I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente!

Bom, nada melhor do que começar a semana com um capítulo novo, certo? Então aqui está. Espero que gostem.
Mas antes de lerem preciso explicar algumas coisinhas. Para quem não sabe estábulo é onde os cavalos ficam guardados, Potro é como o cavalo é chamado assim que nasce, e segundo as pesquisas que eu fiz, a ocitocina ajuda na expulsão da placenta quando ela não é totalmente expulsa. Bom, não estudo veterinária então me perdoem se eu falar merda aqui, alguém que saiba mais sobre o assunto pode ficar à vontade para me ajudar ou me corrigir.

Mais um dica? É AÍ ONDE TUDO COMEÇA!!!! Hushauhsau

PS: obrigada pelos comentários de vocês, sempre tão lindos ♥ Quero dizer que o Rick tá mal porque ele acabou de perder o amor da vida dele (ou pelo menos ele acha isso) qualquer um ficaria assim ou pior, certo? Rick broken é tão difícil de escrever, porque é praticamente impossível você imaginar ele assim, mas eu espero que tenha conseguido alcançar meu objetivo. O broken da história é ele, e não a Kate, dois problemáticos numa história só ia ficar difícil kkkkkk

PS: um super obrigada a Bonzoumet, Mayim e Staty quem favoritaram a fic ♥

Um cap totalmente da Kate. Boa Leitura :)



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Fico de longe observando os empregados se amontoarem na porta de trás da casa. O cara, de aproximadamente trinte e poucos anos, sai com sua barba mal feita, seu terno, que não combina em nada com o clima daqui, e seu ar de superior para os empregados. Ele começa a dizer algo que eu não posso ouvir, todos eles escutam com atenção, mas eu tenho certeza que a notícia não é boa. Se ele será capaz de se livrar dos animais, que são indefesos, imagina com essas pessoas. Seria fácil ele mandar todos embora, assim como fez comigo.

Mas diferente de todos aqui, eu não preciso do dinheiro dele para sobreviver. Eu tenho minha própria clínica de veterinária, muito bem sucedida por sinal. Lá eu recebo os animais de grande porte, mas não são muito. E eu sempre cuidei desses cavalos, desde que o dono desse lugar faleceu e a família colocou o lugar a venda, eu cuido deles sem cobrar nada, apenas pelo amor ao animais. E tudo o que aquele Senhor tinha pra me dizer era que não precisava da minha caridade.

CARIDADE? Eu não estava fazendo por caridade, eu estava fazendo por amor! Amor a minha profissão, amor aos animais, amor aos cavalos. Principalmente aqueles cavalos. Não eram cavalos comuns. Eram cavalos de Puro-Sangue Inglês, um dos mais caros do mercado. Ele arrecadaria uma boa fortuna vendendo os quatros, por mais que dinheiro não seja o problema, já que ele comprou tudo isso aqui do dia pra noite. E posso dizer que essas terras estavam à venda por uma fortuna.

Deixo de observar a cena e entro no celeiro novamente, onde os cavalos estavam guardados em seus estábulos. Meus quatros pequenos refúgios. Era pra cá que eu vinha quando estava triste. Meus pais faleceram a alguns anos, e foram eles que me trouxeram uma paz novamente. Cuidar deles foi o mais certo a se fazer. Dediquei todo o meu tempo a eles durante a faculdade, quando me formei eles foram os meus primeiros clientes, e tudo o que eu sei sobre cavalos eu aprendi com esses meus quatro pacientes preciosos.

Eu trabalho numa hípica da região, lá tem vários outros cavalos, mas os donos deles pagam para deixarem os cavalos lá, então não poderia levar os quatro para lá. Não sabia qual seria o destino deles, se por acaso ele os vendesse mesmo. Não gostava da ideia de outra pessoa cuidar deles, eu sou a responsável por todos eles. Eles são meus!

— Pensei ter falado que você não precisaria voltar. – a voz dele toma de conta do local me assustando um pouco.

— E eu pensei que você não gostasse daqui. – o encaro. – vai sujar seus sapatos caros.

— Isso aqui é meu. Posso vir aqui quando quiser, já você...

— O que? Vai me mandar embora de novo? – interrompo ele. – Não precisa. Eu só vim pegar algumas coisas que ficaram aqui.

Guardo algumas bandagens que estavam no pequeno armário que criei pra mim lá no celeiro, após colocar tudo na bolsa, menos os suplementos dos cavalos, eu fecho e coloco a bolsa de lado, pronta para sair. Mas o que vejo me impede de seguir a diante. O senhor Castle está olhando os cavalos, com uma certa indiferença, mas olha um por um.

— Eles estão bem? Digo, o estado de saúde deles é bom? – pergunta ele olhando pra mim por um segundo.

— Pensei que não se importasse.

— Não me importo. Mas para vende-los eu preciso que eles estejam bem.

— Eu sei fazer o meu trabalho, Senhor Castle. Agora se me dá licença, eu tenho que ir. – passo por ele, mas sua voz me faz parar novamente quando estou a caminho da porta.

— Preciso que volte, daqui a alguns dias. – me viro e o olho. – Preciso de uma avaliação completa de cada um deles. Os rapazes me disseram que você é a melhor por aqui.

— Será um prazer. – digo ainda séria. Tem alguma coisa nele que me chama a atenção, mas eu não consigo ver o que é, parece que ele está cercado por uma coisa que não deixa ele ver a vida como se deve.

— Marque um dia com os meninos, diga seu preço e eu deixarei um cheque para você.

— Já disse, não faço pelo dinheiro.

— Mas eu quero pagar. Não quero caridade de ninguém.

— Você acha que isso é caridade? – solto a bolsa, que cai no chão com tanta força que levanta um pouco de poeira da areia que tinha ali. – Isso aqui não tem nada a ver com caridade! Eu cuido de cada um desses animais a anos, e nunca cobrei por nada. E ao contrário do que você pensa, eu não faço por caridade, eu faço porque eu amo esses animais. Quero ver eles bem, ao contrário de você, que só pensa em se livrar deles.

— Se você não vai aceitar o dinheiro, eu serei obrigado a procurar um outro profissional.

— Fique à vontade. – pego minha bolsa novamente. – só fique sabendo, que eles não são tão simpáticos com qualquer um. Eles se acostumaram comigo, e nem o pessoal que trabalha pra mim conseguiu examinar eles.

Então eu saio, sem dar chances para que ele fale mais nada. Coloco minha bolsa dentro da picape e dou a volta pra entrar no carro e sair daqui o mais rápido possível. Mas um braço forte me impede, puxo meu braço com força, mesmo sem saber quem é, e quando olho pro lado vejo Espo. Solto a respiração que nem sabia que eu estava prendendo, e o encaro.

— O que aconteceu?

— Nada. Só o seu novo patrão que é um idiota. – fecho a porta da picape e me volto para ele.

— Não por muito tempo. – Espo diz baixando a cabeça.

— Como assim?

— Ele disse que vai ter que dispensar a gente. Que só vai ficar com o Ryan e a Jenny, que são casados e trabalham na parte essencial da casa.

— Droga... e você, vai fazer o que agora?

— Nada. Não posso fazer nada.

— Espo, calma. – abraço ele forte, e ele retribui da mesma maneira. – quando ele vai dispensar vocês?

— Assim que ele conseguir vender os cavalos.

— Se ele conseguir. – penso alto.

— O que? O que você vai fazer, Kate?

— Eu? Nada. – ele cerra os olhos pra mim. – eu não vou fazer nada, juro. – digo entrando no carro e batendo a porta. Dou uma piscada para ele e saio, deixando cada vez mais pra trás a imagem do rancho.

O som do meu celular tocando é irritante. Ele não para de tocar, uma ligação atrás da outra. Olho para o relógio ao lado da minha cama e são duas da manhã. Penso em ignorar, mas como dona da clínica veterinária não poderia me negar a atender um paciente. Tateio o meu celular até que o encontro, levando direto ao meu ouvido quando clico em ‘atender’.

— Beckett. – minha voz é rouca, acabei de acordar.

— Hey, é o Espo. É a Juma, ela está mal. – desperto na mesma hora, já levantando da cama.

— Como assim mal? O que ela tem?

— Está quieta, gemendo de dor.

— Ela está sangrando? – pergunto enquanto faço um esforço em segurar o telefone e vestir a primeira roupa que vejo.

— Um pouco.

— Estou chegando. – digo ao desligar o telefone. Procuro pela casa a mala de equipamentos que trouxe de lá, eu poderia precisar de algo.

Assim que acho, pego as chaves do meu carro e vou o mais rápido possível. Quando me aproximo da casa, mais ou menos uns vinte minutos depois, apenas as luzes do celeiro estão acesa. Na casa dos fundos, onde os funcionários dormiam, e na casa principal, não tinham nenhum sinal de movimento, nem as luzes acesas. Acelero meu carro e paro em frente ao celeiro, onde Espo veio correndo para me receber. Me ajudando a tirar a mala de equipamentos do carro.

— O que aconteceu?

— Eu acordei e resolvi olhar o Potro, ver se ele estava mamando bem. Mas quando cheguei Juma estava gemendo, toquei em sua barriga e ela sente dor.

Entro no estabulo, onde estava o Potro e a Juma, o Potro logo levanta e vai ao encontro de Espo, que trata de acalmar o animal, enquanto eu examino a juma para ver o que ela tem. Ela está inquieta, provavelmente sentindo algumas cólicas. Sempre que toco sua barriga ela geme mais alto.

— O que ela tem? – Espo pergunta.

— Acho que a placenta não saiu totalmente. – ele me olha sem entender.

— Você tirou a placenta. Eu vi.

— Mas deve ter ficado alguma coisa. Vou ter que aplicar um medicamento nela. – saio correndo e vou até a o armário que fiz. Pego o medicamento e o equipamento necessário e volto para o estabulo. – Espo, segure o Potro, isso pode assusta-lo.

Aplico a dose de ocitocina na égua e ela solta um gemido alto e doloroso. Mas isso iria ajudar na expulsão da placenta. O potro se assusta, começando a correr de um lado pro outro no estabulo.

— Espo, segure ele! – grito, com medo que ele machuque a mãe.

Com um pouco de dificuldade Espo acalma o Potro, mas a mãe dele ainda geme de dor.

— Ele está mamando?

— Sim. – Espo responde. – ele parecia....

— O que está acontecendo aqui? – a voz do homem bravo que interrompe o Espo faz eu me assustar. Olho diretamente para ele, parado na porta do estabulo, me olhando como se eu tivesse feito alguma coisa errada.


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Notas finais do capítulo

Só tenho uma coisa a dizer: FERROU KATE.

Boa semana a todos, até a próxima ♥



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