As paredes do castelo pareciam desmoronar a cada grito estridente de Alexander Volturi com qualquer membro da guarda que aparecesse em sua frente. Sua irmã, Jane, cuidava da fogueira onde queimavam cerca de vinte vampiros recém criados. Ao que parecia, Vladimir e Stefan haviam usado o pequeno exercito apenas para distrair o clã de vampiros mais respeitado do mundo, para que então, pudessem sequestrar a filha de Aro Volturi. Alyssa não estava em lugar nenhum do castelo, deixando o mesmo em estado de alerta. Todos já sabiam do ocorrido e estavam malucos atrás da garota, que a este ponto, se encontrava inconsciente em um pequeno cativeiro em meio a cidade, longe do alcance de vampiros, a não ser os que já estavam com a própria.

— Como você deixou levarem a minha filha, Alec? – Suplicia gritou, se aproximando de seu marido e do garoto que parecia querer arrancar a cabeça da mesma a qualquer momento – Aro, ache-a! Alyssa pode estar morta agora, e a culpa é toda sua.

— Suplicia, todos sabíamos os riscos de ter Alyssa aqui – Aro se pronunciou rudemente – Mas você foi quem mais insistiu para que ela permanecesse. Alexander não poderia proteger e matar outros vampiros ao mesmo tempo. Se não os matasse, ELES  a matariam. Armaram contra os Volturi e os responsáveis pagaram por isso, você pode ter certeza.

O vampiro mais jovem preferiu ficar quieto. Sentia que poderia explodir a qualquer momento sem sua noiva segura. Demetri havia se encarregado de rastrear o cheiro de sua melhor amiga até que encontrasse, mas ainda não tinha voltado. Jane se aproximou do irmão, colocando a mão sob o ombro do mesmo.

— Vamos encontra-la – ela sussurrou – Alyssa saberá se defender, treinei ela nos últimos dias pra evitar que algo acontecesse.

— Ela estava machucada, Irmã – ele disse em tom baixo o suficiente para que somente a loira pudesse escutar – Não terá condições de lutar com vampiros!

— Vocês precisam parar de subestima-la tanto – rolou os olhos – Sua noiva não é um bichinho de estimação indefeso. Ela saberá se cuidar, até que consigamos encontra-la. Você pode confiar em mim, não vamos deixar que isso demore para acontecer.

Em questão de segundos Demetri se aproximou, atraindo a atenção de todos.

— O ultimo rastro que encontrei foi em direção Leste a floresta – comentou frustrado – Lembraram de esconder o cheiro humano.

Alexander preferia que eles tivessem escondido o cheiro humano, do que ela deixasse se ser uma.

Alyssa sentiu sua cabeça pesar, e sentiu uma imensa dificuldade ao abrir os olhos. Mas, quando o fez, sentiu vontade de gritar por estar em um lugar desconhecido, com pessoas desconhecidas.

— Que bom que acordou – Jonathan disse entrando no cômodo com um copo de agua em mãos – Ainda não consigo controlar tão bem o meu dom, talvez tenha usado com intensidade de mais.

Ele estendeu o copo na direção da garota, que recuou.

— Quem é você? – sussurrou, abraçando o próprio corpo.

— Você não precisa ter medo, se colaborar comigo – disse – Sou Jonathan e fui criado por Vladimir e Stefan. Não vou fazer mal a você, quanto a isso, poderá ficar sossegada. Mas também não deixarei que vá embora, até que todo o poder esteja nas mãos de meus criadores.

— Eu não tenho esse poder – franziu o cenho – Não posso lhes dar isso.

— O seu clã tem o que queremos – esclareceu – E sem sua princesa, se enfraqueceram.

Alyssa sentiu seu estomago revirar, e sem que pudesse controlar, colocou tudo o que havia ingerido para fora, se deixando levar pela fraqueza logo em seguida.