Home escrita por Thay Paixão


Capítulo 28
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Feliz ano novo minha gente!



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Capitulo 21

—Eu acho melhor voltarmos outra hora e com hora marcada. – resmunguei para Edward tentando disfarçar meu biquinho.  Ele apertou meus lábios com seus dedos.

—Ela já conseguiu nos encaixar amor. – ele disse suplicando, os olhos brilhando de empolgação. Eu poderia negar algo aquele olhar?

Suspirei.

— Só mais quinze minutos. Quero estar no trabalho antes das dez.

Ele revirou os olhos.

—Que graça tem ser promovida a chefe se não pode fazer seu próprio horário?

—Primeiro eu sou apenas a chefe do meu setor, e segundo... Tenho que dar o exemplo, senhor sou dono do hospital onde faço residência.

Ele me deu um selinho.

—Lido com a vida das pessoas. Quero ser medico antes de qualquer coisa. Na verdade... Estou esperando o dia em que você irá assumir a administração do hospital, junto com Aro, ou venderemos nossa parte, o que vier primeiro.

Senti o ar sair de meus pulmões com sua declaração.

—Como assim eu assumir a administração ou vender sua parte? Edward seu pai ergueu aquele hospital do nada! É sua herança de família...

—Isabella Cullen. – ouvi a recepcionista chamar meu nome.

—Nossa vez. – ele pulou da cadeira.

—Essa conversa ainda não acabou. – sussurrei entre dentes para ele, enquanto andávamos para a sala da Dr. Carmen, que agora seria minha obstetra também.

—Isabella, Edward! Bom dia. – ela nos cumprimentou com seu sorriso habitual.

Edward apenas acenou com a cabeça para ela e se sentou. O sorrisinho de canto queria dizer que ele estava se segurando para não esfregar na cara dela que eu estava gravida.

—Eu não esperava te ver agora. – ela confessou se sentando e retirando os óculos.

—Foi uma emergência. – ela logo ficou mais seria.

—Amor assim você assusta a medica. – Edward disse segurando minha mão.

—Vocês estão com... Algum problema? – ela tentou.

—Eu fiz um exame

—Bella está gravida. – Edward disse com um sorriso radiante, que poderia ser traduzido como ‘sou um touro reprodutor’’.

—Eu iria falar. – resmunguei.

—Eu precisava dizer amor. – Ele disse manhoso.

—Oh isso é maravilhoso! Você fez um exame de farmácia? – Dra. Carmen estava passando para sua praticidade.

—Sim. Deu positivo... - eu comecei a falar de maneira nervosa. Eu já tinha passado por isso antes. Bom não exatamente dessa forma, já que nunca havia dado positivo antes.

—Vou pedir um exame de sangue. Você faz e volta aqui. Não deve demorar nada para sair.

—Ok.

—Mas... -Edward começou.

—Shi. – ele iria querer discutir com minha medica.

Notando isso, tão bem quando eu, ela tomou a frente.

—Preciso do exame de sangue para que ele me aponte com quantas semanas ela está mais ou menos.

Saímos rápido da sala, no máximo em uma hora teríamos o exame. Liguei para a gráfica dizendo que não iria hoje.

(...)

—E se der negativo?- disse para Edward no exato momento em que iriamos voltar à sala da Dra. Carmen.

—Amor... Isso não irá acontecer.

—Mas e se acontecer?

Ele colocou as mãos no meu rosto me fazendo olhá-lo.

—Me diz você Bella. Certa vez minha mãe disse que uma mulher sabe quando está gravida. Ela sente isso. Mande seus medos embora e me diga; você sente que está gravida?

Uni nossas mãos ainda em meu rosto quando respondi.

—Sim.

Ele me beijou rápido.

—Então não tem com o que se preocupar. Vamos. E a propósito... Não podemos ter outra obstetra?

Fiz uma careta para ele.

—Não. Ela é minha medica há anos, e eu gosto e confio nela.

—Tudo bem... – ele ficou cabisbaixo ao entrarmos na sala.

—Bem vindos de volta, papais do ano! – ela nos saudou.

—Mesmo? – falei. Ela sorriu entendo o que aquilo significava para mim.

—Mesmo querida. Você esta com sete semanas. Vá colocar o avental, vamos fazer um ultrassom.

Meio em sonho fui para a repartição tirar minhas roupas.

Eu estava me controlando para não dar pulinhos de alegria. Será que pular faria mal ao bebê? Meu Deus, eu precisava perguntar muitas coisas a medica!

Edward me ajudou a deitar na maca. Eu não conseguia identificar quem estava mais feliz, ele ou eu mesma.

O gel sobre minha barriga me fez estremecer e depois me jubilar; era minha vez! Eu havia acompanhado Ângela, Alice e Rose com consultas de ultrassom, e agora era na minha barriga!

Edward segurou minha mão.

—Nesse momento não podemos ver muito, mas poderemos ouvir o coração.

—Isso é ótimo. – sussurrei. Meu coração batia rápido. Ela mexeu com o aparelho pela minha barriga de um lado a outro.

—Sim... Hum... Esse pontinho aqui é o bebê. – ela disse. – vou capturar a imagem e imprimir para vocês.

Edward estava completamente absorto na imagem que eu mesma não conseguia distinguir muito. Na verdade eu estava tão presa no turbilhão de emoções dentro de mim, que até meus olhos estavam cheios de lágrimas não derramadas atrapalhando minha visão.

—É o nosso bebê ali. – Edward sussurrou em meu ouvido.

—Hã... Temos uma surpresinha aqui.

—O que tem? Algum problema com o bebê? – perguntei já ficando ansiosa.

Ela não respondeu, ao invés disso um som rápido e forte encheu a sala. Eu conhecia bem aquele som. O som de um novo coração batendo.

Aquele som fez com que as lágrimas que eu prendia escapassem. Eu chorava e sorria. Edward e eu trocamos um olhar cúmplice. O som era rápido e forte. Ela mexeu mais um pouco e o som mudou. Uma batida se sobre pondo a outra... Ouvi Edward arfar.

—O que foi?- perguntei.

—Isso... – ele falava com a Dra. Carmen. Ela lhe sorriu.

—Sim Dr.Cullen. – foi a primeira vez que eu ouvi alguém se referir a Edward como doutor.

—Tem algum problema? – eu me sentia uma estranha ali, claramente eles estavam tendo uma conversa por olhar, do qual eu era completamente excluída por não ser formada em medicina.

—O bebê está bem?! – eu fiquei nervosa.

—Calma amor. Não há problema. – Edward acariciou meus cabelos.

— O que é então? – quis saber.

—Isabella, vê esse pontinho bem aqui? – a medica congelou a cena na tela. Um borrão preto que era meu filho.

—Sim. – falei já sem paciência.

—E aqui... – ela mexeu mais um pouco e voltou a congelar.

—Outro ponto. – falei. Edward soltou um risinho. O fuzilei com os olhos.

—Ouça... – ela disse e o batimento encheu novamente a sala. O coração do meu bebê.

—Sim.

—Agora... – o barulho cessou. Depois ela mexeu na minha barriga mais um pouco e... O barulho retornou. – Agora?

—O coração do bebê? – tentei.

—De outro bebê. – Edward sussurrou. O olhei em choque.

—Como?

—Tem dois bebês ai meu amor. – ele disse e beijou minha testa.

—Vou dar um tempo para vocês absorverem isso. Quando estiverem prontos voltem a minha sala, vou preparar a receita com as vitaminas, e os cuidados que deve tomar em dose dupla.

Eu fiquei fitando os olhos de Edward enquanto a mulher nos deixava.

—Bella por favor diga algo. – ele parecia nervoso, mas não conseguia esconder o sorriso.

—O que faremos com dois bebês? – sussurrei em pânico. Ele beijou minha testa.

—O mesmo que fazemos com um. E teremos Rose e Emmett que são expert no assunto.

—Eu sou a única aqui que esta nervosa com isso?! – sussurrei em pânico. Era o meu corpo que ficaria imenso!

—Também estou amor. Mais a felicidade... – ele não completou.

—Você me faz feliz Cullen. E terá que me amar mesmo quando eu ficar enorme. -  Completei com um biquinho.

Ele beijou meus lábios.

—Sempre meu amor. Sempre vou amar você.

De volta à mesa da Dra. Carmen, ela nos passou as recomendações.

—Vou te passar algumas vitaminas a mais, por que você está com uma leve anemia.

—É grave? – Edward apertou meus dedos. Eu teria que me preparar, ele ficaria insuportavelmente protetor.

—Edward... baby... Ela disse leve. – enfatizei.

—Não precisa se preocupar. É só seguir minhas orientações e tudo ficará bem.

—Tudo aspira cuidados. – Ele lembrou beijando meus dedos. Revirei os olhos.

—Não precisa se alarmar, papai, de medico para medico, não é nada de mais. – ela rabiscou mais um pouco em uma folha.

—Então Isabella, quero você de volta dentro de um mês. Tome as vitaminas, evite pegar pesos. Nesse inicio você poderá ter alguns pequenos sangramentos, nada de mais, mas se for seguido de colidas, e contestantes, me ligue imediatamente.

—Ok. – eu seria cuidadosa, com toda a certeza. E com Edward por perto, até se eu soltasse um bum ele ficaria alarmado. Ri com o pensamento.

Fiquei em silencio no caminho de volta para casa, contemplando meu momento. Eu tinha dois bebês dentro de mim!

—Agora vamos contar aos outros? – Edward disse com um sorriso imenso.

—Sim, vamos. Mas... Podemos esperar até o próximo fim de semana, quando todos formos a Forks. – sugeri. Ele fez uma careta.

—Amor... Eu preciso contar as caras. – ele suplicou. Edward, Jasper, Emmett e Bem haviam criado uma camaradagem incrível.

—Não quero dar a noticia por telefone.

—Podemos chama-los para um jantar em casa.

—No meio da semana? Hoje é segunda Edward! Eles vão reclamar, ontem estávamos todos na casa da sua mãe, poderíamos ter dado a noticia.

—Você que queria guardar segredo antes de falar com a medica.

—Você está me culpando? – arqueei uma sobrancelha para ele.

—Não! Claro que não, só quero deixar claro, que por mim todos já poderiam saber.

—Uma forma educada de me culpar. – resmunguei cruzando os braços. Edward era um bobo! Senti lágrimas encherem meus olhos.

—Amor... Você está muito sensível. Podemos marcar com o pessoal na quarta, o que acha?

—Eles não vão poder vir. – falei olhando a paisagem que passa por nós. Malditos hormônios que queriam em fazer chorar.

—Talvez possam. Você não almoça com Rosalie amanhã? – ele tentou.

—Sim. Mas Ângela estará em Forks, e Alice estará no Restaurante. Não posso contar a uma sem contar a todas, elas ficaram chateadas! E a sua mãe? ela vai estar em Forks também!

—Então o mais sensato a esperar até sábado mesmo. Resolvido. Não vou contar aos caras.

—Promete? – funguei voltando a olhar. Ele sorriu para mim. Como eu queria estapeá-lo e beijá-lo, tudo ao mesmo tempo!

—Prometo. – ele pegou minha mão e beijou.

—Olhos na estrada Cullen. – o alertei. Toda a raiva se esvaindo do meu corpo.

Seguimos tranquilos para nossa casa, Edward já pensando em desfazer seu escritório por ser o maior cômodo depois do nosso quarto, para fazer o quarto dos bebês.

Dois bebês. Dentro de mais ou menos oito meses eu teria dois bebês.

Já em casa, Edward se ocupou de arrumar a bagunça deixada por Tony, que essa semana ficaria na casa da mãe, e ele mesmo fez o jantar.

—Vai querer me dar banho também? – brinquei quando ele puxou a cadeira para me sentar a mesa.

—Essa a parte que mais estou esperando. – ele respondeu.

Comi a salada com frango que ele havia feito.

—Edward, minha ficha ainda não caiu.

—A minha está no chão. Eu já esperava isso. Fiz isso.

—Não seja bobo. Estou falando serio. Teremos dois bebês.

—O que te aflige? – ele segurou minha mão em cima da mesa. Suspirei.

—Vamos conseguir cuidar deles direito? Só nós dois? Sua mãe vive com Alice, cuida da Yasmin e do Tony, Rose tem os gêmeos... Será que daremos conta?

—Podemos contratar alguém para nós ajudar. Isso não será problema.  Você quer problematizar de mais as coisas, Bella. Na hora certa iremos nos preocupar com cada detalhe. Agora você deve comer seu almoço, por que já fiz um suco de couve com beterraba para você.

—O que?

—Precisa se alimentar bem. Isso é para sua anemia. – disse com um olhar tranquilo.

Desisti desse assunto entrando no que realmente me preocupava.

—Como Tony irá reagir.

—Ele tem três anos. Só vai entender um pouco quando sua barriga crescer, e depois reclamar dos bebês chorando. Ele já está acostumado com crianças mais nova chegando.

—Uma coisa são as tias, outra bem diferente é a mãe dele. Ele ficará com ciúmes, teremos de ser cuidadosos.

—Apenas não vamos excluí-lo. Vamos trazer o mais perto o possível dos bebês. Irá cuidar das irmãs dele.

—irmãs?

Ele tinha um sorriso convencido quando respondeu.

—Sim. Serão duas lindas meninas parecidas com você.

—Como tem tanta certeza.

Ele chegou mais perto, para sussurrar em meu ouvido.

—Por que eu fiz amor. Eu fiz. – ri o dando um leve tapinha.

—Você está insuportavelmente convencido.

—Não estou. Apenas não escondo o que faço. – ele piscou.

No dia seguinte Tanya parecia preocupada com minha falta ao trabalho, verdade seja dita eu nunca faltava. A tranquilizei dizendo que tive um imprevisto no hospital, nada de mais. ainda não contaria a ela da gravidez antes de contar a toda a família.

Eu estava no restaurante de sempre esperando Rosalie para o almoço, quando um garçom passou ao meu lado com um prato fumegante de algum peixe cozido. O cheiro me acertou em cheio provocando uma onda de enjoo tão forte que dei graças por estar sentada próxima ao banheiro. Corri com a mão tampando a boca. Todo o café da manhã, que não sei como ainda estava ali no meu estômago, saiu. Lavei a boca. Eca. Espero que isso não dure muito.

—Onde você estava? – Rosalie estava esbaforida sentada a mesa.

—Tive que ir lavar as mãos.- dei de ombros. Ela me olhou de cima a baixo. Me sentei.

—Você está estranha. – concluiu.

—Estranha como? – fiquei na defensiva.

—Ah Bella! Tenha paciência, você me enrolou todo o fim de semana!

—Com o que? –me fiz de inocente.

—Com o que? Bella eu preciso saber do exame! Deu positivo?

—Eu não fiz. – menti.

—Por que esta mentindo pra mim? – droga, ela parecia ofendida.

—Que?

—Edward estava todo o domingo com um sorriso idiota, eu sabia que tinha algo, mas não tive tempo de ficar a sós com você e perguntar! Imaginei que se o exame tivesse dado positivo, você mesmo diria no sábado mesmo, mas não disse.

—Rose...

—Não. Achei que fôssemos amigas acima de tudo.

—E somos! – supliquei. Ok, eu choraria a qualquer momento.

—Não parece.  – o olhar profundamente magoado dela foi de mais para mim.

—Eu estou gravida. – soltei. Ela abriu e fechou a boca.

—Eu sabia!

—Não grita!

—HAHA- ela riu. – foi tão fácil manipular você! Emmett tinha razão é fácil manipular uma mulher gravida!

—O que?

—Eu sabia que estava gravida no momento em que vi sair do banheiro. Eu estava entrando quando o garçom passou por você e você ficou enjoada. – explicou. Fiquei quieta me sentindo estúpida. – Bella! Você vai ser mamãe! – ela levantou e me abraçou.

—Vou sim.  – chorei com um sorriso bobo no rosto.

—Eu estou tão feliz! Vamos ter um bebezinho!

—Vamos ter dois. – sussurrei.

—Serio?

—Sim. Fomos a medica ontem. São dois.

—Isso é maravilhoso! Você merece minha querida.

—Eu estou com medo. Será que vou me sair bem?

—Não precisa ter medo. Está no nosso coração, sabe? Já nascemos prontas para isso, e com o decorrer do tempo... Isso só afora mais. Você será uma ótima mãe, como já é pro Tony.

—Espero que tenha razão. – falei em duvida.

—Eu tenho, você verá. Agora vamos pedir algo leve para você e para mim, por que estou de dieta!

Ficamos conversando sobre o mundo dos bebês, o qual eu estava mergulhando com força e com tudo.


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Notas finais do capítulo

e ai gente?! não imaginei que a fic chegasse a tanto! viramos o ano! e isso graças a vocês, que pedem mais, e me fazem escrever! muito obrigado gente! tudo de bom nesse novo ano para nós!