Nos Dias de Tedio... escrita por blackicefox


Capítulo 6
Capitulo 6


Notas iniciais do capítulo

o 6° capitulo da historia, e vocês não tem a opção de não gostar ;)



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A garota jogou neve dentro da fornalha, apagando o fogo, depois a voz passou pra porta dizendo:

—eu vou entrar ok!?

Eu estava rodando em círculos como um retardado, mas ai o satanás apareceu com a mão invisível dele e puxou o meu pé, me fazendo cair se costas no chão. Certeza que ele deve estar mostrando o dedo do meio pra mim lá do inferno enquanto casca o bico.

Eu naturalmente fechei os olhos quando eu cai, e quando fui abrir, eu vi uma garota usando um chapéu de abobora, cabelos castanhos claros com uma mexa longa de cada lado, e o resto do cabelo não passava das orelhas. Ela usava um vestido branco com botões e com as mangas cor marrom claro listrado com marrom escuro, ela estava olhando pra mim e perguntou:

—você está bem?

Como eu não morri, eu levantei dizendo:

—sim, eu só tropecei no nada por causa do pânico que deu na hora... por que você apagou a fornalha?

Ela respondeu:

—desculpe por te assustar, mas eu não posso chegar perto do fogo.

Um chapéu de abobora e um visual branco... como eu posso ser tão estupido e fazer uma pergunta desse calibre?

Ela realmente parecia um tanto preocupada comigo, e pra puxar assunto, eu perguntei:

—a quanto tempo você está aqui?

Antes dela me responder, ela perguntou:

—podemos nos sentar antes?

Eu sentei no chão encostado na parede e ela sentou do meu lado, então começou:

—já faz 2 anos desde que minha mestra foi viajar e não voltou mais. Antes dela sair, ela me deu uma chave e disse pra eu dá-la pro próximo humano que entrar nessa casa. E desde todo esse tempo, você foi o único que eu vi.

Ela contava essa historia enquanto segurava uma chave antiga, feita de ferro.

Ela também estava bem triste enquanto relembrava da antiga mestra, eu peguei a mão dela e falei:

—não se preocupe, algum dia você vai encontrar ela, tenho certeza disso.

Ela me fez uma pergunta que eu não gosto:

—você promete?

Eu odeio fazer promessas, mas não posso deixar uma garota tão legal assim sem esperanças, mesmo que no final, seja apenas uma mentira. Eu respondi:

—sim.

Ela ficou alegre com a promessa que eu fiz e disse:

—obrigada! Definitivamente vamos encontra-la algum dia. Mas a propósito, qual o seu nome?

Eu: Saito, e o seu?

Ela: o meu...?

Eu: sim, seu nome. O nome pelo qual sua antiga mestre te chamava.

Snow: bem, eu não tenho um nome em especifico, mas ela me chama-va de Snow.

Eu: bem, então também vou chamar de Snow. Agora, pra que essa chave serve?

Snow: me siga, eu vou te mostrar.

Nós levantamos e ela me guiou até uma sala dentro da montanha, trancada com bastante segurança por sinal. Eu usei a porta na chave de ferro reforçada de lá e abri a porta, lá dentro, tinha um baú empoeirado, ao redor da sala tinha teias de aranha, algumas mobilhas como estantes de livros, uma mesa, algumas bancadas e outras coisas.

Encima do baú tinha um livro, eu peguei e abri pra ler o que tinha escrito, e encontrei as seguintes palavras “olá, meu garoto. Como a Snow deve ter te contado, eu sou a ‘mestra’ dela. O que eu vou escrever a seguir quero que fique apenas entre nós, pode me fazer esse favor?”

Eu olhei pra Snow, ela estava muito distraída com a sala, então nem dei bola e voltei ao livro: “do jeito que eu conheço ela, ela deve estar olhando a sala agora. Mas obrigado por manter isso apenas entre nós, o que eu vou falar pode ferir seus sentimentos. Enquanto você estiver sendo isso, já vai ter se passado 2 anos certo? Eu provavelmente já estou morta, e como você, meu garoto, eu não tenho um spawnpoint. Se eu ou você morrermos, não vamos renascer. Como eu sei disso? Nossa ‘taxa de regeneração’ é a de um humano da terra, não como a de um humano aqui do minecraft. E é por isso que não podemos morrer, se não é o que chamam de ‘game over’, né? Pois bem, se quiser voltar pro seu mundo, terá que atravessar o portal do End, você já sabe o que é, então não vou explicar. Dentro desse baú tem coisas que podem te ajudar na sua aventura até lá. Ah sim, que bom que a Snow gostou de você. Eu posso ter sido a mestra dela, mas aquela snow golem ainda tem vontade própria, ela só ia entregar a chave pra alguém que ela gostasse. E se você matou ela, pegou a chave e agora está lendo isso...”

Eu virei a pagina e arregalei os olhos com o que tinha nela: estava tudo manchado com tinta, parecia que alguém estava furioso enquanto escrevia, estava dando até medo daquilo, o que tinha escrito era “eu vou voltar ai e arrancar seus dentes com as mãos, quebrar suas duas pernas pra não fugir, arrancar o que você chama de ‘órgão genital’ com a sua própria mão e depois enfiar na suas duas orelhas até te deixar surdo, depois quebrar seus braços, virar seus ombros do avesso, furar seu olho esquerdo e cortar sua língua, depois arrancar as unhas dos seus pés e-“

Eu fechei o livro com uma cara de traumatizado, guardei ele no inventario, olhei pra Snow e falei:

—Snow, sua mestre era do tipo que tinha uma “personalidade forte”, não é?

Ela respondeu:

—sim, ela sempre foi bem gentil comigo, mas as vezes, quando íamos pra cidade, ela conseguia ser outra pessoa de tão enérgica e violenta. Mas por que a pergunta?

Eu respondi:

—por nada, era só um palpite.

Que bom que eu não conheci essa mulher, imagina se ela estivesse na tpm...

Melhor, não imagina não, você ainda vai ter que dormir essa noite.

Depois eu abri o baú e encontrei uma coisa que eu não imaginaria que encontraria: uma mochila e um pergaminho antigo, eu primeiro peguei o pergaminho, e quando eu abri, eu apaguei.

Eu acordei e a primeira coisa que eu vi foi a Snow, depois percebi que eu estava com a cabeça no colo dela. Estava tão bom...

Eu estava com um sorrisinho até que a Snow perguntou:

—mestre...?

Eu levantei igual um tiro e olhei em volta do quarto, acho que eu ainda estava traumatizado com o que eu li naquele livro.

Mas não tinha nada, eu olhei de volta pra Snow e vi que ela estava olhando as próprias mãos com lagrimas nos olhos.

Ela teve uma lembrança ruim.


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Notas finais do capítulo

eu falei, vocês não tem a opção de não gostar.



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