Home escrita por Thay Paixão


Capítulo 16
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouquinho, mas estou aqui o/ voltei ao trabalho e ele, facul e namorido... tomam um tantinho do meu tempo. rsrsrs sem mais, boa leitura ♥



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Capitulo 10

 

—Eu estou enorme. – Ângela sentenciou naquela chuvosa manhã de quarta feira. Ela está com seis meses, mas para ser sincera, realmente parecia oito.

— Tem certeza que é só um bebê ai dentro? – a provoquei. Ela fez língua pegando outro pão.

— Se fossem dois já saberíamos. – falou de boca cheia. Também pudera; ela comia de mais.

— Nem o sexo, sabemos. – reclamei. Eu estava doida para comprar mais roupas para o bebê. Coisas mais definidas para menino ou menina. Mais nos duas achávamos que seria menino.

— Com sorte saberemos logo. No caminho irei comer uma barra de chocolate. – ela sacudiu para mim não uma barra de chocolate, mais sim um tablado todo de chocolate ao leite.

— E irá dividir comigo. – falei com um sorriso me levantando da mesa e tirando nossa sujeira.

— Vá sonhando. – disse.

— Irá sim. Sou sua irmã mais velha. – fiz um afago em sua cabeça. Eu estava muito protetora com ela nas ultimas semanas. Ela havia passado mal, de novo da pressão. Nada de mais a medica garantiu, porém eu estava alarmada.

Foi na final do jogo das crianças. Ela estava lá com nossa mãe e toda a Forks. O time do Edward havia vencido para grande alvoroço das crianças e pressão das meninas; elas não queriam fazer feio. Jessica que havia dado a luz dias antes apareceu para prestigiar e eu me senti na obrigação de levar a meninas a vitória.

~~~~~~~~Dia do jogo.~~~~~~~~~

—Se a gente perder já era! – Monica reclamou emburrada cruzando os braços.

—Aqueles bobões irão rir da nossa cara para sempre! – Ariel nossa goleira concordou.

— Ninguém fará feio, e ninguém irá rir de ninguém. – falei tento parecer seria, mas por dentro tremendo; se perdêssemos essas garotinhas me odiariam.

—Bella você me parece nervosa. – Jessica me falou. Ela ainda estava toda inchada após o parto.

—Impressão sua. – dei um sorriso amarelo.

— Vai dar tudo certo, só pressione as meninas.

—Futebol deve ser divertido, elas não devem sentir tanta pressão para se saírem bem. – eu não queria alarmar as garotas.

—Elas querem vencer, e vão te odiar se perder.

— Você não está ajudando. – falei entre dentes.

— Relaxe. Quer que eu assuma?

Olhei bem para ela. Ela queria pegar as meninas que eu havia trabalhado tão duro nas ultimas semanas? Queria aparecer logo agora e levar minha gloria? Haha pudera. Não mesmo.

Dando meu melhor sorriso, tirei sua mão do meu ombro; éramos amigas mais eu sabia que se ele tivesse de passar por cima de mim para ficar em destaque, ela passaria.

— Eu tenho sido treinadora delas; serei hoje também.

Vi sua expressão desmoronar com prazer. Ninguém pegaria minhas garotas.

Olhei para Renée e Ângela na arquibancada de baixo. Renée tinha uma expressão abatida, a mesma dos últimos dias, suas dores de cabeça aumentavam e eu não sabia o que fazer. Ela dizia que estava tudo bem, no esperado (como é o esperado para morrer?) e eu não deveria me preocupar. Como não se preocupar em perder sua mãe?

Ângela olhava para Edward na lateral do campo conversando com o time dele. Os meninos estavam eufóricos por terem vencido minutos antes e ele ria feliz para eles. Perguntei-me se ela estava imaginando como seria Edward com o filho. Eu me perguntava todos os dias. E para ser sincera... Eu me perguntava muito como seria carregar um filho dele. E devo admitir... Desde a vez em que nos entregamos um ao outro no hotel, não temos usado proteção qualquer. E eu não estava gravida. E não parecia que estava perto de estar. Minha menstruação estava sendo bem fiel nesses poucos meses. Haveria algo errado comigo ou apenas o destino conspirando para que eu não roubasse o momento do meu sobrinho? Seria egoísmo engravidar agora?

—Bella? – Jessica estalava os dedos na minha frente.

—Desculpe, divaguei.

—Estou vendo. Sei que a situação entre você Edward e Ângela é complica...

Lá vem a velha Jess fofoqueira.

—Nem um pouco estranha. Estamos nos entendo muito bem.

Ela inclinou a cabeça para mim em forma de deboche.

—Claro. Perfeitamente normal ser madrasta do próprio sobrinho, principalmente quando o pai foi seu namorado dos treze aos dezoito anos. Normal se encaixa totalmente. Me perdoe por achar que você precisa de ajuda.

Bufei. Ela era uma fofoqueira, mas me conhecia bem.

—Estou tentando ter um bebê e me sentindo egoísta. – soltei. Ela arregalou os olhos.

—Não há nada de egoísta em querer ser mãe do bebê do homem que se ama.

— Ele já tem um bebê a caminho. Não acha que eu quero pegar a atenção?

—Não acho. Não parece com você... Sempre colocou a família a cima de tudo. Principalmente sua irmã. É capaz de perdoar o fato de ela ter pegado seu namorado.

—Eu o perdoei também. – a lembrei.

—Laços com irmãs são mais estreitos, logo mais difíceis de perdoar.

—Está muito madura, Jess. – elogiei. Ela me abraçou e sussurrou;

—Queria muito continuar essa conversa, mas não é hora nem lugar. Vá motivar as meninas que o jogo vai  começar.

Chamei as garotas.

—Meninas, vocês tem sido lindas! Treinado bastante, trabalhado junta... Vocês sabem o que fazer, certo?

—Chutar a bola pro gol? – Monica me olhou em duvido. Dei um sorriso duro para ela.

—Iremos ganhar?

Eu não poderia garantir isso.

—Tentem.

Jessica bufou.

—Ouça, tia Bella é meio mole mesmo. Vocês irão lá e vão acabar com elas!

As meninas gritaram. Eu precisava aprender a fazer isso.

—Peguem a bola levem para o gol, e não deixe elas no comando. Vocês irão vencer, só depende de vocês.

As meninas gritaram animadas.

—Você é boa nisso em. – resmunguei.

Jessica gritou mais que eu no jogo. E como resultado, ganhamos.

—Onde está Edward? – perguntei a Alice quando as meninas me soltaram de suas comemorações.

—Foi com Ângela para o hospital. Ela não estava se sentindo muito bem.

— Por que ninguém me chamou? – reclamei já me desesperando.

—Você tinha de estar aqui, né? Também não deve ser nada de mais.

Peguei meu celular tentando ligar para ele, mas caia na caixa postal. Droga.

—Bella, podemos ir agora para lá, mas ainda acho que não é nada grave.

—Mesmo assim quero estar com eles.

Segui com Alice para o posto medico da cidade, o caminho todo tentando ligar para Edward.

—Onde ela está?- encontrei Renée na recepção.

—Respire filha. Ela está bem, medicada.

—O que ela teve?

—A pressão está oscilando muito. Abaixou de mais hoje. Ela ficará em observação. Edward está lá dentro com ela.

Senti meu coração gelar; Edward muito mal falava com ela que dirá ficar sozinho com ela. Isso era uma coisa boa, certo?

Então por que eu me sentia como se meu namorado estivesse com uma arque inimiga minha? Por favor, era minha irmã!

—Será que posso vê-la? Por que você está aqui fora?

—Vim beber uma agua. – ela respondeu. Ela não andava bem nos últimos dias. Aquilo era uma mentira.

—Vou vê-la. – comecei a caminhar pelo corredor. Não seria difícil achar o quarto, eu conhecia aquele pequeno hospital como a palma da minha mão.

A porta do quarto estava entre aberta, e eu podia ver a cabeça de Edward inclinada sobre Ângela na cama. Hesitei. Eles estavam conversando e ele segurava sua mão sobre a cama.

O certo seria me fazer presente e não ouvir a conversa deles. Mas quem disse eu gostava de fazer o certo?

—Tenho medo de morrer. – Ângela disse.

—Não vai morrer. É jovem de mais. – ele disse serio.

Ela riu amarga.

—A morte adora jovens.

—Você ouviu a medica; só tomar os remédios na hora certa, repousar, e comer direito.

—Eu fui egoísta, Edward. Esse é meu castigo; talvez não veja a rosto desse bebê.

Ele ficou bravo.

—Verá sim, você estará aqui todos os dias por ele.

—Eu sempre fui apaixonada por você, antes da Bella. Éramos apenas crianças na escola, vocês eram da mesma classe e eu estava um ano atrás de vocês. Fazia cartas para você, escrevia seu nome no meu caderno.

Ele riu baixo.

—Colocava bilhetes no meu armário?

— sim. Eu e outras várias meninas. Bella nunca. Vocês se tornaram amigos inseparáveis na terceira serie, e eu agradeci por nunca ter contado a ela que gostava de você; tinha medo dela te contar. Eu pensei... Que tendo minha irmã sendo sua amiga iria nos aproximar, mas eu era tão tímida... Não deu muito certo.

—Eu sou apaixonado por Bella desde os cinco anos. 

—Como?

— eu também era tímido. Ela era tão incrível, eu tinha vergonha de falar com ela. Quando tivemos que fazer aquele projeto de ciências... Viramos amigos. Foi como um sonho. Eu sempre a amei.

—Eu estraguei tudo. Nunca deveria ter separado vocês.

—Pois é. Nunca. Mas você fez e eu... Eu gostava de você. Não era por nada relacionado à sua irmã... O tempo que passamos juntos realmente foi lindo. Descobrir que foi armado... Me destruiu Ângela.

Meu coração apertou.

Eles estavam num momento muito intimo.

—Nunca menti sobre meus sentimentos por você.

—Você armou para que eu não pudesse me comunicar com ela!

— Por que era a única forma de eu ter você. Pela primeira vez na vida Bella não era o centro das atenções. Minha família estava se virando sem ela. Sabe quantas vezes eles, nossos pais, jogaram as responsabilidades para cima dela? Ela estava livre Edward. Não se tratava apenas de mim querendo atenção; tratava se da liberdade dela.

—Ela e eu tínhamos o direito de saber.

— Sim. E eu sei disso, e estou pagando caro. Mas nunca deixaria você para viver um sonho. Até quando Bella irá ficar?

— O que você quer dizer?

—Ela está aqui agora, trabalhando e tudo o mais. Não sabemos até quando a mamãe estará aqui, Charlie tem a vida dele, e sinceramente... Não imagino Bella vivendo uma vida aqui. Uma hora ela irá nos deixar.

— E o que você sugere?

—Nada. Só quero que saiba que eu estarei aqui. Se eu conseguir... Eu estarei aqui por você, como sempre estive.

—Ângela me ouça bem... A única coisa que temos é um filho. Estarei aqui por essa criança... Mas se Bella quiser ir a qualquer parte, eu irei com ela.

—Com licença? – A medica de Ângela me flagrou. – Vamos entrar?

—Bella? –Ângela.

—Oi pessoal... Vencemos. – anunciei sem graça. Edward levantou e veio para o meu lado.

—Sabia que venceriam. – ele beijou meu rosto.

Foram estranhos aqueles momentos. A doutora fez as recomendações, Ângela me olhava sabendo que ouvi a conversa dos dois, Edward acariciava minhas costas, e eu me sentia errada ali. Como se estivesse invadindo um momento que não era meu.

Como resultado eu estava de olho na minha irmã para que ela cumprisse as recomendações medicas. Também conversei com Edward, deixando claro que não iria a lugar nenhum se não incluísse ele.

 

~~~~~~~~Presente.~~~~~~~~~

 

—Edward chegou! – ela levantou da mesa indo para a sala pegar sua bolsa.

—Ângela não corra!

—Ok mamãe! – ela gritou. Fiz uma careta, eu estava sendo uma chata mesmo.

Edward não entrou em casa, nos esperou no carro, e todo o caminho foi preenchido por conversar leves sobre o bebê. Ele não se importou de segurar minha mão durante todo o caminho do estacionamento, e Ângela parecia tranquila com isso, porem era difícil dizer como ela realmente se sentia.

Logo fomos chamados para a sala medica, e para a minha pouca surpresa, Ben, estagiário da doutora estava lá. Ele era todo sorrisos para Ângela.

— Estão ansiosos sobre esse bebê? – ela brincou enquanto passava gel na barriga da minha irmã.

— É um menino eu tenho certeza. - Ben respondeu antes de qualquer um.

— Eu não consegui ver nada na ultima ultrassom, Ben, não queira insinuar que está se torando um medico melhor que eu. –Ângela disse ácida. Ele corou.

— Eu não quis dizer...

— Me poupe.

—Ang, relaxa. – sussurrei.

—Vocês tem alguma preferência?

—Menino. – Ângela e eu respondemos a medica juntas e rimos.

—E o papai?

Edward deu de ombros.

—Menina? – era mais uma pergunta.

—Será menino. – falei com confiança.

—Por que está tão certa disso?

Dei de ombros e troquei um olhar cúmplice com Ângela; nós nunca errávamos um palpite.

—Intuição. – respondi.

—Então olhem para a tela. – Ben disse.

—Não entendo nada ai. – resmunguei.

—É menino. – Edward disse.

Âng e eu demos um gritinho animado. Ela então olhou para Edward e estendeu a mão; ele a pegou e apertou sorrindo para ela.

Estava ficando difícil. Mesmo. Eu queria ser... A irmã boa, sempre quis, sempre fui. Mas vê-los assim... Tão íntimos, dividindo esse momento especial... Doía e muito. Mesmo que um dia eu tivesse meus próprios filhos e com Edward, eu nunca seria mãe do seu primeiro bebê, nunca terei passado com ele por isso, por que ele está passando com minha irmã, e por mais que ele ainda esteja bravo com ela, ela é mãe do filho dele e nada pode apagar isso.

Um no se formou em minha garganta. Eu estava sendo infantil e boba afinal quem aceitou essa condição fui eu, eu amava ambos, mas sofria. Deus eu sou uma bagunça!

Eles sorriam cúmplices um para o outro. Edward tinha os olhos marejados.

Não era isso que eu queria? Ele feliz com a chegada do bebê?

—Vou revelar essas fotos. – a medica disse.

—Eu... Eu vou beber uma água. – falei com o nó na garganta querendo me desfazer em lagrimas.

—Bells? – Âng me chamou percebendo que eu segurava o choro. Edward olhava bobo para o monitor onde a imagem do seu filho estivera.

Sai dali o mais rápido que pude e já no corredor as lagrimas caíram. Inferno! Por que eu acreditei que poderia lidar com isso? Minha irmã tendo um filho do meu namorado? Mesmo que eu engravidasse logo em seguida não poderia apagar isso, não poderia ligar com isso.

Caminhei as cegas pelos corredores, alguns enfermeiros me olhavam desconfiados, provavelmente se perguntando se algo ocorreu com minha irmã. Meu rosto estava completamente molhado pelas lágrimas. Sai para a garoa fina tomando lufadas de ar.

Meu coração estava apertado. Onde eu estava com a cabeça quando decidi ficar? Eu não podia lidar com isso. Com o amor da minha vida tendo um filho com uma mulher que não era eu.

 


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Notas finais do capítulo

Medo da Bella, tadinha gente, é realmente confuso. o que será que ela vai fazer? vejo vcs nos comentarios? beijão :*