Chego rapido a casa de Miguel.

Bato na porta e o mesmo aparece.

—esta atrasada.

—onde ele esta?

—la em cima. - entro sem pedir permissão.

—ah, pode entrar Gabrielle. Fique a vontade em minha casa. - zoa. Subo as escadas.

—cala a boca, Miguel.

Entro no quarto.

O garoto dos cabelos loiros esta sentada na cama, olhando pela janela.

—Guilherme. - me olha.

—Gabi. - pelo jeito que fala, esta bebado.

—Guilherme, o que esta fazendo?

—o que você esta fazendo aqui?

—vou te levar para casa.

—não! Me deixe. - toco em seu braço, mas ele me afasta lentamente.

Me deixe.

—esta bebendo a quantos dias?

—todos estes dias.

—Guilherme levante e tome um banho.

—não Gabrielle. Você não é... minha mãe.

Se levanta mas tropeça e cai de cara no chão, ficando caido ali.

—Guilherme. - me agacho e tento o puxar mas quase caio. - Guilherme me ajude.

Puxo seu braço e consigo o levantar. Ele é o dobro do meu tamanho e peso.

—me deixe Gabrielle. - consegue murmurar.

Cai de joelhos e vomita no carpete.

Meus olhos se enchem de lagrimas.

—vem, vou te dar um banho.

Se levanta e me encara.

—vai embora, Gabrielle.

Meus olhos se enchem de lagrimas.

—Guilherme por que quer continuar assim?

—eu gosto de beber.

—vem embora comigo.

—não. Me deixe. Eu estou feliz assim.

—eu não quero te ver assim.

—então vá embora e me deixe.

As lagrimas escorrem.

—Guilherme pare com isso.

—você não é nada minha, então vá embora.

—eu te amo Guilherme, não entende isso?. Helena e eu já deixamos varias indiretas, mas você é tão burro que não presta a atenção?

—me ama?

—amo, seu babaca!

Me puxa para me beijar mas o empurro.

—eu te amo, mas não quero assim. bebado. Você era responsavel. Agora olha como esta?

—Gabi...

—você esta ficando maluco, Guilherme. Perdeu a familia e atê mim.