O vampiro entrou no quarto de Alyssa pronto para toma-lá em seus braços e impedir que qualquer outra pessoa tivesse que tirá-la dali. Não encontrou nenhum sinal da loira, apenas Felix analisando os portas-retratos espalhados pelo quarto. Ele tinha um semblante de cuiriosidade estampado em seu rosto. Alec parou ao lado da cama de sua noiva, onde seu cheiro triunfava, e ficou encarando o vampiro de costas pra sí.

— Onde ela esta? – perguntou.

— No banho – Felix respondeu, virando-se para o amigo – Tomaram uma decissão?

Alexander jamais concordaria com a escolha de Aro e Suplicia, afinal, eles se casariam em alguns meses. Promereram a loira ao vampiro, e teria que ser cumprido, nem que fosse a ultima coisa que fizessem em vida.

— Eles querem leva-la – comentou Alexander, com a raiva contida em sua voz.

— E vão conseguir? – perguntou o grandão.

— Nunca – jurou para o proprio amigo que sorriu amigavelmente.

— É bom ouvir isso – disse, andando até Alec – Que finalmente você percebeu o quanto Alyssa é importante pra você. Mas, é muito mais além do que isso, não é? Ela faz parte desse castelo, ela foi a responsavel por trazer vida a ele. Por mais que seja perigoso mante-la aqui, nós a protejeremos. Os mestres não podem simplesmente decidirem manda-la para um internato do outro lado do mundo.

O chuveiro foi desligado e ambos perceberam isso.

— Felix... – Alexander começou a falar.

— Não precisa continuar – sorriu de lado – Cuida dela.

— Como se fosse preciso pedir.

E então o grandão saiu do quarto, dando privacidade maxima ao casal. Alyssa adentrou no quarto com o cenho franzido ao ver outro vampiro ali, e se perguntou a quanto tempo Felix havia dado lugar para seu noivo. A quando tempo a reunião, sobre a sua pessoa, acabou... Ela tomou uma expressão de deboche ao ver o Volturi ali, sabendo que faria qualquer coisa para provoca-lo enquanto o mesmo mantinha seus olhos na garota de cabelos molhados. Alec a analisou enquanto avançava três passos na direção da mesma que permanecia estatica em seu lugar.

— A quanto tempo está aqui? – perguntou com o vacilar da voz – Como acabou a reunião?

Ela se desmanchou quando as mãos de Alec tocaram sua cintura, causando um temor na região, e a mão esquerda voltou-se para o rosto palido da menina, que definitivamente não estava entendendo nada do que acontecia.

— Alexander... – murmurrou.

— Não importa – ele disse – Nada disso importa, Alyssa.

E então quebrou o espaço que restava entre ambos. Ela não se assustou, retribuiu o beijo com vontade, como se estivesse esperando aquilo por muito tempo, mesmo que não soubesse. Logo estavam contra a parede, se beijando ferozmente. Alec forçou o aperto de suas mãos na cintura da garota, que gemeu de dor. Ele se afastou para olhar em seu rosto, mas ela voltou a puxar seu pescoço até que suas bocas voltassem a estar coladas. Pararam de se beijar um segundo, para que a mesma pudesse encher seus pulmões de ar, mas durante esse curto tempo, o vampiro beijava o pescoço de sua cantante apertando, mesmo que sem querer, todos os lugares onde suas mãos passavam. Alyssa não se importou com aquilo quando entrelaçou suas pernas em volta da cintura do vampiro que continuava a atacar seu pescoço ferozmente.

— Para de se torturar – sussurou no ouvido do vampiro – Morde.

Alexander a olhou nos olhos, seus olhos vermelhos quase explodindo de tanta sede. Ele engoliu seco e a apertou mais ainda contra a parede. Tinha que se controlar. Mas a maluca parecia confiar plenamente para que ele a mordesse, sem mata-la.

— Não pode confiar tanto em um vampiro – comentou.

— Eu confio – ela disse.

Eles voltaram a se beijar ainda mais feroz e Alyssa sentiu algo macio embaixo de si, só então percebeu ser sua cama. As mãos do vampiro desceram até a coxa da garota, apertando o lugar.  Ela sorriu entre o beijo, cravando as unhas na parte exposta das costas de Alec.

Ele fechou os olhos, respirando fundo e tentando ao maximo se acalmar. Ela o analisou, o misto de expressões passando pelo seu rosto, mas a sede continou, o desejo, a dor de tê-la tão perto e não provar de seu sangue... ela permaneceu.

— Você precisa se alimentar – ela comentou, engolindo seco. Não queria ter que imaginar a cena.

— Eu tô bem – disse, deitando ao lado dela – Você tá bem?

Ela concordou com um aceno, abraçando-o de lado.

— Sobre a reunião... – começou a dizer.

— Não precisamos conversar sobre isso agora.

— Não quero que isso acabe – sussurrou fechando os olhos.

— Ninguém vai tirar você de mim – ele disse, apertando ela contra sí – Pode fechar os olhos. Amanhã, eu ainda estarei aqui.

***

Quando a reunião acabou, Demetri seguiu para fora da sala, na tentativa de ir ver se Alyssa estava bem. Mas Jane parou em seu caminho, bloqueando a passagem.

— Jane – murmurrou – O que quer?

— Onde você vai? – perguntou.

— Vou até a torre – falou – Dar boa noite a Alyssa.

— Alec já se encarregou disso, e acredito que não queiram ser encomodados.

Demetri assentiu surpreso.

— Não acha que devemos fazer o mesmo general?

Antes mesmo que o vampiro pudesse responder eles já estavam se agarrando pelos corredores do castelo.

E por aquela noite, apenas por aquela noite, o amor venceu.