Harry Potter e... escrita por VSouza


Capítulo 37
Capítulo 2 - Pesadelos na Toca


Notas iniciais do capítulo

Postando hoje só porque é aniversário de um ano da fanfic *-*



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CAPÍTULO 2

Amy entrou em casa e colocou a pequena xícara em cima da mesa de jantar.

—Cheguei! - ela gritou para o irmão no quarto de cima. Não tinha certeza se o pai já tinha chegado do Ministério.

—Tem pizza na geladeira! - Damon gritou.

Amy abriu a geladeira animada. Colocou dois pedaços no prato e ia subir para o quarto quando uma foto no Profeta Diário em cima da mesa chamou sua atenção. Amy pegou o jornal com as mãos sujas e fixou os olhos no rosto pálido e mal humorado da foto.

Draco Malfoy e a mãe batiam a porta na cara do fotógrafo, e abaixo deles, a matéria sobre a Mansão Malfoy ter sido revistada por funcionários do Ministério em busca de artefatos das trevas, e algo sobre a prisão de Lúcio Malfoy em Azkaban.

Amy se lembrou da ultima vez que ela e Malfoy trocaram palavras, como ele estava enfurecido pela prisão do pai, como achava que ela e os amigos eram os únicos culpados. Voldemort com certeza deve ter punido a família de algum jeito, pois estava nas mãos de Lúcio a missão de atrair Harry e conseguir a profecia no Ministério. Amy jogou o jornal em cima da mesa e subiu para o quarto com os pedaços de pizza.

Era como se tivesse tirado um enorme peso dos ombros ter falado com Harry. Ela se sentiu tão aliviada por ele não estar estranho e ter conseguido desabafar um pouco com o amigo. De repente, ela queria ir logo para a casa dos Weasley, ver Hermione, Rony, todos os Weasleys e os membros da Ordem.

Pegou um pedaço de pergaminho e escreveu à Rony, perguntando como tudo estava e se ela poderia ir para a casa dele o quanto antes. Sabia que Hermione tinha chego no dia anterior, e queria muito rever a amiga. Despachou a coruja e desceu para lavar a louça (ela não via a hora de poder usar magia para fazer os deveres de casa). Estava terminando a pia quando seu pai chegou do Ministério.

—Oi querida. -ele disse, colocando a mala do trabalho em cima da mesa.

—Oi pai. Como foi no trabalho? - Amy secou as mãos na calça e se apoiou no balcão.

—Uma loucura, uma loucura total… parece que voltei quinze anos, estão todos muito assustados.

—Imagino.

Nesse momento, uma velha coruja conhecida pousou na janela aberta. Amy pegou a carta em seu bico e abriu apressada.

Amy,

Por aqui estão todos bem. Mamãe, Gina e Hermione estão ansiosas para te ver. Harry chega amanhã, no começo da manhã, pelo o que papai disse. Porque não vem logo pra cá, essa noite? Mamãe está fazendo uma janta deliciosa, adoraríamos ter você aqui já. Hermione pediu para enfatizar essa última parte.

Rony.

Amy sorriu com o bilhete.

—Pai, posso ir para os Weasleys hoje?

—Hoje? Está meio tarde, não acha?

—Rony falou que tudo bem eu ir agora. Ainda não jantaram e não vou demorar para fazer as malas.

—Tem certeza? Você pode ir amanhã de manhã.

—Ou eu posso ir hoje. Não vai mudar nada!

Ele pareceu pensar um pouco.

—Eu estive pensando… você tem amigos muito perigosos, Amy. O que aconteceu no Ministério…

—Pai, por favor, não começa…

—Eu estou preocupado com sua segurança! Como posso ficar tranquilo se toda vez que Harry Potter está em perigo você está junto?

—Primeiro, nós não ficamos em tantas situações perigosas como parece. E segundo, não há nada que você possa fazer em relação à isso. Eu não estou por aí procurando encrenca,  juro.

—Não sei, Amy… você pode ir para os Weasleys, mas por favor, não se arrisque mais, filha. Deixe isso para a Ordem. Promete?

Amy olhou com carinho para o pai. Sabia que ele tinha razão em sua preocupação, mas ela não podia fazer nada em relação àquilo.

—Prometo fazer o meu melhor. - ela disse e sorriu para o pai, depois subiu para preparar as malas.

Em uma hora Amy estava pronta para partir. Damon, como membro da Ordem e irmão dela, acompanhou Amy até A Toca. Ela foi recepcionada pela Sra. Weasley com muito carinho, a casa cheirando à comida, o que fez Damon querer ficar para jantar novamente.

—Amy, querida, coloque suas coisas no quarto de Fred e Jorge. Eles estão passando um tempo na loja de logros, e como Harry só chega amanhã, você pode dormir lá esta noite. Os meninos estão no quarto de Rony.

—Tudo bem. Obrigada Sra. Weasley.

Amy foi apressada colocar suas coisas no quarto dos gêmeos e depois para o quarto de Rony!.

—Amy! - Rony, Hermione e Gina exclamaram quando ela colocou a cabeça para dentro.

Ela abraçou todos com carinho, sentindo um alívio ao ver eles. Como ela podia não estar ansiosa para rever eles?

—Ah, senti tanto a sua falta. -Hermione disse quando se soltaram. - Pensei que você não viria hoje, afinal.

—Mudei de ideia agora de noite.

—Harry chega amanhã de manhã. -disse Rony.

—É, você falou. Fui ver ele hoje.

—O que? Você foi na casa dos tios dele? -Hermione perguntou perplexa.

—Fui. Foi bem rápido, só queria ver como ele estava… -Amy parou de falar ao ver o olhar de Hermione, como se elas soubessem de algo que os outros não sabiam. -O que foi?

—Nada! Continua a história. -Hermione disse, de repente muito interessada.

—Bem, o tio dele só chegou depois, então foi tranquilo. A gente só… conversou.

—Sobre o que? - perguntou Hermione ansiosa. Rony e Gina olharam estranhos para a amiga. Amy percebeu o tom de segunda intenção na voz dela, mas deixou passar.

—Sobre o que aconteceu no Ministério, basicamente.

—Ah… - falaram os três, ficando um pouco mais sérios.

—Amy, a gente estava conversando sobre isso outro dia… a gente queria saber, exatamente, o que aconteceu quando você e Harry saíram daquela sala? Tudo o que soubemos foi que Voldemort apareceu no Ministério e batalhou com Dumbledore. - Gina perguntou com cuidado.

Amy mordeu um lábio. Sabia que aquela era a hora de contar, que não tinha problema nenhum em falar sobre o que aconteceu, como se sentiu.

—Bem… quando cheguei no saguão de entrada, Bellatrix estava caída no chão, na mira da varinha do Harry. Mas ela estava rindo e Harry estava… preocupado, e quando eu corri para ele, Voldemort apareceu por trás… ele… ele agarrou meu pescoço e perguntou se era eu quem tinha destruído a profecia. Depois… eu… ele me jogou na fonte e me prendeu no chão. Eu… comecei a me afogar, fiquei desesperada, tinha muito sangue saindo da minha perna… Então ouvi a voz dele na minha cabeça… ele disse que eu morreria, assim como minha mãe, que Harry não se importava comigo, mas iria morrer mesmo assim… -Amy engoliu em seco e deu um risinho nervoso. Odiava que tinha sentindo tanto medo naquele momento, logo ela, que era tão corajosa e atrevida. Odiava como Voldemort tinha entrado em sua cabeça, como a fez desistir tão rápido da vida. - Voldemort me tirou da fonte, queria me matar na frente do Harry… mas então Dumbledore apareceu e… cara, eu nunca senti tanto alívio na minha vida! Ele pediu para Voldemort me soltar, então começaram a batalhar. Eu e Harry corremos para um canto, para não sermos atingidos, mas então Voldemort simplesmente desapareceu e entrou no corpo do Harry.

Hermione e Gina deram gritinhos de horror, e Rony olhou esbugalhado para ela.

—Voldemort queria que Dumbledore poupasse Harry da agonia e o matasse. Então eu comecei a falar com ele e do nada ele só voltou ao normal. Foi quando os funcionários do ministério apareceram e Voldemort desapareceu de vez, junto com Bellatrix. Dumbledore levou eu e Harry para Hogwarts por uma chave de portal. Foi isso, basicamente.

Os três olhavam chocados para Amy, que desviou os olhos desconfortavelmente.

—Meu deus… -disse Gina.

—Amy… por que não contou isso para nós? Voldemort quase te matou… -Rony disse.

—Eu sei, seu sei… devia ter contado, desculpem. Mas agora vocês já sabem…

—Não conte isso para mamãe, Amy, ela teria um troço. -Gina disse.

—Não conto. Mas eai, como está tudo por aqui?

Ela queria esquecer esse assunto por um tempo, não queria pensar nele. Eles conversaram por quase uma hora até finalmente desceram para jantar. Amy comeu pouco, pois já havia comido a pizza, mas isso não pareceu parar Damon, que devorou um prato gigante.

Hermione estava dormindo no quarto da Gina já, então Amy ficou no quarto dos gêmeos mesmo. Era mais de meia noite quando foram dormir. Logo após adormecer, veio o pesadelo, mas esse foi diferente.

Não foi só o corpo de Harry que apareceu sem vida acima dela. O de Hermione e Rony também, os olhos fixos e mortos, sangue saindo pelo nariz e pela boca e se misturando à água. Só que dessa vez, Amy não acordou. Se afogou cada vez mais, sem perder a consciência, apenas se afogando infinitamente, e Voldemort falando em sua cabeça.

“Eu vou matar eles, e vou matar você”.

Amy tentou gritar, tentou lutar contra a paralisação do seu corpo, mas não conseguia. Mas ela não desistiria dessa vez, não desistiria de viver, gritaria por sua vida até não poder mais…

Então ela acordou, se sentando bruscamente na cama. Alguém chamava o seu nome e tentava segurar seus braços, e ela afastou a pessoa rudemente, até perceber que era Harry quem estava ali.

—Amy! Amy! -Ele se sentou na cama ao lado dela.

Amy respirava ofegante quando parou de lutar com os braços.

—Desculpa, tive… tive um pesadelo.

Ele a olhou preocupado, e segurou sua mão.

—Está melhor agora?

—Sim, estou. Que horas são? Quando foi que chegou aqui? -ela disse sonolenta.

—Há umas duas horas. É madrugada ainda. Foi mais rápido com Dumbledore do que ele achou que seria, então cheguei cedo.

—Como foi com Dumbledore?

—Nada demais, eu conto amanhã.

—Ah. Desculpa te acordar.

—Não tem problema. - ele disse sonolento também. - Vamos voltar a dormir.

Amy fez que não com a cabeça. Não queria voltar a ter pesadelos tão rápido. Harry olhou para ela meio incerto, como se estivesse decidindo algo dentro de si.

—Posso deitar com você, se quiser. -ele disse rápido demais.

Amy ergueu o olhar surpresa. Por um segundo, ela não soube o que responder, apenas olhou aqueles lindos olhos verdes.

—Você não é exatamente à prova de pesadelos, Potter. -ela disse com as sobrancelhas erguidas.

—Essa noite eu sou. Não custa nada tentar. -ele disse com um risinho sacana.

Amy sorriu para as cobertas e pensou um segundo. Porque não? Ela prendeu o cabelo num coque e encostou para um lado da cama, e Harry deitou ao seu lado, passando um braço por baixo do seu pescoço. Amy sentiu um forte arrepio quando ele desceu suavemente seus dedos pelo ombro e braço dela, cruzando suas mãos no final. Ela se lembrou da noite em que dormiram de mãos dadas no saguão principal quando Sirius invadiu Hogwarts, e da noite em que dormiram na mesma cama na Copa Mundial de Quadribol.

—Boa noite, Amy.

—Boa noite, Harry.

Eles disseram e mergulharam num sono sem pesadelos algum.


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