esposito foi cuidar dos seus afazeres, deixando eu e Beckett no estabulo. Juma parecia mais calma, o que me assustava, mas Beckett dizia que ela estava bem.

— Você tem coração. – ouço ela dizer baixinho do outro lado do estabulo.

Levanto meus olhos para encara-la.

— Desculpe? – ela rir da minha cara de desentendido.

— Você. – ela aponta pra mim. - Tem um coração que bate ai dentro do peito. Pensei que era uma pedra. – ela me dá um sorriso, mas eu não sou capaz de retribuir.

— Não, não é um pedra. É algo que pulsa, mas agora está revestido de aço, nada pode alcança-lo.

— Não. – ela balança a cabeça lentamente. – você pode não sentir no momento, mas tem um coração de verdade aí. – eu continuo olhando para ela, que mal me conhecia, não sabia pelo o que eu tinha passado, não sabia o que eu tinha sentido, e achava que eu ainda poderia ter um coração. – você tentou mostrar indiferença pelos animais. Mas está aqui, preocupada do a Juma.

— Não quero perder mais nada. – digo baixo.

— É medo de perder a Juma ou de perder o dinheiro que ela pode te dar? – meus olhos voltam para ela, encarando a bela mulher a minha frente, sentada, com uma das não apoiada na cabeça e o cotovelo apoiado nas pernas, me encarado firmemente.

— Eu não preciso de dinheiro. – digo após um tempo calado.

— Então por... – um gemido brutal e repentino da Juma impede dela completar sua frase.

Beckett levanta rápido, indo em direção a Juma, que se contorcia de dor.

— O que ela tem? – pergunto espantado.

— Ela está expulsando a placenta!

Beckett começa a fazer alguns procedimentos que não entendo, mas que devem ser para ajudar na expulsão de tudo. Quando finalmente termina ela começa outros procedimentos, como se fosse uma limpeza no útero da Juma, e me explica que teria que ser feito diariamente, para prevenir que ela tivesse mais complicações. Ouço com atenção tudo o que ela tem a dizer, mas confesso que não entendo nada do que ela diz, então percebo que está na hora de baixar um pouco a guarda.

— Eu tenho que ir para a clínica. – ela diz colocando uma bolsa dentro do carro. – já fiz o procedimento de hoje, amanhã posso vir para ensinar ao expo como se faz.

— Ótimo. – concordo de frente a ela, com as mãos nos bolsos do casaco que eu tinha pego ontem à noite na correria.

O sol daqui não combinava em nada com as minhas roupas Nova Iorquinas, teria que mudar meu guarda-roupa.

— Mais tarde eu venho, saber como ela está.

— Olha... Eu quero que você cuide deles.

— Vai me deixar cuidar sem receber nada? – eu respiro fundo.

— Sim. – concordo e vejo ela sorri novamente, mas essa vez um sorriso maior. – Mas você vai ter que me ajudar a entender sobre o mundo deles.

— Você querendo saber de cavalos? – ela franze o cenho. - Não parece o tipo.

— E não sou. Mas eu comprei um rancho, e um rancho com cavalos, tenho que aprender algo sobre eles.

Seu sorriso se abre mais, ela esconde um pouco o rosto numa das mãos, que estava apoiada na porta de seu carro, e depois me olha, com um brilho especial nos olhos.

— Então você não vai mais vende-los?

— Bom, sim, eu irei vende-los. Mas até lá, quero aprender algo novo, me interessar por algo novo. – ela me olha balançando a cabeça positivamente.

— Okay, estamos combinados. – ela sorrir mais uma vez e entra no carro, dando partida para algum lugar longe da minha fazenda.

E pela primeira vez, desde que tudo isso aconteceu na minha vida, vendo o carro dela ir, eu sorrio. Um sorriso leve, que logo se desfaz, mas ainda assim, eu sorri.


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Notas finais do capítulo

Entenderam porque no cap anterior eu disse "é aqui onde tudo começa"? Pois é, já começou e eles nem sabem hahaha

Até o próximo ;*



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