Home escrita por Thay Paixão


Capítulo 15
Especial; Rosalie


Notas iniciais do capítulo

Muitas emoções com a nossa Rose *_*
Boa Leitura ♥



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Especial; Rosalie

 

 

—Ângela saia desse maldito banheiro! – Rosalie gritou e esmurrou a porta de novo.

— Eu acabei de ligar o chuveiro! – Ângela gritou do outro lado com a voz abafada pelo barulho da agua.

—Não é possível! Você entrou aí a mais de vinte minutos!

— Ela deve estar lendo. – Renée surgiu ao seu lado reprimindo uma risada.

— Ela lê no banheiro? – Rosalie percebeu o costume de Bella. As duas brigavam bastante por isso.

— Sim. Quando Bella e ela moravam aqui era um tormento já que só temos um banheiro. – Renée bateu a porta. – Ang? Não demore. Temos que ir a sua consulta.

Ângela resmungou um ‘’ok, tudo bem’’.

Rosalie respirou fundo. Renée colocou a mão na lateral da cabeça e se firmou na parede. Rosalie a segurou.

— Você está bem?

— Sim... Foi só uma tontura. Já vai passar.

—Tem certeza? – Rosalie estava duvidosa, sabia da doença de Renée.

— Sim. Vou descendo, tomar uns remédio e encontrar o Charlie na sala. A propósito Alice está lá em baixo e quer falar com você.

— Comigo?  - ela achou estranho. O que a irmã de Edward queria com ela? Renée sacudiu a cabeça, e com cuidado desceu as escadas. Rosalie olhou para a porta, respirou fundo e desceu.

—Seu pai ficaria muito orgulhoso, Alice. – Charlie disse.

— Obrigado, Charlie. Vocês eram amigos, ouvir isso de você significa muito. ah oi Rosalie.

— Renée disse que você queria me ver. – Rosalie cruzou os braços, desconfortável.

— Sim... É um assunto meio pessoal. – ela disse sem jeito.

— conheço a minha deixa. Renée, estou esperando no carro! – ele gritou por sobre o ombro. – Até logo meninas.

Rosalie se sentou no sofá de frente para Alice.

— você deve saber por que estou aqui. – a outra começou.

— seu noivo? Olha, eu realmente não quero nada com ele. – Rosalie não queria ter problemas com a cunhada da melhor amiga. Alice riu de leve.

— Tenho certeza que não. Mas vim mesmo falar sobre ele. Desculpe-me a forma como ele agiu com você no jantar. Nem sempre ele é tão estranho, mas você mexeu com ele.

Mexi como?

—Ele acha que você é a irmã perdida dele.

—Como?!

—Rosalie, Jasper tem uma família poderosa e difícil. Os Wictlock são uma família poderosa no ramo do petróleo e advocacia. O que sei da historia...

Vamos lá; Jasper tinha cinco anos quando seu avô descobriu que a filha traia o pai de Jasper. Com o motorista da família. O homem logo desapareceu, e tudo ficaria bem, se ela não estive gravida. O marido ficou transtornado, disse que se isso chegasse publico ele iria desfazer o casamento e a aliança entre as empresas. O avô de Jasper não permitiria isso. Mandou a filha para a casa de campo da família até que a criança nascesse. Jasper ficou com o pai. Podia visitar a mãe poucas vezes. A criança nasceu, tudo estava indo bem... Mas o pai de Jasper precisava da mulher para eventos. A mãe se recusava a sair de perto da filha pequena, e no começo os homens entenderam, mas o pai dela estava se enfurecendo com isso. Três anos. Foi o tempo que durou. Quando a menina tinha três anos ele disse que elas poderiam voltar para cidade. Mas o pai de Jasper não desejava ter essa criança por perto. Numa noite em que ele saiu com a esposa, o avô pegou a menina e a levou embora. Não se soube mais dela. A mãe dele enlouqueceu e após cinco anos de procura, ela se matou.

— Eu sinto muito. – Rosalie era péssima com essas coisas.

— Deixe seus sentimentos para ele. Você tem o colar... O que a irmã dele tinha. Foi um presente da mãe. Ele já fez uma pesquisa... No seu orfanato e tudo.

Alice continuou por pelo menos uma hora contando sobre pesquisas que o noivo fizera, rastreando o passado de Rosalie.

— As chances de que você seja essa menina... São muito fortes.  – ela concluiu deixando Rosalie atordoa.

— Prometa que aceitará fazer um exame.

— Eu... Não sei. – ela tinha medo. Medo de se encher de esperanças e ver tudo ruir.

— Apenas pense, ok? – Alice apertou sua mão e sorriu. Ela retribuiu com um sorriso fraco.

— De qualquer jeito... Você e Jasper acabarão sendo próximo, já que vamos nos casar e você é amiga de Bella, e ela e meu irmão voltaram... Enfim, se ele tiver esperança de que você seja irmã dele, ele nunca irá te deixar em paz.

— Você acredita?

— que vocês são irmãos? Bom, sua historia é a que mais chega perto. Nunca se perguntou por que não foi adotada? Uma criança como você... Seria adota rápido se o orfanato não estivesse barrando.

Alice se levantou e esticou.

— Tenho que voltar para Seattle. Teremos um jantar de noivado lá, imagina, um casal de cinquenta anos vão se casar depois de trinta anos juntos!

— Parece romântico. – Rosalie imaginou se essa seria sua historia de vida; se casar bem velinha.

Depois da saia de Alice, ela se arrumou para voltar a Seattle também. Tinha uma reunião com Emmett e iria encontrar Garrett mais tarde. Havia conhecido Garrett através de Riley, havia gostado dele, porem não sabia o que fazer em ralação a Emmett.

(...)

—Desse jeito poderemos abrir antes do previsto. – ela comentou com Emmett horas mais tarde ao deixar o espaço onde seria o café.

— Sim, James ficará feliz. – comentou sem se importar muito.

— Tudo bem, Emm. O que foi? – ele estava quieto de mais hoje e não tentou se aproximar dela.

— Quando você foi ao banheiro mais cedo...Eu peguei o seu celular na mesa. – ele disse olhando para todos os lados menos para ela.

Tudo bem pensou. Não vou me estressar com ele.

— Ok, não irei chamar a policia.

— Quem é Garrett? E porque ele irá leva-la ao um restaurante chique? – ela agora a olhava de cenho franzido.

— Não te interessa. – ela torceu o nariz.

— É seu namorado ou algo assim? – agora ele estava nervoso.

— Não te devo obrigação, Emmett. Somos só colegas de trabalho. – pontuou.

— Eu estou voltando para Los Angeles amanhã. – isso a pegou desprevenida. Imaginava que ele ficaria ali até a inauguração.

Tentou não se mostrar abalada.

— Tudo bem, acho que dou conta sozinha.

— Não estou preocupado com isso. Sei que pode fazer um bom trabalho sozinha. – ele se exasperou.

— O que o aflige? – ela não escondeu o deboche.

— Você. Sempre você. Sei que fiz coisas estúpidas e erradas com você, mas você concordava.

— Não quero falar sobre isso. – ela disse entre dentes.

— Mais vai falar. – ele a segurou pelo braço com forma, a mantendo no lugar. Era fim de tarde, e a rua estava movimentada. A olhou serio.

— Tudo bem me odiar por não propor nada serio a você antes, mas você também não deu a entender o que queria.

— Toda mulher quer! – ela começou a ter problemas para manter a voz baixa. Algumas pessoas que passam olhavam curiosas.

— Eu não tenho que adivinhar. Eu queria também. Eu quero. Mas cada vez que eu colocava um assunto você dizia ‘’ gosto da minha vida assim, gosto da minha liberdade. – ele fez uma imitação grossa da voz dela.

— Você estava traindo sua mulher comigo.

— Não estou mais. Eu amo você e quero ficar com você. Resta saber se você pode perdoar o passado e viver um futuro comigo.

Era o que Rosalie mais queria! Mas não poderia ceder tão facilmente. Se ela cedesse agora, sempre seria controlada pelo o que sentia por ele. E não queria isso.

—Ele vai me pedir em namora. – soltou. – Garrett. Estamos saindo há alguns dias, e ele insinuou que gosta de compromisso. Então acho que é isso.

— E como você se sente? – ele disse com esforço.

—Estou gostando do rumo da minha vida aqui. – ela disse com sinceridade.

Ele soltou o braço dela de vagar.

—E quanto a nós? – ele sussurrou

— Não sei se existe um ‘’nós’’, no meio disso tudo.

— Você me ama. – não era uma pergunta.

— Nem sempre ficar com quem amamos é bom. – ela disse com o coração martelando.

— Então você já tomou sua decisão. – ele estava triste. Era estranho vê-lo assim.

— Não vejo você nessa parte da minha vida. Não vou voltar a Los Angeles, e você...

— Não posso vir para cá? – ele concluiu.

Ela deu de ombros.

— Acho que nós dois sabemos a resposta.

— Eu vou te provar que mereço você.

— Adeus Em. – ela disse com carinho. Ele não a impediu de sair.

Durante os dias que se seguiram as coisas foram bem. James veio para a inauguração sem Emmett, e ela não se falou com ele desde então. Ela continuou a ver Garrett, decorou o novo apartamento, porém não estavam namorando oficialmente. Edward a procurou querendo fazer algo especial para Bella em um hotel, e aproveitou a oportunidade para falar de Jasper.

— Apenas pense, ok? Porque agora vocês tem uma duvida.

— E se eu não for que ele procura?

— Não tem problema. A vida irá seguir. A incerteza é pior.

E Edward estava certo. Dois dias depois ela foi ao laboratório com Alice, pedindo para que não visse Jasper. Não podia lidar com ele agora.

O resultado ficaria pronto no dia seguinte. Garrentt havia chamando-a para almoçar com ele no próprio restaurante. Achou estranho o lugar estar vazio. A recepcionista a recebeu sorridente.

Havia balões vermelhos no salão, pétalas de rosas pelo chão, e todas as mesas haviam sido afastadas. Havia apenas uma no centro e Garrett em pé sorrindo para ela. Seu coração acelerou.

—Não sabia que seria um almoço de gala. – brincou tentando esconder o nervosismo. Ele pegou sua mão depositando um beijo suave ali.

— Sente-se. Hoje será especial. – disse.

—Hum... E ao que vamos comemorar? – entrou na brincadeira.

— Primeiro... Ao sucesso da sua cafeteria. Da sua carreira.

—Sim.

— Segundo... Seu sucesso na faculdade.

—Sim. – ela estava ficando radiante.

— E terceiro... Comemoraremos com base na sua resposta.

Ela não conseguia respirar.

— Quer ser minha namorada? – ele sorria de lado segurando sua mão. Ela se emocionou.

— Senhor, estamos fechados! –

— Eu não vim comer! Rose!

—Emmett? –ela sussurrou reconhecendo a voz antes que ele entrasse em seu campo de visão. Ele entrou no são com a recepcionista em seu encalço.

— Me perdoe... – a moça começou para Garrett. Ele a dispensou com a mão.

— O que faz aqui? – Rosalie sussurrou com raiva. E vergonha. Principalmente vergonha.

—Meu assunto é com ele. – Emmett apontou Garrett.

— Nos conhecemos? – O homem estava incerto e levemente divertido.

— Não. Não pretendo também. Só quero te dizer para desistir.

— Emmett! – Rosalie ficou furiosa.

— Relaxa baby.- Ele piscou para ela. – Eu amo essa mulher. Eu a ama muito mais do que achei que poderia amar uma mulher. Ela é linda, é inteligente... E por isso merece alguém melhor que eu. Mais se você sair do meu caminho... Ela irá me perdoar. Por que eu tenho certeza que ela me ama. Ela é maravilhosa, Garrett. E ela ama cachorro. E gatos. E ficar em casa de pijamas, acredite em mim, ela pode passar um fim de semana todo de pijama. E ela faz contas super difíceis de cabeça. E acerta. Ela não leva desaforo pra casa. Quando não responde a altura, chora. Chora como se o mundo tivesse acabado. Vou te dizer mais... Ela tem um coração enorme, cara. Já passou por muita merda mais continua acreditando nas pessoas e numa vida melhor. Ela merece Garrett. Eu sei o quanto. E eu estou disposta a dar tudo a ela, por que eu sei o quando ela merece. Então... Apenas deixa o meu caminho livre.

Ela estava sem fôlego.

— Rosalie? – Garrett me chamou. Como faz pra desmaiar quando não é possível ver uma saída rápida? Como faz?

Vendo que ela continuava olhando boquiaberta para Emmett, Garrett tomou uma decisão.

 -Se a ama tanto e conhece tão bem... Apenas a dê um tempo. – disse olhando serio para Emm.

— Rose... – ele tentou se aproximar dela.

— Por que você continua? – sussurrou prendendo as lágrimas.

— Porque eu te amo. – falou com os olhos brilhando.

— Esse amor dói. Dói muito. – deixou que as lágrimas caíssem.

— Oh Baby. – ele tentou se aproximar. Ela deu um passo para trás.

— Vá embora, cara. – Garrett.

— Eu não...

— Apenas vá. Se a ama, deixe que ela tenha seu próprio tempo.

Emmett a olhou mais uma vez. Sua expressão infinitamente triste. Seus lábios se moveram em um eu te amo e ele saiu.

A jovem mulher desabou no em lágrimas.

— Ele é um idiota! Por que não pode me deixar em paz?!

— Ele a ama. – Garrett disse com simplicidade.

— Ele estragou nosso almoço! – O homem riu.

— Rose. Olha pra mim. Esse homem ama você. Vejo que de uma forma que eu... Ainda não amo. Você quer embarcar em algo novo deixando algo assim para trás?

— Eu... Eu gosto de você. – Rosalie queria que isso o fizesse querer investir nela.

— E esse amor? Que você sente por ele? Vai jogar fora por orgulho? Não vale a pena. – ele segurou suas mãos.

— Ele me fez sofrer.

— Mas você o ama?

Ela só confirmou com a cabeça.

— você consegue perdoar? Se a resposta for sim, não deixe o amor escapar por orgulho.

Rosalie ficou olhando os olhos castanhos claros de Garrett vendo a verdade ali. Valia mesmo a pena perder um amor por orgulho?


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Notas finais do capítulo

Vale a pena perder um amor por orgulho? o que vocês acham?
A fic está caminhando para reta final.
vejo vcs nos comentarios?! beijos! e como sempre, muito, muito obrigado por todo apoio.



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