Give It All Away escrita por annademonangel


Capítulo 3
Capítulo 3




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Capítulo Três

 

 

Ponto de vista de Jacob.

 

RRRIIIINNGG! RRRIIIINNGG!

 

Eu grunhi e olhei para o despertador. Sete horas da manhã. Alguém por acaso estava querendo morrer?

— Alô — resmunguei ao telefone.

— Ei, Jacob! É Alice. Alice Cullen. Posso ir à festa de aniversário surpresa de Bella hoje à noite? Por favooooor! — sibilou o pedido.

Eu enrijeci. O que diabos um Cullen tinha na cabeça para ligar para mim?

— O quê? Você enlouqueceu? Seu irmão também está querendo estragar a surpresa, também? — eu cuspi.

— Jacob, por favor. Eu já vi; Bella vai adorar me ver. E não, Edward não está indo.

Grunhi, mais uma vez. Se ela já tinha visto, não havia nada que eu pudesse fazer — ela apareceria lá. Então não havia nenhuma estúpida razão para ela me acordar às sete da manhã em um sábado.

— Não sou eu quem vai te impedir se quiser ir, sanguessuga. Agora eu vou dormir — Fechei o telefone com força demais, e ele se partiu. Perfeito, exatamente o que eu precisava.

Fiz uma nota mental de ir a uma operadora qualquer e comprar um novo celular. Abri meu armário e vesti a primeira roupa que encontrei, depois fui para o rabbit. Minhas mãos tremiam violentamente e meu coração batia rápido enquanto dirigi para Port Angeles.

Eu tinha comprei um bolo. E balões. E flores. Reservei uma mesa num restaurante e aluguei um smoking. Depois, comprei um telefone novo. Houve apenas uma última parada.

 

***

 

— Arg, que nojo! — eu disse. Estava ajudando Loren, minha colega de trabalho, a esvaziar o balde de água suja do esfregão num ralo quando perdemos o controle do balde e a água suja veio direto no meu rosto. Loren tinha sido rápida o suficiente e saltado para fora do alcance da água, enquanto eu fiquei ali, parada, como uma completa idiota. Ela agora gargalhava.

— Oh, Bella, você é sempre tão sortuda! — brincou.

— Sempre — Eu resmunguei, puxando a bainha do meu avental para secar meu rosto, onde a água suja tinha pegado. Com isso, Loren teve outra crise de risos, e eu soube exatamente o porquê.

Havia uma mancha de creme no canto do meu avental — exatamente na parte que usei para limpar meu rosto. Eu grunhi raivosa e caminhei até a pia, molhando uma toalha de papel e limpando meu rosto.

— Então é isso que você faz para manter a sua pele sempre tão jovem? — Ela provocou. Duas semanas atrás, eu teria rido e lhe respondido, também provocante. Mas hoje esse comentário me acertou como um raio.

— Claro — Foi tudo que eu pude sufocar, muito embora Loren estivesse ocupada demais, rindo, para perceber a minha mudança de humor.

— Então, ainda vamos no restaurante mexicano hoje à noite? — Perguntou ela. Era meu aniversário, e Loren me convencera a sair com ela. Eu hesitei, principalmente porque ela chamou a banda Mariachi, que cantaria “Feliz Cumpleaños”, mas prometi que iria de qualquer maneira.

— Claro. Eu vou ter que me apressar, mas te encontro hoje às cinco. — Com isso, fui até a máquina e digitei o meu número no quadro de empregados antes de pegar minhas coisas no armário e sair.

 

 

Minhas roupas cheiravam a leite azedo, meu cabelo cheirava a pó de ágata. Eu precisava de um bom banho. Joguei minhas roupas no cesto de roupa suja e fiquei esperando a água da banheira esquentar. Depois, coloquei uma espuma para banho na água e relaxei na banheira. Fiquei lá por alguns minutos enquanto um de CD de Phill tocava alto na sala. Fiquei em baixo d’água por algum tempo antes de lavar meu cabelo. Apenas quando a água começou a esfriar, e as bolhas perfumadas, sumir, eu saí do banho. Coloquei um roupão que Jacob me dera no Natal passado.

Andei lentamente até meu armário, onde peguei um jeans clara que me agradava e uma blusa de manga, rosa-antigo. Calcei um All Star bem surrado. Quando tinha terminado de me vestir, olhei para o relógio. 4:27. Caramba! Eu tinha meia hora para encontrar Loren. Respirei fundo, nervosa. Eu nunca iria conseguir chegar a tempo.

Eu liguei para Loren e disse que chegaria cerca de vinte minutos atrasada, mas ela pareceu não se importar. Eu penteei meu cabelo de qualquer jeito, agarrei minha bolsa e corra porta afora.

 

— Ah! — eu exclamei quando voei para trás, no corredor do meu prédio. Eu realmente tinha batido contra uma parede?

— Você precisa tomar mais cuidado, Bella — uma voz aveludada, a que eu conhecia bem demais, disse à minha frente. O dono dela estendeu a mão para mim, mas eu não a peguei.

— Edward — Sibilei o repreendendo. — Você quer me matar de susto?

— Não — Respondeu ele, calmo, como se eu tivesse perguntado se ele tinha visto alguma coisa, e não como se eu o acusasse de me assustar. — Só vim te desejar feliz aniversário.

— É realmente só isso? — Perguntei eu, desconfiada.

— Claro que sim, Bella. Como eu disse, feliz aniversário. Falo com você outra hora, posso ver que está com pressa — ele deu de ombros, parecendo indiferente, mão não realmente estando. Ele estava triste, eu podia ver o conhecendo tão bem. Talvez até desapontado, eu ousaria dizer.

Não pude deixar de me sentir mal. Edward era apenas tão bom... e eu tinha quebrado seu coração. Certo, ele quebrou o meu primeiro, mas mesmo assim. E ele apenas tentava me proteger, de certa maneira.

— Eu vou te ligar à noite, tudo bem, Edward? — disse simpática. — Assim que eu chegar em casa, o que não vai ser muito tarde; você sabe que eu odeio aniversários e tudo mais — prometi. Seu rosto se iluminou com um sorriso incrível, realmente feliz, e eu também sorri, embora apenas um pouco. Mas depois, o sorriso desapareceu. Eu queria ligar para ele, queria ser amiga dela, mas estava talvez lhe passando a impressão errada. — Eu realmente tenho que ir. Até mais tarde, Edward.

 

***

 

Ponto de vista de Jacob

 

Céus, céus, céus. Bella estaria aqui a qualquer minuto. Será que ficaria muito nervosa com isso? Ela odiava surpresas, eu sabia disso. Será que ela me odiaria por isso? Ou pior, rejeitaria a outra surpresa que esperava por ela? Tirei minhas mãos dos meus bolsos, onde eu brincava com uma pequena caixinha de veludo azul-marinho. Aquilo me deixou nervoso.

Eu vi a picape de um vermelho-desbotado entrar no estacionamento. Alguém gritou “Ela está aqui!”, mas eu não prestei atenção em quem era. Junto comigo, quatro colegas de trabalho, Angela, Ben e Charlie estavam sentados à mesa. Alguns amigos da faculdade ainda iriam chegar.

Eu não conseguia tirar meus olhos dela, nervoso. Ela tropeçou na calçada, perdendo um dos tênis, o colocando de volta no pé e então se dirigindo à porta. Balões pratas e azuis enfeitavam a mesa, e todos estávamos voltados para a porta. Minhas mãos e joelhos começaram a tremer.


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