I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 40
Capítulo 40 - Família.


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei, passou o fim de semana e eu não postei. Mas eu realmente estive MUITO ocupada esses dias, e agora não é diferente, mas tirei um tempo para vir postar.

Gente, já estamos no cap 40 :O #passada
Passou rápido né? Bom, vamos torcer para que venham mais 40 suhaushuah

Esse cap tem um pouco de tudo que vocês gostam. Tem momento fofo, família, cenas hot e muito amor. CURTAAAAM ♥

Boa leitura :)



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— Olá. – digo entrando no celeiro. Espo se vira para mim e sorrir. 

— Oi. – ele se levanta e vem em minha direção. – chegou cedo. 

— Eu vim checar se as vacinas chegaram. – ele aponta a pequena caixa branca perto do armário de medicamentos. – e estão todas ai? 

Ando em direção a caixa e abro todas, verificando cada vacina.  

— É, parece que sim. 

— Você vai aplicar agora? Eu tenho que guarda-los ainda. – ele aponta para o lado de fora, mostrando os cavalos no gramado verde. 

— Você pode guarda-los, eu vou falar com o Castle. – ele sorrir e concorda. Começo a andar em direção a saída. 

— Como vocês estão? – paro ao escutar sua pergunta e me viro para ele. – você e o Castle... – ele deixa no ar. 

O encaro desconfiada. Ele nunca foi de me perguntar sobre o Castle, muito pelo contrário, ele sempre detestou o Castle. 

— Bem... porquê? – Onde isso vai dar?  

— Que bom... eu torço por vocês. – ele sorrir sem jeito. 

— Torce?  

— Torço. – responde firme. – eu sei que fui um babaca antes, mas... mas eu estava errado. Eu gostava muito de você, e... – ele para, sem saber como continuar. – eu estou apaixonado pela Lanie. – ele solta um sorriso bobo. – nunca pensei que fosse gostar tanto dela. 

Sorrio. Ouvir aquelas palavras do cara que sempre foi meu amigo, meu irmão, é maravilhoso. 

— Então eu torço muito por você. – ele completa. 

— Eu também torço muito por vocês, e você não sabe o quanto me deixa feliz com isso. – me aproximo e o abraço forte. – você é meu melhor amigo. Já estava cansada de ficar longe de você. 

— Eu também. – ele sorrir quando o abraço se desfaz. – agora deixa eu ir cuidar dos cavalos...  

Eu assinto e ele se afasta. Viro na direção oposta e sigo para casa do Castle. É bom saber que eu tenho Espo novamente como amigo, e que ele está feliz com seu novo relacionamento, e que me apoia com o meu.  

Entro na casa e vejo Jenny na cozinha, preparando o café. A mesa ainda intocável, o que era estranho. Olho no relógio e vejo que já passa das sete horas da manhã, Alexis já deveria estar na escola ou pelo menos sendo apressada pelo pai enquanto toma o café da manhã. 

— Bom dia. – Jenny me tira dos meus pensamentos. 

— Oi, bom dia. – sorrio e adentro na cozinha. – onde está o Castle? Foi deixar a Alexis? 

— Não, na verdade nenhum dos dois desceu ainda. 

— Como não? Ela já está atrasada. – checo as horas novamente para ter certeza que já estava tarde. 

Jenny dá os ombros, sem saber o que dizer. 

— Eu não recebi nenhum aviso. 

— Eu vou lá ver o que aconteceu. – Jenny sorrir maliciosa. Reviro os olhos. – já volto. 

Ignoro sua risada e subo as escadas. Tento ignorar o medo de algo estar errado com eles. A Alexis pode estar doente, ou o Castle pode estar doente, ou os dois podem estar doentes. Tento pensar em algo positivo, como eles apenas perderam a hora, mas não consigo. Na minha cabeça só se passa os piores cenários. 

Porque não?— a voz chorosa de Alexis soa no corredor.  

Me aproximo da porta de seu quarto entreaberta, mas não entro, a voz de Castle me faz parar. 

— Porque ela não é sua mãe, Alexis. – ele diz da forma mais adorável possível. 

— Eu sei que não, minha mãe é a Meredith, mas eu quero que a Kate seja a minha mãe também. Eu quero ter duas mães. – sua voz começa triste, mas se anima no final. 

Sorrio. Saber que a menina me considera como mãe é muito bom. 

— Porque você quer tanto que a Kate seja sua mãe? 

— Porque ela cuida de mim. Ela fica aqui, pergunta sobre o meu dia, penteia meus cabelos... ela é como as mães das minhas colegas em Nova Iorque. – sinto meu coração se apertar. Alexis é tão carente de mãe que ela me quer como sua mãe para preencher esse vazio que ela nunca vai preencher com sua verdadeira mãe. 

— Mas ela pode continuar fazendo tudo isso por você. Isso não significa que ela seja sua mãe. 

— Mas eu sei que ela não é. – Alexis insiste. – mas eu queria que fosse. – sua voz sai baixa e triste. 

Mais uma vez meu coração se aperta. Penso em entrar, conversar com a menina, mas Castle toma a iniciativa e eu paro. 

— Porque não deixamos como está por enquanto? Depois a gente volta nesse assunto. Ok? 

— Ok. 

— Me dá um abraço? – sorrio ao imaginar Castle de braços abertos para a filha. – que abraço gostoso. – sorrio ao ouvir a risada da menina. 

— Eu estou com fome, pai. 

— Então vamos comer! 

Escuto os passos dos dois e ando em direção a porta, como se fosse entrar, e encontro os dois sorridentes. 

— Kateee. – Alexis diz animada e me abraça. Rio da animação da menina. 

— Oi minha linda... – eu a olho de pijamas. Ergo meu olhar para Castle, que sorrir. – eu cheguei e vim saber se estava tudo bem. Está tudo bem? – pergunto olhando para Castle. 

— Sim, porque? 

— Ela não vai à escola?  

— Não. – Alexis se apressa em responder. – hoje a minha avó vai chegar e eu vou buscar ela no aeroporto com o papai. 

— É mesmo? – sorrio nervosa. Tinha esquecido desse pequeno detalhe. 

— Sim. Eu vou conhecer minha avó. – a menina pula animada. 

— Eu fico muito feliz por você, Alexis.  

— Você vai conhecer ela também? 

— Vou. – digo num suspiro. – você acha que eu vou gostar dela? 

— Você vai amar ela. – a menina diz como se conhecesse a avó. Eu rio. 

— Então eu fico mais tranquila. 

Castle rir e passa pela filha, ficando eu meu lado. 

— Oi. – ele sussurra e se inclina para beijar o canto da minha boca. Sorrio e fecho meus olhos sentindo seus beijos. Um dia e eu já estou com saudade, imagina uma semana. 

Acaricio seu rosto com as pontas finas de minhas unhas, sentindo-as arranhar sua pele devagar. Quando ele se afasta eu abro os olhos e encaro o par azul a minha frente. Como são lindos. 

— Eca. – a menina diz fazendo uma careta. Eu a olho e rio. 

— Eca? – me abaixo em sua direção colocando minhas mãos em sua cintura e começando a fazer cocegas. – como você pode dizer eca se nem nos beijamos?  

Alexis rir e tenta se proteger das minhas mãos. 

— Não, Kate. Por favor. – ela diz entre risos e eu paro. 

— Beijar na boca é nojento. – ela faz novamente uma careta. 

— Muito! – Castle concorda rápido. – e você está proibida de beijar alguém na vida. 

— Castle! 

— Nunca? – Alexis pergunta. – e o que eu ganho com isso? 

— Sorvete todo fim de semana. – Castle estende a mão para a menina. 

— Feito. – Alexis aperta a mão do pai, que sorrir satisfeito. 

Reviro os olhos para a cena dos dois.  

Castle parecia uma criança quando estava com a filha. Era lindo, mas as vezes pode ser trabalhoso. Alexis sofreria na mão de seu pai, que apesar de ser ótimo, é também ciumento, e se aproveita da inocência da filha. Coitado do primeiro namorado dela. 

— Vamos comer? – Alexis pergunta. 

— Vai descendo filha, eu já vou. Preciso conversa com a Kate. 

— Tá, mas não demora. – a menina passa por nós e desce até o andar de baixo. 

Assim que a imagem da ruiva desaparece na escada, Castle segura minha cintura com força e me coloca contra a parede. Não tenho tempo de registrar o momento, tudo parece rápido e ao mesmo tempo em câmera lenta. Nossos rostos quase colados. Nossos lábios quase se roçando. Minha respiração fica ofegando de repente.  

O ar quente saindo de sua boca me faz fechar os olhos e respirar fundo, sentindo seu hálito refrescante entrar pelos meus pulmões e tomar conta de meu corpo por inteiro. Suas mãos espalmadas em minha cintura com firmeza fazem meu corpo inteiro se arquear em sua direção. 

Ele me faz perder o controle fácil. 

— Sentia sua falta. – ele sussurra. 

Castle beija meu queixo, acariciando minha pele com sua língua quente e húmida. Gemo baixinho sentindo o seu toque suave e ao mesmo tempo possessivo. Suas mãos sobem por minhas costas prendendo meu corpo ao dele.  

O simples atrito de nossos corpos se chocando, me faz deseja-lo ainda mais. Não é apenas saudade de uma noite. Não é apenas desejo ou atração. É algo maior que nós dois. Meu corpo responde aos seus estímulos constantes. 

— Eu senti sua falta também. – prendo seu rosto em minhas mãos, buscando sua boca em um beijo, mas ele se afasta e sorrir, me provocando. – Castle... – suplico.  

Nem eu sabia que estava tão necessitada dele. Meu corpo grita por ele. 

— Eu preciso dizer o quanto você fica linda com essa calça... – ele olha meu corpo com desejo e eu me controlo para não agarra-lo novamente. – e essa blusa apertada. Marca bem suas curvas. – ele desce suas mãos até contornarem com firmeza meus glúteos. 

Mais uma vez, o choque dos nossos corpos faz um gemido abafado sair de dentro de mim. 

— Castle... – cravo meus dedos em seus cabelos.  

Não tenho tempo de registrar o momento seguinte, tudo o que sinto são seus lábios quentes envolvendo os meus. Um beijo faminto que me fez perder o folego em poucos segundos. Nossas bocas cada vez mais buscando uma a outra. 

Ele estava realmente com saudade. Me sinto orgulhosa por ser capaz de causar esse efeito nele. 

Não demoro a retribuir o beijo com a mesma intensidade.  As mãos de Castle sobem pelo meu corpo sem constrangimentos e levantam minha blusa, tirando-a de dentro da minha calça. Seus dedos firmes apertam minha pele, como se ele quisesse arrancar um pedaço meu e guarda-lo com ele para sempre. 

Tarde demais. Estou entregue.  

Os beijos descem por meu pescoço cada vez mais sedento, puxando minha pele para dentro de sua boca abafando seus gemidos. Sorrio soltando o pouco de ar que me resta. Seus lábios e sua língua trabalham juntos para me deixar cada vez mais indefesa. E está funcionando. 

Abraço-o com força pelos ombros, queria ele o mais próximo possível de mim. Qualquer distancia é muito nesse momento. Queria sentir seu calor que me aquecia em qualquer hora do dia. Suas mãos grandes sobem por baixo da minha blusa e eu não posso evitar um gemido quando, ignorando totalmente meu sutiã, ele toca meus seios, preenchendo suas mãos com eles. 

Minhas pernas começam a fraquejar. 

Minha respiração começa a falhar. 

Anseio por mais. 

Quando ele, finalmente, parece precisar de ar, cola nossas testas. Sua respiração ofegante me faz sorrir novamente. Acaricio seu rosto com meu nariz e o prendo em minhas mãos.  

— Vamos sair daqui. – consigo sussurrar.  

Ele concorda em um balançar de cabeça e avança em minha boca novamente, investindo em um beijo forte e intenso. Com toda sua força e habilidade, Castle me guia para dentro do quarto sem desgrudar nossos rostos. Cada pequena fibra muscular do meu corpo pertencia a ele agora, e eu não ligava. 

Quero ser dele. 

Sinto meu corpo ser jogado contra a porta, batendo-a com força. Ignoro a dor que eu não senti. Puxo seu lábio com meus dentes quando o beijo é quebrado. Castle rir de olhos fechados. Seus cabelos desarrumados caindo por sua testa o deixava ainda mais lindo. 

— Eu deveria te castigar por me deixar a noite toda sozinho. – ele diz abrindo os olhos e eu rio. 

— Eu sou uma mulher de negócios, meu amor. Preciso trabalhar. – ele rir e me encara. 

— Você percebe que os papeis estão invertidos aqui, certo? 

O sorriso malicioso em seus lábios fez meu corpo inteiro gritar pelos seus toques. O que ele faz comigo?  

— Então vamos fazer isso direito. – provoco. 

Aproximo nossos rostos novamente e roço nossos lábios. Suas mãos já não me seguravam com tanta força. Aproveitei um momento de fraqueza e inverti nossas posições, imprensando seu corpo contra a porta. O movimento desavisado o pegou de surpresa. Escuto sua risada baixa e gostosa. 

Nossas respirações ofegantes se chocando contra o rosto um do outro. Castle era maior que eu em todos os sentidos, mas hoje... hoje estávamos iguais. Estar de salto tem suas vantagens. 

— Isso não é justo. 

— Mas isso não tem nada a ver com justiça. – rebato. – apenas com prazer. 

Minha mão desce por seu abdome rígido e adentram sua calça de moletom. Castle joga a cabeça para trás, batendo contra a madeira, e geme. Sorrio orgulhosa.  

Agora ele estava entregue a mim. 

*** 

— Papai? – a voz infantil e curiosa nos assusta. 

Nossos corpos ainda ofegantes, descansavam abraçados um no outro. Eu o encaro com meus olhos arregalados e, com certeza assustados. Ainda estávamos encostados na porta, mas agora Castle prendia meu corpo contra a porta de madeira. Com suas mãos espalmadas sobre minha cabeça, ele descansa levemente seu rosto contra meus cabelos. 

— Oi, filha. – ele fala um pouco mais alto, tentando controlar a voz. 

— Cadê vocês? – eu podia escutar os passos da menina se aproximando. 

— Estou no quarto, mas já vou descer. – minhas mãos caem por suas costas nua. 

— Não demora, eu estou com fome. – Alexis choraminga. Ficamos em silencio e eu pude escutar os passos da menina se distanciar novamente. Respiro aliviada. 

Nossos olhos se cruzam e encaramos por poucos segundos antes de uma risada incontrolável ecoar pelo lugar. Castle apoia sua testa em meu ombro enquanto rir. Sua risada gostosa enche meu coração. 

— Rick, isso não tem graça. – eu tento me controlar, mas é em vão. 

— Não tem. – ele concorda, mas não deixa de rir. 

Reviro os olhos e separo nossos corpos. 

— Vamos nos vestir antes que ela volte. – dou a volta em seu corpo mas paro quando ele me abraça por trás.  

Suas mãos espalmadas em minha barriga. Respiro. Perder o controle com ele é fácil, e mais fácil ainda seria passar o dia inteiro trancada com ele nesse quarto. Mas não podemos. 

— Não, Castle. – tiro suas mãos de mim e me afasto. – tem que deixar um pouco para mais tarde. – pisco provocando-o e ele sorrir. 

— E você ainda vai estar com essa bota mais tarde? – olho para meu corpo, completamente nu, exceto pelo par de botas que ele não me deixou tirar. 

— Se você me passar minha roupa, eu posso colocar. – mordo o lábio e vejo sua pupila dilatar. 

Com o olhar, indico a peça jogada no chão ao seu lado. Castle aceita e se abaixa para pegar a peça. Ele me entrega minhas roupas e volta para recolher as suas. Enquanto me visto, tenho o prazer de admirar seu corpo nu. 

Se ele era bonito com roupa, sem roupa era um pecado. 

Nunca vou me cansar de dizer isso. 

— Eu sou completamente viciado em você, sabia? – ele se aproxima, tocando minha cintura enquanto visto minha blusa. Sem que eu precise pedir, ele fecha os botões na frente. Seus dedos trabalham habilidosos enquanto seus olhos se fixam em meus seios. – Você é como uma droga. – ele pensa alto. 

Me forço para não rir. 

— Então eu sou tipo a sua maconha... – entro na onda. 

— Não. – ele me olha. – você é a maior e melhor droga de todas.  

Ergo minhas sobrancelhas e envolvo seu pescoço com meus braços depois que ele termina com todos os botões.  

— E que efeitos eu tenho em você? – sussurro em seus lábios. 

Ele sorrir malicioso. 

— Ah, meu anjo, os piores possíveis. – eu rio e recebo um beijo seu. 

Seus lábios envolvem os meus com facilidade, como se fossemos programados para isso. Suas mãos se abraçam nas minhas costas e nós permanecemos assim, com um beijo calmo e apaixonado.  

Talvez esse tenha sido o melhor beijo de hoje. Sem pressa. Apenas nós dois. 

Ou não... 

— Ecaaa. – a voz infantil nos assusta novamente, mas dessa vez, dentro do quarto. – eu sabia que vocês estavam namorando. 

A menina diz como se aquilo fosse obvio. Eu rio de sua careta e me afasto de Castle, mas não adianta muito, ele passa seu braço por cima do meu ombro e eu deixo meu rosto no seu peito. Alexis se aproxima e começa a se encaixar em nosso abraço. 

Castle se abaixa para segurar a menina em seus braços. Alexis me olha com seu olhar mais doce e sorrir. Acaricio seu rosto e me aproximo para lhe dar um beijo. Castle faz o mesmo movimento que eu, prendendo o rosto da menina enquanto dar um beijo um lado de seu rosto. Alexis rir. Um riso tão inocente e gostoso que só uma criança é capaz de dar. Nós rimos juntos.  

Castle me olha. Seus olhos brilham tanto que seu azul fica ainda mais azul. 

— Vocês não fazem ideia de como me fazem feliz. 

Sorrio. Nossos olhares congelaram um no outro. 

— Eu amo você, papai. – Alexis diz sorridente e beija o rosto do pai com força, prendendo o pescoço dele com seus braços curtos. 

É uma cena linda de se ver, principalmente depois da conversa que escutei hoje de manhã. Saber que ela me quer como mãe é melhor do que se pode imaginar. Eu tinha uma família aqui, e eu só preciso disso. 

Não importa o que aconteça entre Castle e eu, essa sempre vai ser minha família. Alexis sempre vai fazer parte da minha vida. Ela me quer como mãe e eu a quero como filha. 

— Eu também amo você, papai. – repito a declaração da menina. As palavras saem como brincadeira, mas não menos sinceras. 

Castle me encara. Eu nunca vou cansar de dizer essas palavras para ele, mesmo que ele não diga o mesmo. 

— Eu também amo você Kate. – Alexis se apressa e se joga em meus braços, me beijando no rosto com a mesma força que beijou o pai. 

Seguro-a nos meus braços com um pouco de esforço. Alexis tinha o poder de encher meu coração de amor. Eu desenvolvi um carinho especial por ela. A cada olhar doce, a cada gesto, ela me ganha cada vez mais.  

Aos poucos ela tomou conta do meu coração também. 

Desde o primeiro momento eu me encantei por ela, e agora, depois de saber que ela realmente gosta de mim, eu passei a amar ainda mais essa pequena ruiva em meus braços. Sinto a mão de Castle segurar firme minha cintura, chamando minha atenção para ele. Eu o olho a tempo de vê-lo se inclinar na minha direção e beijar minha têmpora. 

— Eu também. – sua voz rouca sai como um sussurro, mas é capaz de me tirar o equilíbrio.  

Eu o olho.  

Seus olhos sorriem para mim e, pela primeira vez, deixa transparecer seus sentimentos. 

— Quando você vai olhar os cavalos, Kate? – Alexis me desperta de meus pensamentos. 

— Depois do café. – digo ainda vidrada em Castle. Ele disse mesmo aquilo? 

— Eu vou poder ajudar? 

— Claro. – eu a olho. A menina está com o sorriso mais lindo no rosto. – você vai ser a minha assistente. 

Alexis sorrir e concorda. Eu a coloco no chão e a menina segura nossas mãos e nos guia até o andar de baixo. 

*** 

— Isso. Você está indo bem. – digo para Alexis quando ela me olha receosa. 

— Eu estou com medo. – suas mãos presas envolta do pescoço de Xodó e deus olhos presos em mim, com medo. 

Sorrio maternalmente, tentando tranquiliza-la. 

— Você quer descer? – ela balança a cabeça e eu me aproximo. 

Seguro firme sua cintura. Alexis estava deitada sobre o cavalo, agarrando seu pescoço com todas as suas forças, com medo de cair. Com receio, ela solta um braço e segura em meu pescoço, depois solta o outro e me agarra com força enquanto eu puxo seu corpo para mim e ela passa a perna por cima do cavalo, saindo totalmente de cima do animal. 

— Gostou? – pergunto enquanto a coloco no chão e Espo leva o animal para dentro do celeiro.  

— Sim, mas ele é muito alto. – sorrio e me abaixo para ficar da sua altura. 

— Prometo que no fim de semana vou te levar naquele haras que eu te falei. Lá tem vários cavalos pequenos para você aprender a andar. – ela sorrir animada. – agora... que tal você ser minha assistente? 

— Sim. – ela vibra enquanto pula animada. 

Seguro sua mão e a levo em direção ao celeiro.  Alexis quis se vestir a caráter. Vestiu uma calça jeans e uma blusa branca parecida com a minha, prendeu seus cabelos em um rabo de cavalo alto e veio me encontrar na sala. Não pude deixar de rir da menina, ela realmente estava linda. 

Assim que chegamos ao celeiro a menina corre em direção ao Espo, que guardava o Xodó em seu mais novo estabulo feito especialmente para ele. Pego a caixa de vacinas e arrumo todo o meu equipamento. Coloco meu jaleco e minhas luvas azuis e entro no primeiro estabulo. Alexis me observa em todo meu preparo, olhando atentamente tudo o que faço. 

Preparo a primeira vacina, erguendo a seringa no ar e vendo a quantidade certa. 

— Você vai aplicar isso neles? – a ruiva aponta para a seringa em minha mão. 

— Vou. – sorrio. Mas a cara da ruiva era de medo. – só assim eu vou garantir que eles fiquem bem. – Alexis assente tentando não demonstrar medo. – quer me ajudar? 

— Não gosto muito de agulhas. – sorrio. Mais filha do Castle impossível. 

— Então você não vai mexer com agulhas. – aviso. - eu vou dar a vacina neles e eles vão sentir uma picadinha. Você pode ficar com eles e dizer que vai ficar tudo bem. Eles gostam de carinho. 

— Isso eu posso fazer. – ela abre o sorriso. 

— Então coloca as luvas.  

Indico a caixa de luvas e ela se abaixa para pegar as suas. As luvas ficaram enormes nela, mas Alexis não parece ligar. Coloco um banquinho para ela ficar na altura do animal e começo a massagear o lugar da vacina. 

— Olha para lá meu amor. – digo quando vejo sua cara de medo ansiar pela hora da vacina enquanto me preparo. 

A menina faz o que eu pedi e acaricia os cabeços bem penteados de Juma. Com o olhar peço para Esposito segurar bem o animal para que ele não machuque a menina. Ele assente num balançar de cabeça e sorrir. 

Espo é o meu ajudante aqui no rancho. Se não fosse seu amor pela música, daria um ótimo veterinário. 

— Vai ficar tudo bem, Juma. É só uma picadinha. – a voz doce da menina soa quando o animal começa a se agitar. Suas mãos pequenas acariciam delicadamente o animal. 

Sorrio vendo a forma como ela trata o animal. Estamos presenciando uma paixão por animais crescer aqui?  

— Pronto. – digo acariciando o animal e a ruiva me olha. 

— Ela sentiu dor.  

— Mas foi só um pouco. – amasso meu rosto em uma careta. – e você foi muito bem como assistente. – Alexis abre um sorriso orgulhoso e desce do banquinho. – quer me ajudar com os outros?  

Ela assente freneticamente a cabeça, me fazendo rir. Nós saímos do estabulo e damos de cara com Castle chegando ao celeiro. Usando seu blazer e um óculos escuro que o deixava ainda mais linda. Era a versão nova-iorquina dele, e eu amava isso. 

— Mas olha só, temos uma nova veterinária aqui e eu não sabia? – Alexis corre até o pai e começa a contar tudo o que fez. Castle rir da empolgação da menina e lança um olhar para mim sempre que a menina pausa para respirar. – Então eu tenho mesmo mais uma veterinária. – ele afirme e me encara sorrindo.  

Dou os ombros.  

— E eu vou ser tão boa quanto a Kate. – Alexis diz e eu e Castle rimos da empolgação da menina. 

— Você vai ser melhor meu amor. Muito melhor. – digo prendendo o nariz da menina em meus dedos e ela rir. 

— Será que eu posso falar com você?  

— Claro. – sorrio e tiro minhas luvas. – descarta para mim? – entrego a seringa e as luvas usadas para Espo. 

Alexis sobe nas grades de madeira do estabulo e fica conversando com a égua quando eu e Castle nos afastamos. Ele segura firme minha mão e me leva para o outro lado do celeiro. 

— Aconteceu alguma coisa? 

— Você acha uma boa ideia deixar aquele cara com a Alexis? – ele fala com o olhar fixado em Espo, que explicava algo para a menina. 

— Castle... – repreendo ele. – Espo nunca faria nada contra ela. 

— É que... você sabe. – ele me encara. – ele já me derrubou do cavalo uma vez. – sussurra. 

— Castle ele não vai fazer nada. Ele só está distraindo a menina. 

— Ok. – ele suspira. – não foi por isso que chamei você aqui. 

— E porque foi então? 

— Porque eu estou indo agora pegar a minha mãe no aeroporto da cidade vizinha. 

— Oh, ok. – digo tentando parecer tranquilo, mas sinto um frio na barriga. 

— Não quer vir com a gente?  

— Não dá... eu tenho que terminar de aplicar as vacinas, e... 

— Mas você vai conhecer minha mãe, certo? – mesmo com o óculos escuro, eu posso ver sua expressão preocupada. Isso era importante para ele. 

— Claro. – respondo rápido e sorrio. – só não acho que ela deva saber de nós... 

— Mas porquê? Ela já sabe que eu conheci alguém, e eu estou louco que ela te conheça. 

— Castle eu só... – bufo e reviro os olhos. – eu tenho medo que ela não goste de mim. – falo de uma vez. – nós entendemos nossa relação, sabemos como foi difícil, mas... será que ela vai entender? 

— Kate, não se preocupa. Ela vai adorar você. – ele sorrir de uma forma que me faz acreditar que ela vai mesmo gostar de mim e que tudo vai ficar bem. 

— Só... vamos com calma, ok? 

— Kate, mesmo que eu não diga nada, a Alexis vai falar. – ele sorrir. – tenho certeza que a primeira coisa que ela vai falar é sobre você. 

Respiro fundo e o encaro. Ele tira os óculos e eu posso ver seus olhos azuis sinceros. Confiança. Eu só preciso confiar nele, afinal, ele estava totalmente certo 

— Ok. – concordo. – mas se ela não gostar de mim a culpa é sua. – ele rir e me abraça pela cintura, beijando o canto da minha boca. 

— Te vejo quando voltar. – eu o encaro e, em um movimento rápido, ele rouba um beijo meu. Rápido, mas intenso.  

Eu o encaro cerrando meus olhos enquanto ele se afasta, mas ele só rir. Não consigo segurar o riso também. Ele se aproxima da Alexis e segura a menina, tirando-a das grandes e colocando-a no chão. Alexis tira as luvas e se vira para acenar para mim. Eu sorrio e aceno de volta, vendo a menina sair de mãos dadas com o pai. 

Fico ali parada um instante.  

Eu vou conhecer a mãe do Castle hoje.  

Esse é um sinal de que ele leva a nossa relação a sério.  

Que está disposto a investir nisso.  

Toco meus lábios delicadamente. Ainda sinto a textura dos lábios dele sobre o meu. Sorrio ao lembrar-me dele roubando um beijo, como se fossemos adolescente de novo. 

— Vamos? – Espo me desperta dos meus pensamentos. Eu o olho confusa. – continuar... 

— Ah, sim. Claro. – sorriso e volto para onde minha maleta está. Preparo mais uma vacina e recomeço o meu trabalho. 


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Notas finais do capítulo

Até logo (não vou mais prometer kkkk) boa semana a todos ♥



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