My Sweetheart escrita por Scarlet Dwight


Capítulo 16
Sansa


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, feliz 2017 a todos. Demorei, obviamente, mas finalmente consegui escrever um capitulo, na verdade, o último. Mas não se irritem, teremos um epilogo ainda. Porém preciso me inspirar para ele.
Não sei se ficou como deveria ter ficado ou se vocês irão aprovar, mas aqui esta.

* Não revisei muito, então, desculpem os erros.



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Sansa estava deitada ao lado do corpo de seu marido. Ele ainda respirava,  mas desde que tomou o líquido que mindinho lhe deu, Jon não acordou.   A ruiva não conseguia mais pregar os olhos,  sempre que os fechava a imagem dele parando de respirar surgia para atormenta-la. 
Tinham lhe contado que Meera estava morta e tudo que Sansa menos queria era ter de contar isso ao irmão. Bran amava Meera tanto,  assim como Jon amava sansa e vise e versa,  não conseguia imaginar seu irmão sem a Cranogmana e muito menos se imaginar sem o filho de fogo e gelo.
Como os deuses podiam ser tão cruéis? Os
Starks sofreram tanto e agora quando finalmente tudo estava bem Mindinho e Val aparecem.  Era uma piada,  de muito mal gosto.  Sansa estava começando a acreditar que os deuses amam brincar com os lobos.
De repente a porta é aberta revelando uma Brienne preocupada. 
A mulher se importava com ela se verdade e Sansa tentava ao máximo se mostrar compadecida disso e não a responder mal assim como faz com os outros que a importunam.
"Minha rainha,  estamos chegando, gostaria de se preparar para descer?" Mentalmente ela agradece por finalmente sair daquele navio.
Jaime e Aegon aparecem com uma tábua que usariam para carregar Jon.  Antes que pudessem coloca-lo nela,  Sansa beija sua testa fria e pálida...

Quando entrou no salão principal do castelo negro Sansa é recebida por um forte abraço do pequeno Ned. Vê-lo fez a ruiva chorar em quanto o apertava em seus braços.

Quando se separa do garoto seus olhos se fixam em duas figuras a sua frente, Margaery e Arya. Logo sem dizer nada ela abaixa seu olhar para o chão. Não conseguia encarar a amiga e a irmã depois de tudo que aconteceu e vê-las a fez se sentir pior do que estava. 

Sansa traiu a confiança de Margaery quando roubou um beijo de Aegon; Xingou Arya de coisas terríveis achando que ela tinha se deitado com Jon. Logo tudo ficou pior com Gendry aparecendo do lado da irmã. 

"Papai!" Ela ouve Ned gritar e correr em direção ao corpo desfalecido de Jon. "Mamãe o que o papai tem? Porque ele esta deitado nessa tabua?"Não conseguia responder a criança. Como poderia explicar para o filho que ela era a culpada por seu pai estar quase morrendo? 

"Jaime, Aegon, levem o rei do norte para um quarto." Eles concordam e sem responder o garoto ou cumprimentar as outras pessoas que estavam ali ela se dirige junto a eles. 

O quarto era simples e escuro, tinha apenas algumas velas, um criado mudo e uma cama, onde Jon foi colocado. 

"Não quero que ninguém entre nesse quarto a menos que seja chamado por mim." Ela diz aos homens que nada respondem e saem do local, deixando-a sozinha com seu marido. 

Era como se Jon dormisse serenamente, não se movia, não gemia de dor, nada o incomodava. 

A culpa era dela e ela sabia. O único homem que se importou com ela de verdade, que se preocupou em fazê-la sentir prazer, que não olhou para as próprias necessidades e sim para ela, tinha sido ele. Jon era o único que foi capaz de fazê-la acreditar em contos de cavaleiros e donzelas, era o seu Florian e agora ele estava morrendo por sua culpa. 

As lagrimas começaram a descer incontrolavelmente, molhando suas bochechas, liberando toda amargura que guarda em seu intimo...

 

Os dias passavam lentamente, até que completou-se um mês. Sansa bebia vinho como nunca tinha feito. Pouco via as outras pessoas e se sentia pior ainda por ignorar seu filho. Além dela, apenas Arya ainda acreditava que Jon fosse acordar...

Ela estava com os lábios na taça, prestes a tomar mais um gole da bebida quando a porta do quarto é aberta abruptamente. A principio ela iria xingar, mas então vê Margaery e resolve apenas não falar nada e muito menos encarar a amiga. 

"Aegon me contou o que fez." Sansa sente seu corpo gelar naquele momento e instantaneamente ela deixa sobre o criado mudo a taça de bronze enchida ate a metade da bebida inebriante.

Ela encara a morena andar até a cama, sentar-se do lado oposto ao dela perto de Jon e se abaixar sutilmente até que seus lábios tocassem os dele. 

Possuída por um sentimento de raiva e ciumes, Sansa pega a taça e tenta jogar em Margaery, porém seus sentidos estavam alterados e ela não acertou a morena e sim a parede, derrubando vinho por cima de Jon e no chão. 

Margaery sorriu levemente para Sansa em sinal de provocação. A ruiva apoiou suas mãos na cama para levantar-se no intuito de bater na rainha sulista. 

"Agora estamos quite amiga." Margaery diz sarcasticamente para Sansa, fazendo a ruiva sentar-se novamente. 

Encarando a outra, ela se lembra de como as rosas eram traiçoeiras, belas, mas com espinhos que podiam machuca-lo. 

A loba mordeu a rosa e os espinhos furaram sua boca de dentro para fora. A loba não podia se mexer ou vingar-se, apenas deixar a rosa fura-la e tentar solta-la lentamente. 

Foi o que Sansa fez. Não xingou ou gritou com Margaery, não iria ameaça-la de morte, no fundo, sabia que merecia tal traição. 

Remoendo-se por dentro, a ruiva não percebeu quando a amiga surgiu em sua frente, próxima, como ninguém chegou desde que entrou e nunca mais saiu do quarto. 

"Você sabe que vai ter que deixa-lo ir, Sansa." Margaery disse enquanto acariciava uma mecha de seu cabelo cobre. 

Uma parte dela dizia que a amiga tinha razão. Deuses, sabia que tinha. Sansa não poderia ficar velando um cadáver para sempre, por mais que amasse Jon, ela tinha que cuidar de Ned e do Norte.   

Mas outra, acreditava, que ele pudesse acordar, que ele a chamaria pelo nome mais uma vez e que poderia sentir o gosto de seus lábios se tocando, o arrepio que sentia em contraste de quente e fria que era a pele de Jon. Ela tinha esperança, mesmo depois de tudo que já lhe aconteceu, Sansa ainda acreditava em milagres e isso a tornava fraca. 

De repente, Margaery pega a mão direita de Sansa, vira para cima e coloca nela uma adaga, onde o cabo era forjado de ouro e o desenho de um dragão de três cabeças se formava. 

Ela encarou a adaga e em seguida a amiga, com um olhar frio e sem dizer nada, Margaery se afastou de Sansa, que talvez pelo vinho ou pela situação que se encontrava, apenas percebeu que a outra saiu do quarto com a batida da porta. 

Jon continuava da mesma forma. Sansa sentou-se no colo do marido, levantando-se sobre o homem deitado como se estivesse cavalgando-o. Ela ficou por alguns minutos encarando-o e encarando a adaga. 

O que Jon iria querer? Ele preferiria a morte do que estar vivo daquela forma? Ele a mataria se fosse o contrario? 

Ela não queria enfiar aquela maldita adaga em seu marido, no pai de seu filho, em seu único e verdadeiro amor, seu rei...

Então se lembrou de Cersei, como era egoísta e fria e pensou que isso fosse algo que ela faria... Catelyn veio em sua mente logo em seguida, o rosto da mãe era sereno e compreensivo, sabia que a morte dele a alegraria onde quer que ela estivesse... Arya amava tanto Jon, o que sera que ela diria de Sansa nem ao menos tentando deixa-lo daquela maneira... Ned jamais a perdoaria quando soubesse a causa da morte... Aegon tomaria o norte para si... Não era forte o suficiente para enfrentar tudo sozinha...

Lagrimas escorriam por todo seu rosto. Ela sabia o que tinha que fazer, Sansa não podia deixar seu marido daquele jeito, mas também não poderia viver sem ele. Ela seria lembrada como a rainha tonta que foi ingenua demais e causou a morte de seu rei e a dela. 

Sansa olhou mais uma vez para Jon, apertou a adaga firme em suas mãos. Aproximou-se dele e seus labios se tocaram, ele estava frio, mas ainda era o mesmo. 

lagrimas escorriam na boca dos dois enquanto ela encostava a ponta da adaga no pescoço de Jon...

 

 

Dedos frios e tremulos tocaram seu rosto, como se estivessem em uma tentativa falha de enxugar suas lagrimas. Sansa encostou a ponta da adaga ainda mais fundo no pescoço de Jon, quando sentiu algo gelado tocando-a na mão em que segurava a adaga e tentando empurra-la para longe ao mesmo tempo em que tremia. 

Ela repentinamente abriu os olhos e viu o cinza que tanto a agradava inundando sua visão. 

Jon estava acordado, encarando-a pálido e com um leve sorriso nos lábios. 

"Parece que assim como Baratheons, os Targaryen também precisam se preocupar em não serem mortos por uma rainha." Ele disse com a voz fraca e Sansa automaticamente jogou a adaga longe e com toda força que tinha. 

Aquele tipo de coisa nunca acontecia em Westeros, ele não estava morto afinal, estava vivo e encarando-a. Sansa não conteve o impulso de beija-lo. 

Aquele talvez não tivesse sido o único beijo deles, mas era como se fosse o primeiro. Sansa sentiu suas línguas se tocarem lentamente e depois de um beijo calmo e romântico foi se tornando em algo necessitado, feroz, como se precisassem um do outro como nunca antes.  E aquilo não era mentira, ela precisava senti-lo, toca-lo, como nunca o fez, porque recebeu uma segunda chance de provar que o amava com todas as forças.


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