Demetri tentava rastrear o cheiro de sua melhor amiga mais uma vez, com Jane Volturi ao seu lado, dando ordens de como deveria agir. Alexander estava na cidade, aproveitando que o dia havia dado lugar a noite e eles poderiam procurar por Alyssa em todos os lugares. Já fazia uma semana desde que a garota havia sido sequestrada e todos estavam com os nervos a flor da pele. Não tinham noção de onde ela estavam e quanto mais procuravam, mais longe pareciam estar de encontrar provas reais. Um pequeno aparelho apitou no bolso do celular de Alexander, o vampiro atendeu mesmo vendo um numero desconhecido na tela.

— Alô? – disse.

Felix se aproximou dele. Jane e Demetri também haviam voltado, talvez encontrassem algo na floresta.

— Eu simplesmente ainda não consegui entender o que quer de mim — uma voz reconhecida disse do outro lado da linha.

Os vampiros se tornaram eufóricos ao perceber que era Alyssa quem falava, mas ninguém ousou dizer nada, estavam prestando atenção na conversa do outro lado da linha.

— Eu já disse o que eles querem, loirinha— Jonathan falou.

— Mas, não faz sentido, sabe? Eu sou humana, não faço diferença nenhuma naquele castelo— disse, dramatizando – Já faz uma semana que eu tô aqui, e nada aconteceu.

— Pode não ter acontecido, mas vai— o vampiro falou – Eles estão procurando por você, Alyssa.

A garota engoliu o choro, e Alec percebeu isso.

— Não me olha como se eu fosse um bichinho de estimação— rosnou.

— Você anda emotiva de mais— disse – Espero mesmo que esse ataque aconteça antes que essa criança saia de dentro de você, não vou aguentar você chorando tanto não.

Alexander sentiu um frio percorrer por toda a sua espinha ao ouvir aquilo. Não fazia sentido nenhum, ou fazia? Três pares de olhares caíram sob si, que permanecia em choque. O que Alyssa estava tentando dizer?  Gravida? Ele não podia acreditar. Sua noiva, agora com um filho seu dentro do ventre, havia sido sequestrada e não havia sinal nenhum da mesma a exatamente uma semana. Alec entraria em desespero mais uma vez  se não conseguisse resgatar a humana e seu bebê antes do amanhecer.

— Cala a boca, Jonathan— rolou os olhos – Eu estou com fome.

— Tem comida na geladeira— disse.

— Não, eu não quero comida— Alec sorriu de lado – Preciso que compre amoras pra mim.

— Amoras?— esbravejou.

— Amoras!

Jonathan bufou. Não era uma pessoa ruim, e realmente gostava da loira, mas seguia regras, e não podia se livrar das mesmas, ou ele morreria. O mesmo trancou o cativeiro mais uma vez, indo em direção a algum lugar que houvesse o que a humana havia pedido.

Alyssa levou o celular ao ouvido algum tempo depois que o vampiro saiu.

— Alec— sussurrou, muito baixo.

— Onde? – perguntou o vampiro, sentindo suas mãos tremerem.

— Tudo o que sei é que existe um museu aqui perto— disse – Ouço as pessoas falando sobre na rua.

Os vampiros tornaram a correr, só havia um museu em Volterra.

— Vamos te achar, eu prometo!

— É uma espécie de galpão— comentou – As portas e janelas estão pregadas com madeira, nada que não consigam arrancar.

— Fique longe delas – Jane gritou – Vamos arromba-las.

Em menos de cinco minutos houve um estrondo, e quatro vampiros adentrando no pequeno cativeiro. Alyssa não se moveu, Alec correu para o seu lado, segurando a garota nos braços. Podia sentir uma pequena distancia entre os dois, devido a pequena barriga que começava a se criar no ventre dela. Ao lembrar-se, ele sorriu para a noiva.

— Isso é mesmo serio? – ela assentiu e ele segurou o rosto da mesma entre as mãos – Vou tirar vocês daqui, mas precisamos correr.

Alyssa não estaria em condições nenhuma de correr, muito menos com vampiros.

— Eu não... – ele a cortou.

— Ou você dorme – disse deixando a nevoa preta sair de suas mãos – E eu a carrego.