The Ravenclaw Girl escrita por Nightshade


Capítulo 15
Encontro Inesperado


Notas iniciais do capítulo

Wow... peço desculpas por ter demorado a postar. A escola acaba comigo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/699655/chapter/15

No dia seguinte ao meu aniversário, Francis e Cassiopeia ficaram fora de casa durante todo o dia, precisavam ir visitar alguns amigos ou algo desse tipo. Para mim, estava ótimo, porque fui falar a minha mãe que precisava ir ao Beco Diagonal para comprar dois presentes de Natal em cima da hora. Para Ernest e para Adrian.

Meu pai disse que ele estava precisando comprar algumas coisas também, então ele me levou.

Enquanto ele ia até a Instrumentos de Escrita Escribbulos, eu fiquei vagando pelas ruelas tentando pensar no que comprar a Ernest e Adrian.

Ernest era Monitor e estudioso, e Adrian, bem, eu não sabia muita coisa sobre Adrian. Na verdade as únicas coisas que eu sabia sobre ele era que ele sempre franzia a sobrancelha quando estava concentrado em algo e que jogava Quadribol como Artilheiro.

Para Ernest talvez eu pudesse comprar um livro. Mas o que eu poderia dar a Adrian? Talvez algo sobre Quadribol. Um livro sobre Quadribol? Não sei. Talvez um livro de Kennilworthy Whisp.

Entrei distraidamente na Floreios e Borrões. Havia poucas pessoas lá, acho que só ficava cheio perto do inicio de cada ano letivo. Francamente, as pessoas estão perdendo cada vez mais o costume de ler!

Fui passando por entre as estantes e olhando os vários livros que haviam por ali; nunca me cansava de fazer isso. Até que vi um livro que seria perfeito para Adrian Pucey.

***

Saí da loja satisfeita, afinal, havia conseguido presentes perfeitos para os dois garotos que parecem querer me cortejar.

Eu tinha uma hora para encontrar meu pai no Caldeirão Furado para irmos para casa, então fiquei andando sem rumo pelo Beco Diagonal. Estava tão distraída com meus pensamentos que não notei que havia passado do Banco Gringotes; apenas notei que tinha ido um pouco longe quando a passagem se tornou estreita. Arregalei os olhos e parei no lugar. Aquela era a Travessa do Tranco, era escuro e sombrio e as pessoas que estavam transitando por ali eram estranhas. Nas vitrines eu via aranhas e olhos de criaturas macabras. Comecei a me sentir um pouco nervosa, quando um bruxo começou a me encarar. Eu estava sozinha. Apertei minha varinha dentro das vestes, mesmo sabendo que não podia usar magia fora de Hogwarts sem ser maior de idade.

Uma mão tocou meu ombro de forma suave, mas mesmo assim tive um sobressalto. Me virei depressa e me vi olhando para Adrian Pucey.

— O que você está fazendo aqui na Travessa do Tranco? – ele me perguntou, sério.

— O que você está fazendo aqui na Travessa do Tranco? – devolvi a pergunta, me sentindo mais relaxada por não estar sozinha.

Adrian desviou os olhos de mim por um momento.

— Vi você entrando aqui e resolvi seguir você. As pessoas que andam por aqui não tem uma boa índole. – ele me olhou nos olhos – Não seria bom você estar sozinha aqui. Você não deveria nem entrar aqui.

Agora que olhava com atenção para Adrian Pucey, percebia que os olhos dele não eram castanhos, eram verdes escuros.

— Eu estava distraída, não entrei por querer. Acho esse lugar horripilante. – lancei um breve olhar ao bruxo que continuava me encarando e me encolhi levemente.

Adrian pôs a mão em minhas costas caminhou comigo para fora daquele lugar. Caminhamos em silêncio até ele dizer algo.

— Você gostou do livro? – perguntou, de um jeito quase encabulado.

— Sim! – exclamei animada – Eu morria de vontade de ler aquele livro! Eu amei, Adrian! Nem acredito que você me deu, já que estava na sua família a tanto tempo. Obrigada. – sorri de forma gentil para ele.

O Artilheiro olhou para mim de relance e sorriu de lado. Ele era um garoto sério, principalmente nas partidas de Quadribol, mas ele não era como Montague ou Marcus Flint, Crabbe ou Goyle. Adrian era uma boa pessoa, jogava limpo.

— Você gostaria – ele começou a perguntar em voz baixa, mas pigarreou e aumentou a voz – Você gostaria de ir comigo a Florean Fortescue?

Olhei para ele. Faltava muito tempo até a hora em que eu deveria me reencontrar com meu pai.

— Claro que sim.

***

Fui com Adrian Pucey para a Sorveteria Florean Fortescue. O lugar estava cheio de crianças, em sua maioria mais novas que eu. Apesar de ser inverno, ninguém perdia a chance de tomar um bom sorvete de Sr. Florean. Florean era um homem simpático que tinha cabelos castanhos já grisalhos.

Adrian e eu nos sentamos em uma mesa ao lado da janela. Ficamos em silêncio enquanto saboreávamos nossos sundaes. Me lembrei que sempre que Annelize e eu nos encontrávamos no Beco Diagonal vínhamos aqui. Ela adorava tudo que era doce, desde criança.

— Há algo errado? – a voz de Adrian me tirou de meus pensamentos. Olhei para ele que sorria, parecendo um pouco desconcertado.

— Eu só estava pensando. – sorri para ele – Annelize e eu sempre tomamos sorvete aqui no verão, ou quando comprávamos nossos materiais.

Ficamos em silêncio durante mais alguns minutos.

— Você jogou bem, aliáis. – falei de repente e Adrian me encarou sem entender - Na partida de Quadribol contra a Grifinória. Marcou várias vezes.

— Obrigado. – ele sorriu – Mas foi uma pena não termos ganhado. E foi desnecessário a rima que Malfoy fez sobre o Weasley. – ele franziu o lábio.

— Foi o Draco que estava por trás disso? – arregalei os olhos.

— Acho que sim, não tenho certeza. – ele acenou com a mão em um gesto de descaso – Praticamente todos da Sonserina maldizem os Weasley.

— E você? – perguntei, olhando para meu sorvete – Também maldiz os Weasley?

Como não estava olhando para ele, não pude ver sua expressão, mas o ouvi suspirar levemente e se inclinar na mesa.

— Nem todos os sonserinos são maus e preconceituosos, Amélia Knight, você já deveria saber disso. – ele falou seriamente, mas quando encarei seus olhos, percebi que estavam brilhando com divertimento.

— E eu sei disso, Adrian Pucey, mas você eu não conheço bem. – imitei seu tom de voz e ele sorriu.

— Então vamos mudar isso. – falou – Eu não sou preconceituoso, mas entendo que minha família queira manter o sangue puro. – ele olhou para a janela, observando os leves flocos de neve que caiam – Provavelmente terei um casamento arranjado. – ele voltou novamente seu olhar para mim – É um pouco estranho, entende? Casamentos arranjados.

— Eu entendo. – respondi pensativa – Entendo completamente.

Ficamos em silêncio mais um pouco.

— Seus pais... eles arranjarão casamento para você? – Adrian perguntou, me pegando de surpresa.

— Não eles, mas meu avô, pai do meu pai, com certeza irá. – minha voz saiu amarga e levemente raivosa – Sabe, meus pais se apaixonaram aos quinze anos, antes da idade de os pais começarem a procurar puros sangues para casar com seus filhos. Tanto a família da minha mãe quanto a família de meu pai aceitaram o namoro, contanto que se casassem. – suspirei – Minha família paterna é complicada. Minha tia foi deserdada e afastada da família simplesmente por se casar com um... como foi que meu avô Francis disse mesmo? "Um traidor de sangue". Meu pai não é extremista, mas não pode fazer nada. Minha mãe sempre acha melhor não discutir.

Parei de falar; achei que Adrian não iria querer saber dos problemas que enfrentava com minha família, mas senti a mão dele segurar meu pulso suavemente. Na verdade ele apenas havia pousado sua mão por sobre a minha, de forma gentil. As mãos dele eram suaves e lisas, não eram brutas como eu achei que seriam por causa do Quadribol.

— Tenho certeza de que você ficará com quem ama. – ele pareceu sem graça por dizer aquilo. Não posso culpa-lo. Um garoto sendo tão sensível assim, na Sonserina e no Quadribol, poderia não ser muito bem visto. Aliás, eu mesma estava surpresa! Adrian Pucey, o sério Artilheiro da Sonserina e sextanista, estava conversando comigo sobre casamentos arranjados?

Aonde está Lissie quando se precisa falar com ela?

Ah, lembrei! Ela está na Mansão dos Malfoy, passando o Natal.

Sorri para Adrian.

Nos quinze minutos seguintes, conversamos sobre Quadribol. Eu não era muito fã, mas, como já tinha comentado, meu pai era, então eu sabia bastante coisa sobre esse esporte. Até mesmo sobre os times. Mas eu olhei para o relógio na parede e vi que precisava ir encontrar meu pai no Caldeirão furado. Adrian se ofereceu para ir me acompanhando, mas eu recusei. Me despedi dele e sai da sorveteria.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Ravenclaw Girl" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.