Innocent Distraction escrita por Escrever Sonhar Viver


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde gente!

Então, eu queria pedir que vocês manifestem suas opiniões sobre a fic. É o unico jeito de saber o que devo melhorar e o que devo manter. Não sejam tímidos(as)!!!



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Capítulo 4

Durante todo o tour, Draco não teve nem sinal da menina da carteira. Ou ela estivera  em um grupo que saiu em um horário completamente diferente, ou ela nem mesmo fora ao passeio.

Como os funcionários somente jantavam depois que todos os hóspedes terminassem suas refeições, Draco ficou na porta do restaurante durante a janta esperando que a moça aparecesse. O lugar era enorme e se ele fosse verificar mesa por mesa, perderia sua hora de jantar.

Assim como todo o restante do navio, o restaurante era decorado com pinturas em ouro. Suas paredes amarelo claro davam ao lugar um ar divertido e deixava os hóspedes à vontade. As cadeiras eram de um marrom reluzente e os forros das mesas brancos, com enfeites de diversas flores no centro. A área das crianças, que os pais poderiam deixar comendo sozinhas e brincando, tinha refeições especiais para os pequenos.

Como estava perto do local, Draco viu Steve, o garotinho Capitão América, brincando na piscina de bolinhas. Assim que o viu, o menino acenou alegre, apontando animado para algo ou alguém que o gerente não foi capaz de enxergar. Ao perceber que o homem não estava vendo o que apontava, Steve desistiu da atenção de Malfoy e voltou a mergulhar no mar de bolinhas coloridas.

— O que está olhando tanto Draquinho? -A voz que Malfoy tanto temia soou em seu ouvido e seu corpo se arrepiou em repulsa. Parecia mais uma gralha berrando.

— As crianças, Pansy. –Ele falou, já impaciente. As investidas da mulher o deixavam cansado. Ela estava trabalhando como garçonete por um tempo para substituir uma funcionária que estava doente.- Porque não volta ao seu trabalho? Temos milhares de clientes esperando para serem atendidos. Quanto mais rápido eles comerem, mais rápido nós também iremos comer.

— Gostou do meu penteado? Deixa meu pescoço à mostra. –Ela mordeu os lábios ao terminar a frase.

Draco estava sem a menor paciência para aquilo. Ao invés de responder, ele simplesmente se virou novamente para a parte de fora do restaurante e deixou que a loira enjoada percebesse que ele não iria conversar com ela.

Uma hora se passou e a moça de cabelos castanhos ainda não tinha aparecido. Draco começou a ficar irritado, imaginando o porquê de a mulher não comer. Talvez ela não fosse sociável e resolvera que iria passar todos os dias de viagem dentro do quarto. Mas quem em sã consciência faria isso em um navio como o Magic of the Seas? Não era possível.

O jantar dos hóspedes acabou e Draco se juntou ao restante da tripulação para fazer sua refeição. Eles jantavam no próprio restaurante, reorganizando o local. Os milhares de mesas eram colocados juntos em quatro enormes fileiras diferentes, cada uma forrada com uma cor específica de pano, e em cada um dessas fileiras se sentavam os funcionários de cada parte diferente do navio.

Sentado na mesa forrada de verde com Blaise, Theo e outros funcionários que trabalhavam na torre de comando, Malfoy viu de longe Pansy sorrir e acenar para ele, e logo depois piscar, mexendo a boca, o que ele entendeu como ela dizendo “Draquinho”. E pronto, a comida revirou no estômago dele. Provavelmente, de todos os homens que faziam parte da tripulação do navio, Draco era o único que nunca tinha encostado um dedo em Pansy, a não ser para tirá-la de seu pescoço, no qual ela parecia amar se pendurar. Virando o rosto para a direção oposta, ele levou uma garfada do strogonoff de frango à boca. Apesar de todo o nojo, nada o atrapalharia a comer sua comida preferida.

Assim que todos os funcionários terminaram sua janta os pratos foram levados por eles mesmos e lavados por um grupo pré-selecionado. A cada semana um grupo de funcionários diferente lavava os pratos de todos os outros. Por ser uma das pessoas mais importantes do local, Malfoy ficava feliz de não ser obrigado a colocar a mão em restos de comida e talheres cheias de baba. Ele e Blaise saíram alegres do salão, dando vivas por Pansy ter que lavar os pratos e não poder se esgueirar atrás deles.

— Você já entregou a carteira perdida para a hóspede, Malfoy?

— Ainda não, Blaise. Eu procurei por ela no tour e no jantar, mas ela não apareceu. Terei que ir ao quarto em que ela está. –Ao ouvir a frase, Blaise fez uma cara maliciosa.

— Quer que eu vá com você ou prefere receber a recompensa sozinho?

— Deixa de ser idiota, cara! Eu nem mesmo prestei atenção na aparência da moça. Além disso, você sabe que não podemos nos envolver com os hóspedes, apesar de quebrarmos essa regra algumas vezes. Porém o inspetor está no navio. Se ele desconfiasse de algo, eu estaria na rua.

— A gente sabe que você dá seu jeitinho quando quer. –O comandante se referia a algumas escapadas de Malfoy durante viagens, em que ele se envolvera com certas hóspedes. Mas nada nunca causou problema algum ao gerente.

— Vai embora, Zabini. Me deixa em paz para procurar a cabine.

Ao ver Blaise andando para longe, Draco pegou o papel no bolso de sua calça e olhou atentamente. Cabine 559, quinto andar. Era um longo caminho.

Durante o percurso, ele observava seus turistas. Todos agora se divertiam nas mais diversas atrações. A garotinha que o chamara de “tio loiro” finalmente brincava no carrossel com seu pai. A área de lazer do navio estava abarrotada, com todos os hóspedes apressados para iniciarem logo seus dias de diversão.

Chegando em frente à cabine da mulher, Malfoy constatou que todas as luzes estavam apagadas. Como assim? Não fazia o menor sentido. Ele bateu e esperou algum sinal. As luzes continuaram apagadas, porém ele ouviu passos do lado de dentro.

Alguns segundos depois, a mulher abriu a porta e o gerente ficou boquiaberto. Não podia acreditar no que estava vendo. A mulher que perdera a carteira estava á sua frente, com os cabelos completamente bagunçados, os olhos inchados de sono e usando pijamas do Bob Esponja. Só podia ser brincadeira.

— Você estava... dormindo?

 - Sim, porque? É proibido dormir nesse horário no navio? –Ela deu um sorriso torto e se encostou no batente da porta. Draco acabou reparando em sua beleza, mas se sentiu um pouco culpado por este sentimento. O gerente sorriu de volta, estendendo a mão.

— A senhorita é Hermione Granger? –A moça balançou a cabeça, concordando.- Muito prazer, eu sou Draco Malfoy, gerente deste navio. –Ela pegou a mão dele, séria. Provavelmente se perguntando porque o gerente atrapalhara seu sono e se tinha feito algo de errado.

— Gerente? Para mim o capitão simplesmente mandava em tudo e não precisava de nenhum ajudante. O que você faz?

Malfoy franziu a testa ante a palavra ajudante. O homem resolveu responder à pergunta da mulher a altura, e soltou um sorriso forçado.

— Digamos que sou eu quem coordena todas as atividades do local, sem exceções. Como um rei. –Ele sorriu, brincando. -Desculpe perguntar, mas eu estou com a impressão de que a senhorita não está gostando do navio. Afinal, conheceu todos os locais e logo depois foi dormir.

— Eu apenas estava me sentindo cansada. E não conheci todos os locais, já que não participei do tour. Pode ter certeza de que amanhã eu estarei completamente animada para aproveitar o cruzeiro. Mas... voltando ao assunto, a que devo sua honorável presença, meu rei? –Draco riu com a piada e ironia da moça. Ela provavelmente estava de mau humor por ter sido acordada. Mas ele ainda não podia acreditar que nem mesmo o tour ela tinha feito.

— A senhorita deixou a carteira cair na entrada do navio. Eu a achei e vim devolver com toda minha graça.

— Verdade? Eu nem percebi. Desculpe-me pelo transtorno, Vossa Alteza. Muito obrigada por trazê-la de volta. Se me permite, voltarei a dormir. –Hermione disse, brincando e fazendo uma reverência irônica.

— Na verdade, eu gostaria de fazer um convite. –Draco não resistiu. Hermione parecia muito simpática, e ele não tinha segundas intenções, apenas sua amizade.  Afinal, ela parecia uma companhia agradável e não era contra seus princípios fazer amizade com hóspedes. – O que acha de fazermos um tour pelo Magic Of The Seas amanhã? A senhorita perdeu o tour principal, e é injusto que não conheça o navio ao todo. Além disso, pode se perder nesta imensidão. Tenho um horário vago de meus afazeres, na parte de manhã.

— Acho uma ótima idéia. Ás 9, amanhã. Me encontre na porta do restaurante. Boa noite, senhor Malfoy, e obrigada pela carteira. Não sei o que faria se não a achasse. –Ela sorriu, simpática, e fez outra reverência.

— Boa noite senhorita.


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Notas finais do capítulo

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