Agora e para Sempre escrita por Nadaluvia


Capítulo 60
2 Temp - Vida.




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 Logo depois que Arthur saiu, sem dizer nenhuma palavra, pude me afundar em lagrimas. E eu queria me afogar. A dor no peito é forte, rasga minha pele. 

 Não há mais o que fazer aqui. Mas alimentei esperanças naqueles que estão ao meu redor. Seria demais. 

 Sempre venerei o amor, mas então percebo que o Amor machuca. E deixa cicatrizes. Ele chega, te agarra, e depois te solta levando uma parte sua como lembrança. O amor mexe conosco. Tortura e conduz as pessoas a falsas promessas.

 Senti todas as dores, todas as falsas promessas e esperanças que o amor dà para que depois possa te destruir dos pés a cabeça.

 Muitos idolatram mas outros... Bem, outros odeiam.

 — Helena. - a enfermeira chega e me olha preocupada.

 Não olho, não ouço. Só sinto.

 Choro atê sentir o ar sair de meus pulmões e custar a deixar entrar oxigenio neles. Perco o folego o que deixa a enfermeira preocupada. 

 Ela não sabe o que esta havendo. Ninguem sabe. Só eu. Presa a essa dor torturante e doentia. 

 Sou uma peça nesse quebra cabeça do Destino. A peça perdida embaixo do carpete. 

 

SELENA RIVEIRA. 

Acaricio seus cabelos enquanto o observo dormir. Seu eosto é sereno, calmo. 

 — Por que esta me olhando assim? - sua voz rouca ecoa pelo quarto e seus belos olhos verdes me encaram junto a um sorriso de tirar um folego. 

 — Gosto de vê-lo dormir. 

 — O que há de bom nisso? 

 — Você fica de boca fechada quando esta dormindo. - me afasto brincalhona o fazendo mostrar a lingua. 

 Pego o livro e me sento ao seu lado. 

 — Em que parte paramos? - pergunto filheando as paginas de O Pequeno Principe. 

— "O essencial é invisel aos olhos, e só se pode ver com o coração".— cita uma das frases do livro. 

 — O que esta querendo dizer, Senhor Lacerda? - peegunto com os olhos semicerrados. 

 — Que o nosso amor só pode ser visto pelo coração. Só nós sabemos como é. Nada, nem ninguem pode entender essa paixão. 

 Me agacho para olhar diretamente em seus olhos. 

 — Eu sinto muito. A culpa foi minha. 

 — Shhh... - seu dedo contorna meus labios. Amo essa mania. - Esta tudo bem. 

 — Não esta. Você perdeu uma perna e a culpa foi... - me puxa e junta nossos labios. 

 O contato de nossas bocas ainda me deixa tonta. É como se fosse o primeiro. 

 — Eu te amo. Quero viver o resto dos meus dias ao seu lado. Sou só seu. Apenas seu. 

 — Eu só sua. - me beija de novo. 

 — Gabriel. - me lavanto bem no momento que Georgia entra no quarto. Fica sem jeito ao me ver ali. - Filho, sua irmã não esta nada bem. 

 — O que ela tem dessa vez? 

 — Parece que é mental. Nada fisico. 

 — Como assim? 

 — Ela não para de chorar e de olhar para o teto. Esta me deixando assustada. 

 — Chamou o papai? 

 — Jà esta a caminho. Meu filho, depois passe no quarto dela. Ela precisa dos irmãos. Tudo bem? 

 Gabriel assente. 

 — E Selena... - segura minhas mãos. - Sem ressentimentos. 

 Sorrio. 

 — Sem ressentimentos. 

 — Eu te considero como uma segunda filha. Você é uma otima garota e... 

 — Mãe não vai chorar, vai? - Gabriel nos interrompe. 

 Georgia ri. 

 — Não. Claro que não. - Aperta minha mão. - Selena. Eu sei quê nã fui uma boa madrasta. Mas vou fazer o possivel. 

 — Tudo bem, Georgia. Obrigada. 

 Me abraça e se vai. 

 — Esta bem? 

 Desabo na poltrona. 

 — É isso? 

 — O que?

 — Passe livre? 

 Sorri. 

 — É cedo para saber. 

 Sorrio e o beijo. 


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Notas finais do capítulo

Awnt. Pequeno eu sei!!!!



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