I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 19
Capítulo 19 - I gotta go.


Notas iniciais do capítulo

Genteeeee, meu coração tá que não se aguenta.

Hoje eu entrei aqui, só para ver como tava a movimentação, se as fics que eu leio foram atualizadas... até que eu me depara com a minha fic, com mais duas lindas recomendações.

OMG ♥

Luana e Lucci vocês me mataaam *-*
E como estou muito feliz, e claro, atendendo a alguns pedidos, hoje nós temos mais um cap.

A história de Kate e Castle está apenas começando. Eu ainda quero contar tanta coisa, quero deixar vocês loucas. Então obrigada por estarem comigo, todas vocês, até os que não possuem conta e acompanham essa história. Sempre que eu começo a criar os capitulos em minha cabeça eu já imagino a reação de vocês. Então o que eu tenho a dizer é: obrigada por fazerem parte do meu dia ♥

O cap é curto, mas é de coração. Boa Leitura ;*



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— Ok. – Fico em silencio, escutando o que a pessoa no outro lado da linha tem a dizer. – Eu já disse que vou. – minha voz sai impaciente, desligando o telefone.

Guardo o celular no bolso e vou em direção a Kate, encostada no meu carro de braços cruzados, apenas me esperando. O meu óculos escuro ficou perfeito nela.  A chuva tinha dado um tempo. O sol ainda se escondia entre as nuvens, deixando o dia nublado.

— Aconteceu alguma coisa? – Ela descruza os braços, passando-os em minha cintura.

— Não. – Sorrio e a trago para meu corpo. O dia estava bom demais para ser verdade.

— Tem certeza? Você parecia chateado...

— Absoluta. – Beijo seus cabelos.

Kate me abraça forte, encostando a cabeça em meu peito. Seus cabelos quase secos ainda tinham o mesmo cheiro doce de sempre. A textura deles contra meu rosto era algo que me acalmava. Principalmente depois desse telefonema.

Eu queria que Kate passasse o resto do dia comigo, mas ela tinha que voltar. Depois de um longo abraço, eu me afasto e abro a porta do carro para ela. Dou a volta e entro no carro, dando partida logo em seguida. A cidade não ficava longe, o que era bom e ruim. Eu poderia viajar por horas ao lado dela, e nunca me cansaria.

Paro meu carro de frente a clínica dela. Kate tira o cinto e me olha. Ela me analisa alguns segundos.

— Veio o caminho todo calado... o que houve? – Respiro fundo olhando para frente. Kate toca minha mão, que estava sobre o volante. – E o que foi isso em sua mão? Está vermelha.

Ela corre os dedos pelo vermelho da minha pele. Dói, mas não deixo isso transparecer.

— Não foi nada... – sussurro entrelaçando nossos dedos. Seus olhos verdes preocupados se encontram com os meus. Eu não posso me esconder dela. Mas agora não é o momento. – Eu quero te contar uma coisa, mas não agora. Ok? – Mesmo relutante, ela faz um sinal positivo com a cabeça. Eu sorrio para acalma-la. – Posso ver o Cosmo?

— Claro. – Ela sorrir meio forçado.

Kate não espera que eu abra a porta do carro para ela. Ela sai e arruma sua bolsa no ombro. Estendo minha mão para ela, e Kate aceita. Do mesmo jeito que saímos de manhã, nós entramos agora. De mãos dadas e sob os olhares de todos. Kate e eu ignoramos tudo isso, e andamos pela clínica como se isso fosse normal. Ela estava séria, e pouco ligava para quem nos olhava.

Kate me guia até sua sala, que já não tinha mais a bagunça que deixamos de manhã. Nós não entramos na sala direito, Kate apenas deixa a bolsa e sai me puxando pela clínica. Ela abre a porta revelando a sala que eu já vi ontem.

Assim que nos vê Cosmo late e corre em nossa direção. Kate abre os braços e faz carinho no animal, que não parece em nada com o que vi ontem a noite. Ele abana seu lindo rabo dourado enquanto eu me abaixo para falar com ele também. Kate rir da alegria do pequeno animal, mas logo ela o deixo comigo e vai preparar alguma coisa na bancada.

— Vem, Cosmo. – Kate chama e ele late, subindo na mesa de procedimentos.

— Você viu? – Pergunto animado e espantado. O sorriso praticamente rasga meu rosto. – Ele gostou no nome Kate!

— É, e pelo visto gostou do novo dono também.

— Quem não gosta de mim? – Pergunto como se fosse obvio. E é. Todo mundo gosta de mim.

— Eu! – Ela me lança um olhar. – Quando você chegou aqui eu não te suportava.

— Mas agora você está apaixonada por mim. – Dou os ombros e ela deixa um sorriso escapar. Não tinha o que negar, ela me falou isso hoje.

Kate faz alguns exames em Cosmo, que se comporta muito bem. Ele não é grande, deve ter um ano, ou pouca coisa além disso. Apesar de se comportar bem com a Kate, ele tem cara de quem apronta muito. O que me faz pensar que Kate vai ser a mãe durona, a quem os filhos obedecem apenas com um olhar.

Depois de muito esperar, Kate finalmente acaba de examinar Cosmo. Ele pula da mesa de procedimentos com facilidade, como se estivesse totalmente recuperado. Ele vem direto para mim, ficando em pé enquanto se apoiava em meu corpo. Não parecia em nada com o cachorro de ontem, triste e apático. Esse cosmo de agora era bem ativo.

— Kate... – ela me olha enquanto arruma algumas coisas na sala. – Será que eu posso passear um pouco com ele?

— Passear? – Ela se vira para mim, me olhando com a testa franzida.

— É. Ele parece entediado aqui. – Eu dou uma rápida olha para o cão em meus braços. – Vai ser rápido, é só o tempo de ele lembrar como é a vida lá fora. – Kate me olha indecisa. – Você pode vir junto se quiser.

— Eu não posso sair daqui agora, Castle.

— Ah, então vamos só nós dois. Ele vai se comportar. – Volto minhas atenções para cosmo. – Você vai se comportar, não vai? – Ele late alto, como se confirmasse o que eu acabo de dizer. – Viu?

Kate rir olhando para nós dois. Desde nossa conversa no carro ela não sorria assim para mim. Tinha magia em seu sorriso. Tinha amor. Ela se aproxima de mim e passa as mãos nos pelos dourados do animal.

— Eu não sei... ele ainda está de recuperação, e se acontecer alguma coisa?

— Não vai acontecer nada. E se acontecer, ele tem a melhor médica da cidade esperando por ele. – Ela me olha e sorrir, dessa vez, com os seus lindos olhos verdes brilhantes. – Eu prometo que trago ele de volta em trinta minutos.

Ela suspira e revira os olhos.

— Contando de agora. – Kate olha para o relógio em seu braço.

Meu sorriso se abre com seu consentimento. Eu posso ser superprotetor, mas Kate também era. Principalmente com quem ela ama. Vejo ela colocar uma coleira preta no animal enquanto me dá mil recomendações.

Cosmo e eu partimos para nossa pequena aventura. Ele anda empolgado pelas ruas da cidade. Seguro forte sua coleira para ele não sair me arrastando por aí, tamanha a animação dele. Eu paro em algumas lojas, escolhendo o meu presente para Kate. Afinal, foi por isso que eu trouxe o cosmo, ele iria me ajudar nessa surpresa.

Nós vamos ter uma conversa séria hoje, e ela precisa saber, que não importa para onde eu vá, como ou quando eu volte, eu sei lembrarei dela. E quero que ela também lembre de mim. Por isso o presente tem que ser perfeito. Cosmo me ajuda nos detalhes, latindo alto e incessante quando gosta de algo, e soltando um grunhido quando não gosta. Chega até a ser engraçado. Parece que ele já foi treinado antes.

Pouco mais de trinta minutos nós chegamos de volta a clínica. Kate já nos esperava na porta, e sua cara não era a das melhores. Me aproximo com um sorriso no rosto, não quero que ela se chateie por causa de um pequeno atraso. Cosmo late assim que a ver, correndo com tamanha força, que eu não consigo segura-lo.

Kate escuta os latidos dele e se abaixa para segurar o cachorro.

— Demoramos, desculpa. Mas é tudo culpa desse rapazinho aqui.

— Não precisa se desculpar. – Kate força um sorriso e entra com cosmo na clínica.

Já é fim de tarde, Kate estava pronta para ir embora. Ela apenas deixa cosmo na sala onde ele habitava agora. Eu não gosto de vê-lo lá. É pequeno e apertado. Não tem como ele brincar. Eu queria leva-lo para casa, mas ainda não posso.

— Obrigada pelo dia. Eu me diverti muito. – Ela para de frente para mim quando chegamos ao meu carro.

Seu sorriso fraco me diz que tem algo errado.

— Eu posso te levar em casa, Kate.

— Não precisa. Meu carro está logo ali. – Ela faz menção de sair, mas eu seguro firme o seu braço.

Kate se vira e fita minha mão que a segurava. Lentamente ela volta seu olhar para mim.

— Kate, o que houve?

— Quem era naquele telefonema? – Ela pergunta baixo. Seus olhos escuros de uma raiva que eu não conhecia antes.

— Aqui não é lugar para isso, Kate. – Afirmo, soltando seu braço e passando minhas duas mãos pelo meu cabelo. Porque ela queria conversar sobre isso agora?

— Ótimo. Então me segue até minha casa e me conta tudo. – Ela começa a andar pela calçada em direção a seu carro, que não estava muito longe do meu.

A passos largos, eu chego até ela e a seguro novamente pelo braço, obrigando-a a olhar para mim. Ela tenta esconder seus olhos marejados de lagrimas, mas é tarde demais. Que diabos está acontecendo com ela?

— Kate... – eu tento, mas ela me interrompe.

— Me segue no carro. Aqui não é lugar para isso. – Ela repete minhas palavras e acaba com a distância entre ela e seu carro.

Ela entre no veículo diferente do que ela costumava ir ao rancho e arranca de uma vez só. Rápido, eu corro até meu carro e a sigo, não querendo perder ela de vista nem por um segundo. Apesar de pequena, a cidade tinha mais de oitenta mil habitantes, e no fim do dia, assim como Nova Iorque, o transito era intenso.

Em poucos minutos nós entramos na garagem de um condomínio. Paro meu carro ao lado do dela, onde tinha escrito Visitantes. Ela desce do carro e, sem me esperar, caminha firme até o elevador. Eu a acompanho. Assim que as portas metálicas se fecham eu tento falar com ela, mas ela logo me corta.

Esse silencio todo está me matando. Ela não fala nada. Não expressão nenhuma emoção no rosto. Kate é um mistério. Mas eu gosto de um bom mistério, e com certeza vou desvendar o dela.

— Entra. – Ela diz abrindo a porta de seu apartamento.

Entro devagar e fecho a porta atrás de mim. Kate acende as luzes e joga sua bolsa no sofá. Ainda de costa para mim, ela passa uma mão pelo cabelo, segurando-a ali por alguns segundos.

Não faço nada, fico apenas de pé olhando-a. Kate se vira e me encara. Seus olhos um pouco vermelhos, me faz pensar de que ela chorou.

— Quando você pretendia me contar? – Ela pergunta com a voz calma, quebrando aquele silencio terrível. Mesmo que eu não saiba se o que ela está falando, é o mesmo que eu estou pensando.

— Contar sobre o que, Kate?

— Quem era naquele telefone, Castle? – Ela ignora minha pergunta e faz outra.

— Minha mãe. – Ela não fala nada, continua me olhando, esperando que eu continue. – Vai ter uma homenagem para a Gina e ela quer que eu volte. – Falo de uma vez.

Kate continua me encarando do mesmo jeito, como se eu tivesse mais alguma coisa para falar. Mas eu já falei tudo. O silencio volta a me perturbar novamente. O que ela sabe que eu não sei?

— Então você vai voltar? – Sua voz não demonstra nenhuma emoção.

— Sim... mas como você soube?

— E que não sabe? Está em todos os sites! – Ela solta um riso forçados. – Você é mais famoso do que eu imaginei.

— Como assim está em todos os sites? Eu só confirmei com ela agora a pouco...

— Então ela não perdeu tempo. Deu a notícia que todos esperavam. – Ela vira de costa para mim, mas ainda posso ver ela limpando seu rosto quando ela vira novamente. – Melhor você ir.

— Não! Claro que não. Não vou deixar você aqui, ainda mais assim. – Me aproximo, mas ela se afasta. – Kate...

— Castle, tudo o que dissemos hoje foi da boca para fora. Foi o momento, as emoções. Nada além disso. Não precisa se preocupar, eu entendo. Só... vai embora.

— Não... você... – olho no fundo de seus olhos e vejo ela me implorar para que eu vá embora. – Kate... – eu tento, mas ela desvia seu olhar do meu e vira de costa novamente, prendendo sua atenção em qualquer coisa do outro lado da janela.

Eu queria ficar, mas ela não quer que eu fique. Eu quero explicar, mas não quer minhas explicações agora. Eu não sei bem o que ela leu nos sites, mas mesmo assim eu queria explicar. Mas ela não quer. E mesmo contra a minha vontade, eu tenho que ir embora.

Assim que fecho a porta de seu apartamento atrás de mim, eu tenho uma vontade enorme de voltar lá. Queria prende-la em meus braços, do mesmo jeito que fiz quando ela sentiu medo do trovão. Queria dizer que sinto muito. Que eu gosto dela.

Eu queria dizer muitas coisas, mas o fato é que eu preciso ir. Eu preciso deixar a Kate.


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Notas finais do capítulo

Está na hora de voltarmos para NY?



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