Uma Flecha No Escuro escrita por Madame Baggio


Capítulo 3
Capítulo 02


Notas iniciais do capítulo

Ola!!!! Obrigada a todos pelos comentários incríveis! Eu não esperava que fosse rolar uma resposta antes de alguns capítulos *-*

Espero que vocês continuem curtindo e comentando.

Desculpa a demora para postar, mas meu computador desistiu de viver. Foi maior correria pra conseguir ressucitar o bicho, porque agora não vai rolar comprar outro... rs

Mas obrigada pela paciência!

Vamos ao que interessa!



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Steve entendia o medo das pessoas. De verdade. Mas essas pessoas também tinham que entender que eles faziam o possível para que as coisas não chegassem a esse ponto, mas as vezes era impossível. Algumas pessoas tinham poder demais e quando decidiam utiliza-lo coisas negativas aconteciam.

Seu olhar achou o alvo no exato momento que a flecha passou voando por sobre sua cabeça. Steve não sabia o que o chocou mais: o fato de alguém estar usando flechas (fora Clint) ou o fato de que a flecha não era para um deles. Ela atingiu um homem no telhado atrás eles.

Imediatamente todos os Vingadores ficaram em alerta, mas não foram rápidos o bastante, porque antes mesmo que conseguissem se mexer a pessoa já tinha atirado mais duas flechas e derrubado mais dois homens.

A multidão começou a correr, tentando se afastar. Natasha, que era a única deles que estava realmente armada, tentou descer do palco, mas foi impedida por um soldado britânico.

Como se as coisas não estivessem complicadas a o bastante, o exército que deveria estar fazendo a segurança do lugar, aparentemente estava contra eles também. Natasha derrubou três deles e jogou suas armas para Clint e para Steve.

Tony já tinha chamado sua armadura para si e estava tirando o prefeito e Bruce da cena. Um problema a menos.

Clint estava derrubando os homens posicionados no telhado e Natasha estava humilhando todos eles derrubando praticamente três soldados por minuto.

Steve ainda queria achar o arqueiro na multidão, então desceu empurrando e derrubando soldados com seu escudo.

Ele a encontrou usando o arco para se defender de dois soldados. Ela conseguiu apagar o primeiro com uma pancada, mas o segundo sacou uma arma e apontou para ela.

Steve atirou no homem que caiu no chão. A garota que usava uma capa azul levantou os olhos, assustada.

—Quem é você? –Steve exigiu se aproximando dela.

Ela o ignorou e lançou outra flecha. Alguém deu um grito de aviso para Steve e ele a puxou para perto, protegendo os dois com seu escudo da saraivada de balas que os teria atingido.

—Onde nós estamos? –ela perguntou de repente, um certo pânico em sua voz.

Steve a puxou para trás da proteção mais próxima e finalmente conseguiu olhar para ela. Olhos violetas estavam arregalados em pânico. Algumas mechas escuras de cabelo estavam escapando de um penteado que era muito comum entre as mulheres quando Steve estava no exército. Há setenta anos atrás.

Ela era incrivelmente bonita e jovem, mas algo em seus olhos...

—Onde nós estamos? –ela perguntou de novo, sua voz a ponto de quebrar.

—Londres. –Steve falou com calma, porque ela parecia a ponto de desabar.

—Impossível! –seus olhos começaram a encher de lágrimas –Não pode ser. Isso é... –ela parou de repente, seus olhos arregalando como se finalmente tivesse percebido algo –De que ano?

Steve sentiu um solavanco no estomago. Alguma coisa não estava certa com ela.

—2013.

O rosto dela revelou todo o seu choque.

—Senhorita, quem é você? –ele perguntou.

—Steve! Atrás de você! –Natasha gritou.

Steve virou-se para derrubar o atacante que tinha se aproximado por suas costas e quando virou-se para a garota de novo ela não estava mais lá.

Ele olhou em volta e conseguiu ver a capa dela se afastando.

—Tony! –ele gritou em seu comunicador –Siga essa menina!

—Pode deixar.

XxX

Susan não sabia para onde estava correndo ou o que faria quando chegasse la, mas não podia ficar parada.

Não era possível! Eles não podiam estar em 2013. Isso era ridículo, isso era...

Mas ela já não estivera em Nárnia? Já não vivera coisas que muitos chamariam de impossível?

Não, não e não! Isso era diferente. Por que estava sozinha? Por que estava lá?

Atravessou a rua correndo e quase foi atropelada por um táxi.

—Você está louca? –o homem perguntou colocando a cabeça para fora do carro.

Susan deu a volta rapidamente e entrou no carro.

—Me leve para o cemitério de Abney Park. –ela exigiu.

O taxista pareceu preocupado.

—Moça, a senhorita ta bem? –ele perguntou –Talvez eu não devesse te levar num cemitério...

—Por favor! –ela pediu –Eu preciso ir pra la.

—Tudo bem. Tudo bem.

Ela nem viu a jornada, não saberia dizer quanto tempo passou, mas quando viu o carro diminuir de velocidade e reconheceu os portões do cemitério ela praticamente pulou para fora do veículo.

Ouviu o motorista gritando, pedindo para ela esperar, para tomar cuidado.

Havia pessoas ali, mas eles não pareciam famílias, pareciam visitantes, curiosos. Como se um cemitério fosse uma atração turística. Mas havia algo ali, porque aquele cemitério estava abandonado. Não era como ela se lembrava dele.

Mas seus pés sabiam onde estavam indo, porque logo ela se viu diante dos túmulos que buscava. Seus três irmãos e seus pais. As lápides abandonadas e mal cuidadas, como se anos tivessem passado.

E tinham.

Mas o que a fez desabar no chão, pernas fracas e mundo rodando, era a última lápide. A que não estivera lá antes. A que tinha o seu nome.

Isso não podia estar acontecendo. Por que, Aslan, por que?

XxX

Quando Steve alcançou o local que Tony indicara, o bilionário estava conversando com um taxista. Assim que avistou o soldado, ele se despediu do homem, que apertou a mão dele e saiu de la com o carro.

—O companheiro ali trouxe nossa Merida para o cemitério. –Tony falou –Ela entrou correndo e ainda não saiu.

—Eu acho que tem algo muito errado com ela. –Steve falou.

—Qual foi sua primeira pista? –Tony revirou os olhos –O arco ou ela ter saído correndo?

—Eu estou falando sério, Tony. –Steve suspirou –Volta pra Greenwich para descobrir o que aconteceu lá. Eu vou cuidar disso.

—Por que tanto interesse nessa menina? –Tony perguntou curioso.

—Eu tenho a impressão de que ela está tão perdida quanto eu. –foi a resposta do Capitão.

Tony deu de ombros e decolou sem dizer mais nada.

Steve entrou no cemitério, que era um conhecido ponto turístico da cidade e estava cheio de turistas. Isso o deixava preocupado. Ela estava assustada e armada. Isso nunca era uma boa combinação.

Não tinha certeza de como ia encontra-la ali no meio, mas tinha que dar um jeito. Felizmente o cemitério tinha uma segurança leve, de alguns homens que nem estavam armados, mas Steve conseguiu mobiliza-los para ajudar a procurar.

Pareceu uma eternidade, mas finalmente um dos funcionários avistou a garota ajoelhada na frente de túmulos e ela parecia estar chorando.

Steve pediu que todos se mantivessem afastados e foi até onde ela estava.

Sim, ela estava chorando de forma tão sofrida que ele pôde ouvir antes de estar perto demais. Ela tinha a testa caída contra uma lápide em meio a outras cinco. Steve aproximou-se em silêncio e pôde ver melhor o que elas continham.

As seis lápides pareciam abandonadas, como se ninguém tivesse cuidado delas em anos. Não podia ver as fotos nelas, mas podia claramente ler os nomes. Peter, o Magnífico; Edmund, o Justo; Lucy, a Destemida, Helen e Elliot Pevensie. Todos tinham morrido no mesmo dia, no mesmo ano, 1949. Provavelmente em algum tipo de acidente. Ele não conseguia ler o túmulo no qual a garota estava encostada e sentia, que de alguma forma, aquele era o que guardava todas as respostas.

—Senhorita. –ele chamou com cuidado.

Ela pulou na hora, arco em mãos, uma flecha apontada para ele.

—Fique longe de mim. –ela pediu, lágrimas escorrendo por seu rosto.

Mas agora Steve podia ver o quarto túmulo. Susan Pevensie. Perdida, mas nunca esquecida. A data dela era diferente. Ela enterrou toda sua família.

—Susan, não é? –ele arriscou.

As mãos dela tremeram, mas ela não abaixou o arco.

—Isso não pode estar acontecendo. –ela falou, talvez mais para si do que para ele.

—Eu já vi coisas mais estranhas. –Steve falou com cuidado.

—Eu também, mas isso... –ela apertou os olhos –Isso é um pesadelo.

—Me deixa te ajudar. –ele pediu –Eu sei que vai parecer mentira, mas eu sei exatamente como é estar na sua situação. Como é fechar os olhos e acordar uma vida inteira depois.

—Você é mesmo ele? –ela quis saber –O soldado das campanhas americanas?

—Você lembra disso? –ele perguntou com um sorriso triste.

—Eu morava nos Estados Unidos naquela época.  –mais uma lágrima escorreu pelo rosto perfeito dela –Eu não sei porque isso está acontecendo.

—Nenhum de nós sabe. –ele falou sincero –Abaixa a arma. Me deixa te tirar daqui.

—Por favor. –ela falou, finalmente abaixando o arco.

—Nós vamos te ajudar. –Steve prometeu.

Agora... Para onde ele podia leva-la? Porque SHIELD com certeza não ia por um dedo sequer nela.


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Notas finais do capítulo

E mais um, porque esse demorou muito ;)