The Ravenclaw Girl escrita por Nightshade


Capítulo 14
Presentes


Notas iniciais do capítulo

Adelaide Kane como Amélia Knight



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***

Nós não queremos que o desastre se repita outra vez...

Nós não queremos que o desastre se repita outra vez...

Nós não queremos que o desastre se repita outra vez...

Nós não queremos que o desastre se repita outra vez...

Afundei o rosto em meu travesseiro; as palavras de Francis não saíam de minha mente. Eu sabia muito bem de que desastre ele estava se referindo, era com certeza ao casamento de Selene (irmã de papai e minha tia) com o "traidor de sangue".

Sem querer, me lembrei novamente da noite anterior ao dia em que retornei para casa, a noite em que eu havia beijado Ernest Macmillan. Isso realmente seria um desastre para meu avô...

Uma coruja entrou pala minha janela aberta me fazendo erguer a cabeça; quem poderia ser agora? Ah, sim, reconheço a coruja. O animal era de Claire.

Peguei o pacote e a coruja voou para fora, depois de tomar um pouco da água de minha coruja, Circe, que piou em indignação.

Minha coruja tinha as belas penas negras como a noite e seus olhos eram prateados; a havia batizado de Circe em referência a famosa feiticeira grega, embora tivesse cogitado a ideia de chama-la de Rowena, em homenagem a fundadora da Corvinal.

Bem, em um cartão ela me desejava feliz aniversário; abri o presente e vi que ela tinha me enviado vários pacotes de Sapos de Chocolate. Eu não gostava tanto de doces, mas gostava das figurinhas que vinham junto. Porém, deixei tudo na pequena mesa de madeira escura que havia ao lado da cama e tornei a me deitar.

Não, eu não estava chorando. Estava com um pouco de vontade de chorar, mas não conseguia.

Ouvi alguém bater na porta de meu quarto, e logo em seguida minha mãe entrou. Ela me olhou nos olhos e pareceu notar que algo não estava certo.

— Está tudo bem, querida? – mamãe se sentou aos pés da cama. Estava bonita, com os cabelos negros soltos e um longo vestido claro.

— Está. – respondi de má vontade. Eu realmente não queria conversar.

— Você estava ouvindo o que seu avô disse. – ela adivinhou.

— Sim. – fui sincera.

Minha mãe suspirou.

— Não deve dar importância ao que Francis diz, Amélia. – falou – Apenas não... fique discutindo. Julgue as palavras, mas não faça comentários. – ela me olhou intensamente – Agora me diga, quem lhe deu esse colar?

Olhei para baixo e vi que o colar que Ernie havia me dado tinha saído de dentro de minha roupa. Fiquei um pouco constrangida e minha mãe notou.

— Você tem admiradores, Amélia? - ela sorriu.

Toquei o pingente em forma de águia.

— Foi Ernest Macmillan que me deu, como presente de aniversário. Somos amigos, ele está no mesmo ano que eu, só que na Lufa - Lufa. - terminei de explicar e olhei receosa para minha mãe.

Ela pareceu um pouco surpresa, mas deu um sorriso.

— Bem, apenas não diga isso a Francis ou Cassiopeia. - ela se levantou - Se perguntarem fale que eu lhe dei. - estendeu a mão para mim - Vamos, filha. Você não pode se trancar aqui dentro durante o dia de seu aniversário.

Sorri para minha mãe e segurei a mão dela. Talvez ela estivesse certa.


***

Meu avô Francis foi o primeiro a me ver quando entrei com minha mãe na sala de jantar. Ele me olhou. Papai sorriu um pouco tenso. Minha avó Cassiopeia me olhou normalmente, e, para a minha surpresa, foi ela quem falou primeiro.

— Parabéns pelo seu décimo sexto aniversário, Amélia. – ela sorriu e se levantou.

— Feliz aniversário, querida. – meu pai se aproximou de mim e beijou minha testa.

— Sim, dezesseis anos. Daqui a um tempo, você já poderá se casar. – a voz de Francis estava pensativa. Aquelas palavras me fizeram estancar por um segundo, mas então eu me lembrei que tinha de sorrir.

— Aqui esta seu presente, Mia. – papai o cortou, abrindo uma delicada caixa de madeira marrom. Ele tirou uma pulseira prateada, que tinha pequenas safiras azuis e esmeraldas verdes enfeitando. Havia também dois pequenos pingentes, uma águia e uma serpente – É para você se lembrar sempre de sua família. – eu entendi o que ele queria dizer e estendi meu pulso para colocar a pulseira. Abracei meu pai.

— Obrigada papai. – sorri.

— Também trouxemos um presente. – Francis me entregou uma grande caixa – Para você usar no Natal. – ele deu um sorriso.

Fiquei receosa ao abrir o presente. Mas era apenas um longo e bonito vestido verde esmeralda. Para eu usar no Natal. Mas eu já tinha um vestido para usar no Natal. Um vestido muito bonito, de veludo e azul para usar no Natal. Eu não precisava usar o vestido que eles me deram no Natal.

Olhei para minha mãe e ela levantou as sobrancelhas.

Sorri para Francis.

— Obrigada, vovô e vovó. Vou usar, com certeza. – abracei Francis e Cassiopeia com delicadeza.

Uma coruja bicou o vidro da janela da sala de jantar; quem poderia ser agora? Honestamente, esses correios corujas já estavam começando a me irritar. Mamãe abriu a janela com um aceno da varinha e o animal entrou. A coruja largou um pacote encima de mim e saiu.

Li o cartão, mas não consegui acreditar que ele havia me enviado um presente também. Então abri o pacote e vi um maravilhoso livro de Feitiços. Me refiro a ele como maravilhoso porque aquele livro simplesmente era raro! Apenas dois exemplares ainda existiam no mundo, e, era o meu sonho ler aquele livro!

Li outra vez o cartão.

Feliz aniversário, Amélia Knight.

Como eu sei que você é completamente maravilhada por Feitiços, eu decidi que seria uma boa ideia lhe dar este livro. Está na minha família a gerações, mas eu não me interesso muito por Feitiços.

Espero que goste.

Feliz aniversário outra vez.

Adrian Pucey.

Todos haviam ficado quietos ao meu redor, muito provavelmente imaginando que eu falaria algo, mas permaneci quieta.

Francis pareceu perder a paciência e se aproximou, olhando o livro.

— Uma raridade. – ele aprovou o presente – Quem lhe deu? – seu olhar era curioso.

— Foi Adrian Pucey. Um amigo da escola. – resfoleguei.

A expressão de meu avô relaxou, algo que me deixou desconfiada.

— Ah, eu conheço a família Pucey. Uma família decente. - com "decente" ele queria dizer sangue puro - Um Pucey estudou comigo em meus tempos de Hogwarts. – ele sorria e então me olhou – Òtimo. – então, ele saiu da sala de jantar, como se fosse o dono da casa.

Olhei para minha mãe, desconsolada.

 


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Notas finais do capítulo

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