I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 42
Capítulo 42 - Jantar Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Bom, o cap de hoje ficou tipo ENOOORME. Então para não cansar ninguém, eu resolvi dividi-lo em duas partes.

Arpoveitem ♥



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— Kate? – Lanie abre a porta depois de bater e coloca a cabeça para dentro. Sorrio e ela entra.

— O que houve? Você nunca bate antes de entrar. – digo rindo e volto minha atenção para a papelada torturante em minha mesa.

— Não quis arriscar. – ela joga os ombros. – vai que você estivesse aqui se agarrando com o seu escritor bonitão. – eu a olho e não consigo conter uma gargalhada.

Lanie é uma das poucas pessoas que me faz rir em qualquer momentos, até mesmo nos mais estressantes. É isso que eu mais amo nela.

— OK, pode deixa que quando isso acontecer, a porta vai estar devidamente trancada. – falo e pisco para ela.

— Então vai acontecer? – ele rir. – o que é isso? É tipo uma fantasia sexual?

— Lanie!

— Foi você quem começou. – ela rir e joga as mãos em sinal de redenção. – mas... eu vim aqui por outro motivo.

Ela fala sentando sorrateiramente na cadeira a minha frente. Aí tem coisa.

— E esse motivo seria... – incentivo.

— Saber se você já pensou naquele nosso assunto. – ela fala cuidadosamente, mas eu sei exatamente onde ela quer chegar.

Deixo a papelada de lado e encaro minha amiga. Observo-a por um minuto e não é difícil perceber que não é minha melhor amiga que está presente, quem está na minha frente é Lanie Parish, minha sócia.

Lanie me observa atentamente também. Não arriscamos dizer nenhuma palavra por um tempo. Como sócias, nós sempre resolvemos o futuro da clínica juntas, apesar de eu ter a maior parte da clínica, e dessa vez não seria diferente. Mas mudanças agora seria complicado.

— Você está falando sobre transformar a clínica em um hospital veterinário mesmo com a clínica sem fundos para isso? Não, eu não pensei. – falo séria.

— Kate...

— Lanie, não temos condições de fazer essa transição agora. Eu também sonho com isso, mas agora parece impossível.

— Mas você viu a papelada que eu te entreguei? Lá tem todo o orçamento, não é muito para tirarmos do bolso... eu sei que você tem alguns investimentos, eu também tenho... – ela insiste.

Solto uma respiração pesada. Lanie é insistente. Se seguíssemos com essa ideia, uma hora ou outra iriamos nos arrepender.

— Olha só... eu vi os papeis, mas confesso que não me aprofundei no assunto. Segunda eu estou indo a Nova Iorque e eu vou pessoalmente falar com os fornecedores e olhar alguns equipamentos. Não podemos arriscar e jogar todas as fichas nessa ideia.

— Acontece que precisamos. A clínica praticamente já tem seus clientes certos, e o atendimento que a gente faz para os fazendeiros da região nós não podemos fazer muita coisa. Esse hospital nos renderia horrores. Os grandes fazendeiros não viajariam mais quilômetros com seus animais para terem atendimento digno. Isso pouparia o tempo deles e dos animais...

— Eu sei e entendo seu pensamento, Lanie. Mas não vai adiantar se a gente não se tornar referência aqui na região. Do contrário, com ou sem a gente, eles continuarão viajando para dar um bom atendimento para os animais. – ela me encara, percebendo minha real preocupação. – e para isso nós temos que ter um bom equipamento. Especialistas. Contratar mais gente... é um grande investimento.

— Kate, qual é! – ela bufa e me olha como se eu fosse louca. – somos eu e você. – ela aponta entre nós duas. – nós sempre fomos as melhores da região. Quantas vezes não vijamos para atender no hospital da região?

— Varias. – respondo.

— Nós somos cirurgiãs melhores do que o próprio hospital contrata, então ficaremos bem. – eu rio. – Atendemos animais de grande porte e fazemos cirurgias neles melhor do que muita gente, então virarmos um Hospital Veterinário é o próximo passo a ser dado.

Ela está completamente certa. A clínica vai bem, sempre temos pacientes, mas nunca vai parar de ser só isso aqui. Precisamos evoluir. Precisamos de mais. Mesmo que esse mais custe caro.

— De todo jeito eu preciso tentar resolver a nossa situação financeira. – Lanie abre um sorriso sabendo que já venceu. – preciso saber quanto temos para investir e quanto vamos investir do nosso dinheiro.

— Ótimo. – ela sorrir vitoriosa.

— Mas eu não consigo fazer isso sozinha. Entrei em contato com um administrador em Nova Iorque, mandei a papelada para ele e ele ficou de estudar o assunto. Estou pensando em contrata-lo para trabalhar de perto, então trazê-lo de lá vai sair caro também.

— Perfeito, dinheiro não é o problema.

— Vou pedir para ele me acompanhar nas visitas as fábricas e as reuniões para ele me orientar logo qual a melhor maneira de seguirmos adiante.

— Ótimo. Faça o possível para trazer ele para cá, a gente precisa muito. – Lanie levanta da cadeira e fecha o jaleco, se preparando para sair. – e não se importe com o dinheiro. Eu tenho o bastante para investir aqui. E eu quero muito isso, então... vamos fazer ok?

— Posso ao menos consultar o pessoal de Nova Iorque primeiro? – zombo e ela rir.

— Com certeza. – ela pisca para mim e sai.

***

O dia passou voando. Graças a papelada, que me consumia cada vez mais, eu pude esquecer um pouco o nervosismo com o jantar com a mãe do Castle. Nós conversamos por poucos minutos, e ela me pareceu legal, mas nada se compara a um jantar. Ainda mais um jantar onde eu serei apresentada oficialmente para ela como namorada do Castle.

Se eu estou nervosa?

Muito.

DEMAIS.

Nunca tive que conhecer as mães de meus namorados. Na verdade eu sempre fugi dessas situações. Castle fala que eu o mudei, mas ele me mudou também. Eu nunca quis relacionamentos sérios, e agora tudo o que eu mais quero é isso. E além dele, eu ganhei a Alexis. A ruivinha mais linda que já conheci, e que me fez querer uma família.

Infelizmente, eu nunca poderei ter a minha família de verdade.

Respiro fundo e me olho no espelho. Estou pronta. A campainha toca quase na mesma hora que eu acabo de me arrumar. Solto um suspiro forte e abro a porta.

— Uau, você está linda. – Castle diz assim que abro a porta.

Com um buquê de rosas nas mãos, ele sorrir e se aproxima para beijar meu rosto antes de me entregar as rosas.

— Sempre que a gente sair você vai me trazer rosas? Porque eu posso me acostumar... – brinco e ele rir.

— Eu sou romântico. – ele joga os ombros. – está pronta?

Balanço a cabeça e ele segura minha mão, me guiando para fora do meu apartamento.

— Richard? – a loira que passava por nós para e sorrir abertamente para Castle. – que bom te ver aqui... – ela se aproxima e toca o braço dele.

Olho o movimento ousado da mulher e fecho a cara para ela, que fazia questão de ignorar minha presença todas as vezes que nos encontrava.

— É bom te ver também, Serena.

Era bom? E ele lembrava o nome dela?

Sinto meu rosto começar a queimar, mas de raiva.

— Está visitando alguém? – ela pergunta me ignorando...

— Vim buscar minha namorada... – Castle passa seu braço ao redor da minha cintura, colando nossos corpos.

Dou um sorriso forçado para a mulher que, pela primeira vez, me dirige o olhar por cinco segundos. Minha vontade era me afastar dele. Não é possível que ele não note o quanto ela está dando em cima dele. Na primeira vez ele ignorou, mas e agora? impossível não notar.

— Oh, claro. – ela solta o braço dele, mas não tira sua atenção de Castle. – quero saber quando vai assinar aqueles livros para mim...

O sorriso provocante dela me faz revirar os olhos.

— Da próxima vez, prometo. – Castle sorrir abertamente, isso me deixa ainda mais com raiva. É como se ele tivesse gostando das investidas da mulher. – agora nós estamos com pressa. – ele completa.

— Claro. – a loira se afasta, mas seus olhos ainda estavam cravados em Castle como se ele fosse sua presa. – Mas eu vou cobrar. – ela diz com um sorriso sínico.

Castle responde apenas com um sorriso e me conduz até o elevador. Descemos em silencio. Nenhum dos dois queria falar, mas seu braço continuou forme ao redor da minha cintura até chegarmos no carro.

Passamos o caminho inteiro em silencio, quebrado apenas pela música que saia dos autos falantes. Não queria discutir novamente por causa daquela mulher, mas aquela situação toda me incomodou. A forma como ela o olha, como ela fala com ele, como se fosse íntimos, me incomoda muito.

Ciúmes, essa é a palavra e eu admito.

— Kate... – Castle para o carro poucos metros antes de chegar no rancho.

Olho confusa para ele. A estrada estava escura e deserta.

— Castle? – chamo quando o vejo me encarar, sem dizer nada. – pode ser perigoso ficarmos aqui.

— Nós não vamos demorar... eu só quero que você fale logo, para gente resolver tudo aqui e chegar bem no jantar.

— Falar o que? – ele acende a luz do interior do carro.

— O que você vem matutando em sua cabeça desde que saímos de seu prédio. – ele espera alguns segundos, mas como eu não falo nada, ele continua. – Kate eu sei que você não gosta da Serena...

— Ah, claro. A Serena... – reviro os olhos. – porque tudo tem a ver com ela.

— Bom, dessa vez tem. Você muda o tom de voz só em falarmos dela.

— É claro que eu mudo. Você notou o que ela fez? Você notou alguma coisa? – pergunto de uma vez, me voltando para ele, para vê-lo melhor.

— Como assim?

— Você notou alguma coisa nela, Castle? – pergunto irritada.

— Que ela tocou em meu braço por tempo demais? Notei... – ele começa. – mas eu não podia fazer muita coisa. Eu disse que estava com você, deixei claro que você era minha namorada...

— Você notou que ela não liga nenhum pouco para isso? Que não me olhou uma vez sequer antes de você falar que somos namorados?

— Notei... mas o que isso tem demais? – ele pergunta como se não fosse nada. Eu o encaro e deixo uma risada irônica escapar.

— O que isso tem demais? Eu vou te contar... – começo a enumerar nos dedos. – primeiro que ela não liga se você tem alguém ou não, ela vai continuar dando em cima de você até conseguir o que quer. Segundo que os sorrisos entre vocês estava na cara que você estava gostando daquele papo. Terceiro que eu não gostei... e aposto que você não gostaria se fosse seu vizinho falando com intimidade comigo, tocando em meu braço enquanto você estivesse bem ao meu lado.

— Kate você está com ciúmes... – ele sorrir.

— Você estaria se invertêssemos os papeis? – pergunto irritada.

— Bom, sim... mas... – eu o interrompo.

— Mas nada. – digo firme. – você não deixaria essa história chegar a esse ponto se estivesse no meu lugar, eu é que sou burra.

— Kate... para. – ele toca minha perna. – você sabe que eu gosto de você...

— Castle eu não sei como você se comportava antes eu seu casamento... – seus olhos ficam escuros em um segundo quando eu toco no assunto. – mas comigo é diferente.

— Kate não fala o que você não sabe. – ele diz sério. – eu nunca trai minha esposa. Eu sempre a respeitei.

— Ah, então você está me respeitando também? – me arrependo assim que as palavras saem da minha boca.

— Estou! – encaro seus olhos arregalados quase me devorando. Castle endireita seu corpo no bando do carro e soca o volante. – droga. – resmunga. – o que você quer que eu faça para você acreditar que eu estou nessa relação com você? – ele pergunta sem me encarar.

— Não fale mais com aquela mulher. – digo, sendo totalmente egoísta.

— Ótimo, eu não falo. – ele me olha. – mas o que eu faço com as outras dez?

O encaro sem entender, esperando que ele continue.

— Eu sou uma pessoa pública, Kate. Meu público é noventa por cento mulher, então vai ter mais mulheres falando comigo, dando em cima de mim, tocando meu braço, ignorando você... e eu vou sorrir, trata-las com carinho, ser gentil. – ele fala rápido, atropelando as palavras. – Mas isso não quer dizer que eu esteja interessado nelas, ou que me incomode em que parte do meu corpo elas estão pegando porque eu-não-ligo. – ele fala pausadamente. – elas são fãs. Fãs, apenas isso. – ele tenta me explicar.

— Mas ela...

— Estava dando em cima de mim? – ele completa. – sim. Para você, sim, ela estava. Mas para mim, ela é apenas mais uma fã atirada que eu vou ter que dar um chega para lá quando ela ousar mais, mas até lá... – ele segura meu rosto entre suas mãos. – você não pode ficar com raiva e querer brigar todas as vezes.

Eu o encaro em silencio por longos segundos.

— Eu nunca namorei um cara famoso... – começo. – esse lance de fãs... aparências... eu não entendo isso, Rick. – digo sincera e ele sorrir amoroso. Seus olhos já não estavam tão escuros.

— A única coisa que você precisa entender é que brigar por coisas bobas não vale a pensa, ok? – eu assinto e ele sorrir, levando seus lábios aos meus num beijo simples. – então eu ainda posso cumprimentar a Serena?

— Não. Com ela você pode continuar sem falar mesmo. – digo ainda de olhos fechados.

Escuto quando ele solta uma risada baixa antes de voltar a me beijar. Castle apagou a luz no inteiro do carro e aprofundou o beijo. Suas mãos agora passeavam em meu corpo, tornando tudo ainda mais perigoso. Quando nossas bocas se separaram em busca de ar, decidimos parar por ali, caso contrário, não chegaríamos nunca ao jantar.

Castle dirigiu os poucos metros que faltava para chegar em sua casa.

— Espera aqui. – ele tira o cinto de segurança todo sorridente e arrodeia o carro.

Castle abre a porta do carro e me oferece a mão para me ajudar a descer. Eu amo o jeito cavalheiro que só ele tem. Ele me lança um sorriso e segura firme minha mão antes de entrar em casa. Não tem como negar que ele está feliz com esse jantar.

— Está pronta? – balanço a cabeça.

— Nervosa, mas pronta. – ele rir.

— Você vai ser ótima. – ele beija meu rosto.


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Notas finais do capítulo

Se vocês lerem ainda hoje, eu posto o próximo ainda hoje
beijos ♥



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