Não Faz Diferença escrita por villiehedervàry


Capítulo 1
Meu nome é


Notas iniciais do capítulo

Bem vindo (a) ♥
Tentei escrever uma história melhor e mais longa do que costumo fazer. Por favor sejam legais comigo, nunca escrevi algo parecido :3 E se tiverem erros gramaticais de qualquer espécie, por favor me avisem!
Notinha pra quem não está familiarizado: Gilbert - Prússia; Elizavèta - Hungria; Monika - nyo!Alemanha; Felicia - nyo!Itália



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 Meu nome é Gil Bielschmidt. Não Gilbert, Deus, esse nome é completamente bizarro. Apenas Gil. Idade? 16 anos. Em um relacionamento? Não. E acho que vai continuar assim por um bom tempo. Identidade? “Emo sem franja que com certeza não deve ter uma vida de adolescente normal.” Interesse amoroso? Elizavèta H., da minha atual escola. Transferida da Hungria. Ela não é exatamente tão reconhecida nos círculos sociais do colégio, o que faz do nosso romance um pouco mais provável.

Hobbies? Ficar sozinho em casa deixando a imaginação infiltrar-me enquanto escrevo histórias melancólicas e dramáticas ao som de CDs punk, igualmente revoltados, melancólicos e dramáticos. Não me venha dizendo que isso é coisa de medíocres, eu sou apenas um poético mal entendido.

Eu seria o que você chama de completo desastre social, mas eu prefiro me camuflar da sociedade pela maior parte do tempo. Prefiro minha própria companhia à de pessoas alienadas, sempre tão preocupadas com coisas banais, tagarelando no meu ouvido assuntos dos quais não tenho interesse.

Por muitas vezes em minha vida questionei-me se amor verdadeiro realmente existe. Mas no momento em que meus ombros roçaram os dela enquanto andávamos em sentidos opostos no corredor do colégio apressadamente e trocamos olhares, soube que não custava ao menos provar uma vez um sentimento assim.

Desde então, não consigo tirar meus olhos de Elizavèta. Eu me pego frequentemente pensando na cena de mim a fuzilando durante a aula, e do seu olhar aparentemente doce enquanto olha algo através do vidro da janela. Então ela encontra o meu, que a estava encarando esse tempo todo. Fica estática. Perplexa, talvez? Um pouco brava? E desvia-se dos meus olhos de novo, como se quisesse fugir dos meus pensamentos. Mas o efeito é exatamente o contrário. Durante as noites em claro, eu relembro da cena, e aperto replay mil vezes em minha mente, até que eu finalmente caia no sono.

 

Hoje eu acordei com péssimo humor. Primeiramente, era feriado e acordei cedo demais, quando meu costume nesses dias é dormir até umas duas da tarde. Queria atirar o celular no chão duro quando o infeliz objeto apitou um inconveniente despertador que não me lembro de ter programado em hipótese alguma, tocando notas berrantes. Rapidamente o desliguei com toques furiosos na tela e o botei de volta na mesinha ao lado da cama com um alto “TAP”.

Fiquei ali deitado na cama, ainda remexendo minha mente em busca de resquícios de mais um sonho não terminado na noite passada, onde a garota de cabelos como ondas do mar e longos, olhos verdes escuros e olhar acanhado vagava. Mas ao perceber o quanto eu estava obcecado com a ideia de tê-la nos pensamentos, espantei o sonho da minha mente, com dificuldade e cara vermelha.

No momento em que tentei cochilar novamente, dedos pequenos, mas fortes estalaram em minha face. Abri os olhos, irritado, ao ver a cara de minha irmã mais nova, Monika, de sete anos, completamente acordada e elétrica às oito da manhã. O que diabos ela estava fazendo a esta hora no meu quarto, interrompendo minha recarga de energia? Seus orbes azuis esbugalhados se arregalavam ainda mais ao falar.

“Nossa, bruder, tem mais duas espinhas no seu rosto! Posso espremer?! E você está com olheiras enormes!”

Como se não bastasse me acordar assim, a pirralha ainda vem-me dizer sobre o aspecto da minha cara.

“Não precisa avisar.” Eu rosnava xingamentos mentalmente, que quase escapavam da minha língua há algum tempo controlada. E então exaltei a voz, ainda meio sonolenta e rouca, “O que raios você está fazendo no meu quarto, hein?! São oito da manhã!”.

Ela ignorou o tom da minha voz e esclareceu agitada, “Ué, esqueceu? Hoje você me leva para fazer um trabalho de escola na casa da Felícia!”.

Ah, droga.

Vatti vai te levar, não eu.” Guinchei e movi meu corpo debaixo das cobertas, virando-me da cara insistente e esperançosa de Monika e fechando meus olhos sonolentos novamente.

“Bom, ele que colocou o despertador no seu celular ontem e disse que você ia me levar!” A pestinha persistia.

Droga, droga, droga.

Emudeci e empalideci. Meu pai era do tipo que não tolerava qualquer falta de vontade. Depois de uns dois segundos remoendo a situação, dei um salto da cama. Minha irmã deu um sorrisinho triunfante e correu em disparada até a sala com a mochila vermelha nas costas.

 

Lá estava eu, com o dedo pressionado sobre a campainha da casa da amiga de Monika, jogando grande parte do final de semana no lixo. O tempo de outono estava relativamente frio e eu encolhia-me nas poucas camadas de roupa. Porém minha irmã parecia não se importar com o clima e pulava, animada. É incrível como temos reações tão diferentes ao sair de casa.

A porta range e se abre finalmente, revelando a pessoa a nos atender. E não é o frio que me faz tremer até a planta dos pés desta vez. Deparo-me com o olhar da garota na minha frente, que não é ninguém mais, ninguém menos que...

Elizavèta.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! O próximo capítulo já está quase pronto, mal posso esperar pra postar~ Obrigada ♥



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